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Direito Penal, Parte Geral – O curso vai ser dividido em três grandes blocos – LEI É

FONTE PRIMÁRIA DO DIREITO PENAL

TEORIA DA NORMA

TEORIA DO DELITO

TEORIA DA PENA

NORMA JURÍDICA – Direito expresso, positivo

Regra > Geralmente positivadas um dever fazer, geralmente devem ser cumpridos em
sua integralidade, caso não ocorra, será violado. Ou tudo ou nada

Princípios > Mandamento, não necessariamente tem estrutura de regra, mas orienta a
atuação do jurista

LEGALIDADE > Art. 1, CP + 5°, XXXIX. Não existe crime sem lei anterior que o defina.
“Nullum crimen, nulla poena, sine lege”. Princípio basilar, a doutrina considera que
todos os outros são derivativos deste

Intervenção mínima + Fragmentalidade > O Direito penal só pode agir caso todas as
outras esferas tenham falhado. Direito Penal como última ratio. Falar de intervenção
mínima é falar do binômio necessidade + utilidade da intervenção. O DIREITO PENAL
SÓ DEVE TUTELAR AQUELES BENS JURÍDICOS MAIS IMPORTANTES. Ou seja,
Direito Penal só protege os mais relevantes. Nem tudo que é moralmente errado é
crime

LESIVIDADE > Só interessa para o direito penal as condutas que geral ou podem
gerar lesão a bem jurídico de outrem. DICAS: 1. Dano, já lesionaram bens jurídicos
tutelados x Perigo, crimes que podem gerar lesão a bens jurídicos, pune-se o risco
(Art. 306, CTB). 2. Cogitatio, não se pune o pensamento da prática de crime.
Impunível e improvável. 3. Autolesão, bem jurídico de OUTREM, ou seja, autolesões,
não são relevantes pro direito penal.

CULPABILIDADE > Para existir crime, ele deve poder ser atribuído ao agente. Deve
ter um juízo de reprovação. DIREITO PENAL DO FATO, pune-se a conduta, não o
agente. JUSTIFICAÇÃO DA APLICAÇÃO DA PENA, SEM CULPABILIDADE, SEM
PENA, assim como É O LIMITE DA PENA pois deve ser proporcional ao agente.

INSIGNIFICÂNCIA E ADEQUAÇÃO SOCIAL > Se a lesão provocada for irrisória, o dto


penal não deve intervir. Afasta a materialidade do delito, tornando a conduta atípica.
MATRIZ DOUTRINÁRIA. Jurisprudência os requisitos da insignificância: a) Minima
ofensividade da conduta, 2) Ausência de periculosidade, 3) Reduzido grau de
periculosidade, 4) Inexpressividade da lesão.

ANÁLISE DE CASOS. NÃO CABE: Crimes praticados com violência, Tráfico de


drogas, furto qualificado, crimes contra a adm pública – 599STJ, Violencia Doméstica
589STJ.

CABE: Crimes ambientais (depende), ato infracional (depende), descaminho (porém


depende - 334 CP)
ADEQUAÇÃO SOCIAL > Se a conduta for socialmente aceita ou tolerável o direito
penal não deve intervir. Pirataria (502STJ)

PESSOALIDADE > 5°, XLV CF/88 > Não pode passar do agente

INDIVIDUALIZAÇÃO > 5°, XLV CCF/88 > Cada um tem uma pena individual

BIS IN IDEM > Ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato

PROPORCIONALIDADE > Crimes mais graves, penas maiores

HUMANIZAÇÃO > O réu não deixa de ser cidadão e ter seus direitos só porque
cometeu crime

APLICAÇÃO DA LEI PENAL (cuidado com as regras de tempo e espaço do


material e do processoal)

TEMPO. Regra. Vigora a Lei penal do tempo do crime. Tempo rege o ato. TEORIA DA
ATIVIDADE. Art. 4°, CP

Exceção: Novatio legis in mellius, lei mais nova e benéfica que retroage.

OBSERVAÇÕES: 611STF, 711STF e Art. 3°.

611STF cabe ao juiz da execução a análise e aplicação de lei mais benéfica, Art. 66, I
LEP

711STF em caso de crimes continuados ou permanentes aplica-se a última das leis,


ainda que mais grave

Art. 3° Neste caso a nova lei mais benéfica, não retroage, competência seria da lei
temporária.

