Você está na página 1de 99

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO

CONTENCIOSA E VOLUNTÁRIA
Prof.
Profa.MARCELA LEILA
Aline Fatima R. S. VALES
Morelatto
ESCLARECIMENTOS
INTRODUTÓRIOS

 Principais novidades em relação aos


procedimentos especiais de jurisdição
contenciosa, jurisdição voluntária e os
constantes na legislação
extravagante, no vigente Código de
Processo Civil.
DISCRIMINAÇÃO e SUBDIVISÃO DA
MATÉRIA
 I. JURISDIÇÃO CONTENSIOSA:
 1. Ação de Consignação em Pagamento – Art. 539 – 549
 2. Ação de Exigir Contas – Art. 550 – 553
 3. Das Ações Possessórias – Ar. 554 – 559
 3.1. Da Manutenção e da Reintegração de Posse – Art. 560 –
566
 3.2. Do Interdito Proibitório – Art. 567 e 568
 4. Da Ação de Divisão e da Demarcação de Terras
Particulares – Art. 569 – 573
 4.1. Da Demarcação – Art. 574 – 587
 4.2. Da Divisão – Art. 588 – 598
 5. Da Ação de Dissolução Parcial de Sociedade – Art. 599
– 609
 6. Do Inventário e da Partilha – Art. 610
 6.1. Da Legitimidade Para Requerer o Inventário – Art. 615 a
616
 6.2. Do Inventariante e das Primeiras Declarações – Art. 617
a 625
 6.3. Das Citações e das Impugnações – Art. 626 a 629
 6.4. Da Avaliação e do Cálculo do Imposto – Art. 630 a 638
 6.5. Das Colações – Art. 639 a 641
 6.6. Do Pagamento das Dívidas – Art. 642 a 646
 6.7. Da Partilha – Art. 647 a 658
 6.8. Do Arrolamento – Art. 659 a 667
 6.9. Disposições Comuns de Todas as Seções – Art. 668 a
673
 7. Dos Embargos de Terceiros – Art. 674 a
681
 8. Da Oposição – Art. 682 a 686
 9. Da Habilitação – Art. 687 a 692
 10. Das Ações de Família – Art. 693 a 699
 11. Da Ação Monitória – Art. 700 a 702
 12. Da Homologação do Penhor Legal – Art.
703 a 706
 13. Da Regulação de Avaria Grossa – Art.
707 a 711
 14. Da Restauração de Autos – 712 - 718

 II. DOS PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
 1. Disposições Gerais – Art. 719 a 725
 2. Da Notificação e da Interpelação – Art. 726 a 729
 3. Da Alienação Judicial – Art. 730
 4. Do Divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção
Consensual de União Estável e da Alteração do Regime de Bens do
Matrimônio – Art. 731 a 734
 5. Dos Testamentos e dos Codicilos – Art. 735 a 737
 6. Da Herança Jacente – Art. 738 a 743
 7. Dos Bens dos Ausentes – Art. 744 a 745
 8. Das Coisas Vagas – Art. 746
 9. Da Interdição – Art. 747 a 758
 10. Das Disposições Comuns à Tutela e a Curatela – Art. 759 a 763
 11. Da Organização e da Fiscalização das Fundações – Art. 764 a
765
 12. Da Ratificação dos Protestos Marítimos testemunháveis
Formados a Bordo – Art. 766 a 770
 III. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
CÍVEIS NA LEGISLAÇÃO
EXTRAVAGANTE.
 1. A ação de Despejo
 2. Ação Discriminatória
 3. Usucapião Extrajudicial
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO

Extinção do vínculo obrigacional


(adimplemento indireto)
◦ Formas: Judicial e Extrajudicial
◦ Hipóteses de cabimento: Art. 335 CC
 Recusa a receber ou dar quitação;
 Local inacessível ou ignorado;
 Duvidas fundadas a respeito de quem deve
legitimamente receber o pagamento.
Demanda de Consignação Judicial
 JUÍZO COMPETENTE
◦ Lugar do Pagamento – Art. 540 CPC/15

◦ Art. 327 CC: Efetuar-se-á o pagamento


no domicílio do devedor, salvo se as
partes convencionarem diversamente, ou
se o contrário resultar da lei, da natureza
da obrigação ou das circunstâncias.
Exceção: Lei de Locação
 Bens que podem ser consignados
 Extrajudicial: dinheiro
 Judicial: podendo ser qualquer bem
móvel ou imóvel.

