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2. ESPÉCIES DE RESULTADO:
a) Resultado jurídico: é a ofensa ao bem-jurídico. Todos os crimes têm resultado jurídico.
b) Resultado naturalístico: é a “modificação no mundo exterior” (Von Lizt). Apenas alguns
crimes tem resultado naturalístico.
3. CONCAUSAS:
3.1. Conceito de concausa: é outra causa que, absoluta ou relativamente independente a
conduta do agente, produz ou produzem o resultado como ocorreu.
3.2. Espécies de concausa:
OBS¹: o agente, para ser responsabilizado penalmente por todo o resultado deve ter
consciência da concausa relativamente independente preexistente.
OBS²: depende de dois requisitos: 1) mesma linha de desdobramento dos fatos; 2)
relevância da conduta do agente.
2. ELEMENTOS DO DOLO:
a) Elemento intelectivo (ou cognitivo): consciência (sinônimos: previsibilidade, representação
mental).
b) Elemento volitivo: vontade (sinônimo: decisão)
ATENÇÃO: art. 18, I, CP/84 (“diz-se o crime: doloso quando o agente quis o
resultado [teoria da vontade: dolo direto] ou assumir o risco de produzi-lo [teoria do
assentimento/consentimento: dolo eventual]”).
5. ESPÉCIES DE DOLO
a) Dolo direito e dolo indireto:
No dolo direto o agente “prevê e quer” o resultado. Pode ser: dolo direto de 1° grau
em relação a um fim específico pretendido pelo agente; e dolo direto de 2° grau, em relação
aos fatos colaterais certos e necessários decorrentes aos meios escolhidos pelo agente.
No dolo indireto, o agente não se dirige a um resultado específico. Pode ser: dolo
eventual, quando o agente prever e não quer o resultado, mas assume o risco de produzi-lo. O
resultado previsto eventualmente pode ocorrer, mas em todo caso o agente continua com a
conduta, atuando com total indiferença ao bem jurídico, e pode ser dolo alternativo, quando
agente prevê vários resultados e quer um ou outro, o que ocorrer.
OBS: a diferença entre dolo eventual e dolo direto de 2° grau é que no dolo eventual, o
resultado e incerto e eventual; no dolo direto de 2° grau, os efeitos colaterais (resultado)
são certos e necessários.
OBS: STF, HC 97.252, 2009; E REsp 249.064/SP, 2002: a identificação do dolo não se
extrai da mente do agente, mas sim das circunstâncias do fato (contexto).
OBS: STF, RHC 39335, 1962; STJ, AgRg no REsp 1322788/SC, 6° turma, 2015;
AgRg, no REsp 1.199.9/DF, 5° turma, 2012: é compatível a tentativa e o dolo eventual
pela indiferença do bem jurídico.
II – CRIMES CULPOSOS
1. CONCEITO DE CULPA: é a inobservância de um dever objetivo de cuidado, revelado em
um resultado naturalístico, ao menos, previsível.
CONSUMAÇÃO:
- Art. 14, I, CP: diz-se o crime: I- consumado quando nele se reúnem todos os elementos de
sua definição legal.
O momento da consumação varia de acordo com a espécie de crime:
a) Crimes materiais: com o resultado naturalístico (ex: art. 121, CP).
b) Crimes formais: com a conduta, a pesar de o legislador descrever também o resultado
naturalístico (ex: arts. 317, 333, CP).
c) Crimes de mera conduta: com a conduta (ex: art. 150, CP).
d) Crimes habituais: com a reiteração da conduta (ex: art. 284, CP; art. 4°, Lei 7492/86 [crime
de gestão fraudulenta: STJ, HC 97.357, GO, 2010]).
e) Crimes omissivos próprios: com a omissão (135, caput, CP).
f) Crimes omissivos próprios com resultado naturalístico (art. 135, p. único, CP): com
resultado naturalístico.
g) Crimes omissivos impróprios: com o resultado naturalístico.
TENTATIVA
1. Art. 14, II, CP: diz-se o crime tentado, quando iniciada a execução, não se consuma por
“circunstâncias alheias à vontade do agente”.
Art. 14, p. único, CP: salvo disposição em contrário, pune-se tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terço.
2. Art. 14, II. CP: “norma de extensão” “tipo penal ampliado”.
3. Elementos da tentativa: o agente inicia a execução, mas, por circunstâncias alheias à sua
vontade, não atinge a Consumação.
