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Estudos Bíblicos

Cristologia
Material Teórico
Estudos Bíblicos: Cristologia no Evangelho
de João e nos Escritos Paulinos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Reuberson Rodrigues Ferreira

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Estudos Bíblicos: Cristologia
no Evangelho de João e
nos Escritos Paulinos

• Introdução;
• Paulo de Tarso, suas Cartas, sua Figura;
• Cristologia dos Escritos de João: O Verbo Encarnado;
• Conclusão – Revisão.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar e entender como o Cristo é compreendido e apresentado nos escritos
atribuído a Paulo e João.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Estudos Bíblicos: Cristologia no Evangelho
de João e nos Escritos Paulinos

Introdução
Nesta Unidade, você seguirá tendo contato com o intenso universo bíblico. Nosso
olhar, desta vez, é para a tradição teológica que se formou em torno de dois grandes
nomes do Novo Testamento: Paulo (Saulo), que de voraz perseguidor converteu-se
ao seguimento de Cristo (cf. At 9, 1-7); e João, normalmente identificado com o
discípulo amado de Cristo, aquele que na última ceia reclinou a cabeça sobre o peito
de Jesus (cf. Jo 13, 25) e que foi correndo à sepultura quando Maria de Magdala lhe
anunciou que ele havia ressuscitado (cf. Jo 20, 1-8). Ao primeiro, é atribuído de ma-
neira incontestes cerca de sete cartas, outras seis são consideradas como escritas no
espírito do apostolo dos gentios ou a partir da tradição semeada por ele. A segunda
figura, João, há um evangelho a ele atribuído, escrito em uma perspectiva singular –
tanto que não se enquadra no conceito de sinótico –, ao lado de outras duas obras,
apocalipse duas cartas pastorais.

O objetivo dessa sessão é adentrar de maneira didática e prática naquilo que


tanto a tradição paulina quanto a joanina refletem sobre o Cristo. Do mesmo modo
que foi feito na unidade precedente, nesta, o ideal é apresentar uma cristologia
paulina e joanina. Busca-se também neste fragmento oferecer a você elementos
que ajudem a formar uma visão ampla e difusa dos escritos atribuídos a Paulo e
João, concorrendo para revelar aspectos que compõem uma cristologia que possa
ser nomeada como Cristologia Paulina e Cristologia Joanina.

Do ponto de vista metodológico, o percurso será simples. Dividido em duas par-


tes, este texto, em seu primeiro fragmento, procurará situar você acerca do perso-
nagem de Paulo, sua localização no universo das Sagrada Escritura e quais são seus
escritos bíblicos, convergindo para apresentação da Cristologia paulina. Na segunda
parte, os mesmos elementos serão apresentados, só que, dessa vez, contemplando a
figura de João, chamado discípulo amado. Dados o percurso anunciado, enverede-
mos pelas sendas dos escritos paulinos.

Paulo de Tarso, suas Cartas, sua Figura


É incontestável a figura de Paulo para a história e tradição do judeu-cristianismo.
Ele de certo modo marcou a fisionomia do cristianismo nascente e, por sua ação,
levou-o até os confins da terra (Rm 15, 24-28), apresentando-o a um mundo distin-
to daquele onde essa religião nasceu, aquele comumente designado como mundo
dos gentios, dos pagãos.

Sobre o Apóstolo dos Gentios, Saulo de Tarso, muitas teorias já foram elaboradas.
Muitas palavras soltas já foram ditas e inúmeras projeções pessoais foram feitas. Pau-
lo já foi tido como fundador do cristianismo; já foi acusado de inimigo das mulheres;
submisso ao império; antissemita; moralista; falso apóstolo. Enfim, diversos conceitos
foram traçados sobre esse apóstolo, nem sempre correspondendo àquilo que ele real-
mente é ou apresentou em seus escritos e em sua ação missionária.

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Para ler mais sobre as teorias construídas acerca de Paulo, pode-se ler: BORTLINI, José. Li-
Explor

bertando Paulo! Vida pastoral, ano 49, n. 260, maio/jun. 2008. Esse texto está na versão
impressa do periódico, mas pode ser lido também on-line no site: https://goo.gl/99U1Gm/.

