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espécies do mesmo género – o crime – ou seja, são ações dominadas pela vontade (ou nos casos
de negligência, apenas domináveis pela vontade), não justificadas excecionalmente pela
realização de valores juridicamente relevantes, nem desculpáveis por força de um qualquer
estado psicológico de enfraquecimento da determinação da vontade.
O crime é o facto típico, ilícito, culposo e punível, expressando um conjunto de exigências e
uma ordem do juízo na apreciação de tais elementos.
Para afirmarmos que determinado facto é uma ação, temos de compreender a voluntariedade do
comportamento.
Tanto na Escola Clássica como na Escola Finalista, o primeiro passo para qualificarmos um
facto como crime é verificar se existe um comportamento voluntário.
Para qualificarmos um facto como crime temos de observar a natureza do comportamento
voluntário exteriorizado.
A grande diferença entre a Escola Clássica e a Escola Finalista reside na compreensão da
vontade e do conceito de voluntariedade. Para a Escola Clássica, a vontade compreende-se
como causa de movimentos corpóreos numa perspetiva naturalística. Para a Escola Finalista, a
vontade é uma especificidade do comportamento humano, conduzida para fins previamente
determinados.
Na prática, onde se refletem estas divergências é no juízo que decide sobre a verificação de um
crime.
Escola Clássica: O primeiro juízo de verificação do facto basta-se com uma constatação
mínima de voluntariedade.
Escola Neoclássica: