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Santo Agostinho:
Principais obras: Confissões e Cidade de Deus (Confissões mais
importante, porque essa está como avaliação.). O que se passa em
Agostinho é que, basicamente ele é o primeiro Filósofo na História à
colocar o Eu em questão. Ou seja, com os gregos não existia essa
perspectiva, já que para eles a Ideia de Pólis (Cidade) era uma coletividade.
Para eles não fazia sentido falar em um Eu, pois eles se sentiam parte do
Todo. Com isso, Agostinho integra à Ideia de Liberdade, que aqui significa
muito mais uma autonomia da Vontade, do que o uso da Razão; ela
(Vontade) não é facilmente conciliável porque às Vontades entram em
guerra e justamente por isso, o Indivíduo encontra-se em conflito e precisa
de uma salvação; eis Cristo. Aqui já vemos uma diferença entre Cristãos e
Gregos; os primeiros buscam com a Razão uma salvação, ou seja, motivos
para crer ao mesmo tempo que crêem sem motivos. Nos Gregos, era a
Virtude que interessava; a Razão não cria, apenas apreende o que já existe.
Em Agostinho o que importa é o advento sentido linear da História, do Eu,
do Tempo medido pela Alma (Kairós) que conta sua história Individual, da
Iluminação Divina (sendo está o motivo de conhecermos e apreendermos
os Universais e Particulares), e a Teoria da Predestinação (Que alguns
recebem a graça divina e podem ser salvos, enquantos outros não)
Boécio (Séc. V):
dificulta mais. Isso porque se para Agostinho, numa fase distante de sua
Vida, a Liberdade já se confunde com Predestinação. Ou seja, para ele, há
pessoas que não podem de forma alguma serem salvas, mesmo que tentem,
essas estão sob tal efeito do pecado que já não conseguem ser socorridas.
Isso gerou uma certa confusão pois, se estamos predestinados à esse e não
aquele fim, então significa que não existe Liberdade. E é aí que Boécio
entra; com efeito, ele faz uma distinção entre Predestinação e Presciência.
Para ele, Deus sabe de todas às coisas, mas não significa que ele interfira;
ele sabe, mas não determina. Outra importante colaboração de Boécio foi
ter dado continuidade à Teologia Natural de Agostinho (O que é Deus? Para
Agostinho, a substância de Deus era Simples, dizer que Deus é Simples é a
melhor forma de descrevê-lo). Aqui, ele vai falar da diferença Ôntico-
Ontologico, ou seja, Ôntico é aquilo que é adjetivado, complexo, uma
madeira que vira cadeira já deixou de ser madeira. O Ontológico é aquilo
que é simples e não tem nenhum adjetivo. Deus é essa Bondade Simples,
que não é bom por conta de ser outra coisa (como a madeira é boa por ser
Mesa ou possível Mesa), mas sim porque é simplesmente, só existe.
No campo da lógica, Boécio deu importante contribuição para as 3
perguntas que Porfirio deixou no seu texto Isagoge; diz respeito à natureza
dos Universais. Porfirio perguntou: 1⁰ existem nas coisas ou na mente?
Para Boécio estão nas coisas. 2⁰ são corpóreas ou incorporeas?
Incorporeas. 3⁰ Existem nas coisas perceptíveis pelos sentidos ou estão fora
dela? Estão nas coisas e não se separam pela mente. Outro contributo dele
para à Lógica é a teoria dos futuros contingentes. Para ele, uma afirmação
contigente: haverá ou não uma batalha naval amanhã? Não pode ser nem
verdadeira nem falsa, ainda que se concretize; isso porque para ele o que é
indefinido não tem valor de Verdade. Para Boécio há uma importante
distinção entre um silogismo hipotético - baseado em premissas hipotéticas,
como: Se é de dia, o sol brillha. E afirmações Categóricas: Ora, é de dia;
logo, o Sol brilha. Apesar de terem afirmações categoricas seu valor de
verdade é menos perfeito por ser baseado em probabilidades. Enquanto o
silogismo Categórico tem premissas Categóricas e afirmações Categóricas:
Todo Homem é Mortal; Sócrates é Homem; Sócrates é Mortal.
É o que há de mais importante nele.
São Tomás de Aquino (1225-1274):
diferente da perspetiva Agostiniana de Liberdade, essa não assenta mais na
Vontade, e sim na Razão Prática. Para ele, a Verdadeira Liberdade é aquela
atingida pela Razão. Outra coisa que muda, é que para Aquino - isso com
influência Aristotélica, lembra-se? Motor Imóvel que sempre existiu -,
Deus não cria o mundo e sim a Existência (esse), e essa existe desde de
sempre. Tomás também dá continuidade ás Ideias de Boécio e Agostinho,
ou seja, para ele, Deus é Simples, e falamos dele por analogia. Todas ás
coisas provêm de Deus, parecem com ele, mas não são ele.
Tomás também tenta refutar os Averróistas, porque esses dizem que só há
uma Alma, e todas elas não pensam, mas são pensadas por uma Divindade
que, possuindo um Intelecto Agente, dota todas as pessoas de pensamento.
Tomás de Aquino temia que com essa teoria ás pessoas não pudessem ser
responsabilizadas, já que não são o agente eficiente daquilo que pensam e
portanto daquilo que fazem.