Nos últimos anos, contudo, buscou-se, cada vez mais, aproximar-se da verda-
deira expressão paulina. Tentou-se resgatá-lo desse emaranhado de teorias e deli-
mitar seu verdadeiro rosto. Rosto esse que é de um judeu, fariseu (Fl 3, 3-6), que
experienciou Jesus (At. 9, 3-9; 1Cor 9, 1; 15, 8; Fl 3,12; Gl 1, 15-17) e, a partir
dessa experiência, delimitou toda a sua vida, impondo a si mesmo a tão sublime
missão de anunciar, a qualquer custo, e até os confins da terra (Rm15, 24.28), o
evangelho de Deus (Rm 1, 1). Nas palavras do próprio Apóstolo: “ai de mim de se
não Evangelizar” (1Cor 9, 17).

Para uma visão ampla sobre a vida e a história de Paulo, é recomendável ler: FERREIRA, Reuberson.
Explor

Paulo de Tarso, um breve perfil biográfico. Disponível em: https://goo.gl/vtQRy3.


Ou: PERUZO, José Antônio. A Personalidade de Paulo. Revista de Coleções, Rio de Janeiro,
n. 13. 2008.

Em concreto, para falarmos sobre Paulo e a cristologia paulina, temos os textos


atribuídos ou escritos por Paulo. Sob o título de cartas paulinas, há treze textos
nas Sagradas Escrituras. Elas vão da carta aos Romanos até o texto direcionado a
Filemon. Se for levado em conta essa atribuição, diríamos que quase metade dos
textos do Novo Testamento foram escritos por Paulo.

A bem da verdade, Paulo escreveu poucos desses textos. Na grande maioria,


aquelas que são legitimamente atribuídas ao apóstolo foram ditadas por ele e re-
digidas por um secretário, talvez Lucas. Outras cartas foram escritas na esteira do
pensamento Paulino, por seus discípulos. Outras ainda não são, definitivamente,
do apóstolo. Os argumentos que levam a essa discussão variam entre elementos
cronológicos e estilos literários. Algumas fazem menção a fatos que, talvez, Paulo
não tenha presenciado, e outras destoam do estilo paulino de redigir cartas.

Faz-se necessário, a título de informação intelectiva, descrever quais são a cartas


paulinas. Consensual entre os teólogos e estudiosos (DALTER, 1978. p. 21; CELSO,
2008, p.16-18) da Sagrada Escritura, é que Paulo redigiu sete cartas. Sob a ordem
canônica, pode-se dizer que: Romanos, as Duas aos Coríntios, Gálatas, Filipenses, a
Primeira aos Tessalonicenses e a Filemon. Essas sete cartas são incluídas no gênero
e no estilo de redação adotados pelo apóstolo dos gentios.

Ainda sobre os escritos paulinos, existem outras três que são aceitas como oriun-
das de uma “escola Paulina”, a saber: a Segunda aos Tessalonicenses e Colos-
senses. Por fim, há aquelas que seguramente, para grande maioria dos autores,
não foram escritas por Paulo: 1 Timóteo, Tito, Efésios e Hebreus. Essa distinção,

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de João e nos Escritos Paulinos

deve-se mencionar, não visa desmerecer nenhuma das cartas que são atribuídas a
Paulo; antes quer estabelecer qual a real linha de pensamento do Apóstolo e o que
pode ser imputado ao seu pensamento, bem como aquilo que se originou a partir
de sua pregação.

Um pouco antes de enveredarmos efetivamente pelos textos de Paulo buscando


apontar sua cristologia, convém assegurarmos alguns dados sobre as cartas pauli-
nas. Sobre os escritos do Apóstolo dos Gentios, em sua grande maioria, pode-se
dizer que não escreve tratados teológicos. Ele não está preocupado em apresen-
tar elucubrações mentais, divagações filosóficas ou tratados científicos. Antes, sua
preocupação vital é responder a questões práticas, cotidianas. Ele visa responder
a problemas que surgem na vivência comunitária. Assim, ao olhar para as cartas
paulinas, encontraremos sempre ele respondendo a questões que se impõem à vida
das comunidades por onde ele passava (Gl 1, 6; 1Cor 1, 10). Do mesmo modo,
explicita-se sua cristologia.

