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INTRODUÇÃO:
Nos compete neste momento estudar sobre a natureza da Igreja, mas não apenas
sua natureza, há necessidade de compreendermos os poderes da igreja, suas ordenanças
ou sacramentos. Este assunto está inserido dentro do ramo da teologia cristã conhecido
como Eclesiologia.
A pergunta basilar que deve ser feita é: Como a Bíblia apresenta a ideia de Igreja?
*
O autor é Ministro da Palavra e dos Sacramentos na Igreja Presbiteriana do Brasil. Atualmente é pastor
na Igreja Presbiteriana de Riachão do Jacuípe – BA. Foi professor de Línguas Bíblicas (Hebraico e Grego)
no Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil – SPFB (Recife), também foi professor de
Hermenêutica, filosofia e Exegese de Atos no Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil (Patos –
PB), também foi professor de Filosofia e Ética na Faculdade Regional de Riachão do Jacuípe – BA.;
Atualmente é professor de Antigo Testamento no Instituto Teológico Reformado do Brasil (ITRB –
Petrolina) e professor de Hermenêutica no Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil – SPFB
(Rondônia). É também professor de Exegese do Antigo Testamento no Instituto Teológico Reformado do
Brasil-Angola (ITRBA).
1. O Corpo dos Fieis.
A Escritura apresenta a ideia de igreja como um ajuntamento dos fiéis que são ou
serão reunidos ao povo de Deus, esta parece ser a ideia de Mateus 16.18: “Também eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela.” O termo igreja aqui neste texto está sendo usado para se
referir aos grupos dos crentes que estão unidos ou se unirão em torno de Cristo e sua
palavra.
Na Escritura a inda vemos a igreja ser apresentada como uma comunidade visível
de crentes, e, em vários lugares, notemos isso em Atos 2.42,47: “E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. louvando a Deus e
contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia
a dia, os que iam sendo salvos.”
A Escritura reconhece uma reunião de crentes para a adoração e oração como uma
igreja, mesmo quando não há ministério regular ordenado para isso, vemos um exemplo
claro sobre isso Atos 14.23: “E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de
presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam
crido.”.
Outro dado que a Bíblia apresenta sobre a igreja é que a reunião de crentes em
seus lares é contemplada como igreja reunida, o texto de Romanos 16.3-5 confirma isso:
3
Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, 4
os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto
lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos
gentios; 5 saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles.
Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo.
III – AS MARCAS DA IGREJA VERDADEIRA
Nos ocupa agora tratar das Marcas de uma Igreja Verdadeira. Isso cabe dentro do
aspecto da identidade da Igreja. A Confissão de Fé Belga em seu artigo 29 declara:
1. A Pregação da Palavra.
1
BRÉS, Guido de; URSINUS, Zacarias. Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg. São Paulo: Cultura
Cristã, 2011, p.27.
2
ROBINSON, Haddon W. Pregação Bíblica – O desenvolvimento e a entrega de Sermões Expositivos.
São Paulo: Shedd Publicações, 2002, p.21.
pessoas a viverem única e totalmente para Deus.”3 Neste sentido devemos imitar Cristo,
pois, ele foi um proclamador das boas novas, pois, ele foi “o primeiro pregador do
cristianismo”4 isto pode ser observado em Marcos 1.14: “Depois de João ter sido preso,
foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus,” ou ainda a declaração que
encontramos em Mateus 4.17: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer:
Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. ” No culto cristão reformado a
pregação expositiva assume uma capital importância.
A) O Batismo Cristão:
1. Elemento: a água.
2. O Modo: Aspersão, Efusão, e imersão (considerando que o último modo é
praticados por igrejas imersionistas raramente uma igreja de tradição reformada
presbiteriana o praticará)
3. Os sujeitos: Adultos e crianças (as igrejas que batizam crianças são conhecidas
como pedobatistas – incluem-se aqui a nossa igreja)
B) A Santa Ceia ou Eucaristia:
3
BEEKE, Joel R. A Pregação Reformada. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2019, p.35.
4
STOTT, John. Eu Creio na Pregação. São Paulo. Editora Vida, 2003, p.16-17.
1. Os elementos: Pão e Vinho (algumas igrejas presbiterianas usam o suco de uva;
porém, o fazem assim contrariando o ensino da Bíblia e o que rege o PL/IPB art.
17)
2. As visões sobre a Santa Ceia do Senhor:
a. Transubstanciação [a substância se transforma em outra – Catolicismo
Romano]
b. Consubstanciação [a substância se junta com o corpo de cristo –
Luteranismo]
c. Memorialismo [a substância é um simples memorial sem valor sacramental
– zwinglianismo]
d. Presença Real Espiritual [ cristo está presente de forma real, mas espiritual
– calvinismo, presbiterianismo]
3. O Exercício da Disciplina Bíblica.