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É o estudo dos elementos em comum dos crimes

Infração penal e o conceito bipartite/bipartidário


Crime/delito e contravenção penal
Crimes Contravenções
Considera-se crime a infração Considera-se contravenção
penal que a lei combina pena penal a que a lei comina
de detenção ou de reclusão,
pena de prisão simples
combinadas ou não com a
pena de multa..
e/ou de multa.
Tipo penal: é o que o legislador usa para descrever
a conduta proibida ou obrigatória.
Objetivo: descreve a conduta
subjetivo: especial fim de agir; dolo específico;
intenções do agente.
Sujeito: divide-se em ativo e passivo
Objeto jurídico: bem jurídico protegido/tutelado
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade,
cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício
de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que
lhe tenha sido atribuído.
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso
de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a
terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
Matar, sob a influência do estado puerperal,
o próprio filho, durante o parto ou logo após
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Fase externa e
impunível, em regra fase externa e
Preparação punível
Consumação
Cogitação Execução Exaurimento
Fase interna e impunível Fase externa e Não constitui
punível uma fase do
iter criminis
Crimes materiais Crimes formais Crimes de mera
conduta
A consumação do Apesar do resultado
Não é possível a
crime depende do naturalístico ser produção de um
resultado possível, a resultado naturalístico.
naturalístico consumação ocorre
com a realização da
conduta descrita
Segundo a teoria tripartite, um crime é um fato
típico, ilícito/antijurídico e culpável. Essa análise é,
necessariamente, estratificada
Tipicidade do fato
Ilicitude/antijuridicidade da conduta
Culpabilidade do agente
Comissivos dolosos: proibição de realizar uma conduta.
Comissivos culposos: agente produz um resultado
previsto através de uma ação negligente, imprudente ou
imperita.
Omissivos dolosos: Obrigação de uma realizar uma
conduta
Omissivos culposos: omissão culposa produz uma
consequência que o agente tinha obrigação de evitar.
CONDUTA RESULTADO NEXO CAUSAL TIPICIDADE
Comportamento Pode ser Elo entre a conduta Adequação da
humano voluntário naturalístico ou e o resultado conduta humana ao
dirigido a um fim. normativo. tipo normativo
previsto
O comportamento é penalmente relevante
quando o sujeito ativo produz modificações no
mundo exterior (resultado naturalístico). Não
considera a finalidade da conduta, portanto, o
dolo e a culpa são analisados na culpabilidade.
Conduta é composta pela ação e pela vontade.
Se a conduta é uma ação humana voluntária, onde
encaixar os crimes omissivos?
Parte da doutrina também defende que essa teoria não
explica os crimes formais, pois esses independem do
resultado e, portanto, não haveria resultado
naturalístico
Crimes de mera conduta não possuem resultado e
alguns tentados também não
É a adotada pelo código penal brasileiro.
Conduta é um comportamento humano voluntário
dirigida a um fim (ilícito)
Ou seja, além de analisar a ocorrência da conduta,
analisa-se também se houve dolo ou culpa.
Dolo e culpa agora integram o conceito de conduta,
divergindo da causalista, na qual dolo e culpa eram
analisados na culpabilidade.
O conceito de conduta dessa teoria não explica bem os
crimes culposos
A conduta é um comportamento humano dirigido a um
fim e, no crime culposo, o agente tem uma intenção
diversa da produzida por imprudência, negligência ou
imperícia.
Dolo: É a vontade e consciência de uma ação
ou omissão voltada para um fim.
Culpa: Ação ou omissão negligente,
imprudente ou imperita. Atuação sem
cautela.
Pode ser naturalístico ou normativo.
Resultado naturalístico: modificação mundo
exterior, a uma mudança "naturalmente visível"
Resultado normativo: lesão ou perigo de lesão ao
bem jurídico tutelado.
Todo crime tem resultado normativo, mas nem
todos têm resultado naturalístico.
Elo entre o resultado naturalístico e a
ação que deu causa ao resultado.
Não está presente em todos os crimes,
visto que só é necessário nos crimes
materiais.
Também chamada de teoria da equivalência dos
antecedentes.
Todas as ações que causaram um resultado são
igualmente consideradas causas.
Mecanismo do juízo hipotético de eliminação e o
regresso ao infinito. (Art. 13, CP: considera-se causa a
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido)
Teoria das concausas (fatores externos)
Excessão da teoria da causalidade
adequada
Teoria da imputação objetiva
Não possuem vínculo com a conduta do agente.
Podem ser:
Preexistentes: envenamento anterior
Concomitantes: súbito colapso cardíaco não
preexistente
Supervenientes: acontecem após a primeira
conduta atingir o resultado objetivado.
Agente responde apenas pelos atos praticados.
Tem origem na conduta do agente.
Podem ser:
Preexistentes: hemofilia anterior.
Concomitantes: fuga e atropelamento.
Agente responde pelo resultado ocorrido.
Supervenientes: exceção trazida pela teoria da
causalidade adequada (Art. 13, parágrafo 1º do CP).
Agente responde apenas pelos atos praticados.
Construção doutrinária não prevista no Brasil que somente os
elementos objetivos.
Determina que só há responsabilização criminal se:
Houver a criação ou aumento de um risco proibido pelo
direito.
Não há nexo causal quando o risco for permitido;
houver a adequação social da conduta; quando o risco
for criado pela própria vítima; ou quando houver
uma ação não dolosa anterior a uma ação dolosa
Determina que só há responsabilização criminal se:
O risco foi realizado no resultado.
resultado decorre de danos tardios (lesão nunca
curada que provoca acidente)
danos resultantes de choques (pai que sofre ataque
cardíaco ao saber da morte do filho)
Ações perigosas de salvamento (bombeiros)
Comportamento indevido posterior de terceiro (erro
médico grosseiro).
Tipicidade tem relação com a subsunção do fato à norma
Tipicidade é gênero que comporta duas espécies
Tipicidade formal e tipicidade material
Da tipicidade material advé o princípio da insignificância que
possui os seguintes requisitos fixados pelo STF.
Mínima ofensividade da conduta
Nenhuma periculosidade social da ação
Reduzidíssimo grau de reprovabilidade
Infima lesão ao bem jurídico tutelado.

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