A Reflexão sobre Cristo a Partir dos Textos Atribuídos a Paulo


Divisando a sagrada escritura e atento àquilo que pode ser considerado e usu-
almente chamado de cristologia neotestamentária, pode-se atestar, de um modo
geral, duas tendências principias àquela descrita nos sinóticos e a delineada por
Paulo. Grosso modo, como demonstrou-se anteriormente nesta disciplina, os si-
nóticos falam da vida de Jesus, seu nascimento, ensinamentos e ações, o que é
consignado por teólogos como cristologia de baixo. Paulo, por seu turno, fala do
Cristo exaltado, ressuscitado, que existe antes de todo o tempo, desde a eternida-
de, e que virá na glória, a essa perspectiva dá-se o nome de cristologia alta ou de
cima. Não se trata de uma oposição entre duas perspectivas, antes de uma relação
dialética e complementar.

Deve-se dizer que, mesmo que apareça nos seus escritos, não foi a intenção de
Paulo contar a vida de Jesus, o Nazareno; antes, sua intenção era fazer os fiéis ex-
perimentarem o Jesus morto-ressuscitado que ele mesmo experimentou de modo
novo, transformador, comprometedor e modelador da sua história e da de outrem.

Desse modo, acompanhando o raciocínio do teólogo Michel Sakr (2008),


apresentaremos alguns aspectos que, paras os limites desta unidade, condessam
aquilo que pode configurar a ideia que Paulo tem acerca de Cristo, particularmen-
te três: existência antes do Tempo, o nascimento do Cristo, a morte e ressurrei-
ção de Jesus.

Para aprofundar questões relativas à cristologia paulina, recomenda-se:


Explor

SAKR, Michel. Jesus Cristo nas cartas paulinas. Revista de Cultura Teológica, v. 17, n. 67,
abr./jun. 2009.

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1. Existência antes de todo o tempo

Dentre os vários adjetivos imputados como atributos de Cristo por Paulo,


há a certeza que o Messias anunciado por ele era igual a Deus, prenhe
de igual natureza e substância, imagem visível do Deus invisível; portanto,
como Deus, Cristo é existente antes do tempo.
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se se-
melhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. (Fl 2, 6-8)

O verbo encarnado pregado aos homens e mulheres de boa vontade por


Paulo, existente desde sempre com Deus, é também o primogênito de toda
ação criadora, existente desde antes de todas as coisas e n’Ele todas as coisas
foram criadas. Ele é o mistério de Deus oculto e guardado em silêncio desde
séculos, manifestado através dos escritos proféticos e revelado, na plenitude
dos tempos, para os principados, poderes celestiais e para os santos.
O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Por-
que nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis
e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo, da
igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo
tenha a preeminência. (Cl 1,15-18a.26)

Dado essas passagens, entende-se que um dos vários atributos conferidos a


Deus por Paulo é a certeza de sua existência desde antes dos tempos. Cristo é
Deus como Deus, existente desde o princípio da criação, intimamente ligado
à imagem de Deus.
2. Nascimento

Ainda na perspectiva de compreender o Cristo apresentado por Paulo,


configura-se como um elemento que ajuda esse entendimento a questão do
nascimento de Cristo. Na plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho
nascido de uma mulher sob a lei para resgatar os que estavam sob a lei e
receberem, com isso, a adoção filial.

Ele veio da descendência de Davi, segundo a carne. Jesus, nascido da Virgem


Maria, segundo Paulo, mormente na carta aos gálatas, é um homem comple-
to, nascido na carne, feito carne. Para apostolo dos gentios, portanto, Jesus
Cristo é verdadeiramente homem nascido de Maria.
Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de rece-
bermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos
corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não
és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por
Cristo. (Gl 4,4-5)

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de João e nos Escritos Paulinos

Decorrente dessa certeza da encarnação, procede a afirmação da natureza


divina. Ele sendo igual a Deus, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma
de escravo, tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em forma
humana. Ele, sendo rico, se fez pobre por amor a nós, para que, pela sua
pobreza, nos tornássemos ricos.
[...] sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se se-
melhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também
Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão
nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus
Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. (Fl 2, 6-11)

O Nascimento de Jesus, portanto, compõe parte do mosaico que é a Cris-


tologia, seminal gestada por Paulo. A reflexão sobre a natividade de Cristo,
por um lado, assegura a natureza humana e, de outro, atesta a divindade
daquele que, mesmo sendo Deus, não fez de sua condição divina uma usur-
pação. Antes esvaziou-se de sua condição e se fez plenamente homem.
3. Morte e Ressureição

Perseguindo ainda o ideário, mesmo que parcial, de compor o mosaico


de uma cristologia paulina, é salutar refletir sobre a questão da morte e da
ressurreição de Jesus. Para Paulo, a realidade da morte de Cristo é algo
consumado e necessário. Ela, contudo, não é um dado absoluto, é vista em
relação à ressurreição. O mistério da ressureição é que dá sentido ao sacri-
fício da cruz oferecido por Cristo. Ela, desse modo, é o sustentáculo da fé.
Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns
dentre vós que não há ressurreição de mortos? E se não há ressurreição
de mortos, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou,
logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos
também considerados falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de
Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na
verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressusci-
tam, também Cristo não ressuscitou. (cf. 1Cor 15, 14)

Jesus morreu para libertar a humanidade do Mal, justificando-a (Rm 3,24;).


