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Os elementos que integram a estrutura do crime são:

• Fato típico (conduta, resultado, nexo causal, tipicidade);

• Ilicitude – não existem elementos dentro da ilicitude porque ela é presumida, o que existem
são excludentes de ilicitude a exemplo da legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal,
estado de necessidade, exercício regular do direito;

• Culpabilidade – (imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa, potencial consciência da


ilicitude

• Crime comum

– não exige condição ou qualidade específica do sujeito ativo. Qualquer pessoa pode praticar o
crime.

Crime próprio

– para ser sujeito ativo deste delito, é necessária uma qualidade ou condição especial ao
agente. Quem não detém tal qualidade estará incapacitado de cometer o referido crime (por
exemplo, infanticídio, crimes funcionais

Crime de mão-própria

– além de exigir uma qualidade ou condição especial ao agente, a prática do crime não pode
ser delegada a outrem. É uma infração penal de conduta infungível

Bizu

Art. 173. § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa
jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua
natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia
popular

Bizu

Art. 225. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente
da obrigação de reparar os danos causados.

Lei de Crimes Ambientais

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente


conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua
entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas
físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.
Bizu

Comum – se o tipo penal não exige uma qualidade específica do sujeito passivo. b)

Próprio – o tipo penal exige uma qualidade específica do sujeito passivo. Por exemplo:
infanticídio

1) Objeto material Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa.


2)
3) Ex.: homicídio (pessoa humana), furto (res furtiva – coisa alheia móvel).
1)
2) Objeto material
3)
4) Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. Ex.: homicídio (pessoa
humana), furto (res furtiva – coisa alheia móvel).

1) Caso fortuito e força maior Características:

imprevisibilidade e inevitabilidade (ex.: criança que é levada por uma tromba d’agua, raio que
gera incêndio). Não haverá voluntariedade na conduta. Se houver um resultado, ainda que
criminoso, mas que não tenha sido produzido por um comportamento voluntário que seja
decorrente de força maior ou caso fortuito, exclui-se a conduta.

Distinção:

• Caso fortuito – acontecimento imprevisível e inevitável provocado pelo comportamento


humano (ex.: greve de trabalhadores que impede a chegada de uma ambulância no hospital.
Os trabalhadores não respondem pelo crime, pois era um resultado imprevisível. Eles estavam
praticando a greve, que era um um ato legal)

Movimentos reflexos Reação motora automática a um estímulo externo.

Os movimentos reflexos não se confundem com as ações em curto-circuito. Neste caso, o


agente age de maneira impulsiva e volitiva. Portanto, haverá conduta. Ações em curto-circuito
é quando o agente sai de si, fica completamente desnorteado.

Coação física irresistível (vis absoluta)

A coação física irresistível vai excluir a conduta porque a conduta é um movimento, um


comportamento humano voluntário. Se há alguém coagindo outra pessoa fisicamente a
praticar uma conduta, a praticar uma ação, ou mesmo uma omissão, não há um
comportamento voluntário.

Bizu

A coação moral exclui a culpabilidade, a coação física exclui a conduta

Resultado naturalístico

Modificação no mundo exterior em decorrência da conduta do agente


Resultado jurídico (ou normativo)

Lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal. Ou seja, a violação da lei
penal gera o resultado jurídico.

Bizu

Código Penal “Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado
não teria ocorrido.

Bizu

Os elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo causal entre a conduta e o resultado e
tipicidade. A antijuridicidade é outro elemento do crime, a ilicitude.

CRIME DOLOSO

Art. 18 – Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo

• Elemento volitivo

– o agente quer a produção do resultado de forma direta (dolo direto) ou admite a sua
ocorrência (dolo eventual)

Elemento intelectivo ou cognitivo

– efetivo conhecimento de que determinado comportamento (conduta) vai gerar


determinado resultado (elementos integrantes do tipo penal objetivo)

1) Dolo natural
(incolor, avalorado, neutro) Tem como elementos a consciência (elemento intelectivo)
e a vontade (elemento volitivo

2) Dolo normativo
(colorido, valorado, híbrido) Tem como elementos a consciência, a vontade e a
consciência atual da ilicitude

1) Dolo de propósito (ou refletido) Decorrente da reflexão prévia do agente, ainda que
por breve espaço de tempo. Ex.: crimes premeditados

3) Dolo de ímpeto (repentino) Conduta criminosa é praticada sob o domínio de violenta


emoção. Não há intervalo relevante entre a cogitação (fase interna do iter criminis) e
os atos executórios. Ex.: crimes passionais; homicídio privilegiado (“logo em seguida a
injusta provocação da vítima”). Pode incidir a atenuante genérica prevista no art. 65,
III, C, CP – “sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima”.
1) Dolo genérico O tipo penal não exige uma finalidade específica para que seja
reconhecido. Ex.: matar alguém. Não importa a finalidade específica para o qual foi
cometido o crime. A distinção entre dolo genérico e específico tinha mais relevância na
teoria causalista.

Dolo antecedente,

inicial ou preordenado Dolo anterior à conduta. Parte da doutrina afirma que esse dolo não
deve ser levado em consideração para a responsabilidade penal, uma vez que é necessário
haver dolo durante os atos executórios e não somente na fase da cogitação ou dos atos
preparatórios. Todavia, o dolo antecedente será levado em consideração na embriaguez
preordenada (teoria da actio libera in causa)

2) Dolo atual ou concomitante

O agente tem a intenção de praticar o delito durante toda a prática dos atos executórios. Este
é o dolo de maior relevância para o direito penal

Dolo subsequente ou sucessivo Dolo posterior à conduta típica.


Parte da doutrina considera esse dolo irrelevante, uma vez que a conduta típica já foi
praticada.

1) Dolo de primeiro grau


Trata-se do dolo direto. O resultado almejado, com consciência e vontade, por
meio da prática de uma conduta

2) Dolo de segundo grau

(ou de consequências necessárias) É uma espécie de dolo direto e não de dolo eventual

Código Penal Art. 18

]– Diz-se o crime: Crime culposo II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei,
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente

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