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Algumas anotações foram feitas pelo Aluno André Mendes (andremendes.1@hotmail.com). Fica proibida a comercialização ou
qualquer outra forma semelhante de distribuição sem devida autorização dos mesmos.
INTRODUÇÃO
- Quais são os procedimentos que existem no novo CPC?
- Não existe mais a distinção entre sumário e ordinário. (vide art. 318 do CPC/2015), hoje têm
apenas o Processo de Conhecimento e de Execução.
- O processo de conhecimento se divide em: Procedimento Comum e cumprimento de sentença (do
art. 318 e ss.) e os Procedimentos Especiais (art. 539 e ss.).
- O que é petição? É o instrumento de comunicação do advogado com o processo (atos
processuais).
- Petitio (latim): reclamar, invocar providência, solicitar ou expor alguma pretensão diante de
alguma autoridade.
FONTE NORMATIVA
CPC/15: PARTE GERAL (art 1 a 317)
1
Professora de Processo Civil IV, Faculdade São Francisco de Barreiras. Email: limataty@hotmail.com;
Esse caderno é fruto do trabalho do professor do curso de Direito, da Faculdade São Francisco de Barreiras, Tatyana Lima.
Algumas anotações foram feitas pelo Aluno André Mendes (andremendes.1@hotmail.com). Fica proibida a comercialização ou
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JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
15. Da notificação e interpelação – art 726 a 729; 16. Da alienação judicial – art 730; 17. Do
divórcio e da separação consensuais, da extinção; consensual de união estável e da alteração do
regime de; matrimônio – art 731 a 734; 18. Dos testamentos e dos codicilos – art 735 a 737; 19. Da
herança jacente – art 738 a 743; 20. Dos bens dos ausentes – art 744 a 745; 21. Das coisas vagas –
art 746; 22. Da interdição – art 747 a 763; 23. Da organização e da fiscalização das fundações – art
764 a 765; 24. Da ratificação dos protestos marítimos – art 766 a 770;
2. Despacho juiz:
CONDUTAS DO RÉU
- Depósito
Levanta: Extingue a obrigação;
Inércia: Extingue a obrigação
Contesta: Prova
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- Procedimento
Fases:
1) Verificação da existência do dever de prestar contas (sim, inerte, contesta); (art. 551,
CPC).
2) Do exame das contas e, caso haja saldo credor, procedimento de execução (art. 552),
mediante cumprimento de sentença (art. 523, CPC), o saldo eventualmente apurado,
servindo a decisão judicial como título executivo.
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A lei exige que o autor especifique detalhadamente na petição inicial as razões pelas quais
exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem.
Caso haja impugnação das contas pelo réu, esta deverá ser fundamentada e específica, com
referência expressa ao lançamento questionado.
Se o réu não contestar o pedido, haverá o julgamento antecipado do mérito.
Se julgado improcedente, o réu fica desobrigado de prestar contas e o Autor responderá pelo
ônus da sucumbência.
- A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 dias.
- As contas do réu serão apresentadas na forma: receitas, a aplicação das despesas e os
investimentos, se houver.
- Apresentadas as contas pelo réu, o Autor deverá se manifestar em 15 dias, facultando ao juiz
determinar a realização de exame pericial, se necessário.
- A sentença que apurar o saldo, se constituirá em título executivo judicial.
1. Inicial: justificar a necessidade de obter as contas pretendidas, a forma que se constituiu a relação
e a legitimidade legal para poder exigir contas, comprovando essas circunstâncias
documentalmente, se puder (art. 550, § 1.º, CPC) - (STJ, 4.ª Turma, REsp 1.274.639/SP, rel. Min.
Luis Felipe Salomão, DJe 23.10.2017).
2. Apresentação de contas pelo demandado: implica reconhecimento jurídico do pedido de
prestação de contas (art. 487, III, a, CPC). As contas devem ser apresentadas em forma adequada,
especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos que porventura foram
feitos (art. 551, CPC).
3. O demandante tem o prazo de quinze dias para se manifestar sobre as contas oferecidas (art. 551,
§1.º, CPC). (STJ, 3.ª Turma, REsp 67.671/RS, rel. Min.Ari Pargendler, j. 22.06.1999, DJ
13.09.1999, p. 62).
4. Se as contas não foram prestadas na forma adequada, tem o juiz de assinalar prazo razoável para
que o demandante se manifeste a respeito das contas ofertadas ou determinar a correção na forma da
apresentação das contas, para que esta seja adequada à forma exigida em lei.
Contestação. Pode o réu negar-se a prestar contas e contestar o pedido. O prazo para contestação é
de quinze dias (art. 550, caput, CPC). Constitui matéria de contestação tudo que interessa à
existência ou à inexistência do dever de prestar contas e tudo que respeita à afirmada administração
realizada pelo demandado. Contestado o pedido, o procedimento assume a forma ordinária.
Contestação e Apresentação de Contas: Nada obsta que o demandado conteste e apresente contas.
