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3-RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
CONCEITO: O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido. (Art.13, CP)
Um nexo de causalidade pode ser definido como o vinculo existente entre uma
conduta e o resultado que se investiga.
TEORIA: para a verificação da relação de causalidade, adotou-se a teoria da
equivalência dos antecedentes causais, também denominada teoria da Conditio Sine
Qua Non.
O método utilizado para a verificação do nexo de causalidade é denominado
método de THY REN (eliminação hipotética), onde se elimina a ação/omissão, e se
verifica se ocorre alteração do resultado.
CONCAUSAS: (pluralidade de causas) é fundamental entender que as concausas
acabam concorrendo para o mesmo resultado típico, de forma paralela em direção a
ele. Através da eliminação hipotética (método de Thy Ren) é possível definir os reflexos
da imputação penal aos seus executores.
DIVISÃO:
DEPENDENTES: Causa e resultado.
INDEPENDENTES:
- ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES: Pré-existentes, concomitantes, supervenientes.
Nas concausas absolutamente independentes, exclui-se o nexo de causalidade, e o
agente responde somente pelos atos praticados.
- RELATIVAMENTE INDEPENDENTES: Pré-existentes, concomitantes, supervenientes.
Nas concausas relativamente independes supervenientes, que produz o resultado por
si só, ocorre a quebra do nexo de causalidade e o agente responde pelo ato praticado,
nas circunstancias em que não produz o resultado por si só, o agente responde pelo
resultado, não ocorrendo a quebra do nexo causal.
4-CONDUTA
CONDUTA: A conduta deve ser entendida como a ação/omissão humana, consciente e
voluntária, dirigida a uma finalidade.
REQUISITOS DA CONDUTA: Elemento volitivo, consciência, movimento corporal
(exteriorização).
HIPÓTESES QUE EXCLUEM A CONDUTA: Coação física irresistível, movimentos reflexos,
hipnose, sonambulismo.
5-RESULTADO
NATURALÍSTICO: O resultado é a modificação do mundo exterior provocada pela ação
ou omissão.
JURÍDICO: O resultado é a lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela
norma penal.
6-TEORIA TRIPARTIDA
CONCEITO ANALÍTICO: Compreende uma ação ou omissão ajustada a uma conduta
proibida (tipicidade), contrária ao direito (antijuridicidade) e sujeito a uma reprovação
socia sobre o fato e seu autor(culpabilidade). O conceito analítico sustenta que o crime
é o fato típico, antijurídico e culpável, sendo o sistema adotado pelo código penal para
identificação do crime.
FATO TÍPICO: Conduta, resultado, nexo causal, tipicidade.
ANTIJURÍDICO: Legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever
legal.
CULPABILIDADE: Imputabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de
conduta diversa.
8-TIPICIDADE
FORMAL: Entende-se por tipicidade a relação de subsunção entre o fato
concreto e um tipo penal previsto abstratamente na lei.
MATERIAL: lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado.
OBS.: O princípio da insignificância torna o fato materialmente atípico, pois
neste caso ele elimina a tipicidade material. Exceção bens de valor sentimental e
reiteração criminosa.
9-DOLO E CULPA
DOLO (CONCEITO): Refere-se a vontade do agente de praticar o delito da
exteriorização de vontade e consciência, sendo desnecessário o conhecimento da
ilicitude. O dolo faz parte do primeiro elemento do fato típico que é a conduta. No CP,
o dolo é a regra geral.
DOLO DIRETO: Doloso, quando o agente quis o resultado (TEORIA DA
VONTADE) ou assumiu o risco de produzi-lo (TEORIA DO CONSENTIMENTO).
DOLO EVENTUAL: Quando o agente não quis o resultado, mas assume o risco
de produzi-lo.
CULPA: A conduta culposa não encontra definição no código penal, pois trata
de exceção da violação objetiva do tipo penal. (observação feita pelo professor em sala
de aula).
CULPA PRÓPRIA: Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligencia, imperícia. O agente não quer e não assume o risco de
produzir o resultado.
CULPA CONSCIENTE: É a culpa em que há previsão do resultado. O agente
pratica o fato prevendo o resultado, porém levianamente confia em sua habilidade. O
agente NÃO tem a intenção, TEM a previsão do resultado, NÃO assume o risco.
Tanto nos casos de culpa consciente e dolo eventual, o agente prevê o
resultado, no entanto no dolo eventual além de prever o resultado o agente assume o
risco de produzi-lo.
10-DISSERTATIVAS
1- Relação de causalidade (relacionado ao tópico 3)
2- Dolo e culpa (relacionado ao tópico 9)