 Legitimidade
 Ativa – devedor, herdeiro, terceiro
interessado, terceiro não interessado.
 Passiva – aquele que pode receber e
dar quitação: credor, seus sucessores ou
herdeiros.
 O depósito
 A consignação pressupõe que o devedor
ofereça ao credor determinada quantia ou
bem, para cumprimento de sua obrigação. É
necessário que ele efetive o depósito do
dinheiro ou da coisa oferecida.
 No CPC/73 – Audiência de Oblação – inicial,
em que o juiz designava para que o credor
viesse receber o pagamento. Se aceitasse, a
consignação era extinta.
 No CPC/15 – Não há mais audiência,
cumprindo ao autor efetuar o depósito.
PETIÇÃO INICIAL
 Art. 319 do CPC/2015, com a indicação da
quantia ou da coisa oferecida:
 - Dinheiro – deve especificar como chegou a
este valor, os encargos acrescidos, o tempo, o
modo e as condições de pagamento.
 - Na petição inicial, o autor requererá o depósito
do valor ou da coisa, no prazo de 5 dias. Caso
tenha depositado extrajudicialmente o valor,
instruirá a inicial com o respectivo comprovante.
 - Não há óbice à cumulação de outros
pedidos aos de consignação, como, por
exemplo, de reparação de danos, porque, após
deposito inicial, a ação corre pelo procedimento
comum.
 - Prestações sucessivas – consignada
a primeira, o devedor poderá continuar a
consignar as demais, à medida que se
forem vencendo, no curso do processo,
em até cinco dias, contados da data do
vencimento – Art. 541 CPC.
 Trânsito em Julgado – Neste sentido:
STJ, REsp 78052/RS, 1ª. T., rel. Min.
José de Jesus Filho, DJU 22.04.1996,
P.12544.
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS
Origem:
CPC/39 - ações cominatórias.
CPC/73 - com o nome de ação de prestação de contas,
alocada entre os procedimentos especiais.
CPC/15 - Instrumento foi alocado também no grupo dos
procedimentos especiais e, por conta de restrições no âmbito
de sua aplicação, o legislador entendeu por bem alterar a
denominação para ação de exigir contas.
 Conceito e finalidade: destina-se
essencialmente àquele que deseja
buscar a prestação de contas forçada de
terceiro que, por força de lei ou previsão
contratual, está obrigado a fazê-la.

 O âmbito de aplicação deste instrumento


foi significativamente restringido, uma
vez que só se prestará para exigir a
prestação de contas pelo obrigado.
 Por essa restrição que teve seu nome
alterado para ação de exigir contas.
Legitimação:
Polo passivo - aquele que, por força de
previsão legal ou contratual - apenas
aquelas relações jurídicas que versarem
sobre administração de bens ou de
interesses de terceiros. (v. STJ, REsp
1.293.558/PR).
 PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART.
543-C DO CPC. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE
CONTAS. CONTRATOS DE MÚTUO E
FINANCIAMENTO. INTERESSE DE AGIR.
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. 1. Para efeitos
do art. 543-C do CPC, firma-se a seguinte tese:
"Nos contratos de mútuo e financiamento, o
devedor não possui interesse de agir para a
ação de prestação de contas." 2. No caso
concreto, recurso especial não provido. (STJ,
REsp 1293558/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
11/03/2015, DJe 25/03/2015).
 Requisito específico da petição
inicial: Inovação - inspirada no
entendimento jurisprudencial do
Superior Tribunal de Justiça (v. STJ,
EDcl no AgRg no REsp 1275095/PR):
necessidade de o autor especificar
detalhadamente na petição inicial as
razões pelas quais está exigindo as
contas, prevista no art. 550, §1º,
CPC/15.
Indicação dos Motivos e as Razões

 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO


RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO. SUPRIMENTO. CARÁTER
INFRINGENTE. POSSIBILIDADE. EXCEPCIONALIDADE.
CONTRATO BANCÁRIO. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS.
PEDIDO GENÉRICO. OCORRÊNCIA. 1. Cabíveis embargos de
declaração para suprir omissão do acórdão. 2.Admite-se,
excepcionalmente, que os embargos, ordinariamente integrativos,
tenham efeitos infringentes, desde que constatada a presença de
um dos vícios do artigo 535 do Código de Processo Civil, cuja
correção importe alterar a conclusão do julgado. 3. Nos termos da
jurisprudência desta Corte, o ajuizamento de ação de prestação de
contas pelo titular da conta-corrente, independentemente do
fornecimento pela instituição financeira de extratos detalhados, não
pode conter pedido genérico, porquanto, ao menos, deve
especificar o período e quais movimentações financeiras busca
esclarecimentos, /o que não ocorreu no presente caso. Embargos
de declaração acolhidos com efeitos infringentes. (STJ, EDcl no
AgRg no REsp 1275095/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/04/2016, DJe
19/04/2016).
 Procedimento: o procedimento da ação
de exigir contas é divido em duas
etapas, quais sejam:
 inicialmente, a cognição do órgão
jurisdicional se concentrará no dever ou
não de o réu prestar as contas; e
 uma vez definida a existência do dever
de prestação de contas, a cognição
jurisdicional se voltará para as contas
apresentadas pelo réu e apurará o
saldo.
CONTESTAÇÃO

Prazo de 15 (quinze) dias


Poderá o réu, ainda:
a) Silenciar - não contestando ou
apresentando as contas (art. 550, §5º).
b) Contestar

Nessa primeira fase, qualquer que seja a


postura do réu, o juiz deverá encerrá-la por
meio de um pronunciamento judicial de
mérito que reconheça a necessidade ou
não de prestação de contas.
2ª. FASE
 Uma vez reconhecido o dever de o réu
prestar as contas, surge ao réu a
possibilidade de adotar duas condutas:
 A) apresentar as contas pretendidas pelo
autor; ou
 ficar silente e não cumprir a determinação
judicial de apresentar as contas.

