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Observações iniciais:
Fundamento: Existe o procedimento especial para um ajuste entre forma e objeto da ação.
Tem uma restrição dos pedidos em alguns procedimentos especiais e, até mesmo, restrição na
defesa.
*Ler Vicente.
Crítica ao procedimento especial: falta de razão clara para sua existência, pode se resumir em
um simples detalhe diferente do início. Ex: faz tal ato e segue para o procedimento comum.
Os que foram suprimidos pelo CPC/15 não deixaram de existir, a parte só irá encontrar outro
meio de conseguir o seu objetivo.
* Ler Humberto.
Efeito liberatório: ainda que o valor não seja entregue diretamente ao devedor, por exemplo, às
vezes é depositado nos autos, no banco, etc.
O Código Civil em seu artigo 335 discorre acerca das hipóteses de cabimento:
(1) se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma.
(2) se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos.
(3) se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil.
(4) se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento.
Depósito: Tem que ocorrer dentro de 5 (cinco) dias, sob pena de extinção. É indispensável o
pagamento. (Art. 542, parágrafo único).
Se o objeto da prestação for coisa indeterminada: Se a escolha couber ao credor, ele é citado
para escolher em 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou aceitar
que o devedor o faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em
que se fará a entrega, sob pena de depósito. (Art. 543 do CPC/15).
Dúvida sobre a legitimidade do credor: se o devedor sabe que há litígio e, mesmo assim, paga
ao credor errado, ele assume o risco (Art. 344 do CC). (Todos os que ele tem dúvida se ser ou
não o credor, serão réus no processo, trata-se de litisconsórcio passivo necessário).
Prestações sucessivas: depositada uma, pode continuar depositando, em até 5 (cinco) dias de
cada vencimento (Art. 541 do CPC/15).
Enunciado 60 FPPC: Sem maiores formalidades, enquanto não tiver decisão diversa, ou seja,
não precisa ficar requerendo ao juízo sempre o depósito.
Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o
depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
(1) Revelia dos réus (credores): depósito será convertido em arrecadação de coisas
vagas (Art. 548, I do CPC/15) em caso de procedência do pedido inicial.
(2) Um dos credores comparece: se for procedente, o juiz extingue a obrigação para
ambas as partes (Art. 548, II do CPC/15).
No caso do item “d” dispensa reconvenção, pois a ação tem caráter dúplice, o simples pedido
contraposto. Ainda, alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10
(dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do
contrato.
Se ficarem discutindo no processo acerca do real valor, o juiz irá decidir e a sentença irá valer
como título executivo para o ingresso de cumprimento de sentença.
Se o pagamento deve ser em dinheiro: a primeira parte do procedimento pode ser extrajudicial.
Assim, tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em
estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se
o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a
manifestação de recusa. (Art. 539, §1º do CPC/15).
Não proposto o processo no prazo acima: ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o
depositante. (Art. 539, §4º do CPC/15).
Observação: Algumas hipóteses de consignação em leis especiais: (1) Art. 67 da lei 8.245/91
(2) art. 164 do CTN.
(1) art. 33 do CC. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do
ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os
outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos,
segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e
prestar anualmente contas ao juiz competente.
(2) Art. 668 do CC (mandatário). O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência ao
mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do mandato, por qualquer título
que seja.
(3) Art. 1.348, VIII do CC. Síndico deve prestar contas à assembleia, anualmente e quando
exigidas.
(4) Art. 1.020 do CC. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas
justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem
como o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
(5) Arts. 1.755 e 1.781 do CC. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais
dos tutelados, são obrigados a prestar contas da sua administração. (Aplica-se a
curatela).
(6) Art. 553 do CC. Inventariante, tutor, curador, etc, devem prestar contas em apenso aos
autos em que foram nomeados.
Súmula 259 do STJ: A ação de prestação de contas pode ser proposta pelo titular de conta-
corrente bancária.
Info 558 do STJ: Não cabimento em caso de contratos de mútuo e financiamento. Obrigação se
encerra com a entrega da coisa.
Procedimento bifásico:
(1) Réu é obrigado a prestar contas?
Forma das contas: As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, especificando-se
as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver. (Art. 551 do CPC/15).
Condutas do réu.
Se o réu, na 2º fase, descumpre com o dever de prestar contas: não poderá impugnar as que o
autor apresentar (Art. 550, §5º do CPC/15). A decisão que julgar procedente o pedido
condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser
lícito impugnar as que o autor apresentar.
Possível a adoção de medidas coercitivas? Sim, as previstas no art. 536, §1º do CPC/15. “A
imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de
obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de
força policial.”
3- AÇÕES POSSESSÓRIAS.
Exceção: Súmula 487 do STF. Será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio,
se com base neste for ela disputada. Admite a cumulação.
Inviável interdito proibitório para proteger direito autoral: Súmula 228 do STJ.
Art. 1.210 do CC complementa o art. 557 do CPC/15: O possuidor tem direito a ser mantido na
posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver
justo receio de ser molestado + Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor
quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida
em face de terceira pessoa. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação
de propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
Ações possessórias:
REINTEGRAÇÃO - Perda.
MANUTENÇÃO - Turbação.
Fungibilidade: art. 554 do CPC/15. A propositura de uma ação possessória em vez de outra
não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela
cujos pressupostos estejam provados.
Ação de imissão: petitória (reaver a coisa do poder de quem a tem injustamente) e não
possessória (direito de ser mantido).
Característica: possibilidade de liminar sem ouvir o réu, ou se na inicial não tiver provas o
suficiente, após audiência de justificação (art. 562 do CPC/15).
- Não é antecipação da instrução, mas sim forma admitida para que o autor comprove,
sumariamente, sua posse e/ou os requisitos para concessão da liminar
Ação de força nova (dentro do prazo correto) vai para o procedimento especial. Quando a ação
for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial. (Art.
558 do CPC/15).
Para ações de "força velha" (além desse prazo), segue rito comum, sem perder caráter possessório (558, p.
único) → juiz pode conceder tutela de urgência, com base na regra geral (art. 294 e ss.), se presentes os
requisitos.
Natureza dúplice (art. 556 do CPC/15) - Existe divergência a respeito. Réu pode dizer que ele
que sofreu o ato.
Para boa parte da doutrina, são dúplices porque o réu pode pleitear idêntica tutela jurisdicional
à requerida pelo autor, na própria contestação. Todavia, o réu deve formular pedido (cf. o
próprio art. 556).
Para outra parte da doutrina, ação "verdadeiramente" dúplice propicia tutela jurisdicional ao réu
independentemente de pedido seu.
As ações dúplices são as ações (pretensões de direito material) em que a condição dos
ligantes é a mesma, não se podendo falar em autor e réu, pois ambos assumem
concomitantemente as duas posições. Esta situação decorre da pretensão deduzida em
juízo. A discussão judicial propiciará o bem da vida a uma das partes, independentemente de
suas posições processuais. A simples defesa do réu implica exercício de pretensão; não
formula pedido o réu, pois a sua pretensão já se encontra inserida no objeto de uma equipe
com a formulação do autor. É como uma luta em cabo de guerra: a defesa de uma equipe já
é, ao mesmo tempo, também o seu ataque. São exemplos: a) as ações declaratórias; b) as
ações divisórias; c) as ações de acertamento, como a prestação de contas e oferta de
alimentos.