Para se configurar tentativa: 1) início da execução; 2) circunstâncias alheias à vontade do
agente; 3) não consumação.
Espécies de tentativa:
a) Tentativa branca ou incruenta: não se lesiona o bem jurídico.
Tentativa vermelha ou cruenta: há lesão ao bem jurídico.
b) Tentativa perfeita (crime falho): há esgotamento da execução, de acordo com o plano
criminoso do agente.
Tentativa imperfeita (ou crime inacabado): não há esgotamento da execução, de acordo com o
plano concreto do autor. O agente supõe que o que fez é suficiente para consumação.
c) “Tentativa abandonada” (= desistência voluntária): início da execução, mas por vontade
própria do agente, não se atinge a consumação. (Art. 15, CP).
“Tentativa fracassada” (Enrico Bacigalupo): início da execução, mas não ocorre a
consumação, porque o agente desiste por acreditar que os meios escolhidos não são
suficientes.
Qual a natureza jurídica da tentativa: causa de diminuição de pena.
Punição da tentativa:
- Art. 14, p. único, CP: em regra, é uma pena diminuída.
1) Teoria subjetiva (Tittimann, 1822): pune-se a intenção. Adotada em no Brasil como
exceção (ex: art. 352, CP: evadir, ou tentar evadir de estabelecimento penal, com violência;
Lei 7170/83, art. 9°, 10 e 11) (pune-se a tentativa e a consumação com a mesma pena; art.
309, Lei 4737/65 - Código Eleitoral).
2. Teoria Objetiva (Feuerbach, 1801): pune-se a tentativa com a pena da consumação
diminuída de algum percentual, porque não se avançou tanto no Inter crimines. Adotada como
regra (art. 14, p. único, CP: pena diminuída de um terço a dois terços).
OBS: o critério, para definir o percentual de diminuição de pena da tentativa, entre 1/3 e
2/3 é o Inter crimines, ou seja, quanto mais próximo da consumação menor deve ser a
diminuição de pena.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
- Art. 16, CP: “nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparando o
dano ou restituindo a coisa até o recebimento da denúncia ou queixa, por ato voluntário do
agente, a pena será reduzida de um a dois terços”.
- Elementos:
Crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa.
ELEMENTOS:
a) Absoluta ineficácia do meio: ex: arma sem munição; falsificação grosseira (súmula 73,
STJ);
b) Absoluta impropriedade do objeto: ex: tiros em cadáver; abortivo em mulher não gravida;
ESTADO DE NECESSIDADE
Art. 24, CP: “considera-se em estado de necessidade (implícito: elemento subjetivo) quem
prática fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo o sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
§1°: não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§2°: embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado a pena poderá ser
reduzida de 1 a 2/3”.
Requisitos
Perigo atual: “perigo atual” é aquele que está acontecendo, “perigo iminente” é aquele que é
certo e prestes a se iniciar. Podem ser fontes de perigo: natureza, animal e pessoa; não se
admite pretérito nem futuro.
Perigo não provocado voluntariamente pelo agente: sobre “voluntariamente”, a doutrina
voluntaria entende que é só “dolosamente” (ROXIN). Mas, a doutrina majoritária (NUCCI,
HUNGRIA E MASSON) entende que engloba também o “culposamente”, porque no crime
culposo a conduta é conduta é voluntária e por causa do art. 13, §2º, “c”, CP (garante por
ingerência). E, ainda, CEZAR BITTENCOURT, isoladamente, entende que significa apenas
“intencionalmente” (dolo direto).
Perigo a bem jurídico próprio ou alheio: possível o estado de necessidade próprio ou de
terceiro. A solidariedade não exige intimidade ou parentesco. Possível salvar qualquer bem
jurídico. Se o bem jurídico de terceiro for disponível, depende de autorização prévia ou
concomitante.
Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo: sobre o “dever legal”, trata-se de qualquer
“dever jurídico” (ex: lei, contrato, etc) conforme a doutrina majoritária e item 21, da
Exposição de Motivo do CP. Não exige heroísmo. Há limites, por causa da dignidade
humana.