 No regime anterior – apresentação das
contas no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas;
 CPC/15, - prazo de 15 (quinze) dias (§5º, do
art. 550).
FORMA DA APRESENTAÇÃO
CPC/73 – MERCANTIL
CPC/15 – ADEQUADA

 Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na


forma adequada, especificando-se as receitas, a
aplicação das despesas e os investimentos, se houver.
 (…)
 §2º As contas do autor, para os fins do art. 550, §5º,
serão apresentadas na forma adequada, já instruídas
com os documentos justificativos, especificando-se
as receitas, a aplicação das despesas e os
investimentos, se houver, bem como o respectivo
saldo.
Impugnar as Contas – Prazo15 dias
. Deverá ser fundamentada e
específica, com referência expressa ao
lançamento questionado.
 É permitido ao juiz, de acordo com as
peculiaridades do caso concreto, estabeleça
prazo razoável para que o réu apresente
documentos para elucidar os pontos
impugnados e controvertidos pelo autor.

 Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma
adequada, especificando-se as receitas, a aplicação
das despesas e os investimentos, se houver.
 § 1o Havendo impugnação específica e
fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo
razoável para que o réu apresente os documentos
justificativos dos lançamentos individualmente
impugnados.
 (...)
Fase de julgamento das contas:

CPC/15. Art. 552. A sentença apurará o saldo e


constituirá título executivo judicial.

 Caráter dúplice desse procedimento.


AÇÕES POSSESSÓRIAS, DIVISÃO E DEMARCAÇÃO

Não houve diferença substancial entre


os dispositivos do Código de Processo
Civil vigente e os do CPC/73 quanto às
ações possessórias.
Interpretação: à luz da relação
jurídica de direito material e dos
valores constitucionais: função
social da propriedade às ações
possessórias.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
Ações cujo fundamento é a posse como
uma situação de fato e o pedido é a
própria proteção possessória.
 i) no caso de esbulho, caberá ação de
reintegração de posse;
 ii) no caso de turbação, será cabível ação de
manutenção de posse;
 iii) na hipótese de ameaça, caberá ação de
interdito proibitório.

 CC, art. Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido


na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho,
e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de
ser molestado.
. Princípio da fungibilidade entre as três
medidas;
. A identificação do elemento posse se mostra
importante para as ações possessórias;

 Autoriza que as técnicas processuais


estatuídas nos procedimentos especiais
sejam empregadas em outras ações, desde
que compatíveis com o rito comum. No
mesmo sentido, as técnicas processuais de
proteção possessória previstas em leis
esparsas podem ser empregadas às ações
possessórias (CPC/15, art. 327, § 2.º).
 Separação entre os juízos
possessório e petitório: o CPC/15
manteve a separação entre o juízo
possessório e juízo petitório, embora
não se trate de uma separação
absoluta (art. 557 e CC, art. 1.210,
§2º).
 Aquele que detém posse e direito
real, como a propriedade, ao provocar
o Judiciário através da propositura de
ação, poderá cumular os fundamentos
referentes à posse e ao direito real. A
vedação a essa cumulação consistiria
em uma noção equivocada das ações
possessórias e violaria o acesso à
justiça (arts. 1º e 8º).
 Com a vigência do CPC/15: se houver a
cumulação dos fundamentos da posse e
de direito real, poderá ser expedido
mandado liminar de manutenção ou de
reintegração de posse, provando-se, tão
somente, a posse anterior e que a
turbação ou esbulho tenha ocorrido há
menos de ano e dia, e, também, por
meio da conjugação com o artigo 1.228,
caput, do Código Civil, a propositura de
tal ação alcançará a todos, embora se
trate de ação possessória.
Litígio coletivo pela posse do imóvel ou
conflitos possessórios coletivos: a
regulação do litígio coletivo pela posse do
imóvel consiste em uma grande novidade
no CPC/15:

Embora o caput do artigo 554 do CPC


trate do princípio da fungibilidade das
ações possessórias, os parágrafos desse
dispositivo disciplinam o litígio coletivo
pela posse do imóvel
 As regras relativas aos conflitos
possessórios coletivos podem ser
aplicadas quando houver um grande
número de pessoas no polo ativo ou no
polo passivo, desde que o fundamento
da ação seja a posse.
 Intimação do MP - conformidade com o
art. 178, III, do CPC/15;
 §3º do artigo 554, é possível se valer da
internet para que seja conferida ampla
publicidade a esses litígios.
Base Efetiva do Litígio Coletivo
pela Posse
 Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a
turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o
juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá
designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que
observará o disposto nos §§2º e 4º.
 §1º Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano,
a contar da data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de
mediação, nos termos dos §§2º a 4º deste artigo.
 §2º O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a
Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de
gratuidade da justiça.
 §3º O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua
presença se fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional.
 §4º Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana
da União, de Estado ou do Distrito Federal e de Município onde se situe
a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se
manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de
possibilidade de solução para o conflito possessório.
 §5º Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel.
 Podemos concluir que, todas as regras
concernentes ao litígio coletivo pela posse de
imóvel são passíveis de aplicação à chamada
desapropriação judicial, prevista no artigo
1.228, §§4º e 5º, do Código Civil, já que possui
um conflito possessório como matéria de fundo.
 Nesse sentido, foi discutido e aprovado o
Enunciado nº 328 do Fórum Permanente de
Processualistas Civis (FPPC), criando-se um
microssistema aplicável a todos os litígios
coletivos nos quais a posse é discutida.


 Enunciado nº 328 do FPPC (Carta de
Curitiba/PR, 2015): “Os arts. 554 e 565
do CPC aplicam-se à ação de usucapião
coletiva (art. 10 da Lei 10.258/2001) e ao
processo em que exercido o direito a
que se referem os §§4º e 5º do art.
1.228, Código Civil, especialmente
quanto à necessidade de ampla
publicidade da ação e da participação do
Ministério Público, da Defensoria Pública
e dos órgãos estatais responsáveis pela
reforma agrária e política urbana.”.
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO
PARCIAL DE SOCIEDADE
 Art. 655 a 674 do CPC/73;
 Com o CPC/2025 houve a
uniformização no tratamento
legislativo processual relacionado às
ações de dissolução parcial de
sociedade.
 Trata-se de ação que abrange:
◦ Controvérsias atreladas a dissolução da
sociedade referente a um ou mais sócios,
sem que acarrete extinção da sociedade.
 Dissolução e/ou apuração de haveres,
em caráter cumulativo ou apenas uma
das duas pretensões;
 Aplicável:
◦ Sociedade empresária contratual;
◦ Sociedades Simples;
◦ Sociedade Anônima de Capital Fechado.
 Legitimados ativos:
◦ Espólio do sócio falecido, quando a totalidade
dos sucessores não ingressar na sociedade;
◦ Sucessores, após concluída a partilha do sócio
falecido;
◦ Sociedade, se os sócios sobreviventes não
admitirem o ingresso do espólio ou dos
sucessores;
◦ Sócio que exerceu o direito de retirada ou
recesso;
◦ Sociedade, nos casos em que a lei não autoriza
a exclusão extrajudicial; ou
◦ Sócio excluído
 Citação – Art. 601, p.ú.
◦ Prazo para concordar ou defender
◦ Dispensa da citação da PJ – caso citado
todos os sócios
 Coisa Julgada – aproveita a PJ
PROCEDIMENTO
 Art. 603. Havendo manifestação expressa
e unânime pela concordância da dissolução,
o juiz a decretará, passando-se
imediatamente à fase de liquidação.
 § 1º Na hipótese prevista no caput, não
haverá condenação em honorários
advocatícios de nenhuma das partes, e as
custas serão rateadas segundo a
participação das partes no capital social.
 § 2º Havendo contestação, observar-se-á o
procedimento comum, mas a liquidação da
sentença seguirá o disposto neste Capítulo
Apuração dos Haveres
Pelo Juiz
 Fixação da data da resolução da
sociedade;
 Critérios de apuração dos haveres –
contrato social
 Nomeação de perito
 AÇÕES DE FAMÍLIA, INVENTÁRIO
E PARTILHA
 O art. 693 do CPC/15 disciplina o
divórcio, a separação, o
reconhecimento e a extinção de união
estável, a guarda, a visitação e a
filiação, recuperando o instituto da
separação judicial, mesmo após a
Emenda Constitucional nº 66/2010 ter
extinguido (para muitos doutrinadores)
e permitido o divórcio direito, sem
exigência de lapso temporal.
 Meios alternativos de resolução de
conflitos – mediação
 Técnicas de resolução consensual de
conflitos nas relações de família:
 Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços
serão empreendidos para a solução consensual
da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de
profissionais de outras áreas de conhecimento para
a mediação e conciliação.
 Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz
pode determinar a suspensão do processo
enquanto os litigantes se submetem a mediação
extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
PROCEDIMENTO DAS AÇÕES
DE FAMÍLIA
 Petição inicial: requisitos da petição
inicial (art. 319 do CPC/15) ainda nas
ações de família o requerente deverá
indicar:
 A existência de união estável (inciso II), tendo em
vista se tratar de situação de fato, que não precisa
ser documentada.