Ação executiva lato sensu: sentenciou já deve cumprir, não precisa de 2º fase. A execução
independe de um novo processo/fase (sincretismo processual).
Sentença da reintegração: prevalentemente executiva (determina medidas sub-rogatórias,
inclusive ampicas).
Vedação à liminar contra pessoas jurídicas de direito público, sem sua prévia oitiva (art. 562, p.
único). Presunção de legitimidade dos atos do Poder Público.
Paralelo: decisão do STF acerca da Lei do MS (Art. 22, § 2º): "É inconstitucional ato normativo
que vede ou condicione a concessão de medida liminar na via mandamental" (Info 1021).
Pela similitude, parece haver possibilidade de analogia. De toda forma, a literatura destaca a
possibilidade de concessão de tutela de urgência com base na regra geral do CPC.
Ocupação indevida de bem público: descabe proteção possessória contra ente público, porque
há mera detenção (STJ, AgRg no REsp 1470182/RN).
Súmula 619, STJ: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza
precária, insustentável de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.
Entretanto, ainda que relativamente a bens públicos, é possível contra outros particulares: "É
cabível o ajuizamento de ações possessórias por parte de invasor de terra pública contra
outros particulares" (STJ, REsp 1.484.304-DF). Ex: A mora em um bem público de forma
indevida, B invade, A pode intentar contra B, mesmo sendo um bem público.
(a) Proprietário único, para demarcar. Ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o
seu confinante a estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou
aviventando-se os já apagados. ao
(b) Coproprietário, para dividir. Condômino a ação de divisão, para obrigar os demais consortes
a estremar os quinhões.
(c) Enunciado 68 FPPC: Também possuem legitimidade para a ação demarcatória os titulares
de direito real de gozo e fruição, nos limites dos seus respectivos direitos e títulos constitutivos
de direito real. Assim, além da propriedade, aplicam‐se os dispositivos do Capítulo sobre ação
demarcatória, no que for cabível, em relação aos direitos reais de gozo e fruição.
Divisão e demarcação: são ações distintas mas cumuláveis entre si. É possível primeiro
demarcar (contra os confinantes), e depois dividir (contra os condôminos). (Art. 570 do CPC/15)
Feita a demarcação, confinantes são terceiros, quanto à divisão; mas podem reclamar (o
terreno, ou indenização) se houver invasão posterior (art. 572 do CPC/15.
Possível via extrajudicial (art. 571 do CPC/15), se todos são maiores, capazes e concordes.
Publicação de edital: apenas se os réus forem incertos ou desconhecidos. (Arts. 576, p.ú e 259,
III do CPC/15).
Após a resposta, segue procedimento comum (art. 578 do CPC/15), com a observação de que
o CPC prevê que o juiz necessariamente nomeará perito (art. 579 do CPC/15. que será
agrimensor/topógrafo.
Observações do procedimento:
Enunciado 70 do FPPC: Partes devem ser intimadas para manifestação sobre laudo, para
contraditório e ampla defesa.
A sentença, além de acertar os limites ("traçado da linha"), pode outorgar proteção possessória
e/ou dominial (art. 581, p. único do CPC/15).
Com o trânsito em julgado da sentença que traça os limites, inicia-se a demarcação em si.
Acaba o primeiro momento e começa a demarcação em si. "Transitada em julgado a sentença,
o perito efetuará a demarcação e colocará os marcos necessários" - Art. 582 do CPC/15.
Marcos são indispensáveis na estação inicial (marco primordial) e nos vértices dos ângulos,
"salvo se algum desses últimos pontos for assinalado por acidentes naturais de difícil remoção
ou destruição" (art. 584 do CPC/15).
Após o cumprimento, os peritos apresentam relatório; prazo às partes (15 dias) (art. 586 do
CPC/15); efetuadas necessárias correções, se houver, lavra-se auto (art. 586, p. único do
CPC/15), seguido de uma segunda sentença, homologatória da demarcação (art. 587 do
CPC/15).
Cabe apelação das duas sentenças; da segunda, não terá efeito suspensivo (1.012, § 1º, I).
DIVISÃO.
Imóvel rural: necessária observância do módulo rural. Art. 65, Lei n. 4.504/1964 (Estatuto da
Terra): "O imóvel rural não é divisível em áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo
de propriedade rural". Ou seja, hipótese de indivisibilidade jurídica.
Partes podem indicar pedido de quinhão, ou seja, dizer a área que preferem (art. 591 do
CPC/15).
Havendo impugnação, o juiz houve as partes e decide sobre os quinhões em 10 (dez) dias (§
2º).
Peritos propõe a forma da divisão, "devendo consultar, quanto possível, a comodidade das
partes, respeitar, para adjudicação a cada condômino, a preferência dos terrenos contíguos às
suas residências e benfeitorias e evitar o retalhamento dos quinhões em glebas separadas"
(art. 595 do CPC/15).
Regras para partilha: "I - as benfeitorias comuns que não comportarem divisão cômoda serão
adjudicadas a um dos condôminos mediante compensação; II - instituir-se-ão as servidões que
forem indispensáveis em favor de uns quinhões sobre os outros, incluindo o respectivo valor no
orçamento para que, não se tratando de servidões naturais, seja compensado o condômino
aquinhoado com o prédio serviente; III - as benfeitorias particulares dos condôminos que
excederem à área a que têm direito serão adjudicadas ao quinhoeiro vizinho mediante
reposição; IV - se outra coisa não acordarem as partes, as compensações e as reposições
serão feitas em dinheiro" (art. 596 do CPC/15).
Memorial descritivo (art. 597 do CPC/15); auto de divisão (§ 1º); folha de pagamento (§ 4º), que
é o título para registro no CRI.
Objeto:
(1) a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio
falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e
(2) a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de
retirada ou recesso; ou
Aplicação: sociedades empresárias contratuais; sociedades simples; e S/A fechadas que não
possam atingir sua finalidade (acionistas mínimo 5% do capital; devem demonstrar o fato).
(a) pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na
sociedade;
(b) pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio falecido;
(c) pela sociedade, se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou dos
sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social;
(d) pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido
providenciada, pelos demais sócios, a alteração contratual consensual formalizando o
desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do exercício do direito;
(e) pela sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; ou
(f) pelo sócio excluído.
Hipótese de substituição processual (p. único): sociedade não será citada se todos os sócios
forem, mas fica sujeita à decisão.
Para incentivar o consenso, o §1º do 603 isenta as partes (e não somente os réus) do
pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais; e as custas serão rateadas entre as
partes, na proporção da participação dos sócios na sociedade
Procedente o pedido, a liquidação dos haveres seguirá na forma dos arts. 604 a 609 do CPC.
Determinação de depósito da parte incontroversa (604, § 1º), a ser logo levantado pelo ex-
sócio, espólio ou sucessores (§ 2º): espécie de tutela de evidência.
Pagamento (art. 609 CPC/15): na forma do contrato, ou cf. CC (1.031, § 2º: " quota liquidada
será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou
estipulação contratual em contrário").
6- INVENTÁRIO E PARTILHA.
Objetivo.
Suprimiu-se a possibilidade de instauração de ofício pelo juiz (art. 989, CPC/73); e de citação
de herdeiros residentes fora da Comarca, é desde logo, por edital.
Possibilidade de inventário negativo, ou seja, sem bens para: declarar que não possui bens,
demonstrar para credores e para fins de casamento do viúvo.
Modalidades.