Por meio da cruz, assim expressa Paulo, ele reconciliou a ambos os povos
(judeus e pagãos) com Deus, derrubando o muro da separação e estabele-
cendo a paz. Pelo sacrifício da Cruz, loucura escândalo para os judeus e
loucura para os gentios, é signo do poder e sabedoria de Deus. Para Paulo,
Jesus Cristo, redentor do mundo, está vivo e ressuscitado.

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Assim, esses dois elementos inextricavelmente associados – morte e ressur-
reição – configuram-se, a rigor, dois elementos decisivos na visão de Paulo
sobre Jesus. Ele é aquele que morto foi glorificado por Deus, transforman-
do-se em viés de libertação e salvação.

Em Síntese Importante!

À maneira de uma conclusão parcial, deve ficar claro para você que, para cristologia
paulina, entre outros elementos, a pré-existência de Cristo, sua condição humano divi-
na e sua morte e ressurreição são dados abalizadores de uma reflexão sobre Cristo nos
moldes paulinos. Cristo, para Paulo, existe desde todo o tempo e é verdadeiro Deus e
verdadeiro homem. Sua morte e ressurreição, além de fundamento da fé, é certeza da
redenção da humanidade.

Cristologia dos Escritos de João:


O Verbo Encarnado
João é usualmente associado à figura de um discípulo muito amado por Cristo,
nomeado pelo próprio Messias como Filho do Trovão (Mc 3,17). Pescador e irmão
de Tiago, durante a última ceia foi aquele que reclinou a cabeça sobre o peito de
Jesus (cf. Jo 13, 25). Ele é a emblemática figura que estava presente aos pés da
cruz e a quem Jesus Disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria, disse:
“Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19, 26s). De igual modo, é esse personagem que foi
correndo à sepultura de Jesus Cristo quando Maria de Magdala lhe anunciou que o
mestre havia ressuscitado (cf. Jo 20, 1-8).

Em seu ambiente de trabalho, João foi chamado pelo próprio Cristo. Era irmão
de Tiago, filho de Zebedeu (cf. Lc 5,1-11). Fez parte de um pequeno grupo de segui-
dores do Messias que teve a graça de testemunhar momentos singulares da vida de
Jesus, dentre eles: assistir em exclusivo à ressurreição da filha de Jairo (Mt 9,18-26;
Lc 8, 40-56; Mc 5,21-43); à transfiguração (Lc 9, 28-36); à oração do Getsêmani
(Mt 26, 37), antes da prisão e morte. Podemos dizer que João constitui uma das
figuras de mais alto relevo no interior do colégio apostólico dos Doze.

Em torno de João, despontou para além do que é atestado na Bíblia uma tra-
dição popular muito viva baseada em textos apócrifos e em legendas. Segundo
muitas elucubrações, João, durante a perseguição de Domiciano, teria sido con-
duzido de Éfeso à Roma. Nesse lugar, segundo narram, na Porta chamada Latina,
teria sido mergulhado em uma caldeira de óleo quente, da qual saiu ileso. Teria
sido então levado para a ilha-prisão de Patmos, no mar Egeu, onde teria escrito o
Apocalipse que, junto com o um evangelho e três outros textos, é a ele atribuído.

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UNIDADE Estudos Bíblicos: Cristologia no Evangelho
de João e nos Escritos Paulinos

Deve-se ventilar que há uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apoca-


lipse profundamente propalada. A tradição, no entanto, representada sobretudo
por São Justino e amplamente difundida no século II por Clemente de Alexandria
e Tertuliano, identifica o autor como sendo o apostolo João, o autor do quarto
evangelho. Para o interesse particular desta unidade, optaremos em apresentar
uma cristologia joanina a partir, sobretudo, do Evangelho e do Apocalipse atribuído
ao Filho do Trovão (Mc 3,17).