 Tutela provisória: são cabíveis nas


ações de família, nos moldes do art. 695
CPC/15, sem especificar se de urgência
(CPC/15, arts. 303 e seguintes) ou de
evidência (CPC/15, art. 311).
 Citação: o réu será citado para comparecer
à audiência de conciliação e mediação e
apresentar defesa;
 As partes deverão estar acompanhadas de
seus advogados na audiência de conciliação
e mediação (CPC/15, art. 695, §4º).
 O art. 695, §4º do CPC/15 proíbe a instrução
da citação com a cópia da inicial, buscando
facilitar a resolução consensual do conflito,
para que o réu não tenha contato com os
apontamentos formulados na inicial.
 Contestação: não obtido o acordo, a
demanda seguirá o rito comum e
começará a correr o prazo de 15
(quinze) dias para o réu contestar,
iniciados com o término da conciliação
ou mediação.
Direito Sucessório: Inventário e a
Partilha
 Em linhas gerais, o CPC/15 propiciou:
◦ Dilação dos prazos do inventário;
◦ Positivou as alternativas possíveis ao
inventário: Judicial e o Extrajudicial
(quando todos os herdeiros forem
maiores e capazes e a partilha for
amigável).
 Se o inventário for judicial, a
sobrepartilha poderá ser extrajudicial,
e vice-versa
 Legitimados a requerer o inventário
- Houve o acréscimo de duas
pessoas:
◦ Companheiro (reconhecido como
herdeiro pelo Código Civil de 2002 e
como herdeiro necessário pela
jurisprudência);
◦ Administrador judicial da falência do
herdeiro (terminologia utilizada pela Lei
de Falência, Lei Federal nº 11.101/05, no
lugar de “síndico”).
 O inventariante: Ampliação do rol de
pessoas que poderão exercer o cargo
de inventariante (CPC/15, art. 617):
 O herdeiro menor, através de seu
representante legal (inciso IV);
 O cessionário do herdeiro ou do legatário
(inciso VI).
 O termo de inventariante –
manutenção do prazo de 5 dias para
assinatura (úteis, Art. 219, CPC/15 )
 Primeiras declarações:
◦ Rol e a qualificação dos herdeiros;
◦ Títulos de domínio, a fim de contabilizar
os ativos e passivos;
◦ Apresentação por petição;

 Prazo permanece: 20 (vinte dias) a conta


assinatura do Termo de Compromisso.
 Remoção do inventariante:
 Responsabilidade Civil e Criminal;
 art. 622 do CPC/15 traz um rol de
hipóteses nas quais o inventariante
pode ser removido - exemplificativo.
 A requerimento ou de ofício
 Fixação de multa de até 03% do valor
dos bens inventariados.
 Decisão que comporta Agravo de Instrumento
(CPC/15, art. 1015, parágrafo único)
 Manifestações sobre as primeiras
declarações:
◦ Prazo de 15 (quinze) dias (antes era de 10
dias – CPC/73, art. 1.000).
 Outra mudança a ser destacada é o
acréscimo da expressão “sonegação de
bens” no rol de alegações que poderão
ser feitas pelas partes após terem
contato com as primeiras declarações
(art. 627, inciso I, CPC/15), o que visa
impedir posterior impugnação sobre a
partilha de bens.
DA PARTILHA
 Com relação à partilha, se as partes
forem maiores e capazes, poderão
formular os seus quinhões.
 Qualquer herdeiro poderá pleitear a
fruição e o uso antecipado de
determinado bem, objeto da partilha,
com a condição de que, ao término do
inventário, tal bem integre a sua cota.
 O CPC/15 acrescentou “a máxima
comodidade dos coerdeiros, do cônjuge
ou do companheiro”, se for o caso (art.
648, III).
Arrolamento de Bens
 O regime simplificado do arrolamento de
bens poderá ser utilizado para proceder
à partilha, mesmo que, na situação
fática, exista herdeiro menor:
◦ Concordância de todas as partes
◦ Participação do Ministério Público (art. 665).
 Valor dos bens igual ou inferior a 1.000
salários mínimos.
 Demonstração pelo Inventariante: Atribuição de
valor aos bens do espólio e o plano de partilha.
 Herdeiro preterido: não incluído no rol
de herdeiro pelo inventariante nas
primeiras declarações.
 Preterido antes antes da partilha e no
curso do inventário - simples petição ao
juiz da causa,
 Preterido após partilha dos bens e findo
o inventário, com a homologação da
partilha amigável - ação anulatória do
ato jurídico, nos moldes do art. 657 do
CPC/15.
◦ Prazo decadencial de 1(um) ano.
EMBARGOS DE TERCEIRO E
OPOSIÇÃO
 Cuida-se dos embargos de terceiro e da
oposição, que versam sobre o terceiro que não
participou da relação jurídica processual
originária.

