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Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI

Credenciamento-Portaria nº 665 de 17 de março de 2004

NOME DA ATIVIDADE DESENVOLVIDA DATA:

SEMANA TEOLÓGICA 24-28/10/2022


CURSO: Teologia RGM: 20161061 CARGA HORÁRIA: 15 horas

RELATÓRIO

SEMANA TEOLÓGICA – HUMANISMO DE FRANCISCO, PERSPECTIVAS


TEOLÓGICAS E ECLESIAIS

O Humanismo de Francisco, refere-se à sua abordagem humanística e preocupação


com a dignidade e bem-estar das pessoas. O Papa Francisco é conhecido por seu compromisso
com os pobres, marginalizados e excluídos, e sua ênfase na solidariedade, compaixão e justiça
social. Ele frequentemente enfatiza a importância da busca pela paz, do cuidado com o meio
ambiente e da promoção de uma cultura de encontro e diálogo.
Essa perspectiva humanística do Papa Francisco tem implicações teológicas e eclesiais
significativas. Teologicamente, ele enfatiza a importância de uma fé enraizada no encontro
pessoal com Jesus Cristo e no amor de Deus. Ele encoraja uma compreensão de Deus como
um Pai misericordioso e compassivo, e incentiva os fiéis a experimentarem e compartilharem
a alegria do Evangelho.
Em termos eclesiais, o Papa Francisco tem buscado reformar a Igreja Católica para
que ela se torne uma comunidade acolhedora, inclusiva e voltada para o serviço. Ele tem
pedido uma maior descentralização do poder, com uma maior participação dos leigos na
tomada de decisões e uma maior responsabilidade dos bispos locais. O Papa Francisco
também tem enfatizado a importância do diálogo inter-religioso e ecumênico, buscando a
união e a cooperação entre diferentes tradições religiosas.
Além disso, o Papa Francisco tem sido um defensor incansável da justiça social e dos
direitos humanos, criticando as desigualdades econômicas e a exclusão social. Ele tem
chamado a atenção para questões como a pobreza, a imigração, o tráfico humano e a
degradação ambiental, buscando despertar a consciência das pessoas e incentivar ações
concretas para enfrentar esses desafios.

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Em suma, o humanismo de Francisco se baseia em uma abordagem teológica centrada


na compaixão e na misericórdia de Deus, e tem implicações eclesiais que buscam uma Igreja
mais inclusiva, justa e comprometida com o bem-estar das pessoas e do planeta.

 24/10 – 60 ANOS DE ABERTURA DO CONCÍLIO VATICANOII E O NOVO


HUMANISMO DE FRANCISCO – Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães

Este ano marca o 60º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, um evento
histórico na Igreja Católica que teve um impacto significativo no pensamento e na prática da
fé católica. O Concílio, realizado entre 1962 e 1965, foi convocado pelo Papa João XXIII e
continuado pelo Papa Paulo VI, com o objetivo de renovar a Igreja e trazê-la para uma maior
sintonia com o mundo moderno.
Uma das principais contribuições do Concílio Vaticano II foi a sua ênfase na abertura
ao mundo e no diálogo com outras tradições religiosas e com o mundo secular. O Concílio
reconheceu a importância de se envolver com as realidades culturais, sociais e políticas
contemporâneas, a fim de transmitir a mensagem do Evangelho de forma relevante para os
tempos atuais. Isso marcou uma mudança significativa em relação à postura anterior da Igreja,
que muitas vezes era vista como distante e fechada para o mundo.
Essa abertura do Concílio Vaticano II para o diálogo e o engajamento com o mundo
tem sido uma influência importante no pontificado do Papa Francisco. Francisco tem
enfatizado a importância de sair para as periferias existenciais e geográficas, ouvindo e
respondendo às necessidades das pessoas. Ele busca uma Igreja que esteja presente nas
situações concretas de sofrimento e alegria das pessoas, em vez de se isolar em uma
abordagem puramente institucional.
Além disso, o Papa Francisco tem enfatizado a importância do diálogo inter-religioso
e ecumênico, seguindo o espírito do Concílio Vaticano II. Ele tem se reunido com líderes de
diferentes tradições religiosas e tem buscado promover a compreensão mútua, a paz e a
colaboração entre as religiões. O Papa Francisco também tem sido um defensor dos direitos
humanos e da justiça social, inspirado pelos ensinamentos do Concílio Vaticano II sobre a
dignidade e os direitos de todas as pessoas.
Portanto, podemos dizer que o novo humanismo de Francisco é influenciado pela
abertura e pelo espírito do Concílio Vaticano II. Ele busca uma Igreja mais aberta, acolhedora
e engajada com o mundo, com uma preocupação especial pelos pobres, marginalizados e