Inevitabilidade do dano por outro modo: o estado de necessidade caracteriza-se pelo comodus
discessus, ou seja, se for possível evitar o sacrifício, deve ser evitado, por exemplo, fugindo;
e, ainda, se for possível um meio menos gravoso, assim o dever de agir, sob pena de
responder pelo excesso;
Inexigibilidade de sacrifício do bem jurídico: o art. 24, do CP, adotou a “teoria unitária” sobre
o estado de necessidade justificante, que exclui a Ilicitude quando se configura quando o bem
sacrificado tem menor ou igual importância ao bem salvo. Se o bem salvo tem mais
importância, não haverá estado de necessidade, mas haverá diminuição da pena de 1/3 a 2/3;
ou até “excesso exculpante” (medo, pânico ou perturbação dos sentidos) que pode excluir a
culpabilidade. Já o art. 39, CPM, adotou a “teoria diferenciadora”, com a qual há duas
espécies: a) “estado de necessidade justificante” (exclui a ilicitude; o bem jurídico deve ser
menos importante); b) “estado de necessidade exculpante” (exclui a culpabilidade; e o bem
sacrificado tem igual ou mais importância).
Elementos subjetivos: consciência e vontade específica de agir em estado de necessidade. O
Finalismo, de HANS WELZEL, que acrescentou a exigência em todas as justificantes.
Espécies de estado de necessidade:
a) Estado de Necessidade Próprio e Estado de Necessidade de Terceiro.
b) Estado de Necessidade Real (tem os 7 requisitos) e Estado de Necessidade Putativo (o
agente pensa que há requisitos, mas, por exemplo, a situação de perigo é imaginária, art. 20,
§1º, CP, sobre “descriminantes putativos”, se for “erro de tipo inevitável” exclui o dolo e a
culpa (se a modalidade culposa for prevista expressamente para o tipo penal em questão).
c) Estado de Necessidade Agressivo (bem sacrificado é de “terceiro inocente”, e, no Direito
Civil (art. 188, II; 929 e 930, CC/02)o gente deve indeniza-lo e, depois, buscará ressarcimento
daquele que causou o perigo em “ação regressiva”); e Estado de Necessidade Defensivo (o
bem sacrificado é daquele que causou o perigo ou fonte do perigo).
d) Estado de Necessidade Justificante e Estado de Necessidade Exculpante.
e) Estado de Necessidade Recíproco: é possível.
LEGÍTIMA DEFESA
Fundamento: quando o Estado não conseguir estar presente e proteger os bens jurídicos da
pessoa, esse indivíduo poderá agir em legítima defesa.
Art. 25, CP: entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários repele injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem.
Requisitos:
É uma reação a uma AGRESSÃO INJUSTA, com Os MEIOS NECESSÁRIOS usados com
moderação.
a) Agressão injusta: a fonte só pode ser uma conduta humana. Não precisa ser um fato típico
de crime. Se o agressor foi “inimputável”, deve evitar a reação (commodus discessus).
Agressão injusta é muito mais que mera “provocação”.
b) agressão atual ou iminente: agressão que está acontecendo ou prestes a ocorrer. Não se
admite “agressão passada” (vingança) nem agressão futura (“legítima defesa preordenada”,
conforme Willian Douglas [no Brasil, prevalece que não haveria legítima defesa real, mas
“inexigibilidade de conduta diversa”, que exclui a culpabilidade]).
c) Agressão a bem jurídico próprio ou de terceiro: qualquer bem jurídico pode ser protegido,
inclusive a pessoa jurídica. Se o bem jurídico de terceiro for disponível exige-se prévia ou
concomitante autorização.
d) Reação com os meios necessários: são aqueles a disposição do agente, no momento da
reação. Esse Requisito admite flexibilidade. A reação, em regra, não exige commodus
discenssus, ou seja, que se acovarde e fuja.
e) Uso moderado desses meios: o suficiente para afastar o agressor injusto. É a
proporcionalidade e a razoabilidade entre a reação e a agressão. Exige-se que o bem-jurídico a
ser sacrificado seja de MENOR ou IGUAL importância ao bem-jurídico protegido.
f) Elementos subjetivos específicos: é a consciência e vontade específica de agir em legitima
defesa. Na legitima defesa chama-se animus defendi (que é diferente do animus necandi,
vontade de matar).
Espécies:
a) Legitima Defesa Própria ou Legitima Defesa de Terceiro.
b) Legítima Defesa Real e Legítima Defesa Putativa.
c) Legitima Defesa Agressiva e Legitima Defesa Defensiva.
Situações Especiais
a) Legitima Defesa da Honra: nas Ordenações Filipinas, admite-se que o homem matasse a
mulher e o amante se os surpreendessem em adultério. Essa regra não avalia para a mulher.
