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RESUMO

a) Crime, delito e contravenção.

É salutar dizer que tais “institutos” fazem parte da teoria dicotômica, em que a
infração penal abrange o crime/delito e a contravenção penal.
A priori, não há diferença, ou seja, não há distinção ontológica entre crime e
contravenção, é questão de politica criminal, opção do legislador.
A posteriori, há várias diferenças técnicas, entre elas: a pena, em que nas
contravenções é a prisão simples e com pena máxima de 5 anos, já os crimes
são puníveis com detenção/reclusão e possuem quantum máximo de 40 anos; a
inexistência de tentativa na contravenção; o tipo de ação penal, na contravenção
é sempre pública; a extraterritorialidade que somente é possível em crimes.
b) Conceito analítico de crime
CRIME (T. TRIPARTIDE)

FATO TÍPICO
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
CULPABILIDADE

c) Fato típico
É um comportamento humano previsto em lei como crime ou contravenção. É
formado por: conduta; resultado; nexo causal; tipicidade.
A conduta na teoria finalista adotada pelo Brasil, é o comportamento humano
voluntário e consciente dirigido a uma determinada finalidade.
O resultado é a ofensa ou a exposição a perigo de bens tutelados pela lei penal.
O nexo causal é o antecedente lógico sem o qual o crime não teria ocorrido
(vide art. 13, CP)
A tipicidade é dividida em tipicidade objetiva formal e material e tipicidade sub-
jetiva.
A objetiva formal não utiliza juízo de valor e sim de adequação a norma.
A objetiva material parte dos princípios da lesividade, da subsidiariedade e frag-
mentariedade do Direito Penal, e trata do desvalor da conduta, se de fato ofen-
deu a bem jurídico RELEVANTE.
A subjetiva abrange o dolo genérico.

d) Dolo e culpa
d.1) Dolo
Teoria da vontade: Dolo direto Teoria do consentimento: dolo even-
tual
Art. 18, parte I, CP. Art. 18, parte II, CP.

“Quis o resultado” “Assumiu o risco de produzi-lo”

d.2) Culpa
1. ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO

CONDUTA INICIAL VOLUNTÁRIA


VIOLAÇÃO DO DEVER DE CUIDADO GENÉRICO (ART.18, II, CP)
RESULTADO INVOLUNTÁRIO
NEXO CAUSAL
PREVISIBILIDADE OBJETIVA DO RESULTADO
AUSÊNCIA DE PREVISÃO
TIPICIDADE

2. ESPÉCIES DE CULPA

Inconsciente → o agente não prevê o resultado previsível.

Consciente → depois de prevê o resultado, o agente mesmo assim pratica a


conduta acreditando sinceramente que o resultado não ocorreu.

Própria → o agente não quer o resultado, e nem assumi o risco de produzir.

Imprópria → é o que decorre do erro inescusável (art. 20, §1°, CP)

e) Iter Criminis – “caminho do crime”

COGITAÇÃO PREPARAÇÃO EXECUÇAÕ CONSUMAÇÃO


Exceção: art.34, lei (Punição inicia-se
de drogas; moeda aqui, art.14, II,CP).
falsa; terrorismo.

f) Tentativa ou Conatus.
f.1) Elementos
INÍCIO DA EXECUÇÃO
NÃO CONSUMAÇÃO
INTERFERÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIA ALHEIA A VONTADE DO AGENTE
DOLO (ELEMENTO SUBJ. DA TENTATIVA)
f.2) Espécies de tentativa

Branca → objeto material do crime não atingido.

Vermelha → objeto material do crime atingido.

Imperfeita/→ sem esgotar o processo executório, o agente não consegue con-


sumar o crime por circunstâncias alheias a sua vontade.

Perfeita→ depois de esgotar o processo executório, o agente não consegue


consumar o crime por circunstâncias alheias a sua vontade.

f.3) Infrações que não admitem a tentativa

Contravenções – art. 4°, LCP C. omissivos próprios

C. culposos C. habituais

C. preterdolosos C. condicionados

C. unissubsistentes C. de atentado ou empreendi-


mentos

g) Ilicitude ou antijuridicidade

O fato ilícito é aquele contrário ao Direito. As causas de exclusão de


ilicitude estão presentes no artigo 23 do Código Penal.

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