Obviamente que aí a contestação não pode afirmar inexistência do dever de prestar contas – sob
pena de evidente venire contra factum proprium. O desacerto entre as partes pode incidir justamente
sobre o conteúdo das contas, sua exatidão, assunto próprio à contestação.
Revelia. Se o réu não contesta e não apresenta contas é revel (art. 344, CPC). As alegações do
demandante gozam então de presunção relativa de veracidade.
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qualquer outra forma semelhante de distribuição sem devida autorização dos mesmos.
I - Nos termos do art. 550, § 5º, do Novo CPC, a decisão que julgar procedente o pedido condenará
o réu a prestar contas no prazo de 15 dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor
apresentar.
Natureza de decisão interlocutória, porque não põe fim ao processo ou a uma de suas fases
(art. 203, § 2.º, CPC). - Recurso por meio de agravo de instrumento (art. 1.015, II, CPC).
2. Prolação de decisão terminativa sem que haja a condenação do réu a prestar as contas
Terminativa do pedido sem a condenação do réu à prestação das contas, com fundamento no
art. 485 do Novo CPC.
Improcedência por rejeição do pedido do autor, nos termos do art. 487, I, do Novo CPC.
Natureza de decisão de sentença, nos termos do art. 203, § 1º, do Novo CPC, recurso de
apelação nos termos do art. 1.009, caput, do Novo CPC. Nos termos do art. 550, § 5º, do
Novo CPC, a decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar contas no
prazo de 15 dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
Natureza de decisão interlocutória, porque não põe fim ao processo ou a uma de suas fases (art. 203,
§ 2.º, CPC). - Recurso por meio de agravo de instrumento (art. 1.015, II, CPC).
2. Prolação de decisão terminativa sem que haja a condenação do réu a prestar as contas
a) terminativa do pedido sem a condenação do réu à prestação das contas, com fundamento no art.
485 do Novo CPC.
b) Improcedência por rejeição do pedido do autor, nos termos do art. 487, I, do Novo CPC.
Natureza de decisão de sentença, nos termos do art. 203, § 1º, do Novo CPC, recurso de
apelação nos termos do art. 1.009, caput, do Novo CPC.
Visa a apurar eventual saldo a favor de alguma das partes. Tem natureza de sentença,
eficácia predominantemente condenatória e força de título executivo (art. 552, CPC).
* Da sentença caberá apelação (art. 1.009, CPC).
* A condenação tem de ser cumprida no mesmo processo (art. 523, CPC).
3. Ação de interdito proibitório: objetiva impedir agressão à sua posse (art. 567, CPC), possui
caráter preventivo (evita atentado). Esta espécie, semelhante a tutela antecipatória, permite uma
sentença que pode ordenar, sob pena de multa, decisões mandamentais (de ordem).
- Princípio da fungibilidade
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e
outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
* § 1º, 2º e 3º Sem correspondência no CPC/1973.
§ 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação
pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a
intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria
Pública.
§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez,
citando-se por edital os que não forem encontrados.
§ 3º O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista no § 1º e dos respectivos
prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na
região do conflito e de outros meios.
- Objetivo: visam a garantir a posse àquele que a tem violada e/ou ameaçada.
- Cabimento: Nessas ações, é defeso (proibido) às partes que se discuta o domínio, apenas se discute
a violação da posse. Todavia, não é qualquer posse que desfruta as garantias possessórias, somente
a posse justa pode ser protegida.
Art. 1.200 CC/02: “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária”.
- Quando há efetivamente perda da posse?
Art. 1.224 do CC: “só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho,
quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é
violentamente repelido”.
Legitimidade passiva:
Aquele que supostamente infringiu a posse alheia; ou, contra terceiro, que sabendo ser a coisa
produto de esbulho, a recebeu. Quando tratar-se de cônjuges, apenas inclui-se caso ambos estiverem
na posse.
Composse:
Trata-se de posses simultâneas, entre mais de uma pessoa, sobre coisa indivisa. O compossuidor
pode postular proteção possessória contra outro compossuidor.
Competência
- No caso dos bens imóveis, a competência absoluta será do foro em que se localiza o bem em
litígio (art. 47, § 2.º, do CPC/2015).
- No caso de bem móvel, é competente o foro do domicílio do réu (art. 46 do CPC/2015).
- O juízo da ação possessória, para realmente viabilizar o alcance da tutela possessória, não pode se
permitir discussões inerentes ao domínio, sob pena de a tutela jurisdicional, que deveria ser
outorgada à posse, ser deferida sempre em favor do proprietário. Note-se que o possuidor esbulhado
pelo titular do domínio não teria sequer razão para propor a ação de reintegração de posse, já que o
proprietário-demandado sempre receberia a tutela jurisdicional.
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu propor ação
de reconhecimento do domínio (ação de reivindicação), exceto se a pretensão for deduzida em
face de terceira pessoa.
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Procedimento:
- Petição Inicial: art. 319 do CPC; descrição da coisa cuja posse se reclama (não cabe possessória
sobre coisa incerta); prova da posse (ou que a exercia); descrever a turbação ou esbulho
devidamente datados; a continuação da posse (manutenção), ou a perda desta (reintegração).