• Para se aprofundar sobre o contexto, as razões e a discussão em torno de autoria e finali-


Explor

dade, deve-se ler:


MIRANDA, Valtair. Revisitando o contexto de produção do Apocalipse de João. Reflexus,
ano IX, v. 2, n. 14. 2015.
• Para aprofundar a questão da tradição joanina e sua relação com outros temas atinentes
ao evangelho de João e a outros escritos a ele atribuídos, ler:
SANTOS, Pedro Paulo Alves dos. A Tradição Joanina: História e Teologia. Revista Coletânea,
v. 16, n. 31, p. 39-62 jan./jun. 2017. Disponível em: https://goo.gl/ooxbV7.

Sobre o quarto evangelho, antes de adentrar na explicitação clara de sua Cris-


tologia, convém elencar algumas características. Quanto ao evangelho atribuído a
João, marcado com o símbolo da águia, na base da atribuição tradicional aos quatro
evangelistas dos quatro seres viventes do Apocalipse (leão, touro, homem, águia, cf.
Ap 4, 6-7), é, segundo Gianfranco Ravasi, composto por 15.416 palavras gregas e
879 versículos, terceiro em comprimento após Lucas e Mateus, situado na ordem
canônica da Bíblia como quarto livro do novo testamento. Esse evangelho carac-
teriza-se por uma linguagem teológica muito apurada, de tal modo que mereceu a
definição de Evangelho espiritual (cf. GIANFRANCO, 2018).

Usam-se, com efeito, nas suas páginas joaninas, termos com acepções específi-
cas. Assim, “verdade” é a revelação que Cristo oferece; “sinais” e “obras” são os mi-
lagres realizados de modo catequético e emblemáticos por Jesus (o quarto evangelista
seleciona sete); a “hora” por excelência é a morte e a ressurreição de Cristo, definida
também como “exaltação” e “glorificação” (cf. GIANFRANCO, 2018). Trata-se de
uma obra marcada por uma elaboração erudita, arquitetada, bem elaborada, poste-
rior à dos outros evangelhos, situados talvez ao final do primeiro século, provavel-
mente na região da Ásia Menor, onde precisamente tinham florescido comunidades
que se referiam à pregação do apóstolo João.

Justamente a partir do evangelho de João e Apocalipse – que as linhas a seguir


vão apresentar –, consignados em três aspectos – Logos, o Verbo, imagem de
Deus – forma-se aquilo que chamamos de Cristologia nos moldes joaninos.

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Traços da cristologia de João
1. Logos

No bojo dos escritos joaninos, uma marca decisiva daquilo que se chama de
traços de uma cristologia é a questão do Logos. Em grego, essa noção goza
de uma tríplice acepção: a) o intelecto; b) a ideia; e c) a Palavra. No quarto
Evangelho de João, de modo particular, o termo grego Logos é usado para
designar a Palavra de Deus que, feita carne, falou aos homens.

O escritor evangélico, mesmo que inspirado por noções da filosofia grega,


apropriou-se do conceito de palavra (logos, Dabar) subsistente do Antigo
Testamento. O judaísmo aplicava tanto à palavra como à sabedoria uma es-
pécie de personificação, realizadoras de acontecimentos (COLAVECCHIO,
2018, p. 147). A palavra e a sabedoria, tal como descritas em Isaias e nos
textos sapienciais, em um sentido dinâmico:
Como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam, sem ter
regado a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, dando semente
ao semeador e pão ao que come, tal como ocorre com a palavra que sai
de minha boca; ela não torna a mim sem fruto; antes, ela cumpre a minha
vontade e assegura o êxito da missão para a qual a enviei”. Como se vê,
nesse texto, a Palavra chega a ser personificada. Ela é um mensageiro
vivo de Deus. (Is 55, l0s)

A sabedoria é um eflúvio do poder de Deus, uma emanação puríssima da


glória do Onipotente, pelo que nada de impuro nela se Introduz. Pois ela
é um reflexo da luz eterna, um espelho nítido da atividade de Deus e uma
imagem de sua bondade. (Sb 7, 25s)

Assim, pode-se afirmar que a personificação da Palavra e da sabedoria


praticada no Antigo Testamento tenha inspirado a São João a lançar mão
do vocábulo Logos (Palavra) para designar o Cristo preexistente (anterior
à criação do mundo) que se manifestou na carne humana para revelar aos
homens o Pai e o seu plano de salvação. O evangelista apropria-se desse
conceito para, por um lado, afirmar a pré-existência de Cristo, sua colabo-
ração na criação e sua encarnação em vista da salvação. De outro lado, o
prólogo expressa a relação de comunhão e carinho indissolúveis entre o Pai
e o Filho. Como afirma Colavecchio (2018, p. 149):
Todo evangelho de João mostra a comunhão eterna e o carinho indisso-
lúvel que há entre o pai e o filho, principalmente na obra dos dois para
nossa criação e salvação. Uma das características de Deus que o hino
[prologo de João] é a de comunhão entre pai e filho.