 Embargos de terceiro - ação de conhecimento


de rito especial.
 Oposição - inovação ao tratá-la como
procedimento especial, uma vez que, no
CPC/73, encontra-se disciplinada como
intervenção de terceiro, ao lado da denunciação
da lide, do chamamento ao processo e da
nomeação à autoria.
SEM ALTERAÇÃO NO CONCEITO DE
PARTE E TERCEIRO
 Parte - todo aquele que participa do
contraditório e a quem é assegurado,
também, o contraditório,;
 Terceiro - aquele que não participa da
relação jurídica processual originária e
a quem, por conseguinte, não são
garantidos o contraditório e a ampla
defesa.
 Possibilidade de se valer do caráter
preventivo dos embargos de terceiro - não é
preciso que, efetivamente, ocorra a
constrição judicial para que o terceiro possa
se utilizar desse instrumento para excluir o
bem do processo principal.
 A simples menção a um bem de terceiro para
a garantia de uma execução, por exemplo,
da qual ele não faça parte, já poderá ensejar
a oposição dos embargos de terceiro.
 Forma preventiva ou repressiva (art. 674,
caput).
Legitimidade Ativa
 O CPC/15 autoriza tanto o terceiro
que seja possuidor como o terceiro
que seja somente proprietário do bem
a opor os presentes embargos
(CPC/15, art. 674, caput, e § 1º).
 CPC/73, art. 1.046 (...) §1º “Os
embargos podem ser de terceiro
senhor e possuidor, ou apenas
possuidor”.
Defesa de bens pelo Cônjuge ou
Companheiro
 Cônjuge ou companheiro de bem
próprio ou da meação que seja
indivisível - o bem não se livrará da
constrição judicial e deverá ser objeto
de penhora
 Reversão ao equivalente em valor
equivalente à sua quota parte.
 O bem não poderá ser alienado por valor
inferior ao da avaliação (art. 843).
Legitimidade Passiva
 O CPC/15 regulamentou a
legitimidade passiva nos embargos de
terceiro, dispondo que o sujeito a
quem o ato de esbulho judicial
aproveita, bem como o seu
adversário no processo principal
quando for sua a indicação do bem,
deve ocupar o polo passivo na ação
em apreço. (art. 677, §4º).
Prazo para oposição
 O CPC/15 manutenção da regra:
 Processo de Conhecimento – trânsito
em julgado da sentença;
 Cumprimento de Sentença ou
processo de execução - até 05 (cinco)
dias depois da adjudicação, da
alienação por iniciativa particular ou da
arrematação, mas antes da assinatura
da respectiva carta (CPC/73, artigo
1.048, e CPC/15, artigo 675, caput).

 Nova possibilidade de: verificando a
existência de terceiro titular de interesse
em embargar o ato de constrição
judicial, o juiz mandará intimá-lo
pessoalmente (P.ú, Art. 675 CPC/25)
 PERGUNTA-SE: intimação do terceiro
se mostrar imprescindível para a
validade do ato constritivo ou consiste
em uma faculdade do juiz?
 Enunciado 185 do Fórum Permanente
dos Processualistas Civis (FPPC) anota
a necessidade da oitiva prévia das
partes antes de o juiz mandar intimar
o terceiro titular de interesse em se
insurgir contra o ato de constrição
judicial.

 FPPC, Enunciado 185. (artigo 675, parágrafo
único). O juiz deve ouvir as partes antes de
determinar a intimação pessoal do terceiro. (Grupo:
Procedimentos Especiais)
 Suspensão das medidas constritivas a
partir do ingresso dos embargos de
terceiro:
 A concessão da suspensão dependerá da
análise prévia do juiz;
 O mandado de manutenção ou de
reintegração provisória da posse somente
poderá ser expedido a requerimento do
embargante, bem como, o juiz poderá
determinar a prestação de caução pelo
requerente, excetuada a impossibilidade da
parte economicamente hipossuficiente (art.
678).
NOVIDADES:
 Aumento do prazo para resposta do embargado:
passou de 10 (dez) dias, como previsto no CPC/73 (art.
1.053), para 15 (quinze) dias (CPC/15, art. 679).
 Não se admite a possibilidade de oferecimento de
reconvenção e de ação declaratória incidental pelo
embargado (quanto à ação declaratória incidental, há
divergência a respeito de ter sido abolida ou não pelo
diploma processual civil vigente).