No Código Criminal do Império (1830), essa possibilidade foi eliminada. O Código Penal dos
Estados Unidos do Brasil (1890) previu que não era homicídio, se matar sob “total
perturbação do sentido ou inteligência”. Uma insanidade momentânea pela surpresa do
adultério. No Código Penal de 1940, essa excludente (“sob a total perturbação dos sentidos ou
inteligência”) foi eliminada. Foi previsto o “homicídio privilegiado”, graças aos esforços do
Promotor ROBERTO LYRA à época (art. 121, §1°, CP). E o art. 28, I, CP, previu que a
“emoção e a paixão” não isenta de pena. Então, a tese de defesa “legitima defesa da honra”,
usada pela primeira vez por EVANDRO LINS E SILVA com esse slogan (dec. 70, séc. XX),
para ir além do benefício do “homicídio privilegiado” (pena reduzida de 1/6 a 1/3), é a defesa
de que houve “excesso culposo” e, portanto, “homicídio culposo” (art. 121. §3°, CP: pena 1 a
3 anos) e, com a pena dosada até 2 anos, pedir o benéfico da suspensão “condicional da pena”
(sursis, art. 77, do CP). Trata-se de um artifício para diminuir mais ainda a pena de evitar a
prisão. Não se trata de pedido de absolvição.
b) Outras situações especiais:
Legitima Defesa Real x Legitima Defesa Real? NÃO, legítima defesa recíproca.
Legitima Defesa Real x Estado de Necessidade Real? NÃO, porque o EN não é agressão
injusta.
Legitima Defesa Real x Legitima Defesa Putativa? SIM,
Legitima Defesa Real x Estado de Necessidade Putativo? SIM, porque o quem age em EN
Putativo é uma agressão injusta.
Legitima Defesa Real x excesso em Legitima Defesa Real? (Legitima Defesa Sucessiva)?
SIM, porque o excesso se torna agressão injusta.
Estado de Necessidade Real x Estado de Necessidade Real? Sim,
Estado de Necessidade Real x Estado De Necessidade Putativo? Na verdade, essa conduta
(“EN Real”) tecnicamente é Legitima Defesa Real. Sendo assim, pode ocorrer.
Estado de Necessidade Real x Legitima Defesa Real?
c) Excessos (art. 23, p. único, CP):
c.1) Qualquer justificante pode ter excesso, o que irá responsabilizar penalmente o agente.
c.2) Espécie:
Excesso doloso: após afastar o perigo, quer o excesso!
Excesso culposo: após afastar o perigo, avalia mal a situação e continua a agir,
praticando o excesso...
Excesso intensivo: desde o início, já é um excesso; só um momento na cena; durante
todo fato, há excesso.
Excesso extensivo: até certo momento, há justificativa, mas, em outro momento (após
afastar o perigo), o agente pratica o excesso; o segundo momento.
Excesso exculpante: é uma causa de exclusão da culpabilidade, situação na qual o
excesso (doloso ou culposo; intensivo ou extensivo) é incompreensível, porque
decorre de medo, pânico ou perturbação dos sentidos.
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
1. O consentimento do ofendido, em certas situações, pode funcionar como “causa de
exclusão do Fato Típico” (quando o “consentimento do ofendido” for elementar do tipo penal;
ex: art. 213, CP: “constranger alguém...”); e, em outras situações, funcionará como “causa de
exclusão da ilicitude”.
2. Requisitos do consentimento do ofendido como “causa de exclusão da ilicitude”: i)
ofendido deve ter mais de 18 anos; ii) consentimento manifestado sem vícios e, ainda, de
forma prévia ou concomitante; iii) só poderá ser ofendido um bem jurídico disponível (ex:
património, integridade física em lesão corporal leve, imagem etc.).
3. Causa supralegal de exclusão da ilicitude.
OBS:
Corrente tripartite (majoritária) Corrente bipartite (minoritária)
C = Ft + I + C (cupabilidade como 3º C = Ft + I + C (culpabilidade é um
elemento e juízo de reprovação) (Roxin, pressuposto da pena) (Damásio, Capez,
Hungria) LFG).
Teorias sobre a culpabilidade:
a) Teoria psicológica da culpabilidade (Causalista, Liszt, Beling): a culpabilidade só tinha
elementos psicológicos. Era um mero liame subjetivo entre a conduta do agente e o resultado.