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UNIDADE Estudos Bíblicos: Cristologia no Evangelho
de João e nos Escritos Paulinos

Desse modo, o Cristo expresso por João, embora faça apropriação da lin-
guagem metafisica da filosofia grega e sirva-se de um substrato judaico de
personificação, é um pouco mais profundo. Isso indica que o Cristo é o
próprio Deus feito carne, assumindo a condição humana sem perder a sua
divindade. Sobre a opção de João pelo termo logos para indicar a natureza
e a figura de Cristo, pontificaram alguns teólogos:
A aplicação do título de Logos para Jesus, em João, tem a finalidade de
preencher uma lacuna deixada pelos evangelhos sinóticos, a saber: todos
eles apresentam Jesus a partir da criação, João pretende apresentar Jesus
desde toda a eternidade, superando até mesmo o livro de Genesis, pois,
não inclui Jesus como obra criada por Deus, mas sim, como coautor ao
lado do Pai em toda a obra da criação. Assim, este título se torna indis-
pensável para compreender o autor que pretende apresentar a relação de
Deus com Jesus e a sua pré-existência, em todo o seu relato. (WARDISON;
TEIXEIRA; DE JESUS, 2011, p. 35)

Aprofunde a reflexão sobre a questão do logos nos evangelho de João lendo:


Explor

WARDISON, Antonio; TEIXEIRA, Cézar; DE JESUS, José Pedro Teixeira. O Prólogo de João:
atributos conferidos ao Logos. Revista de Cultura Teológica, v. 19, n. 74, abr./jun. 2011.

2. O verbo feito carne (Jo 1, 14)

Outro aspecto da cristologia joanina é a dimensão da Encarnação. João


é o evangelista que mais insiste no fato de que o Logos (ou Deus Filho)
se fez carne (Jo 1,14). A insistência aparece, embora não nos atenhamos
agora a ela, no prólogo da 1ª epístola de João. O apóstolo confere uma
singular importância à dimensão da Encarnação do Filho, pois sabe que,
assumindo a natureza humana, Deus quis santificar e consagrar tudo o
que é humano.

No fim do século I e início do século II, houve uma heresia chamada de do-
cetismo. Os docetas, herdeiros diretos do gnosticismo, negavam a verdadei-
ra humanidade de Jesus. A palavra doceta vem do verbo grego dokéo, que
significa parecer. Segundo os docetas, o Verbo teria tido uma humanidade
apenas aparente, mas não real.

Certamente, no ímpeto de responder a essa questão, João valorizou e


enfatizou o mistério da Encarnação. Ele, catequeticamente, após anunciar
a encarnação do Verbo no prólogo do seu evangelho, apresenta Jesus
como verdadeiro pão, verdadeira carne para alimentar e salvar a huma-
nidade (Jo 6,51-54). Através de sua natureza humana, o Filho comunica
aos homens os dons do pai.