 A exceção de incompetência foi extirpada pelo CPC/15
como uma das respostas do réu (a incompetência, seja
absoluta ou relativa, deve, agora, ser alegada em
preliminar de contestação – art. 64).
 A oposição no CPC/15: na oposição,
há a figura de um terceiro que almeja
obter para si o mesmo bem ou
vantagem objeto de disputa entre as
partes em demanda pendente.
 Mantém as regras da intervenção de
terceiro, mas agora tratada no
procedimento especial de jurisdição
contenciosa.
 O CPC/15, em se tratando de oposição
autônoma, afastou o prazo de 90
(noventa) dias de sobrestamento da
demanda principal, estabelecendo que o
juiz suspenda o prosseguimento da lide
originária ao fim da produção das
provas, exceto se concluir que a unidade
da instrução atende melhor ao princípio
da duração razoável do processo (art.
685, parágrafo único).
AÇÃO MONITÓRIA
 Prova escrita representativa de crédito
sem natureza executiva;
 Ação de conhecimento/ação de
execução;
 Obrigação:
◦ Quantia em dinheiro;
◦ Coisa fungível ou infungível
◦ Coisa móvel ou imóvel
◦ Obrigação de Fazer e não Fazer
 Prova:
◦ Documento escrito;
◦ Prova oral documentada (Ação Probatória
Autônoma);
 Possibilidade de converter o feito em
rito comum – dúvida quanto a
idoneidade do título: espírito do
aproveitamento;
 Isenção de Custas e pagamento de
5% de honorários advocatícios
 PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO
VOLUNTÁRIA
 Disposições gerais sobre os procedimentos de
jurisdição voluntária: Estão inseridos como variações
especiais do procedimento comum que lhe caracteriza
e diferencia, e por consequência autorizam um rito
procedimental próprio.

 Não havendo lide (pretensão resistida) - não haverá
vencedor ou vencido, nem condenação em verbas
sucumbenciais.
 As despesas serão adiantadas pelo requerente e
rateadas entre os interessados (de forma proporcional)
(art. 88 do CPC/15).
 Isso ocorre também nos casos de instauração do
procedimento por iniciativa do Ministério Público, como
pode acontecer no inventário, por exemplo (CPC/15,
art. 616, inciso VII).
 Ao lado de disposições específicas para
alguns procedimentos de jurisdição
voluntária destacados pelo CPC/15: Ex:
notificação, interpelação, herança
jacente, divórcio e separação
consensuais, entre outros, existem
disposições gerais nos arts. 719 a 724,
aplicáveis tanto aos procedimentos
especificamente previstos, ainda que de
forma supletiva, quanto àqueles
expressamente elencados no art. 725.

 O art. 720 traz uma importante
novidade: a inclusão da Defensoria
Pública como legitimada para iniciar o
procedimento de jurisdição voluntária
ao lado do interessado e do Ministério
Público.
 Na linha de uniformização dos prazos
para manifestação e defesa, o art. 721
esclarece que os interessados serão
citados, bem como intimado o Ministério
Público quando for o caso, para se
manifestarem no prazo de 15 dias.
 Não existe mais a expressa cominação
de nulidade pela ausência de intimação
do membro do Ministério Público.
 - Regra da sanabilidade das nulidades processuais,
sejam elas absolutas ou relativas
 Repetiram as disposições quanto:
 Oitiva da Fazenda Pública, nos casos
em que tiver interesse (art. 722);
 Decisão judicial do pedido no prazo
de 10 dias (art. 723)
 Recorribilidade da sentença por meio
do recurso de apelação (art. 724)
 De rigor, seria dispensável diante do que
expressamente dispõe o art. 1.009, caput, do
CPC/15.
NOVIDADES
 NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃO
JUDICIAIS: antes tratadas como
procedimentos cautelares específicos, o
CPC/15 colocou, de forma adequada e
correta, a notificação e a interpelação
judiciais dentre os procedimentos de
jurisdição voluntária, acrescentando
expressamente no art. 726, parágrafo
único, que as mesmas disposições são
aplicadas, no que couber, ao protesto
judicial.
 OBJETO: intimar alguém e dar-lhe
ciência sobre algo juridicamente
relevante, as interpelações objetivam
a constituição em mora do devedor.
 ALIENAÇÃO JUDICIAL:
diferentemente do art. 1.113 do
CPC/73, o CPC/25 apenas exige,
para viabilizar a alienação judicial, a
falta de acordo entre os interessados
sobre o modo como se deve realizar a
alienação do bem, fazendo remissão
expressa aos artigos do CPC/15 que
tratam do leilão judicial eletrônico ou
presencial (art. 730).
 DIVÓRCIO E SEPARAÇÃO
CONSENSUAIS, EXTINÇÃO
CONSENSUAL DE UNIÃO ESTÁVEL
E ALTERAÇÃO DO REGIME DE
BENS DO MATRIMÔNIO
 CPC/15, nos arts. 731 a 734, trata do
procedimento em torno de importantes
questões de direito material. Atribui força
à corrente doutrinária que, mesmo após
a EC nº 66/2010 (que alterou a redação
do art. 226, §6º da Constituição
Federal), defende a permanência do
instituto da separação judicial no
ordenamento jurídico brasileiro, tratando
de forma expressa (art. 731).
 O art. 733, por sua vez, preservou a
previsão quanto ao divórcio
consensual, à separação consensual
e à extinção consensual de união
estável feita por escritura pública, nos
casos em que não houver nascituro
ou filhos incapazes.
 Ampliando a regulamentação prevista já
no art. 1.639, §2º do Código Civil, o
CPC/15 também fez referência expressa
à alteração consensual do regime de
bens do casamento, mediante pedido
motivado dos cônjuges nesse sentido e
ressalvados direitos de terceiros.
 PERGUNTA-SE: O que se considera
motivo suficiente nesses casos para o
pedido feito pelos cônjuges?
 TESTAMENTOS E CODICILOS;
 HERANÇA JACENTE;
 BENS DOS AUSENTES:
 COISAS VAGAS