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excluídos. O Papa Francisco procura promover uma cultura de encontro, solidariedade e


justiça social, em sintonia com os princípios do Concílio Vaticano II.

 25/10 – DIREITOS HUMANOS COMO BASE DE UMA NOVA SOCIEDADE


HUMANISTA – Dr°. Pe. José Donizete Xavier

Os direitos humanos desempenham um papel fundamental na construção de uma


sociedade humanista. Os direitos humanos são os direitos inerentes a todos os seres humanos,
independentemente de sua origem, raça, religião, gênero, orientação sexual ou qualquer outra
condição. Eles são baseados no princípio da dignidade humana e afirmam que todas as
pessoas têm o direito de serem tratadas com igualdade, respeito e justiça.
Uma sociedade humanista busca colocar os direitos humanos no centro de suas
preocupações e práticas. Isso significa que as políticas, leis e práticas sociais devem ser
construídas com base no respeito aos direitos fundamentais de todas as pessoas. Alguns dos
direitos humanos fundamentais incluem o direito à vida, à liberdade, à segurança, à igualdade,
à não discriminação, à liberdade de expressão, à liberdade de religião e crença, à participação
política, à educação e à saúde.
Uma sociedade humanista reconhece que todas as pessoas têm o direito de viver com
dignidade e de ter suas necessidades básicas atendidas. Isso implica a eliminação da pobreza,
da fome, do acesso desigual aos recursos e serviços essenciais, e da discriminação sistemática.
Além disso, uma sociedade humanista valoriza a diversidade e promove a inclusão,
garantindo que todos tenham a oportunidade de contribuir e se beneficiar plenamente da vida
social, cultural e econômica.
Os direitos humanos também são essenciais para o estabelecimento de um sistema de
justiça social e a promoção da paz. Uma sociedade humanista busca combater a injustiça, a
opressão e a violência, garantindo a igualdade de acesso à justiça, o respeito aos direitos civis
e políticos, e a proteção contra abusos e violações dos direitos humanos.
Além disso, uma sociedade humanista reconhece a interconexão entre os direitos
humanos e o meio ambiente. Isso implica a necessidade de proteger e preservar o meio
ambiente natural, garantindo o direito das gerações presentes e futuras de viverem em um
ambiente saudável e sustentável.
Em suma, os direitos humanos fornecem os princípios e fundamentos éticos para a
construção de uma nova sociedade humanista. Eles estabelecem a base para a igualdade, a
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justiça, a liberdade e o respeito mútuo entre todas as pessoas. Promover e proteger os direitos
humanos é essencial para alcançar uma sociedade mais justa, inclusiva e compassiva, onde
todos possam viver com dignidade e em harmonia.

 26/10 – PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DO CONCÍLIO VATICANO II – Me.