LEI PENAL NO ESPAÇO (Art. 5°)

Regra. Crimes praticados no brasil. Espaço real: Físico, aérea e marítimo (12 milhas).
TERRITÓRIO BRASILEIRO POR EXTENSÃO: Navios e aeronaves (5, §1,2).

TEORIDADE DA UBIQUIDADE: Aqui interessa tanto a conduta quanto o resultado, ou


se um dos dois estiver em território brasileiro, será compete ao Brasil

EXTRATERRITORIALIDADE: Aplicação da lei brasileira à um crime não cometido no


Brasil. ATENÇÃO À TORTURA, SÓ PRECISA SER BRASILEIRO

CONFLITO APARENTE DE NORMAS. O conflito aparente de normas ocorre quando,


para um mesmo fato, se verifica a possibilidade abstrata de aplicar mais de um
dispositivo penal. Ocorre que, por ser um conflito irreal, deve o operador identificar
qual é a única norma aplicável, para evitar a dupla punição.

OBS: Não confundir conflito aparente de normas com concurso de crimes, pois são
diferentes.

PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO: O crime fim absorve os crimes meios


COMBINAÇÃO DAS LEIS PENAIS: Junção de duas leis e virando uma terceira.
Proibição. Mesmo para benefício do réu. 501 STJ

TEORIA DO DELITO: CRIME É FATO TÍPICO ANTIJURIDICO E CULPÁVEL

Fato típico. Conduta Humana, Resultado, Neco, tipo legal

Antijuricidade: Ilicitude

Culpabilidade: Imputabilidade, Potencial Consciência da Ilicitude e Exigibilidade de


conduta diversa

CLÁUSULAS DE EXCLUSÃO DO CRIME:

Típico: Coação Física Irresistível, Caso Fortuito/Força maior, Atos Reflexos e Estados
de inconsciência, Princípio da Insignificância e Adequação Social, Erro de tipo

Antijurídico: Estado de Necessidade, Legítima Defesa, estrito cumprimento do dever


legal, exercício regular de direito e consentimento do ofendido

Imputável: Menoridade, doença mental, desenvolvimento mental incompleto,


embriagues acidental, erro de proibição, coação moral irresistível, Obediência
hierárquica

CONDUTA HUMANA: Uma ação ou omissão voluntária e consciente direcionada a um


determinado fim

 Vontade
 Consciência
 Finalidade

A ausência de qualquer um deles, implica na inexistência de conduta humana

Se houve rompimento do nexo, é injusto que ele responda pelo todo

Coação Física Irresistível, força motora externa age sobre o sujeito

Caso Fortuito/Força maior, fatalidade, foge do controle e atos da natureza

Atos Reflexos, força interna irresistível, resposta do organismo a um estímulo corporal.


OBS: Não confundir atos reflexos com movimentos instintivos, é aquele provocado por
impulso do agente.

Estados de inconsciência, sono, sonambulismo, crise de ataque epilético

FORMAS

COMISSIVOS: Ação. (Fazer)

OMISSIVOS: Não fazer. Dever + Poder de agir e se absteve.

 Próprios: Norma (Tipo legal). Ex. 244 e 269, CP


 Impróprios: Posição de garante, comissivos por omissão, geralmente ligados a
profissionais. Art. 13, § 2°. Ex. Pai, Mãe, Bombeiro, Salva-Vidas
RESULTADO

Materiais: A norma jurídica descreve a conduta, assim como resultado e exige o


resultado para fins de consumação

Formais: A norma jurídica descreve a conduta, assim como resultado, MAS NÃO exige
o resultado para fins de consumação. Crimes de consumação antecipada. Ex.:
Extorsão mediante sequestro

Mera Conduta: Apenas a conduta, não precisa ter o resultado. Ex.: Corrupção e
Invasão de Domicílio

NEXO CAUSAL. Ponte de ligação entre a conduta e o resultado. Teoria da


equivalência dos antecedentes. É causa tudo aquilo que produz o resultado.

Concausas: São causas adjacentes que se vinculam a uma conduta principal


contribuindo para a produção do resultado.

 Espécies Dependentes. Essa causa se originou da conduta principal, uma


continuidade do fato inicial. Ou seja, decorre da principal: AUTOR RESPONDE
PELO TODO.
 Espécies Independentes. Não decorre da principal, pode ter ligação, mas não é
continuidade da primeira conduta
o Absolutas: Totalmente alheia a conduta principal. AUTOR RESPONDE
PELO QUE FEZ
o Relativas: Tem ligação com a conduta principal.
 Pré existente/Antes. AUTOR RESPONDE PELO TODO
 Concomitante/Junto. AUTOR RESPONDE PELO TODO
 Superveniente/Depois. AUTOR RESPONDE PELO QUE FEZ
(13, §1°)

TIPICIDADE: Conjunto de elementos que fazem que a conduta seja contrária a uma
norma penal.