ERRO DE
PERMISSIVO Erro sobre a coisa
TIPO
Erro sobre o nexo
ACIDENTAL
causal
ERROS
Erro na execução
DIRETO (aberratio ictus)
Resultado diverso do
INDIRETO pretendido (aberratio
ERRO DE PROIBIÇÃO criminis)
MANDAMENTAL
ERRO DE TIPO
Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis)
Art. 74, CP. Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução
do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato
é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido aplica-se a regra
do art. 70 deste Código.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL: não sabe o que faz (art. 20, CP)
Inevitável (invencível ou escusável):
exclui dolo e culpa
Evitável (vencível ou inescusável):
exclui dolo e responde por culpa (imprópria), se previsto em lei.
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20, CP. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Erro determinando por terceiro
§2º. Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
ERRO DE TIPO PERMISSIVO (art. 20, §1º, CP): descriminante putativa por supor situação
de fato que, se existisse, excluiria a Ilicitude do Fato Típico.
Inevitável (invencível ou escusável):
exclui dolo e culpa
Evitável (vencível ou inescusável):
exclui dolo e responde por culpa (imprópria), se previsto em lei.
Descriminantes putativas
Art. 20, §1º, CP. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Art. 73, CP. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se
tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no §3º do art. 20 deste
Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se
a regra do art. 70 deste Código.
e) Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis, art. 74, CP): por falha do
mecanismo ou erro de pontaria acerta coisa ou animal, ao invés da pessoa quista, ou vice-
versa (pessoa-coisa). Responde por culpa, se previsto em lei; e, se ocorre os dois resultados,
concurso formal de crimes.
ERRO DE PROIBIÇÃO
Erro de proibição direto (art. 21, CP): o agente sabe o que faz, mas não sabe que é proibido
(ou que tinha dever de agir).
Inevitável (invencível ou escusável):
isenta de pena
Evitável (vencível ou inescusável):
diminuição a pena de 1/6 a 1/3
Erro sobre a ilicitude do fato
Art. 21, CP. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se
inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminui-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir
essa consciência.
Erro de proibição indireto: descriminante putativa quanto à existência ou aos limites de
causa de exclusão da ilicitude.
Inevitável: isenta de pena
Evitável: diminui a pena
Erro de proibição mandamental: o agente não sabe que tinha o dever de agir (e de evitar o
resultado), em crimes omissivos.
ERRO DE TIPO
quanto a SITUAÇÃO DE FATO permissivo
(art. 20, §1º, CP)
DESCRIMINANTES quanto a
PUTATIVAS EXISTÊNCIA
quanto a
LIMITES
Crimes plurisubjetivos ou de concurso necessário => não se aplica. (ex: art. 288, do CP, com
a redação da Lei 12.850/2013)
[A segurou a vítima e B a matou ---> “quem, de qualquer forma, concorrer...” (art. 29, CP) -
--> “matar alguém” (art. 121, CP). Denúncia do MP: “A e B, em conjunção de esforços e
unidade de designos, mataram C. O MP pugna pela condenação nas penas do art. 121, caput,
c/c art. 29, ambos do CP.”]
AUTORIA
Teorias sobre a Autoria: para descobrir quem é o Autor do crime.
Teoria restritiva objetivo-formal: aquele executa as elementares do tipo penal. (preferida).
Críticas
Teria restritiva objetivo-material: aquele que mais contribui para o crime. Críticas.
Teoria extensiva ou subjetiva: aquele que pratica o crime em interesse próprio. Críticas.
Teoria do domínio do fato: aquele que tem o domínio do fato criminoso. (Adotada pelo STF).
Recente.
Hans Welzel (1939): “a conduta é o comportamento humano controlado e dirigido pela
vontade”. (controle final do fato)
Claus Roxin (1963): o domínio do fato pode ser:
1) domínio da execução (autor imediato): a pessoa executa todas as elementares do tipo
penal;
2) domínio da vontade (autor mediato): a pessoa [intraneus] controla a vontade daquele
[extraneus] que executa as elementares do tipo penal;
3) domínio da função (autor funcional): a pessoa, em uma divisão de tarefas, de acordo com
um plano de trabalho, executa a sua função, imprescindível para o crime.
Supremo Tribunal Federal
AP 470, em 2013 (Caso Mensalão): a teoria foi usada para condenar.
AP 475, em 2014 (Caso Collor): a teoria foi usada para absolver.
Situações de Autoria
Há Concurso de Pessoas: Autoria imediata (aquele que faz tudo); Autoria funcional (o que
tem uma função importante para que o esquema aconteça); Autoria intelectual (o que tem a
ideia de praticar o crime, e não necessita está na cena do crime); Coautoria (o crime há, pelo
menos, dois autores).