 Além de algumas alterações


redacionais, não tiveram modificação
de suas regras e procedimentos.
INTERDIÇÃO
 Antes mesmo de o CPC/15 entrar em
vigor, iniciou-se a vigência da Lei
Federal nº 13.146/2015, também
conhecida como Estatuto da Pessoa
com Deficiência, que consolida as
ideias constantes na Convenção
Internacional das Pessoas com
Deficiência firmada em Nova Iorque e
que ingressou no sistema jurídico
brasileiro com status de emenda
constitucional (CF, art. 5º, §3º e Decreto
nº 6.949/09).
 O Estatuto trouxe um conceito de
pessoa com deficiência (art.2º) e
alterou alguns dispositivos do Código
Civil Brasileiro, em especial os arts. 3º
e 4º, reformulando os conceitos de
incapacidade absoluta e relativa;
 CC, art. 3º São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de
16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015)

 Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou
à maneira de os exercer:
 I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
 II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
 III - aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
 IV - os pródigos.
 Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será
regulada
 por legislação especial.
 A regra geral do sistema jurídico para
as pessoas com deficiência é a plena
capacidade, que é inerente a
condição humana.
 Não há mais incapacidade absoluta
por deficiência física ou mental.
 As restrições da curatela só atingem
direitos de natureza patrimonial, e não
os existenciais, que visam à
promoção da pessoa humana (Lei
Federal nº 13.146/15, arts. 6º e 84 a
87).
 PERGUNTA: O casamento da pessoa
com deficiência é válido?
 Vide Art. 1.548, CC.
 legitimidade para o pedido de
interdição:
 Cônjuge ou companheiro;
 Parentes ou tutores;
 Representante da entidade em que se
encontra abrigado o interditando;
 Ministério Público.

 Procedimento: Presente o pedido
para a instauração do procedimento, o
juiz irá entrevistar pessoalmente o
interditando acerca de suas
preferências e vontades (art. 751).
 Dentro do prazo de 15 dias, contados
dessa entrevista, o interditando
poderá impugnar o pedido por meio
de advogado ou curador especial (art.
752).
 Decorrido o prazo, o juiz determinará
a produção de prova pericial (art.
753);
 Apresentado o laudo, o juiz proferirá
sentença:
 Nomeando curador,;
 Fixando os limites da curatela (arts. 754 e 755)
e
 Observando os princípios e direcionamentos
do Estatuto da Pessoa com Deficiência
 Levantamento da curatela é previsto no art.
756 do CPC/15.
 Interdito; Curador ou pelo Ministério Público

 Tomada de decisão apoiada: as pessoas com


deficiência são, em regra, capazes, e tomarão
suas decisões de forma autônoma. Mas, em
algumas situações, poderão precisar apenas de
um apoio.
 Novo instituto, criado para assistir a pessoa com
deficiência, pelo qual ela escolhe duas pessoas
idôneas, com as quais mantém vínculo de
confiança, para reforçar o exercício da sua
autonomia.
 Disposições comuns à tutela e à curatela:
o CPC/15 trata especificamente do
procedimento para nomeação, remoção,
suspensão, substituição ou exoneração
de tutor ou curador.
 Tutela - voltada à proteção dos interesses
dos menores não emancipados e não
sujeitos ao poder familiar;
 Curatela - instituto de direito assistencial
para a defesa dos interesses dos maiores
incapazes. (arts. 759 a 763).
 ORGANIZAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS
FUNDAÇÕES:
 Fiscalização - Ministério Público Estadual
nos termos do art. 66 do Código Civil.
 Direito Material somado aos arts. 764 e 765
do CPC/15.
 Destaca-se o Enunciado nº 189 do Fórum
Permanente de Processualistas Civis (“O art.
765 deve ser interpretado em consonância
com o art. 69 do Código Civil, para admitir a
extinção da fundação quando inútil a
finalidade a que visa.”).
 Ratificação dos protestos
marítimos e protestos
testemunháveis formados a bordo:
 Revogando as disposições do CPC/39
que ainda estavam vigentes, o
CPC/15 tratou expressamente dos
protestos marítimos e dos protestos
testemunháveis formados a bordo
(arts. 766 a 770).

Você também pode gostar