A Encíclica Fratelli Tutti, proferida pelo Papa Francisco, surge em um contexto histórico marcado por desafios globais e crises humanitárias. A partir dos ensinamentos de São Francisco de Assis e das circunstâncias do mundo atual, esta carta encíclica reflete sobre questões fundamentais para a humanidade.
A origem da Encíclica Fratelli Tutti é influenciada pelas ideias de
solidariedade e fraternidade presentes na tradição cristã, mas também é afetada pelas circunstâncias e obstáculos do século XXI. A encíclica Laudato Si, que trata da ecologia integral, e Evangelii Gaudium, trata da alegria do Evangelho.
O contexto histórico que teve um impacto significativo na elaboração da
encíclica pelo Papa Francisco é multifacetado. Vivemos uma era de profundas divisões sociais, políticas e econômicas, marcada pela globalização, migrações em massa, injustiças sociais e crises humanitárias. Esses desafios, somados à emergência climática, crises de refugiados e polarização ideológica, requerem uma resposta imediata e compassiva.
A encíclica enfatiza a relevância do diálogo inter-religioso como uma
ferramenta essencial para fomentar a paz e compreensão mútua entre as diversas tradições religiosas. A encíclica enfatiza a diversidade religiosa como uma riqueza e não uma fonte de conflito, reconhecendo a necessidade de cooperação e respeito entre as religiões para lidar com os desafios globais e construir um mundo mais justo e solidário.
Os principais temas tratados na Encíclica Fratelli Tutti são a fraternidade, a
solidariedade, a dignidade humana, os direitos fundamentais, a justiça social, a paz e o diálogo intercultural e inter-religioso. O documento instrui indivíduos e nações a superarem a individualidade e a indiferença, incentivando uma cultura de encontro e cooperação.
A encíclica reafirma a dignidade humana e os direitos fundamentais de todos
ao apontar as injustiças sociais, a exclusão, a discriminação e a violência que atentam contra a vida e a dignidade das pessoas. Propõe a criação de uma comunidade que se fundamente na justiça, na cumplicidade e na reconciliação, onde cada indivíduo seja reconhecido como um irmão e irmão, independentemente de sua ascendência, fé ou status socioeconômico.
A mensagem da encíclica pode ser aplicada em contextos específicos, como
no Brasil, por meio da promoção da inclusão social, da defesa dos direitos humanos, da luta contra a pobreza e a disparidade, da preservação do meio ambiente e da criação de conexões de entendimento e cooperação entre diferentes segmentos sociais, religiosos e culturais. Isso implica em políticas públicas inclusas, iniciativas comunitárias solidárias e um compromisso ético e ético de todos os indivíduos em prol do bem-estar coletivo e da equidade social.