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Aula 9 – TIPICIDADE

Recapitulando...

CRIME: Fato Típico + Ilícito + Culpável

Fato típico Ilícito Culpável


“Fato concreto que se amolda
aos elementos constantes na
lei penal”
1. Conduta
2. Resultado
3. Nexo causal
4. Tipicidade

PROBLEMA: O caso do sonâmbulo.

1. Conduta

a) comportamento humano por ação (comissivo) ou omissão (comissivo)

b) exercida voluntariamente (vis absoluta (coação física) x vis compulsiva - coação moral)

c) exteriorizada para além da ideação

d) dirigida a uma finalidade (teoria finalista da conduta)

DOLO: Art. 18, inciso I, do Código Penal: O crime é doloso, quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo.

CULPA: Art. 18, inciso II, do Código Penal: O crime é culposo, quando o agente deu causa ao
resultado por imprudência, negligência ou imperícia
Imprudência: violar uma regra geral de cautela.
Negligência: omissão que viola uma regra geral de cautela.
Imperícia: regra técnica
*Punida de forma excepcional, demanda previsão específica.

Culpa consciente (agente sabe e acha que sua conduta será evitada) x Dolo Eventual (agente sabe e
consente...o tô nem aí com o resultado)

Dolo direto de 1º grau:

Dolo direto de 2º grau:

Dolo eventual:

Culpa consciente:

Culpa inconsciente:
ITER CRIMINIS (caminho criminoso): cogitação, atos preparatórios, atos executórios, consumação e
exaurimento.

Cogitação: está somente na cabeça do agente, não há crime até aqui.

Atos preparatórios:

Atos executórios:

*Tentativa (art. 14, inciso II) e desistência voluntária (art. 15, 1ª parte do Código Penal.

Pune-se a tentativa com a pena corresponde ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

Desistência voluntária o agente interrompe a execução por vontade própria, irá responder somente
pelos atos praticados.

2. Resultado

Consequência naturalística da conduta.

Exigível apenas nos crimes materiais, não nos crimes formais e de mera conduta.

“Art. 121. Matar alguém:”

“Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para
si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa:”

“Art. 269 - Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é
compulsória:”

3. Nexo casual

Vínculo que liga a conduta ao resultado

“Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.”

Teoria da equivalência dos antecedentes ou conditio sine qua non

Problema: concausas, regresso ao infinito

a) Concausas:

Absolutamente independentes (preexistentes, concomitantes e supervenientes).

Relativamente independentes (preexistentes, concomitante e supervenientes)

Art. 13, § 1.º: “A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando,
por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”
Fonte:

b) Teoria da imputação objetiva (Roxin)

. Risco proibido criado ou implementado pelo agente; (ex.: vender facas)

. Realização do risco não permitido; (ex.: vender drogas)

. Resultado dentro do alcance do tipo. (ex.: ciclistas dirigindo)

Teoria da imputação objetiva (Jakobs)

. Criação do risco não permitido

. Princípio da confiança

. Princípio da proibição do regresso

. Competência da vítima

4. Tipicidade

Correspondência entre o fato concreto e o fato abstratamente previsto na norma.

a) Tipicidade formal
b) Tipicidade material

c) Tipicidade subjetiva

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