Não há concurso de pessoas: Autoria mediata ou indireta (muitas vezes o autor que pratica a
conduta não sabe o que faz [a pessoa de trás que pratica o crime]); Autoria colateral (não há
liame subjetivo, apenas uma coincidência); Autoria incerta (não sabe quem ainda praticou);
Autoria ignorada ou desconhecida (não conseguiu descobrir quem praticou).
PARTICIPAÇÃO
Partícipe: é a pessoa que, sem ter o domínio do fato, concorreu para o crime. E será punido
quando:
Código Penal:
“Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em
contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado”.
Teorias sobre a Participação
Teoria da acessoriedade mínima: (autor tentar praticar Fato Típico)
*Teoria da acessoriedade limitada: adotada pelo CP. (autor tentar praticar Fato Típico +
Ilicitude).
Teoria da acessoriedade extrema ou máxima: (autor tentar praticar Fato Típico + Ilicitude +
Culpabilidade).
Teoria da hiperacessoriedade: (tentar praticar Fato Típico + Ilicitude + Culpabilidade +
Punibilidade).
Espécies de Participação
Participação moral:
1) Induzimento: implanta a ideia.
2) Instigação: incentiva a ideia.
Participação material:
3) Auxílio: ajuda o autor, sem ter o domínio do fato (antes da Reforma de 1984: “cúmplice”).
Situações de Participação
Participação da participação: (ou também chamada de participação em cadeia). “A” fala
com “B” que fala com “C” que fala com “D” que pratica o crime.
Participação sucessiva: não é uma cadeia. Tem um autor que é influenciado por várias pessoas
diferentes.
CRIMES OMISSIVOS
Crimes omissivos próprios ou Puros: esses têm tipo penal próprio e o agente tem apenas
„dever genérico de agir‟. São crimes formais e não admitem tentativa.
Coautoria: não admite (cada pessoa comete um crime omissivo próprio diferente).
Participação: admite apenas participação moral e na forma comissiva e dolosa (instigação ou
induzimento).
Crimes omissivos impróprios ou impuros: não têm tipo penal, necessitando da „nexo de
extensão‟ do art. 13, §2º, „a‟, „b‟ e „c‟, do CP; o agente tem „dever especial de agir e de evitar
o resultado‟ e, por isso, o agente se chama „garante‟ ou „garantidor‟; são crimes materiais e
admitem tentativa.
Coautoria: não admite (cada pessoa comete um crime omissivo próprio diferente).
Participação: admite apenas participação moral e na forma comissiva e dolosa (instigação ou
induzimento).
CRIMES CULPOSOS
- São aqueles praticados com a inobservância do dever objetivo de cuidado.
Prestação
Penas pecuniária
Perdas de bens e
valores
Restritiva de Prestação de serviço
direitos à comunidade
Sanções Penais
Multa Interdição de
direitos
Internação Limitação de fim
Medidas de de semana
Segurança Tratamento
Ambulatorial
SISTEMA DE PROGRESSÃO DE REGIME (art. 33,§2º, CP; 112, LEP; 2º, §1º e 2º, Lei
8072/90; art. 33, §4º, CP)
Crime comum: objetivo (1/5 da pena) + subjetivo (atestado de bom comportamento).
Crimes contra administração pública (art. 312 a 359-H,CP): objetivo (1/6 da pena + reparação
do dano) + subjetivo (atestado de bom comportamento).
Crimes hediondos e equiparados: objetivo (réu 1º 2/5 da pena; réu reincidente 3/5 da pena) +
subjetivo (atestado de bom comportamento).
OBS: requisito subjetivo: “exame criminológico” o juiz pode exigir sim, desde que a
decisão seja fundamentada com elementos concretos.
OBS: progressão de regime na lei 8072/90: 1) 1990 a 2006 “integralmente” (HC 82959
SP, 2006); 2) 2007 “inicialmente” (lei 11.464/2007); 3) 2011 “tabela prevista no art.
33, §2º”, CP (HC 111.840 ES, 2012); 4) 2006/2007 1/6 (STF SV 26; STJ 471).
REGRESSÃO DE REGIME (art. 118, LEP – Lei 7210/84)
1) Não é possível progressão per saltum, mas é possível regressão per saltum.
