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55-75) ISSN
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Abstract: Today, democracy is put as great political paradigm of society. Because of this, the
church, as an institution that lives in society - is also encouraged to join in this political
paradigm. In this sense, it has emerged the discussion of the participation of lay faithful
within the Church. The involvement of laity in church is an issue that has been much debated
and it is not the intention of this article gives a definitive answer, but only to hold five issues
in an introductory way: 1. Democracy, 2. Difference between laicism and laicity, 3.
Difference between the priest and the lay faithful, 4. Ways to participate in the life of church,
and finally, 5. Place of participation of lay faithful in the church. Eventually, it is said that the
church with the help of the laity, you will find the ways and words most relevant to the
dialogue with contemporary society.
Introdução
∗
Doutor em estudos da linguagem, professor do departamento de filosofia e do
Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade do Estado do Rio
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origem divina, que uma assembléia democrática não pode mudar. Por
exemplo, do ponto de vista estritamente religioso não se pode mudar a
crença de que Deus criou o mundo, de que a salvação é dada
unicamente por Jesus Cristo e que este nasceu da Virgem Maria.
Então não há espaço para a participação dos fiéis leigos na Igreja? A
participação dos leigos na Igreja é uma questão que tem sido muito
debatida2 e não é intenção desse artigo dá uma resposta definitiva,
mas apenas, de forma introdutória, realizar cinco reflexões. Sendo
elas: 1. A democracia, 2. Diferença entre laicidade e laicismo, 3.
Diferença entre o sacerdote e o fiel leigo, 4. Formas de participar da
vida da Igreja, e por fim, 5. Lugar de participação do fiel leigo na
Igreja.
1. A democracia
1
“Não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e
mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo” (Gl, 3, 28).
2
Com relação ao fato dos fiéis leigos participaram da Igreja, Tepedino (2004, p. 129),
afirma que desde o Concílio Vaticano II e, especialmente, com a Lumen Gentium (LG) os
fiéis leigos são convocados a co-responsabilidade eclesial. Sobre este mesmo tema,
Pereira (1981) realiza uma sucinta apresentação da literatura filosófico-teológica
disponível.
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A expressão teologia da libertação é um tanto quanto equivocada, pois, como afirma
Boff (1982, p. 43), não se pode negar que enquanto expressão da revelação divina a
teologia da libertação, de fato, “liberta o ser humano de uma situação escravizadora”,
entretanto, desde o primeiro século do cristianismo, Deus vem suscitando expressões
teológicas que também libertam o ser humano de variadas formas de escravidão. Entre
essas expressões teológicas cita-se, como exemplo, a teologia beneditina, a teologia
franciscana, a teologia carmelita e a teologia jesuítica. Para ser mais fiel a seu ideário
pastoral, a teologia da libertação deveria se chamar teologia política ou simplesmente
análise cristã da conjuntura social.
4
Nas palavras do filósofo marxista Gramsci (1991, p. 346): “A Igreja Católica é um
partido político conservador”.
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Sobre a questão do cristianismo não ser uma doutrina política, Rops (1988, p. 134)
afirma: “O cristianismo não é em si uma ‘força revolucionária’, no sentido político-social
que hoje se dá ao termo. Não é nem uma doutrina social nem uma doutrina política. [...].
O Cristianismo não é nada menos do que a Revelação da verdade eterna e total, por meio
dos ensinamentos, do exemplo, da morte e da ressurreição de Jesus, Deus feito homem.
Mas, ao mesmo tempo, simplesmente porque Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, faz
desabar ao seu contato tudo aquilo que no mundo é erro, fingimento e matéria morta”.
6
Com relação ao fato do cristianismo não ser um sincretismo, Rops (1988, p. 144) afirma:
“O cristianismo não é um sincretismo, mas uma síntese, uma síntese que jamais se poderá
fazer sem a ação de um elemento absolutamente novo, de um conhecimento que não é
uma resultante dos sistemas religiosos anteriores [...] Jesus de Nazaré”.
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Quadro nº 1
Posição do leigo na Igreja
Tipo do leigo Características Consequências
1. Leigo que Tem fé, deseja participar Positivas:
trabalha junto com da vida religiosa, porque 1. Abertura do leigo para todas
a Igreja (leigo acredita que a Igreja, as dimensões da condição
laicizado). apesar dos seus erros humana (moral, política,
históricos, é o único comunitária, etc).
instrumento de 2. Melhoria na evangelização e
evangelização, um na vida comunitária.
depósito de solidariedade 3. Melhoria na vida pessoal e
e uma possibilidade de familiar do leigo.
construir uma sociedade 4. Aperfeiçoamento das
melhor. atividades pastorais.
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chantagens e da
promoção de eventos que,
na maioria das vezes, só
servem para aparecerem
na mídia e promoverem
idéias que de cristã têm
muito pouco ou
absolutamente nada.
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Com relação ao conceito de fiel leigo no direto canônico, Pereira (1987, p. 771) afirma:
“O Código de Direito Canônico afirma que o leigo não pode dedicar-se às atividades
sociais, profissionais, familiares como se fossem separadas das atividades religiosas ou
vice versa. O leigo é um fiel que tem sua vida indissoluvelmente unida a Cristo e a Igreja.
Este fiel vivi no cotidiano este vínculo de unidade”.
8
No tocante a relação entre o fiel leigo e o Novo Testamento, Pereira (1985, p. 678)
afirma: “No Novo Testamento a participação nas decisões da Igreja é posta em prática.
Ela surgiu da consciência de que a Igreja nasceu da convicção profunda de que Deus é
nosso Pai e que os cristãos são efetivamente irmãos”.
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Com relação ao conceito de autonomia do leigo na Igreja as Conclusões da I
Conferência Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas do Brasil, nº 19, afirmam:
“Entendemos por autonomia a capacidade de autodeterminação, aliada à tomada de
consciência da própria identidade. O sujeito não só é autônomo para ser, mas precisa saber
que o é. O processo de construção da autonomia é o processo de construção da liberdade e
da responsabilidade”.
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Consierações finais
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Referências Bibliográficas:
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