(a) inventário extrajudicial (se todos forem capazes e concordes, 610, § 1º CPC/15);
(b) inventário judicial;
(c) arrolamento comum (valor até mil salários mínimos, art. 664 CPC/15)
(d) arrolamento sumário (amigável entre partes capazes, ou herdeiro único, 659, § 1º
CPC/15).
Prazo para abertura (art. 611 CPC/15): dois meses após o óbito.
Súmula 542/STF: “Não é inconstitucional a multa instituída pelo estado-membro, como sanção
pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário”.
art. 612. O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam
provados por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que
dependerem de outras provas.
art. 627, § 3º. Verificando que a disputa sobre a qualidade de herdeiro a que alude o inciso III
demanda produção de provas que não a documental, o juiz remeterá a parte às vias
ordinárias e sobrestará, até o julgamento da ação, a entrega do quinhão que na partilha
couber ao herdeiro admitido.
art. 643. Não havendo concordância de todas as partes sobre o pedido de pagamento feito
pelo credor, será o pedido remetido às vias ordinárias.
Parágrafo único. O juiz mandará, porém, reservar, em poder do inventariante, bens suficientes
para pagar o credor quando a dívida constar de documento que comprove suficientemente a
obrigação e a impugnação não se fundar em quitação.
Representa espólio, zelando e defendendo os bens que o compõem, tanto para a instauração
do processo, quanto durante sua tramitação (funções: 618, de óficio; e 619, com autorização
judicial).
- Presta compromisso (art. 617, p. único CPC/15) e pode ser removido do munus (art.
622 CPC/15), passível de multa (art. 625 CPC/15), mediante incidente (art. 623
CPC/15) em apartado (através de decisão recorrível por agravo de instrumento).
Ordem de nomeação para a função de inventariante: art. 617 CPC/15 (não absoluta).
Procedimento do inventário.
Exige prova literal (642, § 1º), e concordância de todos; não havendo, remessa às vias
ordinárias (643) - reservando o juiz bens, se houver prova suficiente da dívida e impugnação
não se fundar em quitação (643, p. único). - Se ainda não vencida a dívida, mas houver
concordância, juiz determina separação de bens para futuro pagamento (644, p. único).
Procedimento da partilha.
Sentença só pode ser proferida após pagos os tributos de transmissão (654, CPC; 192, CTN)
Inventário não pode ser extinto por abandono do processo. Desídia causa remoção do
inventariante - ou arquivamento administrativo (sem extinção).
ARROLAMENTO.
(a) Comum: (valor até mil salários mínimos - art. 664 CPC/15): possível ainda que haja
incapaz, desde que todos concordem, inclusive MP (art. 665 CPC/15)
(b) Sumário (amigável entre partes capazes, ou herdeiro único, 659, § 1º)
§4º do art. 664 do CPC cita o art. 672 (porém o artigo 672 fala sobre cumulação de inventários
e não sobre o arrolamento). Assim, o enunciado 131 do CJF vem para dizer que foi um erro
material e o correto é a remissão ao art. 662 CPC/15.
Súmula 161, STJ: É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores
relativos ao PIS/PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.
7- EMBARGOS DE TERCEIRO
Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens
que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer
seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
Em geral, não é possível que a constrição judicial recaia sobre bens de quem não é parte no
processo. Os embargos de terceiros são a ação atribuída àquele que não é parte, para fazer
cessar a constrição judicial que indevidamente recaiu sobre um bem do qual é proprietário ou
possuidor.
Eles constituem uma nova ação, e um novo processo, embora estejam ligados àquele no qual
se deu a apreensão judicial. Não são meros incidentes da execução, mas têm natureza de
processo de conhecimento, de natureza constitutiva negativa, que visam desfazer a constrição
judicial indevida.
São atos de apreensão judicial, entre outros: a penhora, o depósito, o arresto, o sequestro, a
alienação judicial, a arrecadação, o arrolamento, o inventário e a partilha, bem como qualquer
outro do qual possa resultar esbulho ou turbação da posse do bem de terceiro.
Pressupostos:
(1) haja um processo em curso, no qual tenha ocorrido uma constrição judicial.
(2) que essa constrição tenha recaído sobre um bem de alguém que não participa do
processo.
CPC/73 tinha as hipóteses de cabimento (art. 1046) ao contrário do atual CPC, que fala de
forma genérica.
CPC/73 tinha a proteção apenas em caráter repressivo, apenas após a constrição efetuada e
no CPC atual permite também para ameaça, ou seja, está em vias de ocorrer a constrição.
Ou seja, tem legitimidade ativa para a ação de embargos de terceiro o promissário comprador
cuja promessa não se encontra ainda inscrita no registro de imóveis.
Por isso, determina o art. 792, § 4º, do CPC que o terceiro adquirente deverá ser intimado,
antes da declaração da fraude, para, querendo, opor embargos de terceiro. A intimação não é
para que o adquirente integre a execução e nela se manifeste ou defenda, mas para que,
querendo, oponha embargos de terceiro.
O adquirente que teve os bens atingidos sem integrar a execução poderá valer-se dos
embargos de terceiro, para livrá-los da constrição. Para que esses sejam bem-sucedidos, terá
de demonstrar que a alienação não foi fraudulenta, seja porque feita antes da citação ou da
averbação da penhora ou de outro ato constritivo, seja porque não foi capaz de reduzir o
devedor à insolvência.
(d) quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte.
(e) o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de
garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios
respectivos. (Arts. 799, 886, 675 p. único do CPC/15).
Enunciado 186 do FPPC: (art. 677; art. 678; art. 681) A alusão à “posse” ou a “domínio” nos
arts. 677, 678 e 681 deve ser interpretada em consonância com o art. 674, caput, que, de
forma abrangente, admite os embargos de terceiro para afastar constrição ou ameaça de
constrição sobre bens que possua ou sobre quais tenha “direito incompatível com o ato
constritivo”.
Vem para ampliar a legitimidade ativa e diz que o artigo quando fala: “em quem não sendo
parte no processo” ainda que não seja o proprietário ou possuidor, mas se o autor tiver um
direito incompatível com o ato constritivo, diz o enunciado que ele tem legitimidade para
impetrar os embargos de terceiro.
Se o bem objeto dos embargos já tiver sido alienado, o adquirente do bem também comporá o
polo passivo, na condição de litisconsorte, já que seu acolhimento implicará a desconstituição
do negócio jurídico do qual ele participou.
Súmula 303 do STJ: Em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve
arcar com os honorários advocatícios."
Observação: Quem deu causa, é quem indicou o bem.
PRAZO.
Enunciado 184 FPPC: (art. 675) Os Enunciado 185 FPPC: (art. 675, parágrafo
embargos de terceiro também são oponíveis único) O juiz deve ouvir as partes antes de
na fase de cumprimento de sentença e determinar a intimação pessoal do terceiro.
devem observar, quanto ao prazo, a regra do
processo de execução.
Exceção: carta precatória. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos
serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito
ou se já devolvida a carta.
Os opostos pela União, suas autarquias ou empresas públicas federais são de competência da
Justiça Federal, onde correrá também o processo em que foi determinada a apreensão. Ainda
que ele estivesse na Justiça Estadual, com a oposição dos embargos de terceiro a
competência será deslocada para a Federal.
(1) Requisitos do art. 319: Ela deve preencher os requisitos do art. 319. Nela, o
embargante descreverá a apreensão judicial, as circunstâncias em que ela foi
ordenada e sua condição de terceiro, postulando ao juiz que determine a liberação dos
bens especificamente indicados.