ELEMENTOS DA TIPICIDADE: Ordem material e ordem formal

Ordem material: Lesão real ou risco de lesão, sendo insuportável e intolerável. Obs.:
Princípio da Insignificância e adequação social afastam a tipicidade.

Ordem formal: Conjunto de elementos descritivos da norma, é o verbo.

 Objetivo: Conteúdo proibitivo da norma, verbo.


 Normativo: Juízo de valor
 Subjetivo: Vontade de realizar o proibido pela norma, animus (Dolo e culpa)

TIPOS PENAIS DOLOSOS: O agente quer o resultado ou assumiu o risco de produzi-


lo

TIPOS PENAIS CULPOSOS, tem que ter previsão: Pressupõe quebra no dever de
cuidado, por negligência, imprudência e imperícia

Negligência, aquele que falta com precaução, indiferença em relação ao ato


Imprudência, aquele que pratica fato excessivamente perigoso

Imperícia, falta de aptidão técnica

Obs.: 1. Dolo é a regra, culpa é exceção. 2. Crimes preterdoloso, raridade, dolo no


antecedente e culpa no resultado. 3. Especial fim de agir, em alguns crimes precisa-se
mais do que o dolo. Ex. 155, CP, ‘para si ou para outrem’

Dolo 1° Grau: Quer e faz. Dolo de 2° Grau: Consequências Necessárias. O agente


para garantir o dolo de 1 grau incorre em crime. Dolo eventual: Assume o risco de
produzir o resultado. Ex. Racha, foda-se. Culpa Consciente, fudeu: Acredita que o
resultado não vai acontecer, por mais que seja possível. Culpa Inconsciente: Não
quer, mas faz

EXCLUSÃO DA TIPICIDADE:

1. Afastar elementos das tipicidades: Objetivo, Normativo, Subjetivo.


2. Insignificância
3. Adequação social
4. Erro de tipo (Art. 20, CP)

Vara Criminal Estadual e culpa consciente, pra deprecar pra vara criminal e ser
julgado nos moldes do CTB

RESPONDE O ENUNCIADO, EXPLICA O PORQUÊ E FUNDAMENTA COM OS


DISPOSITIVOS LEGAIS

ANTIJURICIDADE

Antijuricidade é a qualidade de um comportamento não autorizado pelo direito. Ou


seja, se o direito penal é a ultima ratio, faz sentido que as condutas por ele proibidas
são contrárias a todo o ordenamento. Falar de antijuricidade é falar de ilicitude.

Obs.: Tipicidade e antijuricidade são coisas distintas, no entanto, há relação entre as


duas, explicada pela teoria indiciária (Ratio Cognoscendi) A tipicidade é um indício de
ilicitude. Em regra, toda conduta típica também é antijurídica.

EXCEÇÕES – CAUSAS JUSTIFICADORAS – CAUSAS DE EXCLUSÃO DA


ILICITUDE

Estado de necessidade. Conceito - Art. 24, CP. Requisitos: 1. Situação de perigo,


probabilidade concreta de lesão ao bem jurídico. 2. Atualidade do perigo. 3. Binônimo:
Involuntariedade + Inevitabilidade. 4. Proteção de direito próprio ou alheio. 5. Sacrifício
não exigível. 6. IMPLICITO: Subjetivo, saber que está agindo em estado de
necessidade.

Legítima Defesa. Conceitos – Art. 23, II e 25, CP. 1. Agressão Injusta1. 2. Atual ou
iminente. 3. Direito seu ou de outrem. 4. IMPLICITO: Saber que está agindo em
legítima defesa.

DICAS COMPLEMENTARES: 1. Legítima defesa recíproca FATICAMENTE


IMPOSSIVEL. 2. Legítima defesa sucessiva (Legitima defesa contra o excesso da
primeira LD) ESSA PODE. 3. Legitima defesa da Honra, PROIBIDA PELO STF. 4.
1
OBS: O ATAQUE TM QUE SER DE OUTRO SER HUMANO
Legitima Defesa preordenada (Ofendículos – Se o aparato for visível e não atingir
terceiros inocentes, afasta-se a ilicitude). 5. Pacote anticrime – caput.