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Ao fazer essa opção, percebe-se no texto joanino uma Cristologia de cima
para baixo. Em uma referência ao Verbo ou ao Filho de Deus preexisten-
te (existente antes do mundo), João testifica uma cristologia que parte da
premissa de que Jesus é Deus, que se encarna, isso é, que entra na carne
(COLAVECCHIO, 2018, p. 150).
Pode-se dizer que os evangelhos sinóticos deram ensejo a outro modo de
ver, ou seja, à Cristologia de baixo para cima, pois começam por apre-
sentar o homem Jesus que, aos poucos, vai se revelando como Deus e
morre precisamente porque “blasfemou” ou se professou “o Filho de Deus”
(cf. Mt 26, 63-65; Mc 14, 61-64; Lc 22, 66-71).
Assim, fica claro que, para João, há uma insistência em afirmar que o Cris-
to, presente desde toda eternidade na criação, desejou tornar-se carne para
se fazer redimir a humanidade. A insistência na encarnação é para corpori-
ficar a ideia de um Deus que verdadeiramente assumiu a natureza humana.
Cristo, portanto, é humano e divino.
3. Imagem e semelhança do Pai
Outro elemento que oferta luzes para o entendimento daquilo que em
João chamamos de traços cristológicos é que Cristo é Igual a Deus e,
por isso, o revela como é, seu rosto definitivo. No Evangelho de João, o
emprego de expressões como “Eu sou” emprestam força a essa certeza.
Trata-se de uma locução que, a rigor, evoca a revelação de Deus a Moisés
no antigo Testamento. (cf. Ex 3, 13). Subliminarmente, denuncia a igual-
dade de natureza (divina) existente entre o Pai e o Filho, bem como cor-
porifica a ideia de que Cristo é aquele que revela o Pai. Há quatro casos
de ocorrência da fórmula:
a) Jo 13, 19: “Digo-vos isto agora, antes que aconteça, para que, quando
acontecer, creiais que EU SOU”.
b) Jo 8, 24: “Disse-vos que morrereis em vossos pecados, porque, se não
crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados”.
c) Jo 8, 28: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis
que EU SOU”.
d) Jo 8, 58: “Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão exis-
tisse, EU SOU’.
Além dessas afirmações, outras comprovam essa tese e a dilatam pois afirmam
a intrínseca unidade entre Jesus e o Pai. Além de revelá-lo, ele está intimamente
unido à Deus, a saber:
a) Jo 10, 30: “O Pai e eu somos um só (= uma só Divindade)”.
b) Jo 1,1. Jo 10, 38: “O Pai está em mim, e eu estou no Pai”.
c) Jo 1 4, 9s diz Jesus a Filipe: “Há tanto tempo estou convosco e tu
não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai... Não crês que eu
estou no Pai e o Pai está em mim?”

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UNIDADE Estudos Bíblicos: Cristologia no Evangelho
de João e nos Escritos Paulinos

Nos termos acima, fica explicito que, para João, conforme denunciam seus escritos,
Jesus é aquele que, intimamente unido ao Pai, revela sua imagem, seu projeto, seus
desígnios ou:
Fundamentalmente, é necessário destacar que, como revelador do Pai, o
logos tornou visível o amor de Deus à humanidade (Jo 3,16); declarou a
vontade soberana do Pai, a salvação da humanidade (Jo 3,17-18); mani-
festou a verdade libertadora à humanidade (Jo 8,32); tornou perceptível e
visível a luz esclarecedora de Deus à humanidade (Jo 8,12); trouxe a vida
eterna à humanidade (Jo 3,36); tornou real a esperança divina à huma-
nidade (Jo 14,1-3). (WARDISON; TEIXEIRA; DE JESUS, 2011, p. 42)

Em Síntese Importante!

À maneira de uma conclusão parcial, deve ficar claro para você, aluno, que, para cris-
tologia joanina, entre outros elementos, a afirmação do logos, a encarnação e a intrín-
seca relação entre o Pai e o Filho são dados abalizadores de uma reflexão sobre Cristo
nos moldes joaninos. Cristo, para João, existe desde todo o tempo. Ele fez-se carne,
sem negar sua divindade, para salvar a humanidade, e suas ações revelam Deus. Cristo,
portanto, é eterno, humano-divino e imagem fiel de Deus pai.

Conclusão – Revisão
Caro estudante, à guisa de conclusão e revisão desta unidade, destacamos, des-
de a última sessão até o primeiro tópico, os seguintes pontos:
1. A figura de Paulo é emblemática para história do Cristianismo. Seus elemen-
tos cristológicos, entre outros elementos, atestam: 1) a pré-existência de Cris-
to, pois ele existe antes do tempo; 2) Ele é de condição igual a Deus e fez-se
homem para salvar a humanidade; 3) O Evento morte e ressurreição é decisi-
vo no entendimento de Cristo como filho de Deus, redentor da humanidade.
2. João, por sua vez, apresenta uma cristologia singular. Decisivo em sua com-
preensão, é: a) a questão que supera a filosofia grega e a tradição Judaica
do Logos, palavra divina que se fez humanidade; b) A encarnação que faz
de Jesus verdadeiramente humano sem deixar de ser divino; c) A intrínseca
relação entre o Pai e o Filho, que revelam a perfeita comunhão entre ambos
e asseguram que, em Cristo Jesus, Deus se revela plenamente.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Revisitando o contexto de produção do Apocalipse de João
Para se aprofundar sobre o contexto, as razões e a discussão em torno de autoria e
finalidade, deve-se ler: MIRANDA, Valtair. Revisitando o contexto de produção do
Apocalipse de João. Reflexus, ano IX, v. 2, n. 14. 2015.
O Prólogo de João: atributos conferidos ao Logos
Aprofunde a reflexão sobre a questão do logos nos evangelho de João lendo: WARDISON,
Antonio; TEIXEIRA, Cézar; DE JESUS, José Pedro Teixeira. O Prólogo de João: atributos
conferidos ao Logos. Revista de Cultura Teológica, v. 19, n. 74, abr./jun. 2011.
Paulo: biografia crítica
O’CONNOR, Jerome Murphy. Paulo: biografia crítica. São Paulo: Loyola, 2000.