(2) Valor da causa: Deve ainda apontar o valor da causa, que corresponderá ao bem cuja
liberação se pretende.
(3) Rol de testemunhas: Caso o embargante pretenda ouvir testemunhas na audiência
preliminar, o rol deve vir na petição inicial. Se na audiência de instrução e julgamento,
deve ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, observado o disposto no art. 357, § 4º,
do CPC, aplicando-se, supletivamente, as regras do procedimento comum.
(4) Fazer prova sumária de sua posse ou domínio: Todos os documentos que tenha,
hábeis a comprovar a posse ou a propriedade e a qualidade de terceiro, devem ser
juntados. Eles não são indispensáveis para o recebimento da petição inicial, mas úteis
apenas para que o autor obtenha a liminar. Ainda que não provada a posse ab initio, o
juiz receberá a inicial, podendo, se for o caso, designar audiência preliminar, para dar
ao autor a oportunidade de obter a liminar
A lei não fala em propriedade e sim posse, porque a posse em regra não é documentada. Essa
audiência não pode ser indeferida pelo juiz.
(Art. 677 §2). O possuidor direto pode alegar, além da sua posse, o domínio alheio: trata-se
de uma exceção do artigo 18 do CPC/15, que aduz: “Ninguém poderá pleitear direito alheio
em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.”
LIMINAR.
Caso seja deferida a liminar, há a suspensão do bem objeto dos embargos, porém o processo
principal continua com outros bens. É uma espécie de tutela de evidência.
Mas, se os embargos forem indeferidos liminarmente, não chega a haver a suspensão. Esta
perdura até o julgamento, embora possa ser revogada se no curso dos embargos surgirem
fatos novos que justifiquem a modificação do convencimento do juiz. Caso o processo principal
esteja no tribunal, o juiz não terá poderes para suspender a constrição, cabendo-lhe apenas
comunicar ao relator a interposição dos embargos, para que ele o faça.
Citação na pessoa do advogado do embargado nos autos principais, e, se não tiver advogado,
será feita a citação pessoal.
Observação: não se exige que a procuração tenha expressamente o poder de citação, pois a
lei já autoriza.
O prazo de contestação é de quinze dias, nos termos do art. 679 do CPC, aplicando-se o
disposto nos arts. 180, 183 e 229 do CPC.
SENTENÇA.
Tem eficácia desconstitutiva (constitutiva negativa) e mandamental, isso significa que ela
desfaz, vai tornar sem efeito, uma constrição que foi determinada por uma outra ação judicial. A
constrição será anulada e desfeita, com a manutenção, reintegração, se for o caso. Sem
necessidade de uma outra fase de cumprimento de sentença.
Cognição é exauriente, juiz analisa todas as provas, mas com corte horizontal, limitando as
matérias que podem ser alegadas pelo embargado, no caso do credor com garantia real (art.
680 do CPC/15) nesses casos, ele pode só alegar o que está expresso no artigo:
Se for fraude à execução é admissível a discussão nos embargos, pois não se trata de ação
própria (ação paulina) mas de ato atentatório à dignidade da justiça (774, I). ALUNO FALOU
QUE PODIA E TROUXE A DISCUSSÃO EM SALA:- 0307834-70.2018.8.24.0045 – a princípio
é cabível mas o alienante precisa participar.
Mas admissível discussão acerca da fraude à execução, pois aqui não se trata de tema que
exija ação própria (ação pauliana), mas de ato atentatório à dignidade da justiça (art. 774, I).
Tema repetitivo 872 do STJ: Nos Embargos de Terceiro cujo pedido foi acolhido para
desconstituir a constrição judicial, os honorários advocatícios serão arbitrados com base no
princípio da causalidade, responsabilizando-se o atual proprietário (embargante), se este não
atualizou os dados cadastrais. Os encargos de sucumbência serão suportados pela parte
embargada, porém, na hipótese em que esta, depois de tomar ciência da transmissão do
bem, apresentar ou insistir na impugnação ou recurso para manter a penhora sobre o bem
cujo domínio foi transferido para terceiro.
Observação: atual proprietário não atualizou os dados cadastrais, os honorários advocatícios
serão arbitrados com base no princípio da causalidade e ele vai pagar, mesmo tendo
procedência nos embargos, pois ele que deu causa ao processo (se tivesse atualizado os
dados, não teria sido penhorado o bem) – no caso de desconstituir a constrição judicial.
8- OPOSIÇÃO
Crítica: única peculiaridade é a citação na pessoa do advogado com prazo comum para defesa,
ou seja, desnecessidade de ser um procedimento especial apenas para isso (683, p único).
Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu
poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.É demanda em que o
terceiro vem apresentar ao juízo uma pretensão que choca com o interesse do autor e do réu
em outro processo perante aquele juiz. Ou seja, terceiro fala: nem autor e nem réu estão
certos, eu que estou.
O autor (opoente) constitui um litisconsórcio passivo necessário simples (não unitário) contra
autor e réu do processo originário.
ESPÉCIES.
9- HABILITAÇÃO
Objetivo: Nos arts. 687 a 692 o CPC trata do processo de habilitação, que tem por finalidade
promover a sucessão do autor e do réu que vêm a falecer no curso do processo. Só se justifica
se o falecimento tiver ocorrido durante o processo. Não se o precedeu ou é posterior a seu
término.
Em casos de ação intransmissível, por sua natureza, não pode ocorrer a habilitação, a solução
é a extinção do feito. Ex: divórcio, pedido de medicamentos, alimentos.
LEGITIMIDADE.
O art. 688 do CPC atribui legitimidade ativa à parte, em relação aos sucessores do falecido, e
aos sucessores do falecido, em relação à parte. A lei permite que a habilitação seja requerida
pela parte contrária, ou pelos próprios sucessores do de cujus. Por exemplo, se falece o réu,
pode o autor propor a habilitação para requerer sua sucessão pelo espólio ou herdeiros, ou
podem os próprios herdeiros do de cujus ajuizar a habilitação, para poder assumir o polo
passivo. Tanto a parte contrária quanto os sucessores do falecido podem ter interesse em dar
continuidade ao processo, regularizando o polo em que figurava o de cujus. (Art. 110 do
CPC/15).
Regra geral: ocorre nos próprios autos. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo
principal, na instância em que estiver, suspendendo-se, a partir de então, o processo. (Art. 689
do CPC/15).
PROCEDIMENTO.
Art. 693. “As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio,
separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação”.
Enunciado 72 FPPC: O rol do art. 693 não é exaustivo, sendo aplicáveis os dispositivos
previstos no Capítulo X a outras ações de caráter contencioso envolvendo o Direito de
Família.
Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento
para a mediação e conciliação.
Enunciado 187 do FPPC: (arts. 649, 165, § Enunciado 639 do FPPC: arts. 695 e 334,
2º, 166) No emprego de esforços para a §4º, II) O juiz poderá, excepcionalmente,
solução consensual do litígio familiar, são dispensar a audiência de mediação ou
vedadas iniciativas de constrangimento ou conciliação nas ações de família, quando
intimidação para que as partes conciliem, uma das partes estiver amparada por medida
assim como as de aconselhamento sobre o protetiva.
objeto da causa. (Ninguém pode ser
obrigado a realizar acordo).
CITAÇÃO.
A princípio o mandado não teria a petição, para a parte contrária não ler e ficar com raiva e não
querer fazer acordo em audiência, porém, como dito, isso ficou prejudicado com o processo
eletrônico.