Pe. Tiago Cosmo da Silva Dias

O Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, foi um evento histórico na Igreja
Católica que trouxe mudanças significativas em sua perspectiva teológica, eclesiológica e
pastoral. Para entender melhor as perspectivas históricas do Concílio Vaticano II, podemos
considerar os seguintes aspectos:
Contexto histórico: O Concílio ocorreu em um momento de intensas transformações
sociais, culturais e políticas ao redor do mundo. O mundo pós-Segunda Guerra Mundial
estava lidando com os efeitos do totalitarismo, a ameaça nuclear, os avanços científicos e
tecnológicos, o movimento de descolonização e o crescimento do secularismo. Esses desafios
exigiram uma resposta da Igreja Católica para se adequar à nova realidade.
Abertura ao mundo: Uma das principais perspectivas do Concílio Vaticano II foi a
abertura da Igreja ao mundo. Reconhecendo a necessidade de se engajar com a cultura e os
problemas contemporâneos, o Concílio buscou promover uma relação mais saudável e
dialógica com a sociedade em geral. Essa abertura incluiu uma maior valorização do diálogo
inter-religioso, ecumênico e o reconhecimento dos valores presentes em outras tradições
religiosas e filosóficas.
Renovação litúrgica: O Concílio promoveu uma renovação litúrgica significativa,
resultando na implementação da Missa em língua vernácula, maior participação dos leigos nas
celebrações e uma maior ênfase na participação ativa dos fiéis. Isso buscou tornar a liturgia
mais acessível e compreensível para os fiéis e destacar seu papel como ação comunitária e
fonte de crescimento espiritual.
Ecumenismo e diálogo inter-religioso: O Concílio enfatizou a importância do
ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Reconhecendo a necessidade de buscar a unidade
dos cristãos e promover o entendimento mútuo com outras religiões, o Concílio incentivou o
diálogo e a colaboração em áreas de interesse comum, enquanto respeitava as diferenças
teológicas e doutrinárias.

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Papel dos leigos: O Concílio destacou a importância dos leigos na vida da Igreja e
incentivou sua participação ativa e responsabilidade na missão da Igreja. Isso implicou um
reconhecimento maior dos dons e vocações dos leigos, promovendo sua participação nos
ministérios, na tomada de decisões e na evangelização.
Atualização teológica: O Concílio Vaticano II também trouxe uma atualização
teológica significativa. Reafirmou a importância das Escrituras Sagradas, promoveu uma
abordagem mais bíblica e existencial da teologia, enfatizou a centralidade de Cristo e sua obra
redentora, e reavaliou o papel da Igreja como o Povo de Deus.

 27/10 – O FAZER TEOLÓGICO A PARTIR DO CONCÍLIO VATICANO II

O Concílio Vaticano II teve um impacto significativo no fazer teológico da Igreja


Católica, promovendo mudanças e desenvolvimentos importantes em várias áreas. Algumas
das principais características do fazer teológico a partir do Concílio Vaticano II incluem:
Fontes da teologia: O Concílio enfatizou a importância das Escrituras Sagradas como
fonte primordial da teologia. A leitura e estudo da Bíblia foram incentivados, levando a uma
abordagem mais bíblica e uma maior valorização do contexto histórico e literário dos textos
sagrados.
Teologia como serviço à comunidade: O Concílio enfatizou que a teologia deve estar a
serviço da Igreja e de seu povo. Os teólogos são chamados a contribuir para a vida e a missão
da Igreja, oferecendo insights teológicos que ajudem a compreender e aplicar a mensagem do
Evangelho de forma relevante para os desafios e realidades contemporâneas.
Diálogo com as ciências humanas: O Concílio reconheceu a importância do diálogo
entre a teologia e as ciências humanas, como a sociologia, a psicologia e a antropologia. Esse
diálogo visa enriquecer a compreensão da fé e da vida humana, incorporando perspectivas e
conhecimentos provenientes dessas disciplinas.
Ecumenismo e diálogo inter-religioso: O Concílio incentivou o diálogo ecumênico
com outras tradições cristãs e o diálogo inter-religioso com outras religiões. Isso influenciou o
fazer teológico, levando a um maior esforço para encontrar pontos de convergência teológica
e promover a compreensão mútua, ao mesmo tempo em que se respeitam as diferenças
doutrinárias e teológicas.
Teologia da libertação e justiça social: O Concílio Vaticano II trouxe à tona questões
sociais e a busca por justiça. Esse contexto favoreceu o desenvolvimento da Teologia da
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Libertação, uma corrente teológica que enfatiza a opção pelos pobres e o compromisso com a
justiça social. A Teologia da Libertação buscou interpretar a fé cristã a partir da perspectiva
dos mais marginalizados e oprimidos, destacando a dimensão social do Evangelho.
Participação dos leigos: O Concílio enfatizou a importância da participação ativa dos
leigos na vida da Igreja e na tomada de decisões. Isso influenciou o fazer teológico, levando a
um maior interesse no estudo e na reflexão sobre o papel dos leigos na missão da Igreja e na
construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Essas são apenas algumas das características do fazer teológico a partir do Concílio
Vaticano II. O Concílio incentivou uma abordagem mais aberta, participativa e
contextualizada da teologia, buscando responder aos desafios e às necessidades da sociedade
contemporânea.