Estrito cumprimento do dever legal. Todo aquele que cumpre um dever emanado pelo
ordenamento jurídico não atua de forma ilícita

Exercício regular do direito. Todo aquele que tem um direito emanado pelo
ordenamento jurídico não atua de forma ilícita.

CONSENTIMNTO DO OFENDIDO – É quando o titular do bem jurídico abdica da


proteção legal. Requisitos: Consentimento válido + bem jurídico disponível

O EXCESSO É PUNIVEL >>> TODO EXCESSO É PUNIVEL

CULPABILIDADE

Juízo de reprovação que recai um juízo de reprovação do sujeito que tem ou pode ter
a consciência da ilicitude do ato e de atuar conforme as normas jurídico-penais

1. Imputabilidade. 2. Potencial consciência da ilicitude. 3. Exigibilidade de conduta


diversa.

PRINCIPIO DA CONGRUENCIA >> TEM QUE ESTAR OS 3 JUNTOS.

1. Imputabilidade: capacidade de entender quão errada é a conduta. Capacidade


do individuo entender os seus atos e de se comportar conforme este
entendimento.
a. Imputável. Capaz. Art. 32, CP, recebe pena
b. Semi-imputável. Relativamente incapaz. Regra: Pena reduzida.
Exceção: Medida de segurança. Art. 98
c. Inimputável. Absolutamente incapaz. Regra: sem sanção. Exceção: MS,
96, CP

Inimputabilidade:

1. Menoridade. Menor de 18 anos, 27, CP + 228 CF + ECA

2. Doença Mental. 149-A à 152, CPP. Absolvição imprópria. MS 96, CP.

3. Desenvolvimento mental incompleto. Pessoas com tábuas de valoração diferente.


Indígena não adaptado.

4. Embriagues completa e acidental. Embriagues pode ser por álcool, ou demais


drogas. Completa, pois deve retirar toda a capacidade do agente. Voluntária, o sujeito
não quis a embriagues. OBS: Na embriagues voluntária, agrava-se o crime. Emoções
e paixões: Não afastam a imputabilidade.

Potencial conhecimento da ilicitude: Possibilidade do agente poder conhecer o caráter


ilícito da sua conduta ou não. Falar do potencial ilicitude, noção de certo e errado.

EXCLUSÃO: Erro de proibição, artigo 21, CP.

Obs: Não confundir erro de proibição com desconhecimento de lei


Exigibilidade de conduta diversa: A sociedade no local do autor da conduta agiria de
modo diferente, devendo, no caso, ser rechaçada a conduta do autor por não ser
socialmente aceitável.

Exceções: Coação moral irresistível: grave ameaça, de modo que o agente não
consegue agir diferente. Deve ser irresistível.

Obediência hierárquica: Autoridade superior das ordens e a inferior apenas obedece.


Obs: 1. A obediência hierárquica não acontece entre particulares e; 2. A ordem
emanada não pode ser manifestamente ilegal

Não há crime nas condutas de Antônio, pois estava sob coação física irresistível,
excludente da tipicidade do crime, visto que não conseguiria agir de modo diverso,
excluindo sua vontade.

Não há crime nas condutas de Francisco, visto que estava sob coação moral
irresistível, em virtude da ameaça da esposa, causa que afasta a culpabilidade do
agente, conforme o artigo 22, CP.

TEORIA DO ERRO

1. ERRO DE TIPO: Fato. Falsa percepção da realidade, ele imagina uma


situação, mas há outra. 1. O agente não sabe exatamente o que faz
a. Erro essencial é aquele que cai sobre as elementares do crime
i. Vencível: Afasta o dolo, mas permite punição por culpa (desde
que exista forma culposa)
ii. Invencível: Dolo e a culpa < Atipicidade
b. Erro acidental é aquele que recai sobre dados acessórios do crime >
Não afasta nem dolo, nem culpa
i. Quanto ao Objeto
ii. Quanto a pessoa, imagina ser uma pessoa e é outra
iii. Na execução, quer executar contra uma e erra
iv. Erro sobre nexo causal: é quando o sujeito consegue seu
intento, porém não com a conduta primária, mas sim com a
conduta posterior
v. Resultado diverso do pretendido, responde pelo crime realizado,
na forma culposa (se tiver previsão)

DICA FINAL: Erro provocado por terceiro, aquele que induz ao erro, responde pelo
crime. Erro induzido por terceiro na forma dolosa, responde com dolo. Erro induzido
por terceiro na forma culposa, responde com culpa.

