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CIDADE: CUIABÁ/MT
ANO: 2023
1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
2. APRESENTAÇÃO DO AUTOR
O livro aborda a doutrina bíblica da igreja sob diversas perspectivas. Uma delas é o
enfraquecimento dessa doutrina pelos eruditos da teologia moderna que questionam a
possibilidade de comprovação histórica da fé professada pela igreja. Com isso, temas
fundamentais, como a ressurreição de Cristo, deixam de ser pilares que mantém a igreja
de pé e passam a ser vistos apenas como uma questão de fé ou interpretação. Outra
perspectiva, embora óbvia, é urgente e frequentemente ofuscada pela primeira: a
perspectiva bíblica. Ela busca responder o que a Palavra de Deus diz sobre o seu povo,
como deve ser a vida da comunidade dos redimidos de Deus e qual é a missão dessa
comunidade até a volta de Cristo.
O livro começa com uma teologia bíblica da igreja, cobrindo seus atributos e marcas, e
conclui com reflexões sobre o relacionamento da igreja com a cultura e sua estrutura. Os
capítulos abordam desde a natureza da igreja como colônia celestial até seu envolvimento
com culturas mundiais, o reino de Deus, o estado e a estrutura da igreja de Cristo.
Fundamentos da Obra:
Clowney aborda temas atuais como os dons do Espírito e o ministério das mulheres na
igreja, demonstrando boa interação com questões contemporâneas.
Teologia Bíblica da Igreja:
Explora as marcas da igreja e seu ministério, enfatizando seu propósito de adorar a Deus
e nutrir o povo de Deus.
Estrutura da Igreja:
Aborda tópicos controversos como a relação entre igreja e estado, mulheres na igreja, dons
do Espírito e sacramentos.
O Senhor afirmou que Ele edificaria a Sua igreja. Contudo, Ele a constrói por meio de Sua
Palavra, no poder do Espírito Santo, utilizando homens que Ele convoca para defendê-la.
Cristo é o maior defensor dela, e não devemos duvidar de Sua fidelidade em estabelecer
Seu Reino na Terra através dela. Ele já o fez, está fazendo e continuará a fazer com que
a igreja cumpra sua missão.
Faz parte do chamado dos mestres discutir sobre como o Evangelho, visto, testemunhado
e transmitido pelos apóstolos, extrapolou os limites do conhecimento individual para
construir uma comunidade da fé, chamada pelo apóstolo Paulo de Corpo de Cristo e por
Jesus de Sua noiva. Essa igreja não começou com a morte e ressurreição de Jesus, se
quisermos dialogar com a doutrina da soberania de Deus. O pacto da redenção foi definido
pela Trindade na eternidade, antes da fundação do mundo, e o Cordeiro que foi morto,
morreu antes mesmo da primeira letra escrita por Moisés em Gênesis. Nesse sentido
específico, à luz da soberania de Deus, a igreja existe antes da criação do tempo. Assim,
a morte e ressurreição de Cristo aconteceram na plenitude dos tempos. A ideia da plenitude
dos tempos (do grego 'Pleroma') é que a encarnação do Senhor Jesus não foi um ato
desesperado ou indesejado por Deus, mas sim o clímax de Sua revelação, que como um
copo cheio transbordou para a igreja pelo Espírito Santo revestindo-a de autoridade para
testemunhar sobre a água e o sangue derramados da costela de Cristo.
Toda a criação é uma resposta à vontade do Pai, realizada pelo Verbo e aplicada à igreja
pelo Espírito. Todos os acontecimentos, desde a luz que separou as trevas até Eva ter sido
formada da costela de Adão, encontram significado na revelação definitiva e perfeita de
Deus: Jesus Cristo na cruz. Assim como Deus fez para Adão uma auxiliadora a partir de
sua costela, Ele também preparou uma auxiliadora para Cristo, a igreja. Esta igreja está
sendo adornada para o casamento, e até lá, cabe a nós debatermos sobre como podemos
servir ao Cordeiro, Jesus, como amigos do noivo, que caminham cantando e preparando a
festa para o enlace com sua noiva.
Essa discussão precisa começar e terminar na Bíblia, mas se for apenas uma conversa
jogada fora, com a imperfeição do tempo, se perderá na história. Por essa razão, o livro de
Clowney é um registro importante de sua visão e um compêndio de referências bíblicas
excelente para quem deseja se preparar melhor para refletir sobre a igreja, discutir sua vida
e, acima de tudo, servir ao Senhor, sendo um tijolo de edificação, cuja pedra angular é
Cristo.