 28/10 – MESA REDONDA – MOÇÃO COMEMORATIVA PELOS 60 ANOS


DE ABERTURA DO CONCÍLIO VATICANO II E 60 ANOS DA DIOCESE DE
MOGI DAS CRUZES – Me. Elizabete Guilherme/Me. Pe. Gabriel Gonzaga
Bina/Dr°. Pe. Claudio Francisco de Oliveira/ Me. Gláucio Alberto Faria de
Souza.

Neste dia a Faculdade favoreceu uma mesa redonda para comemorar os 60 anos de
abertura do Concílio Vaticano II e os 60 anos da Diocese de Mogi das Cruzes, foi uma ótima
oportunidade para refletir sobre o impacto desses eventos e discutir suas implicações
teológicas, eclesiais e pastorais. Aqui está uma sugestão de moção comemorativa que pode ser
apresentada durante a mesa redonda:
Nós, participantes da mesa redonda em comemoração aos 60 anos de abertura do
Concílio Vaticano II e 60 anos da Diocese de Mogi das Cruzes, expressamos nossa profunda
gratidão e reconhecimento pelos significativos marcos históricos que celebramos hoje.
O Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII e continuado pelo Papa
Paulo VI, foi um momento de renovação e abertura para a Igreja Católica. Reconhecendo os
desafios do mundo contemporâneo, o Concílio buscou uma atualização da Igreja, promovendo
um diálogo mais fraterno e respeitoso com a sociedade e outras tradições religiosas. Durante
seus trabalhos, diversas mudanças significativas foram implementadas, influenciando a vida
da Igreja em níveis teológicos, litúrgicos e pastorais.

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Neste contexto, é com alegria que também celebramos os 60 anos da Diocese de Mogi
das Cruzes. Durante seis décadas, esta diocese tem sido um farol de fé, esperança e caridade,
irradiando a mensagem do Evangelho em nosso meio. A Diocese de Mogi das Cruzes tem
sido um exemplo de compromisso pastoral, engajando-se nas realidades locais, acolhendo e
servindo a comunidade com amor e dedicação.
Ao refletirmos sobre esses dois aniversários, reconhecemos a importância de continuar
a obra de renovação e abertura iniciada pelo Concílio Vaticano II. Ressaltamos a necessidade
de um diálogo constante com a sociedade, as outras tradições religiosas e com as pessoas de
boa vontade, para responder aos desafios atuais de maneira relevante e inclusiva.
Nesse sentido, expressamos nosso compromisso de fortalecer a participação dos leigos
e leigas na vida da Igreja, valorizando seus dons e vocações. Reconhecemos a importância do
diálogo ecumênico e inter-religioso para promover a unidade e a paz em nossa sociedade
diversa. Também reafirmamos nosso empenho em buscar a justiça social, atuando em
solidariedade com os mais vulneráveis e marginalizados.
Nesta ocasião, agradecemos a todos os líderes eclesiásticos, clérigos, religiosos(as) e
leigos(as) que, ao longo desses 60 anos, têm contribuído para o crescimento e fortalecimento
da Diocese de Mogi das Cruzes. Agradecemos a todos aqueles que, inspirados pelo Concílio
Vaticano II, têm trabalhado arduamente para construir uma Igreja mais inclusiva e
acolhedora.

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