Leitura
Vida pastoral
Para ler mais sobre as teorias construídas acerca de Paulo, pode-se ler: BORTLINI,
José. Libertando Paulo! Vida pastoral, ano 49, n. 260, maio/jun. 2008. Esse texto
está na versão impressa do periódico, mas pode ser lido também on-line.
https://goo.gl/99U1Gm
Paulo de Tarso, um breve perfil biográfico
Para uma visão ampla sobre a vida e a história de Paulo, é recomendável ler: FERREIRA,
Reuberson. Paulo de Tarso, um breve perfil biográfico.
https://goo.gl/vtQRy3

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UNIDADE Estudos Bíblicos: Cristologia no Evangelho
de João e nos Escritos Paulinos

Referências
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Lothar. Dicionário Teológico Internacional do Novo Testamento. São Paulo:
Vida Nova. 2000. p. 757-765.

BINGEMER, Maria Clara L. Jesus Cristo: servo de Deus e messias Glorioso. São
Paulo/Barcelona: Paulinas/Siguem, 2008.

CELSO, Pedro. Entrevista sobre o Ano Paulino. REVISTA ANAIS Jun/2008. n.


06. São Paulo. p. 16-18

COLAVECCHIO, Ronaldo. O Caminho do Filho de Deus: contemplando Jesus


no Evangelho de marcos. São Paulo: Paulinas, 2005.

________. Conhecendo Melhor Jesus de Nazaré. Curso de Cristologia. São Pau-


lo: Loyola, 2018.

DALTER, Frederico. Eu, Paulo: vida e doutrina de São Paulo. 2. ed. Petrópolis:
Vozes. 1978, p. 21.

DUPUIS, J. Introdução à cristologia. São Paulo: Loyola, 1999.

FERREIRA, Reuberson. Paulo de Tarso, um breve perfil biográfico. Disponível


em: <www.abiblia.org/artigosview.asp?id=109>. Acesso em: 11 set. 2018.

HAWTHONE, Gerald F.; MARTIN, Ralph P.; REID, Daniel G (Org.) Dicionário de
Paulo. São Paulo: Loyola/ Paulus /Vida Nova, 2008.

LINDEN, Philip Van. Marcos; BERGANT, Dianne; KARRIS, Robert (Org.).


Comentário Bíblico. São Paulo: Edições Loyola, 1999, p. 59-60.

MCKENZIE, Jonh L. Evangelho. In: _______. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas.
s/d. p. 319

O’CONNOR, Jerome Murphy. Jesus e Paulo: vidas paralelas. São Paulo:


Paulinas, 2008.

________. Paulo: Biografia Critica. São Paulo: Loyola, 2000.

________. Paulo: história de um Apóstolo. São Paulo: Loyola, 2007

PERUZO, José Antônio. A Personalidade de Paulo. Revista de Coleções, Rio de


Janeiro, n. 13. 2008.

RAVASI, Gianfranco. João, o discipulo que cristo amava. Disponível em: <http://
snpcultura.org/sao_joao_evangelista_o_discipulo_que_Jesus_amava.html>. Acesso
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Coletânea, v. 16, n. 31, p. 39-62 jan./jun. 2017. Disponível em: <http://www.
revistacoletanea.com.br/index.php/coletanea/article/view/109/79>.

WARDISON, Antonio; TEIXEIRA, Cézar; DE JESUS, José Pedro Teixeira. O Prólogo


de João: atributos conferidos ao Logos. Revista de Cultura Teológica, v. 19, n. 74,
abr./jun. 2011.

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