2) Hipóteses: Crime doloso (depois); falta grave (rol taxativo: art. 50 LEP); nova condenação
(crime anterior); frustrar os fins do regime aberto
(STF, ADI 4172, pendente: Regime Disciplinar Diferenciado - RDD)
Julgamentos no STF pendentes, sobre o sistema penitenciário:
STF, ADPF 347 (Estado de Coisas Inconstitucional do sistema penitenciário).
STF, RE 592.581 (Judiciário pode obrigar governos a construírem novos presídios).
STF, RE 641.320 (execução da pena em regime penitenciário mais gravoso).
STF, ADI 5170 (responsabilidade civil do Estado por danos morais aos presos).
STF, RE 580252 (responsabilidade civil do Estado por danos morais aos presos).
DIREITOS DO PRESO:
Remição (art. 126 e seguintes, LEP): abatimento no tempo de pena, por dias de trabalho,
estudos e leitura.
1) A cada 3 dias de trabalho abate 1 dia de pena 4 dias cumpridos
2) A cada 12 horas de estudos abate 1 dia de pena.
3) 30 dias de leitura de obra + uma dissertação: audiência abate 4 dias de pena
Detração:
Outros:
3) Conduta Social:
4) Personalidade do agente:
5) Motivos:
6) Circunstâncias:
7) Consequências do crime:
8) Comportamento da vítima:
OBS: a Pena de Multa deve ser aplicada proporcionalmente com a Pena Privativa de
Liberdade.
2º passo: definição do valor de cada dia-multa (1/30 a 5 vezes do salário mínimo vigente à
época do fato* [pode triplicar, ainda]). Art. 49, §1º, CP; Art. 60, CP.
OBS: se for necessário, de acordo com a situação econômica do réu, a quantia pode ser
triplicada (até 3x).
CONCURSO DE CRIMES
CONCURSO MATERIAL:
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em
que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
- Duas ou mais condutas = dois ou mais crimes. As penas são somadas. (Art. 69, CP).
- Homogêneo (quando pratica crimes iguais) e heterogêneo (quando pratica crimes
diferentes).
- Penas de multa (art. 72, CP).
- Somam-se as penas dos crimes.
CONCURSO FORMAL: uma conduta = dois ou mais crimes. (art. 70, CP)
- Homogêneo e heterogêneo.
a) Perfeito/ próprio: unidade de desígnios
- Crimes culposos
- Uma conduta => dois ou mais crimes
- Aplica-se a pena mais grave + 1/6 a 1/2 (unidade de desígnios)
b) Imperfeito/ impróprio => dois ou mais crimes
- Crimes dolosos
- Desígnios autônomos (dolo direcionado autonomamente para cada vítima)
- As penas são somadas (desígnios autônomos)
c) Concurso material benéfico (art. 70, p. único, CP): exasperação não pode exceder o
cúmulo material.
CRIME CONTINUADO (art. 71, CP)
Duas ou mais condutas;
Dois ou mais crimes da mesma espécie;
+ No intervalo de tempo não superior a 30 dias;
+ Mesma região metropolitana;
+ Mesmo modo de operação;
+ Outras circunstâncias;
1) Aplica-se a pena mais grave + 1/6 a 2/3 (crimes sem violência ou grave ameaça)
2) Aplica-se a pena mais grave + até o triplo (crimes com violência ou grave ameaça)
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA: ppl até 02 anos, com suspensão por 02 a 04 anos,
desde que não seja reincidente; circunstâncias judiciais favoráveis; seja impossível a
substituição por penas alternativas. (art. 77, CP).
OBS: período de prova é o momento que o processo ficará suspenso enquanto o réu está
sendo testado.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
OBS: quando se ler o tipo penal e não tiver informando se é uma ação penal pública ou
privada, considera-se que seja uma Ação Penal Pública.
CRIMES IMPRESCRITÍVEIS (art. 5º, XLII e XLIV, CF): racismo; crimes praticados por
grupo armado; as hipóteses de imprescritibilidade só podem estar previstas na
Constituição, para fins penais.
OBS: redução do prazo prescricional pela metade (art. 115, CP): menor de 21 anos na
data do fato; e maior de 70 anos na data sentença.
OBS: marcos interruptivos da prescrição (art. 117, CP): 1) recebimento da Denúncia; 2)
Pronúncia; 3) Publicação da Sentença ou Acórdão; 4) Início da Execução Penal; 5)
Reincidência.