2. ERRO DE PROIBIÇÃO: Erro sobre o alcance da ilicitude. O agente perde a


noção de certo e errado. 1. O agente sabe exatamente o que faz, mas não
sabe que a conduta é proibida.
a. Evitável: Não afasta nada
b. Inevitável: Isenta de pena, afasta a culpabilidade
3. DESCRIMINANTES PUTATIVAS: Erro que recai sobre uma causa de
justificação. Não altera a ilicitude, mas sim a tipicidade e culpabilidade
a. Erro de tipo permissivo: erro sobre os pressupostos fáticos de uma
justificadora. Mesmos pressupostos do erro essencial
i. Vencível: Afasta o dolo, mas permite punição por culpa (desde
que exista forma culposa)
ii. Invencível: Dolo e a culpa < Atipicidade
b. Erro de proibição indireto: erro sobre os limites normativos ou mesmo
sobre a existência de uma causa justificadora.
i. Evitável: Não afasta nada
ii. Inevitável: afasta a culpabilidade

Erro de tipo

Quanto a Fernandinho, a conduta será atípica, pois há erro sobre o elemento


constitutivo do tipo nos termos do artigo 20, CP, visto que não há modalidade de
tráfico culposa.

Erro de proibição

Quanto a Marcolino, será processado pelo crime de tráfico de drogas, porém poderá
alegar erro de proibição em seu favor, com a diminuição de um sexto a um terço, visto
que o erro era evitável. 21, CP.

Erro sobre a pessoa

Arlete cometeu crime, pois, no erro sobre a pessoa as condições particulares da vítima
que era almejada pelo agente transportam-se para a vítima das condutas da autora,
conforme estabelecido no artigo 20, § 3°, CP.

CAMINHO DO CRIME
1. Cogitação. Ideia. Não tem crime
2. Preparação. Ainda não tem crime, mas as vezes pode caracterizar outro delito
3. Execução. Iniciada a execução o crime passa a existir. 1. Tentada. 2.
Consumada
4. Exaurimento. É o simples desfecho da conduta criminosa

Consumação e exaurimento não são sinônimos. Nos crimes materiais, acontecem


junto, mas nos formais por exemplo, não acontece.

CONSUMAÇÃO E TENTATIVA (Art. 14)

Consumado – Reúne todos os elementos do tipo

Tentado – quando, iniciada a execução, essa não se consuma por circunstâncias


alheias à vontade do agente (MINORANTE)

NÃO CABE TENTATIVA

Culposos. Preterdoloso. Omissivos puros. Habituais. Contravenções penais

DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ > Gera uma espécie de


desclassificação

Diferente de tentativa, a desistência aqui parte do agente.

Arrependimento posterior > Literalidade do artigo do Código Penal. Minorante, redução


de dois terços.,

CRIME IMPOSSÍVEL É SINONIMO DE CRIME IRREALIZÁVEL, PORTANTO, É


ATIPICA

1. Absoluta por impropriedade do meio; matar alguém com copo de açúcar em


situações normais
2. Absoluta por impropriedade do objeto; dar tipos para matar um cadáver

Estupro na modalidade tentada, disposto no artigo 213, visto que a conduta só não se
concretizou por fatos alheios a sua vontade, quais sejam, o fato de não ter conseguido
manter uma ereção, sendo lhe aplicado, em caso de condenação, a minorante da
tentativa, disposta no artigo 14, II do Código Penal.

Sim, no entanto será por homicídio, disposto no artigo 121, na modalidade tentada,
conforme artigo 14, II, CP, pois o delito não se consumou por circunstâncias alheias à
vontade de Félix, visto que este errou todas as facadas que objetivavam a vítima.

CONCURSO DE AGENTES (29, CP)

É a ciente e voluntária atuação, de dois ou mais sujeitos, para prática de uma mesma
infração.

Classificação dos crimes: Unissubjetivos ou plurisubjeivos

TEORIA MONISTA: Todos respondem pelo menos crime, independente da ação


pessoal
EXCEÇÃO DA TEORIA. 1. Aborto da gestante e com consentimento desta 124 e 126.
2. Corrupção, passiva e ativa, art. 317 e 333. 3. Contrabando e descaminho, artigo 334
e 334-A, 318. 4. Cooperação dolosamente destinta, dolos individuais.

REQUISITOS: 1. Unicidade de designos.

