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a)CONDUTA
b)TIPICIDADE
CONDUTA. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.
CONDUTA
Conceito:
a) Teoria naturalista ou causal (Franz von Liszt): Para a teoria causal da ação, pratica fato
típico aquele que pura e simplesmente der causa ao resultado, independente de dolo ou
culpa na conduta do agente, elementos esses que, segundo essa teoria, serão analisados
apenas na fase de averiguação da culpabilidade, ou seja, não pertencem à conduta. Para
saber se o agente praticou fato típico ou não, deve-se apenas analisar se ele foi o causador
do resultado, se praticou a conduta descrita em lei como crime, não se analisa o conteúdo
da conduta, a intenção do agente na ação, trabalha-se com o mero estudo de relação de
causa e efeito. Crime, para essa teoria, é fato típico, antijurídico e culpável, pois o dolo e a
culpa, que são imprescindíveis para a existência do crime, pertencem à culpabilidade, logo
esta deve fazer parte do conceito de crime para os seguidores dessa teoria.
b) Teoria finalista (Hans Welzel): Para a teoria finalista da ação, que
foi a adotada pelo nosso Código Penal, será típico o fato praticado
pelo agente se este atuou com dolo ou culpa na sua conduta, se
ausente tais elementos, não poderá o fato ser considerado típico,
logo sua conduta será atípica. Ou seja, a vontade do agente não
poderá mais cindir-se da sua conduta, ambas estão ligadas entre si,
devendo-se fazer uma análise de imediato no “animus” do agente
para fins de tipicidade.
c) Teoria social (Hans-Heinrich Jescheck): Para os adeptos à teoria social, a
sociabilidade da conduta deve ser observada; não podemos taxar como crime uma conduta que é
perfeitamente aceitável perante a sociedade e que não gera danos consideráveis à mesma; a referida
teoria alega ser inútil punir alguém por um fato que a própria sociedade aceita, ou seja, deve-se
observar um elemento social, que estaria contido implicitamente no tipo penal. Para essa teoria, só
será típico o fato que repercute negativamente na sociedade. Os críticos à teoria social alegam que
esta implica num risco à segurança jurídica, pois caberia ao magistrado decidir se tal conduta é
típica ou não de acordo com os costumes, e , como se sabe, costume não revoga lei, ou seja,
analisando o caso em concreto, se o juiz entender que a ação do agente foi absolutamente sociável,
classificará aquela como atípica, ignorando, assim, o direito positivo. Alegam ainda que o próprio
Código Penal já estabeleceu as excludentes de ilicitude quando uma conduta for, embora típica,
perfeitamente aceitável, como, por exemplo, no caso da legítima defesa. Tal teoria não foi
concebida pela nossa legislação, entretanto, não se deixa de avaliar a sociabilidade da ação,
podendo esta ser utilizada pelo magistrado como critério de fixação da pena base, com fundamento
no artigo 59 do Código Penal.
Elementos da conduta – vontade, finalidade,
exteriorização (inexiste quando enclausurada na mente)
e consciência.
Ausência de conduta
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
“Suponha-se que ‘A’ tenha matado ‘B’. A conduta típica do homicídio possui
uma série de fatos, alguns antecedentes, dentre os quais sugerem-se os
seguintes: 1) a produção do revólver pela indústria; 2) aquisição da arma pelo
comerciante; 3) compra do revólver pelo agente; 4) refeição feita pelo
homicida; 5) emboscada; 6) disparo dos projéteis na vítima; 7) resultado
morte. Dentro dessa cadeia, excluindo-se os fatos sob os números 1 a 3, 5 e 6,
o resultado não teria ocorrido. Logo, são considerados causa. Excluindo-se o
fato sob o número 4, ainda assim o resultado teria ocorrido. Logo, a refeição
feita pelo sujeito não é considerada causa”. A esse sistema, preconizado por
Thyrén, de aferição, dá-se o nome de “procedimento hipotético de
eliminação”.
Superveniência causal: o art. 13, § 1º do CP, dispõe que a
superveniência de causa relativamente independente exclui a
imputação quando, por si só, produziu o resultado.
Causa – é toda condição que atua paralelamente à conduta,
interferindo no processo causal.
Causa dependente – é aquela que, originando-se da conduta,
insere-se dentro da linha normal de desdobramento causal da
conduta.
Causa independente – é aquela que refoge ao desdobramento
causal da conduta, produzindo por si só, o resultado.
Causas absolutamente independentes: são aquelas que têm
origem totalmente diversa da conduta. O advérbio de modo
“absolutamente” serve para designar que a causa não partiu
da conduta, mas de forma totalmente distinta.
• Conceito
• Natureza jurídica da tentativa – trata-se
de norma de extensão cuja finalidade é
propiciar a punição do autor da tentativa
através de uma adequação típica mediata
ou indireta.
CLASSIFICAÇÃO OU FORMAS DE TENTATIVA