- Justificação: as possessórias preveem a possibilidade de pedido liminar; para tanto, deve-se
demonstrar documentalmente o alegado (ata notarial, plantas, fotografias etc.); caso não seja
possível por via documental viabiliza-se audiência de justificação prévia para demonstrar
testemunhalmente alegado.
ATENÇÃO! O parágrafo único do art. 562 do CPC impede liminar possessória contra o pessoa
jurídica de direito público, com ou sem justificação, sem que haja prévia manifestação de seus
representantes judiciais.
Pedido:
- É possível a cumulação do pedido possessório aos pedidos de perdas e danos, pedido de
desfazimento de construção ou plantação, medidas coercitivas, sub-rogação e de indenização pelos
frutos, bem como de requerimento de técnicas para a inibição de novo esbulho ou turbação ou para
o cumprimento da decisão antecipatória ou final (art. 536, 537 e 555 CPC).
- Resposta do réu:
- Se concedida a liminar (art. 564 do CPC), o autor deve realizar a citação do réu no prazo de 05
dias para cumpri-la, tendo 15 dias para contestar.
- Se NÃO concedida a liminar (art. 564 do CPC), o réu será citado no prazo de 05 dias para cumpri-
la, tendo 15 dias para contestar.
- Se houver audiência de justificação (art. 562 do CPC) o prazo para resposta do réu será contado da
intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar (art. 564 do CPC) – não cabe reconvenção
mas sim pedido contraposto, no entanto, o réu em sua contestação pode demandar manutenção,
alegando que a posse é sua e, assim, que sofreu turbação – ou mesmo esbulho, embora já tenha
retomado a posse de mão própria (art. 564 do CPC).
- O art. 559, CPC, permite ao réu pedir ao juiz que ordene ao autor que preste caução, sob pena de
ser depositada a coisa litigiosa.
Procedimento:
>>> Após resposta do réu prossegue pelo procedimento comum.
- Sentença:
Reintegração de posse possuirá o caráter executivo mais destacado por determinar providências
sub-rogatórias coercitivas (para entrega da posse).
Manutenção possuirá o caráter mandamental mais destacado por determinar que se impeça nova
turbação (obrigação de não fazer com métodos coercitivos impeditivos).
Ambas fazem coisa julgada material quanto à posse apenas, propriedade nunca (cognição
exauriente).
EXTRA - SENTENÇA
- Segundo a teoria quinária de Pontes de Miranda, as sentenças são classificados em cinco
modalidades, segundo a sua eficácia:
- Sentença declaratória: declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica.
Esse caderno é fruto do trabalho do professor do curso de Direito, da Faculdade São Francisco de Barreiras, Tatyana Lima.
Algumas anotações foram feitas pelo Aluno André Mendes (andremendes.1@hotmail.com). Fica proibida a comercialização ou
qualquer outra forma semelhante de distribuição sem devida autorização dos mesmos.
- Sentença constitutiva: cria ou modifica uma relação jurídica. Há constituição de um novo estado
jurídico.
- Sentença condenatória: "condena" o réu à prestação de uma obrigação..
- Sentença mandamental: contém uma ordem expedida para que alguma das partes cumpra um fazer
ou um não fazer (exemplo astreinte).
- Sentença executiva: é a sentença que determina, no seu próprio corpo e, portanto, sem a
necessidade de iniciativa por parte do autor, que o provimento jurisdicional seja efetivado (sub-
rogação).
- A Súmula 487 STF, não tem mais qualquer aplicabilidade diante das ações possessórias (“será
deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio, se com base neste for ela disputada”) - é
aplicada apenas, mas somente nas petitórias.
- A tutela possessória não é a tutela adequada à proteção dos bens imateriais – por exemplo, marca
comercial, direito de invento e direito autoral (Súmula 228, STJ)
INTERDITO PROIBITÓRIO
- Legitimidade ativa: Aquele que se afirma possuidor do bem, proprietário ou não, e que venha a
sofrer eventual ameaça.
- Legitimidade passiva: Aquele que supostamente venha a oferecer a possível ameaça.
Providência de proteção judicial: Será cabível apenas multa (art. 567 do CPC).
Procedimento:
- Petição Inicial: art. 319 do CPC + prova da posse e demonstração do justo receio de moléstia,
solicitando a proteção judicial liminar com aplicação de multa.
- Liminar: cumprindo-se os requisitos da P. I. O juiz deferirá a liminar determinando a abstenção de
práticas de ameaça/moléstia, já com a multa aplicada para caso seja a determinação violada (art.
537 do CPC).
O interdito proibitório poderá ser convertido em reintegração ou manutenção caso no curso do
procedimento a lesão venha a ocorrer.
- Sentença: confirmará a liminar concedida ou a determinará na sentença para o fim de evitar a
lesão, sob pena de multa, possuindo portanto caráter mandamental e executivo.