Autoria colateral: Dois ou mais agentes na mesma empreitada, um sem conhecer do


outro. Sem concurso

Autoria incerta: Não se sabe quem produziu o resultado,

FORMAS DE ATUAÇÃO

Autor, co-autor, partícipe

AUTOR: Domínio final do fato

CO-AUTOR: Domínio funcional do fato

PARTÍCIPE: Não tem domínio nenhum sobre o fato. Instiga ou cúmplice

OBS: Teoria da acessoriedade limitada

Na culpabilidade, por conta da individualização, a absolvição da culpabilidade não


comunica com o partícipe.

FORMAS DE AUTORIA

Direta, executa com as próprias mãos. Indireta, autor intelectual, o terceiro é mandado
à execução e tem conhecimento disto. Mediata, o terceiro não sabe que esta sendo
usado.

CIRCUNSTÂNCIAS INCOMUNICÁVEIS

Não se comunica as circunstâncias e as condições de caráter pessoa, salvo quando


elementares do crime. Infanticídio.

AGRAVANTES NO CASO DE CONCURSO > 62 e PARTICIPAÇÃO DE MENOR


IMPORTÂNCIA > 29

Ambos responderão por peculato, disposto no artigo 312 do Código Penal, na forma
do artigo 30, CP, visto que neste caso, a condição de funcionário público é elementar
do crime. Portanto, com base na teoria monista, esta circunstância se estende para
Ivana.

CONCURSO DE CRIMES

Um agente, mediante a prática de uma ou mais condutas, incorre na prática de várias


infrações, de uma mesma espécie ou não

Concurso material. Várias condutas e várias infrações.

Concurso Formal. Uma conduta e várias infrações. Perfeito: Uma vontada. Imperfeito:
Várias vontades.

Crime Continuado. Várias condutas e várias infrações. No entanto, de forma


continuada, em sequência da mesma espécie. Praticados no mesmo tempo, modo e
lugar. Roubos em sequência.

APLICAÇÃO DA PENA. 1. Cumulo material: aplicação isolada + soma das penas. 2.


Exasperação, pega a mais grave e majora determinada fração. 3.

Concurso material. Soma

Concurso Formal Perfeito. Exaspera

Concurso Formal Imperfeito. Soma

Crime Continuado. Exaspera

DICAS FINAAAIS
Roberto responderá por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor,
disposto no artigo 302 do CTB, na forma do artigo 70 do Código Penal, pois mediante
uma só conduta cometeu dois crimes, caracterizando o concurso formal, devendo a
pena deste ser aumentada de 1/6 até a metade.

TEORIA DAS PENAS

Sanção: Penas x Medidas de segurança

FINALIDADE. Teoria tríplice da pena. 1. Repressão do delito. 2. Prevenção geral. 3.


Prevenção especial.

ETAPAS DA PENA: 1. Cominação, feita pelo legislador. 2. Aplicação, realizada pelo


Juiz. 3. Execução, Juiz da Execução.

TIPOS: 1. Privativas de liberdade. 2. Restritivas de Direitos. 3. De multa

ESPÉCIES DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE. 1. Reclusão. 2. Detenção. 3.


Prisão simples. Sendo 1 e 2 para crimes e a 3 para contravenções.

RESTRITIVAS DE DIREITO.

APLICAÇÃO DA PENA. DOSIMETRIA. CRITÉRIO TRIFÁSICO. Pena base, pena


provisória e pena definitiva.

1) Pena base > Circunstâncias judiciais


2) Pena provisória > Agravantes e Atenuantes > Circunstâncias legais (Art. 61 a
66)
3) Pena definitiva > Majorantes e minorantes

REGRAS GERAIS DA DOSIMETRIA

1. Existe uma ordem cronológica entre as fases.


2. Existe uma hierarquia entre as fases
3. Cada equação operacionalizada deve ser fundamentada
4. É proibida a dupla valoração das circunstâncias (bis in idem)
5. Existem limites “abstratos” (min-max) a balizar a dosimetria, sendo que na
terceira fase, pode-se passar do mínimo e máximo

BONS X MAUS ANTECEDENTES

Maus antecedentes são aqueles agentes que cumpriram uma condenação, passaram-
se os 5 anos e novamente cometeram crime

PRIMÁRIO X REINCIDENTE

Reincidência: 1. Crime anterior. 2. Condenação transitada em julgado. 3. Novo crime.


4. Depurador (5 anos)

REGIMES

Hediondos, equiparados e torturas >> a previsão de regime fechado é inconstitucional

SURSIS

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