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Faculdade Almeida Rodrigues

Professor: Murilo Martins Peres Barbosa


Disciplina: Processo Civil V

Questões

1) Qual o objetivo da ação de dissolução parcial de sociedade?

A ação de dissolução parcial da sociedade possui como fim a retirada de um ou mais


sócios do quadro societário pela via judicial, desde que haja incidência de uma das
hipóteses legais, ou no contrato social.

2) Quem são as partes legítimas para propor a ação de dissolução parcial de


sociedade? Quais os requisitos exigidos na petição inicial?

Os legitimados para a ação de dissolução parcial são: a) o espólio do sócio


falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na sociedade; b)
os sucessores, após a partilha do sócio falecido; c) a sociedade, se os sócios
sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou dos sucessores do
falecido.
Os requisitos da petição inicial são os seguintes: o juízo a que se destina; a
qualificação das partes; a causa de pedir; o pedido; o valor da causa; as provas
que pretende produzir; a opção pela realização da audiência de conciliação ou
mediação; e a apresentação dos documentos indispensáveis.

3) Qual o objetivo do inventário e da partilha?

No inventário buscam-se três objetivos: 1º) encontrar e descrever os bens que


compõem o patrimônio do falecido; 2º) arrecadar o ITCMD para o Estado
respectivo; 3º) partilhar entre os sucessores os bens que remanesçam após o
pagamento das dívidas do espólio.

4) Quais são os requisitos necessários para realizar o inventário extrajudicial? É


possível utilizar esse procedimento mesmo havendo testamento? Explique.
1) Maioridade e capacidade de todos os herdeiros (incluindo herdeiros
emancipados);
2) Consenso sobre a divisão dos bens do falecido, após o desconto das
dívidas;
3) Ausência de testamento ou testamento caduco ou revogado;
4) Não haver bens no exterior.
Se os herdeiros estiverem de acordo, poderá usar o inventário extrajudicial.
Testamento não inviabiliza inventário extrajudicial se herdeiros
concordarem. Haverá a necessidade de inventário judicial sempre que houver
testamento, salvo quando os herdeiros forem capazes e concordes — ou seja,
estiverem de acordo com a divisão dos bens

5) Qual a competência e prazo legal para ingressar com o procedimento de


inventário e partilha?

O artigo 611 do Código de Processo Civil menciona: “O processo de


inventário e partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar
da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes,
podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de
parte”.

6) Qual a função do inventariante? Quem pode ser nomeado para exercer essa
função? Quando ele pode ser removido?

A principal função do inventariante é de cuidar do espólio de modo a garantir


que ele é seu e de todos os envolvidos. Dito isso, algumas das principais
obrigações do inventariante são:

 Listar e descrever todos os bens do espólio;


 Proteger os bens do espólio;
 Declarar os nomes dos herdeiros e legatários;
 Pagar as dívidas do espólio.
Esta função pode ser atribuída a qualquer pessoa da família ou terceiro,
quando faltarem os familiares, mas existe uma ordem de preferência para a
escolha do Inventariante conforme o Art. 617 do CPC.
O inventariante pode ser removido por outras causas ou faltas que o
incompatibilizem com o exercício do cargo. Sendo requerida a remoção, o
inventariante será intimado para se defender no prazo de 15 dias. Se o juiz
remover o inventariante, nomeará outro observando a ordem de nomeação.

7) O que é colação? Quem tem legitimidade para exigir?

Colação é o ato pelo qual o herdeiro informa, no inventário, o recebimento de


bens em vida, antecipado pelo autor da herança. É instituto de direito material
pelo qual os herdeiros necessários restituem à herança as doações feitas em
vida pelo ascendente comum.
São legitimados a exigir a colação os herdeiros necessários que dela se
beneficiem, isto é, aqueles que possam sofrer um decréscimo em sua legitima
em face um concorrente seu ter recebido a mais, em vida do autor da herança.