Citação com antecedência de 15 dias (quando no procedimento comum a citação deverá ser
feita com antecedência de vinte dias).
“Na pessoa do réu” (art. 685, §3º do CPC/15). Fica o questionamento se é impossível por
procurador ou por hora certa.
Nas “ações de estado” (político/familiar/cap civil) não pode ser por meio eletrônico ou ofício (art.
247, I do CPC/15)
MINISTÉRIO PÚBLICO.
Atua quando há incapaz (art. 178, II CPC/15) e se tiver violência doméstica contra a mulher.
Previsão no Estatuto do Idoso (art. 74, II): O Ministério Público também atua em ações judiciais
com direito ao idoso em condição de risco, não é qualquer idoso, é aquele que está em
condição de risco. Ex: risco financeiro, principalmente acerca da capacidade civil ou residência.
Art. 699 do CPC/15. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou
a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por
especialista.
É um atalho de um credor que não tem título executivo judicial pronto mas parece que tem
algo que demonstre a existência de um crédito contra alguém. Meio termo da ação de
conhecimento e uma execução. (Aparência do crédito – via facultativa).
Cabível contra Fazenda Pública (art. 700, §6º e Súmula 339 STJ)
OBJETO DA AÇÃO:
A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
O CPC atual ampliou as hipóteses. No CPC/73 não tinha obrigação de fazer (entrega de coisa
e adimplemento de obrigação).
Súmula 292 do STJ - A reconvenção é Súmula 282 do STJ - Cabe a citação por
cabível na ação monitória, após a conversão edital em ação monitória.
do procedimento em ordinário.
Enunciado 446 do FPPC: Cabe ação monitória mesmo quando o autor for portador de título
executivo extrajudicial. (O enunciado vai contra o artigo 700 do CPC/15).
DA PROVA.
É indispensável documento escrito, sem força executiva, que embase a monitória; e que seu
objeto seja a entrega de soma em dinheiro, coisa fungível ou infungível, bem móvel ou imóvel
ou o adimplemento de obrigação de fazer ou não fazer. Não há requisitos específicos quanto
aos sujeitos da ação. Ela pode ser ajuizada por, e em face de, pessoas jurídicas ou naturais,
capazes ou incapazes, de direito público ou de direito privado.
Inovação do CPC/15: A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente. Exemplos de documentos admitidos:
Súmula 233 STJ - O contrato de abertura de Súmula 247 STJ - O contrato de abertura de
crédito, ainda que acompanhado de extrato crédito em conta-corrente, acompanhado do
da conta-corrente, não é título executivo. demonstrativo de débito, constitui documento
hábil para o ajuizamento da ação monitória.
Dúvida contra a idoneidade da prova documental apresentada pelo autor: juiz intima para o
querendo emendar a inicial, adaptando ao procedimento comum (§5º).
Enunciado 188 FPPC - Com a emenda da inicial, o juiz pode entender idônea a prova e
admitir o seguimento da ação monitória.
Observação: Juiz após a emenda, pode ver que o documento foi o suficiente para continuar
com a ação monitória e não ir para o procedimento comum.
Alguns relatam ser uma espécie de tutela de evidência, fora dos casos já previstos no Código
de Processo Civil.
(1) Não fazer nada (Estará concluído de pleno direito, o autor tem a possibilidade de seguir
com cumprimento de sentença).
(2) Cumprir a obrigação: fica isento de custas mas deve honorários de 5%, conforme
artigo 701 (no CPC anterior: ficava isento também dos honorários).
(3) Apresenta sua defesa por embargos monitórios (art. 702 do CPC/15)
O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias.
Os embargos monitórios são nos mesmos autos (podendo ser apartado, se parciais e o juiz
assim determinar ou seja, é uma obrigação de pagar e o réu reconhece uma parte, assim, irá
continuar o cumprimento do valor incontroverso.
Cabe intervenção de terceiro? Alguns dizem que sim, outros não. Ponto polêmico.
O penhor é um direito real de garantia que, em regra, recai sobre bem móvel e consuma-se
com a tradição da coisa, que permanecerá em mãos do credor até a extinção da obrigação.
Sua finalidade é fazer com que a execução da obrigação, em caso de inadimplemento, recaia
preferencialmente sobre o bem. Como direito real, assegura ao seu titular o direito de sequela e
de preferência, em caso de excussão. Tem natureza acessória e extingue-se com a dívida.
O penhor legal não deriva da vontade das partes, de um contrato, mas de determinação do
legislador. Cabe nas hipóteses do art. 1.467 do CC: “São credores pignoratícios,
independentemente de convenção: I – os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou
alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou
fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou
consumo que aí tiverem feito; II – o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis
que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas”.
OBJETO.
Definir quais são os bens que recairão no penhor legal, ante o valor da dívida e dos bens.
Exemplo de penhor legal: art. 1.467 CC.
A lei atribui genericamente o penhor, a ação serve para delimitar os bens que formarão
concretamente a garantia.
A homologação do penhor legal poderá ser promovida pela via extrajudicial mediante
requerimento, que conterá os requisitos previstos no § 1º do art. 703, do credor a notário de
sua livre escolha. É uma via facultativa, neste caso, se o réu impugnar, procedimento se
judicializa (§3º) Caso contrário, o notário formalizará a homologação do penhor legal por
escritura pública.
(a) Nulidade.
(b) Extinção.
(c) Não estar a dívida compreendida em lei ou os bens não estão sujeitos a penhor legal.
(d) Alegar ter sido ofertada caução idônea, rejeitada pelo credor (NOVIDADE).
Art. 1.468. A conta das dívidas enumeradas Enunciado 74 FPPC. No rol do art. 704, que
no inciso I do artigo antecedente será enumera as matérias de defesa da
extraída conforme a tabela impressa, prévia homologação do penhor legal, deve-se incluir
e ostensivamente exposta na casa, dos a hipótese do art. 1.468 do Código Civil, não
preços de hospedagem, da pensão ou dos tendo o CPC revogado o citado dispositivo.
gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do
penhor. “I -os hospedeiros, ou fornecedores Comentário: Se houver disparidade entre o
de pousada ou alimento, sobre as bagagens, valor publicizado pelo hospedeiro e o valor
móveis, jóias ou dinheiro que os seus que ele ta cobrando, o artigo permite
consumidores ou fregueses tiverem consigo alegação de nulidade.
nas respectivas casas ou estabelecimentos,
pelas despesas ou consumo que aí tiverem
feito”.
(1) Procedência do pedido inicial: consolidar a posse do bem em nome do autor, deixando
de ter posse precária para a definitiva.
(2) Improcedência: o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a
dívida pelo procedimento comum, salvo se acolhida a alegação de extinção da obrigação.
Contra a sentença caberá apelação, e, na pendência de recurso, poderá o relator ordenar que
a coisa permaneça depositada ou em poder do autor.
Avaria: instituto de direito material, previsto no código comercial – comércio marítimo (Artigo
761 e ss do código comercial).
ESPÉCIES.
(a) Simples ou particulares (art. 766 do código comercial): custos suportados pelo dono do
navio ou dono da carga que sofreu o dano.
(b) Grossas ou comuns (art. 764 do código comercial): custos suportados
proporcionalmente entre o dono do navio, contratante do frete e o dono da carga (art.
673 do Código Comercial). Normalmente são fatos extraordinários.
OBJETIVO.