Prescrição punitiva retroativa:
Previsão legal: art. 110, §1º, CP
Art. 110, §1º, CP. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
(Redação dada pela Lei 12.243/2010)
Critério: 1) pena concreta e trânsito em julgado só para acusação; 2) recalcular, de novo, o
prazo prescricional na tabela do art. 109 CP; 3) verificar, para trás (da sentença... ), dentro
dos marcos interruptivos;
Lei 12.243/2010 e sua (in)constitucionalidade:
a) Cézar Roberto Bittencourt (e muitos penalistas) defendem a inconstitucionalidade,
sobretudo, por violar a proporcionalidade e princípios penais ligados a pena;
b) STF, HC 122.694/SP, Min. Dias Toffoli, Pleno: é constitucional.
STF, AP 498/AM, Min. Marco Aurélio, 1ª Turma: é irretroativa, é mais maléfica.
Mesmas consequências; e causas suspensivas e interruptivas da PPPA.
Prescrição punitiva superveniente:
Terminologia: PPP superveniente ou intercorrente
Previsão legal: art. 110, §1º, CP
Art. 110, §1º, CP. A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não
podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
(Redação dada pela Lei 12.243/2010)
Critérios: 1) Pena concreta e trânsito em julgado só para a acusação; 2) Recalcular o prazo
prescricional na tabela do art. 109 CP; 3) Verificar, se houve prescrição, após a publicação da
sentença;
1º verifica-se: PPPA; 2º verifica-se: PPPR; 3º verifica-se: PPPS...
Mesmas consequências; e causas suspensivas e interruptivas da PPPA.
Maior perigo de prescrição (e de impunidade): entre a publicação da sentença penal
condenatória, com trânsito em julgado só para acusação e o início do cumprimento da pena
[após o trânsito em julgado também para a Defesa, que esgotou todos os recursos possíveis],
já que o “Acórdão meramente confirmatório da condenação” [conhece o recurso da Defesa,
mas o julga improvido] não interrompe a prescrição.
Por isso, em 17.02.2016, o STF restringiu ao núcleo essencial o art. 5º, LVII, CF/88
(princípio da presunção de não-culpabilidade, que é diferente do princípio da presunção de
inocência) e voltou a entender pela possibilidade de EXECUÇÃO PROVISÓRIA da pena
aplicada na Sentença Penal Condenatória, confirmada em 2ª grau e com recursos especial e/ou
extraordinário pendente(s) no STJ e/ou STF.
O “início do cumprimento da pena” interrompe o prazo prescricional.
Art. 5º, LVII, CF/88. ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de
sentença penal condenatória;
Não se presume a inocência após o 2º grau, mas, por outro lado, “não será considerado
culpado” até o trânsito em julgado.
Prescrição punitiva eventual:
Terminologia: PPP virtual, retroativa antecipada e hipotética
Previsão legal: construção doutrinária e jurisprudencial
A doutrina majoritária defende a sua utilização e juízes de 1º grau;
Os TJs, TRFs, STJ e STF não a aplicam. Súmula 438 STJ: “é inadmissível a extinção
da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo”.
Fundamento: falta de condição da Ação Penal, interesse de agir (utilidade e necessidade),
porque, já antecipando hipoteticamente o cálculo da pena concreta, verifica-se, desde já, a
prescrição (retroativa antecipada, hipotética ou virtual). E, portanto, deve-se “Rejeitar a
Denúncia”, com base no art. 395, II (falta de interesse de agir), CPP.
Critérios: 1) fazer a dosimetria da pena, desde já, antes da sentença; 2) A partir da pena
concreta hipotética, calcular o prazo prescricional na tabela do art. 109 CP; 3) Verificar entre
os marcos interruptivos, se já ocorreu a prescrição (virtual, retroativa antecipada e hipotética).
Consequências: Rejeição da Denúncia; Não gera efeitos penais/extrapenais; Custas e Fiança.
Prescrição executiva:
Previsão legal: art. 110, caput, CP;
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória
Art. 110, CP. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-
se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se
aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
Critérios: 1) pena concreta e sentença com trânsito em julgado para ambas as partes; 2)
Recalcular o prazo prescricional na tabela do art. 109 CP; 3) Verificar se, após o trânsito em
julgado para acusação, ocorreu prescrição;
Termo inicial da PPE:
Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível
Art. 112, CP. No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: I - do dia
em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a
suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; II - do dia em que se
interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.
Art. 115 CP. São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao
tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70
(setenta) anos.