8) Quais são as regras a serem observadas na decisão da partilha?

A máxima igualdade possível quanto ao valor, à natureza e à qualidade dos


bens; a prevenção de litígios; a máxima comodidade dos coerdeiros, do
cônjuge ou do companheiro, se for o caso.

9) O que é arrolamento e quais são as modalidades previstas no Código de Processo


Civil?
Arrolamento é uma forma simples e rápida de inventariar e partilhar os bens do
falecido, levando em consideração o valor dos bens e o acordo entre partes
dos sucessores capazes. O arrolamento aplica-se, também, ao pedido de
adjudicação, quando houver herdeiro único.

10) Qual o objetivo da ação de embargos de terceiro e quem possui legitimidade para
propor essa ação?
Embargos de terceiro é um procedimento especial disposto no Código de
Processo Civil (lei nº 13.105/2015), que tem como objetivo possibilitar que um
terceiro, não parte do processo em questão, possa defender seus bens que
sejam indevidamente alvo de constrição dentro da demanda judicial. Assim, de
acordo com o exposto, os embargos de terceiro podem ser ajuizados por
qualquer pessoa que ostente a condição de terceiro (possuidor/proprietário) em
relação ao processo de onde provem a decisão judicial que ordena a constrição
do bem.

11) Quais são os requisitos exigidos na petição inicial de embargos de terceiro?


Para a configuração da legitimidade ativa para propor os embargos de terceiro,
faz-se necessário a convergência de dois requisitos: o autor da ação tem que
ser terceiro ou parte assemelhada; o autor tem que deter a posse, domínio ou
outro direito afetado pela constrição judicial.

12) Qual o objetivo da ação de oposição?


A oposição, modalidade de intervenção de terceiro, é a forma pela qual o
opoente, espontaneamente, exerce seu direito de ação deduzindo para si o
direito ou coisa objeto do litígio, visando assim excluir o interesse do autor e do
réu em um processo pendente.

13) Qual o foro competente para ingressar com a oposição? Quem são as partes
legitimas para figurar no polo ativo e passivo da referida ação?
Sendo a oposição uma ação que nasce com a intenção de se opor a uma ação
principal já em curso, logo o juiz competente para julgar a oposição é o juiz da
ação-base. O autor e réu são as partes processuais e formam,
respectivamente, os polos ativo e passivo da ação.

14) Qual o objetivo e quem são as partes legitimas para requerer o procedimento de
habilitação?
O processo de habilitação tem como objetivo regularizar a sucessão processual
quando ocorre a morte de qualquer das partes. A habilitação tem natureza
de ação incidente e não de mero incidente processual. Os parentes
consanguíneos de 2º grau têm legitimidade para se habilitarem como
sucessores, quando não houver descendentes, ascendentes ou cônjuge do
falecido79.. Art. 689. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo
principal, na instância em que estiver, suspendendo-se, a partir de então, o
processo.

15) Indique o cabimento da ação monitória, a competência e quem são as partes


legitimas para figurar na ação.

A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, pagamento de soma de dinheiro, entrega de coisa
fungível ou determinado bem móvel”. Sendo assim, o procedimento monitório
substitui a ação de conhecimento, caso o credor assim deseje.

16) Qual a diferença da ação monitória para os procedimentos de execução e


cobrança?

A ação de cobrança não depende de um tipo de prova específico, pode ser


fundada em qualquer tipo de prova (documental, testemunhal e pericial). Já a
ação monitória é baseada exclusivamente em prova escrita, como um
instrumento particular, porém sem eficácia de título executivo, conforme o art.
1.102-A do CPC: “A ação monitória compete a quem pretender, com base em
prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro,
entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.”

17) Quais são os requisitos essenciais que autor precisa explicitar na petição inicial da
ação monitória?

São requisitos da petição inicial da ação monitória:


1) indicação da importância devida, instruída com a memória de cálculo;
2) valor atual da coisa reclamada;
3) conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico
perseguido.

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