O cálculo das avarias e quem deve arcar com ela proporcionalmente, é uma ação dúplice.
PETIÇÃO INICIAL.
Deve constar os documentos que configuram a avaria grossa, com registro de bordo,
ratificação de eventual protesto marítimo.
Recebida a inicial:
(1) Juiz nomeia um regulador com notório conhecimento ou as partes podem eleger. O
regulador declarará justificadamente se os danos são passíveis de rateio na forma de
avaria grossa e exigirá das partes envolvidas a apresentação de garantias idôneas
para que possam ser liberadas as cargas aos consignatários.
Se o consignatário não apresentar garantia idônea a critério do regulador, este fixará o valor da
contribuição provisória com base nos fatos narrados e nos documentos que instruírem a
petição inicial, que deverá ser caucionado sob a forma de depósito judicial ou de garantia
bancária.
Enunciado 75 FPPC - (art. 707) No mesmo ato em que nomear o regulador da avaria
grossa, o juiz deverá determinar a citação das partes interessadas.
(2) A parte que não concordar com o regulador quanto à declaração de abertura da avaria
grossa deverá justificar suas razões ao juiz, que decidirá no prazo de 10 (dez) dias.
(3) As partes deverão apresentar nos autos os documentos necessários à regulação da
avaria grossa em prazo razoável a ser fixado pelo regulador.
(4) O regulador apresentará o regulamento da avaria grossa no prazo de até 12 (doze)
meses, contado da data da entrega dos documentos nos autos pelas partes, podendo
o prazo ser estendido a critério do juiz.
Oferecido o regulamento da avaria grossa, dele terão vista às partes pelo prazo comum de 15
(quinze) dias, e, não havendo impugnação, o regulamento será homologado por sentença.
Havendo impugnação ao regulamento, o juiz decidirá no prazo de 10 (dez) dias, após a oitiva
do regulador.
Objetivo de repor o caderno processual que foi desaparecido. Diminuiu muito com o processo
eletrônico, que é mais seguro, mas é possível Ex: hacker.
INICIATIVA.
(a) certidões dos atos constantes do protocolo de audiências do cartório por onde haja
corrido o processo.
(b) cópia das peças que tenha em seu poder.
(c) qualquer outro documento que facilite a restauração.
LEGITIMIDADE PASSIVA.
A parte contrária no processo original (desaparecido). Nada impede que o réu que entre, ai o
autor de lá, seja réu aqui.
A parte contrária será citada para contestar o pedido no prazo de 5 (cinco) dias, cabendo-lhe
exibir as cópias, as contrafés e as reproduções dos atos e dos documentos que estiverem em
seu poder.
Se a parte concordar com a restauração, lavrar-se-á o auto que, assinado pelas partes e
homologado pelo juiz, suprirá o processo desaparecido.
Se a perda dos autos tiver ocorrido depois da produção das provas em audiência: o juiz, se
necessário, mandará repeti-las.
Não havendo certidão ou cópia do laudo, far-se-á nova perícia, sempre que possível pelo
mesmo perito.
Não havendo certidão de documentos, esses serão reconstituídos mediante cópias ou, na falta
dessas, pelos meios ordinários de prova.
Se o juiz houver proferido sentença da qual ele próprio ou o escrivão possua cópia, esta será
juntada aos autos e terá a mesma autoridade da original.
Enunciado 76 FPPC - Localizados os autos originários, neles devem ser praticados os atos
processuais subsequentes, dispensando-se a repetição dos atos que tenham sido ultimados
nos autos da restauração, em consonância com a garantia constitucional da duração
razoável do processo (CF/88, 5º, LXXVIII) e inspiração no art. 964 do Código de Processo
Civil Português.
Tripla função.
Enunciado 505 FPPC - (art. 323; Lei 8.245/1991) Na ação de despejo cumulada com
cobrança, julgados procedentes ambos os pedidos, são passíveis de execução, além das
parcelas vencidas indicadas na petição inicial, as que se tornaram exigíveis entre a data de
propositura da ação e a efetiva desocupação do imóvel locado. (Grupo: Impacto nos Juizados e
nos procedimentos especiais da legislação extravagante).
Em caso de abandono do imóvel pelo inquilino, pode continuar porque tem uma tríplice função.
Enunciado 513 FPPC - (art. 356; Lei 8.245/1991) Postulado o despejo em cumulação com
outro(s) pedido(s), e estando presentes os requisitos exigidos pelo art. 356, o juiz deve julgar
parcialmente o mérito de forma antecipada, para determinar a desocupação do imóvel
locado. (Grupo: Impacto nos Juizados e nos procedimentos especiais da legislação
extravagante).
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou
parcela deles:
Rito ordinário: Procedimento comum, com modificações da lei específica. - Art. 5: Seja qual for
o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo. O
disposto neste artigo não se aplica se a locação termina em decorrência de desapropriação,
com a imissão do expropriante na posse do imóvel”.
LEGITIMIDADE.
TUTELA DE EVIDÊNCIA.
PERDAS E DANOS.
DA PREFERÊNCIA.
O Locatário tem direito de preferência de compra em iguais condições: ser notificado e tem um
prazo para se manifestar.
ERA A LETRA A ALTERNATIVA MAS A QUESTÃO FOI ANULADA.POIS A LEI FALA EM COMPETÊNCIA
TERRITORIAL.
2- RECUPERAÇÃO JUDICIAL E FALÊNCIA
COMPETÊNCIA.
PREVENÇÃO.
Juízo falimentar fica prevento; e todas as ações e execuções contra o falido devem ser
reunidas, no mesmo juízo, ressalvados os créditos trabalhistas, fiscais e demandas ilíquidas
(76, 6º, § 1º, LF) (vis attractiva – força atrativa). O devedor pode pedir recuperação judicial
diretamente, ou no prazo da defesa em processo de falência (art. 95)
(1) contestar.
(2) depositar o valor total do crédito + acréscimos legais ou;
(3) requerer a recuperação judicial.
Existência de interesse público para solução das questões, vai além do interesse privado.
Não se trata de uma jurisdição propriamente dita, mas uma função administrativa (magistrado
resolver).
Seria um negócio jurídico e não uma lide, com interessados e não parte, com pedido e não
uma ação.
Juiz não está adstrito à legalidade: solução mais conveniente ou oportuna (723§2º) o que não
exige o juiz do dever de fundamentar suas decisões, mas não está “preso” a lei (art. 489, §§1º
e 2° (FPPC 640). – Art. 6 do CPC. – Juiz pode julgar conforme a equidade, mas ele tem que
passar segurança e compreensão do seu entendimento.
Não há coisa julgada material, apenas formal: Ou seja, a coisa julgada formal, significa que
naquele processo acabou a discussão, mas a literatura diz que não é formação de coisa
julgada material, o que implica dizer que, se a situação de fato se alterar, a decisão pode ser
revista e proferida uma nova decisão em um outro processo. COISA JULGADA SE DÁ PELO
REBUS SIC STANTIBUS (Sentença se mantém então não se modificar o quadro fático) Ex:
pensão alimentícia, permanece igual o valor, entanto não se alterar a necessidade da criança
ou a possibilidade dos pais.
1) NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃO
Notificação: Cientificar alguém para produção de algum efeito prático ou jurídico, incidente
sobre relação jurídica preexistente entre promovente e promovido. Em suma, informar
outra pessoa acerca de seu propósito. Ex: lei de locações: preferência do imóvel, o locador
notifica o locatário se ele tem essa necessidade de compra do imóvel. Ex: mandado de
segurança.
Interpelação: O autor (interpelante) que quer exigir que o interpelado faça ou deixe de
fazer algo, que considera seu direito. Não quer apenas a ciência, quer que alguém faça ou
deixe de fazer algo. Ex: art. 525 CC (vem nesse caso para demonstrar a mora). Ex2: art.
397 §ú do CC (constituição em mora, relativo à obrigação sem prazo fixado).
ESPÉCIE DE CONTRADITÓRIO
Oitiva da parte adversa, se acontecer uma das duas situações dos incisos do artigo abaixo.
(a) se houver suspeita de que o requerente, por meio da notificação ou do edital, pretende
alcançar fim ilícito.
Deferido e cumprido o ato, os autos serão entregues ao requerente: previsão já superada, pois
hoje temos processos digitais, que estarão a todo momento disponíveis para as partes, ainda
que arquivado. Hoje normalmente se determina o cumprimento e o arquivamento.
2- ALIENAÇÃO JUDICIAL
Art. 730 do CPC/15 - Se não há acordo entre qual bem vai ser alienado, o juiz pode, de ofício,
mandar alienar para leilão. Normalmente ocorre quando o bem é:
Art. 1.691 CC: Visa a segurança dos incapazes, preservando seus bens. Pode apenas por
prévia determinação do juiz, que se dará por meio da alienação judicial. Ex: portador de
necessidades especiais, que tem desconto para aquisição de veículo automotor e querem
comprar com desconto. Tanto para móveis ou imóveis.
Em se tratando de bem imóvel do menor, a venda será depositada na conta bancária e para
tirar o dinheiro depende de autorização judicial, até que ele complete a maioridade, ressalvadas
situações excepcionais de seu interesse.
Serve o procedimento como forma de vender uma coisa que é indivisível, se existir um
condomínio (art . 504 CC).
Regra geral: alienação por leilão. Todavia, se os interessados forem capazes e concordem,
pode ocorrer a venda direta.
Após o pagamento das despesas e não havendo ônus sobre o bem, o valor pode ser levantado
pelo interessado.
VIA EXTRAJUDICIAL.
Possível pela via extrajudicial, sem nascituro ou filhos incapazes, com advogado ou defensor
público (art. 733 do CPC/15).
DA PETIÇÃO INICIAL.
A petição inicial deve ser assinada por ambos os cônjuges em todas as páginas (art. 731
CPC/15). Antes precisava de uma audiência de ratificação de vontade, que hoje pelo CPC/15
foi suprimida.
Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado
o divórcio, (Art. 731, p. único, CPC/15). E os demais pontos? Poderiam também ficar para o
momento posterior? O professor acredita que sim, pelo divórcio ser um direito potestativo.
Se o Juiz se convence que o acordo não preserva o interesse dos filhos ou cônjuges pode
recusar a homologação (art. 34 §2 da lei 6.565/77 – art. 1.574, p. ú do CC).
A sentença deve ser averbada no Registro Civil e, se houver partilha, no Registro de Imóveis.
NOVIDADE!!. Segue o mesmo rito acima, mas tem um destaque: presença do MP, mesmo sem
incapaz. Necessidade de expedição de editais (que pode ser substituído por meio alternativo, a
ser sugerido pelos cônjuges). Para evitar prejuízo para terceiros, pois tem possibilidade que um
deles esteja tentando fraudar alguém, por isso a necessidade de publicidade. Efeitos ex nunc.
4- TESTAMENTOS E CODICILOS
O Código Civil prevê testamentos ordinários (público, cerrado e particular) e especiais
(marítimo, aeronáutico e militar). E, ainda, o codicilo (arts 1.864 e ss).
O procedimento do CPC (arts 735 a 737) objetiva verificar o cumprimento dos requisitos legais
do testamento. Não há contraposição, há simplesmente a verificação da regularidade do
testamento e não ao conteúdo, cláusulas, etc. (conteúdo seria no inventário).
CERRADO.
O testador ou alguém por ele indicado que redige e, depois, submetido à aprovação do tabelião
(que não lê).
Então, o procedimento tem início quando o testamento é apresentado ao Juiz, o qual verifica se
não existem sinais de violação da carta (art. 735 CPC/15). Basta uma suspeita, para que o Juiz
anule.
Art. 735. Recebendo testamento cerrado, o juiz, se não achar vício externo que o torne
suspeito de nulidade ou falsidade, o abrirá e mandará que o escrivão o leia em presença do
apresentante.
Por outro lado, se houver vício, o juiz declara nulidade e nega o cumprimento do testamento.
TESTAMENTO PÚBLICO.
Não tem sigilo e é trazido por qualquer interessado ao juiz, que pede ao juiz que determine o
cumprimento do testamento. No mais, o procedimento é semelhante ao cerrado.
Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal
assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas
instrumentárias.
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o
souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas
vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas,
designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
Enunciado 51. Ele vem dizer que podemos desdobrar o procedimento de verificação do
testamento (regularidade) como uma fase judicial, mas verificada, o juiz poderia remeter as
partes para um procedimento extrajudicial se todas as partes forem maiores e concordem.
Enunciado 77. Vai se aplicar quando o inventário já começou, ou seja, em algum momento, as
partes verificaram que estão de acordo e podem finalizar o processo de uma forma mais prática
e barata, que é o extrajudicial. Ou seja, notificam no processo judicial, que irão migrar para o
extrajudicial.
LETRA B
5- HERANÇA JACENTE
Quando o falecido não deixou testamento, nem herdeiros legítimos conhecidos (1.819 CC).
Deve ocorrer a arrecadação e guarda dos bens (para evitar dissipação), até a vacância ou
entrega ao sucessor (com possibilidade de pagamento de dívidas aos credores, até as forças
da herança cf. 1.821 CC).
Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver domicílio o
falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens. (Art. 738 CPC/15).
O artigo 739 do CPC/15 diz que fica com um curador, competente para a guarda e
administração e conservação dos bens. O curador tem que cumprir algumas coisas, presentes
no art. 740 CPC/15.
Juiz ou autoridade judicial vai ordenar que o oficial de justiça vá até a residência para fazer
arrecadação e arrolamento dos bens, lavrando-se o auto circunstanciado. Quando o juiz não
puder, manda o oficial com duas testemunhas (art. 740 CPC/15).
Durante a arrecadação, vão ser perguntados para moradores da casa e vizinhos, para obter
informações sobre o falecido, se tem sucessores, outros bens, etc. (art. 740 §3 CPC/15).
Documentos de ordem privada são examinados, de forma reservada, pelo juiz, para empacotar
e lacre. Aparecendo herdeiro, é entregue, em caso de vacância é destruído (art 740 §4
CPC/15).
Após 1 ano, contado do primeiro edital de arrecadação dos bens, se nenhum herdeiro se
habilitar, haverá declaração de vacância, por sentença. Após o TJ, os bens passarão para
administração dos entes públicos (art. 743 CPC/15). Isso também ocorre se o juiz negar
alguma habilitação de herdeiro.
Depois disso, o interessado só pode postular a herança por ação própria. (§2)
Art. 1.822 CC: declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que
legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens
arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território
federal.
Proteção dos bens da pessoa que foi declarada ausente, que é a pessoa que desapareceu do
seu domicílio sem deixar representante ou, havendo mandamentário, este não queira ou não
possa continuar a exercer o mandato (art. 744 CPC/15)
Admite-se pedido de autorização judicial, formulado pelo curador, para alienação de bens, para
evitar sua deterioração, nos mesmos moldes da herança jacente, o que modifica é a ordem dos
herdeiros.
Publicação de edital (art. 745 CPC/15). Findo o prazo, os interessados podem pedir sucessão
provisória (§1º) Requerendo a citação dos herdeiros presentes e curador, e, por edital dos
ausentes (§2).
Incidente de abertura de sucessão provisória será encerrado por sentença, a qual determina a
abertura da sucessão definitiva, abrindo-se, então, inventário.
7- COISAS VAGAS
Se destina a tocar um bem móvel achado (art. 746 CPC/15). Tende a destinar a propriedade de
um bem móvel achado.
Apresentado ao juízo ou autoridade judicial, será lavrado auto, com a descrição minuciosa
deste, estado de conservação e as declarações de quem encontrou (descobridor).
O prazo para o proprietário reclamar é de 60 dias (art. 1.237 CC). Nesse meio tempo o juiz
nomeia depositário para guarda do bem.
Ninguém apareceu ou não comprovado o direito é negado o pedido: venda judicial do bem.
Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital,
não se apresentando quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em
hasta pública e, deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do descobridor,
pertencerá o remanescente ao Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido.
8- INTERDIÇÃO
Com alteração no CC pela Lei 13.146/2015, o único caso que temos de incapacidade absoluta
é o menor de 16 anos.
(a) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade.
(incapacidade física (falar, escrever) ou incapacidade mental).
(b) ébrios habituais e viciados em tóxico.
(c) pródigos: dilapidando sua fortuna.
Já o Estatuto da pessoa com deficiência prevê que a pessoa com deficiência será submetida a
curatela, quando necessário.
A pessoa com deficiência não é incapaz e a curatela pode servir, portanto, para simplesmente
auxiliá-la nos atos negociais do dia a dia, caso não possa praticá-los. Ainda é possível a
tomada de decisão apoiada (1.783-A CC).
Enunciado 640- Essa tomada de decisão apoiada não é cabível se o caso concreto
recomenda a curatela.
Objetivo: nomear curador para auxiliar ou praticar os atos em nome e interesse da pessoa
curatelada.
Conforme art. 85 a curatela atinge somente direitos patrimoniais e negociais. Não o próprio
corpo, sexualidade, matrimônio, privacidade, educação, saúde, trabalho e ao voto.
(d) Ministério Público (somente se há doença mental grave, e demais pessoas não existirem,
não promover ou forem incapazes - regramento no 748 e incisos)
Obs: MP apenas com doença mental grave e as demais pessoas acima não existirem, não
promoverem ou forem incapazes. Art. 748 e incisos.
Competência: domicílio do interditando. Até para permitir que o juiz fale diretamente. MP atua
como custos juris – fiscal da ordem jurídica (art. 752, §1º CPC/15)
A pessoa pode vir a juízo, contratar advogado e pedir sua própria interdição, inclusive, depois,
pedir que acabe a interdição, mostrando o porque ela foi interditada e porque não precisa mais
ser. (e. 680, FPPC)
Enunciado 638. A ordem de preferência deve ser observada quando atender o melhor
interesse do curatelado, observando suas necessidades. Juiz pode fundamentar e selecionar
dentro da ordem, quem é a pessoa mais apta para desempenhar esse encargo, inclusive,
atendendo o melhor interesse do curatelado.
DA INICIAL.
Deve descrever os fatos que demonstrem a incapacidade e em que momento ela surgiu (art.
749 CPC/15). Deve estar acompanhada de laudo médico ou explicar a impossibilidade de obter
o laudo (art. 750 CPC/15).
Citação: réu citado para comparecer em uma entrevista (art. 751 CPC/15). Juiz vai perguntar
sobre bens, negócios, vida, vontades, preferências... Para ver se a pessoa é capaz ou não.
Tudo gravado. (Ainda que a pessoa não consiga responder, juiz tem que perguntar diretamente
para ela). Juiz vai na casa da pessoa (entrevista in loco), caso a pessoa não consiga se
deslocar ao Fórum (§1).
Feita a audiência, começa o prazo de 15 dias que o entrevistado pode contestar (art. 752
CPC/15).
Se não contestar, a inércia não gera revelia e é nomeado curador especial (art. 752 §2
CPC/15). Prevalece que a falta de nomeação de curador especial (ainda que MP atue no feito
como custos iuris) é causa de nulidade absoluta (há divergência). PREVALECE QUE
PRECISA.
Perícia: após a resposta. Para avaliar capacidade do interditando para praticar atos da vida
civil (geralmente, por psiquiatra).
Após, pode ser realizada AIJ, se necessário; se não, após manifestações das partes, tem a
sentença.
1. Nomeia curador (quem melhor possa atender os interesses do curatelado - art. 755, § 1º
CPC/15 - e do incapaz que estava sob guarda dele, se houver - art. 755, § 2º CPC/15)
2. Especifica limites da curatela (exemplo: incapacidade para exercer os atos da vida civil,
como administrar seus bens e valores, celebrar contratos, praticar atos negociais e demandar e
ser demandado judicialmente). Vide art. 1.782 do CC quanto ao pródigo.
Efeitos ex nunc; atos anteriores não são nulos, mas anuláveis (compete a quem alega,
demonstrar que naquele tempo existia aquele vício).
Levantamento da curatela: art. 756 CPC/15. Se dá em processo apensado. Vai ter perícia e
AIJ. Pode ser levantamento parcial, se o interdito pode praticar alguns atos (§ 4º).
Legitimidade: todos que podem pedir a interdição + o próprio curatelado (e. 57, CFJ)
Criada a fundação, cabe ao instituidor ou alguém por ele indicado elaborar o estatuto, com
aprovação prévia do MP (que tem função de fiscalizá-las).
Se ninguém criar o estatuto, pode o MP elaborá-lo (art. 65, CC). Alterações estatutárias
seguem idêntico procedimento
O juiz (além de manter ou reformar a decisão anterior do MP), pode determinar modificações a
fim de adaptá-lo ao objetivo do instituidor (art. 764, § 2º).
Quarta hipótese: e. 189 FPPC: "O art. 765 deve ser interpretado em consonância com o art. 69
do Código Civil, para admitir a extinção da fundação quando inútil a finalidade a que visa".
Publicidade e lisura do Diário de Navegação podem ser relevantes para proteger direitos da
tripulação e de terceiros, principalmente consignatários das cargas carregadas pela
embarcação, que podem sofrer dano.
Quando for o caso, manifesto das cargas sinistradas e a qualificação de seus consignatários,
traduzidos, se o caso, de forma livre para o português (exceção à regra do art. 192, p. único –
que exige juramentada)
Se houver necessidade de tradutor, poderá ser trazido pelo próprio autor; se não trouxer, juiz
nomeará (768, § 2º)
E. 79 FPPC: “Não sendo possível a inquirição tratada no art. 768 do CPC sem prejuízo aos
compromissos comerciais da embarcação, o juiz expedirá carta precatória itinerante para a
tomada de depoimentos em um dos portos subsequentes de escala”.
Se houver ausentes, o juiz nomeará curador, na pessoa do Defensor Público (769 c/c 72, p.
único).
Efetuadas as inquirições, estando o juiz convencido das alegações, proferirá sentença
ratificando as informações constantes do Diário de Bordo, dispensado relatório (770)