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Penal I - 07.

06 (quarta-feira)

Tipicidade objetiva

Resumo da aula passada:

- Pressuposto da ação: dominabilidade. A possibilidade que o sujeito


tem de interferir no curso causal
- Circunstâncias que excluem a imputação: ao excluírem a imputação
objetiva, excluem a tipicidade objetiva. São situações de atipicidade
objetiva.
- Critérios de exclusão da imputação
- Se o risco não se materializa no resultado, não há de se falar em
imputação
- Esfera de proteção da norma: Hipóteses de autocolocação em risco
ampliadas para o princípio da insignificância
- Princípio da adequação social
- Algumas hipóteses de consentimento do ofendido excluem a tipicidade
porquê o consentimento constitui o próprio tipo penal
Ex: Crimes sexuais

São situações diferentes:


- Havendo consenso não se fala em crime. No consenso eu autorizo a
violação do bem jurídico. Dano consentido.

- Colocação em perigo que produz o resultado. Perigo se materializa no


risco.

- Princípio da insignificância: são as violações a bem jurídicos que não


causam danos relevantes.
- Neste princípio o bem jurídico violado é relevante, mas a lesão é
irrelevante

- Princípio da adequação social:


- Neste princípio o bem jurídico perde a relevância em razão da cultura.
Norma de cultura, hipóteses extralegais.
- Não é tipo penal, é uma categoria materializada
- O princípio da adequação social exclui a tipicidade
- Ler texto do Muños Conde
- Importância da categoria conduta (crimes comissivos): Para além
do fato de pensar ilícito, é necessário pensar em ação e omissão. Está
na Constituição, art. 5, II: ninguém pode ser obrigado a fazer ou não
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Conduta como ato físico
que por violação da lei diz valor à responsabilidade.
- 1ª dimensão da conduta: classificatória. Ação e omissão. Conduta
dolosa ou culposa.
- Crimes comissivos dolosos: tipicidade objetiva

- Crimes comissivos dolosos: tipicidade subjetiva.


- O que é a tipicidade subjetiva do crime comissivo doloso? O dolo.
- Dolo: é a vontade livre e consciente de violar a lei penal, de violar o
tipo penal
- Alguns tipos penais têm elementos subjetivos especiais, se refere a um
especial fins de agir.
Ex: diferença do artigo 28 para o artigo 33 da lei 11.343 - Lei de drogas
(tratado em aulas anteriores)
- Todo tipo penal é constituído de maneira dolosa. A regra é o dolo.
- Crimes sexuais: é estabelecido peso especial à palavra da vítima
- No sistema inquisitório não existe prova plena
- Não existe prova plena. A palavra da vítima é relevante, mas não
acaba com a discussão processual.
- No entanto, nos crimes sexuais a palavra da vítima tem mais peso que
em outros crimes. Pois a circunstância do delito abaixa o estandarte de
prova.
- A palavra da vítima tem peso especial, mas não está isolada. Frente a
outras provas se sobrepõe

- Ato infracional: a prática de um crime prescrito como delito por menor


de 18 anos. Os pressupostos legais são os mesmos.

- A compreensão é um dos elementos do dolo.


- Princípio do in dubio pro reo atinge elementos tanto objetivos quanto
subjetivos do delito
- Dolo é sempre subjetivo.
- Dolo é sempre geral, direcionado a violação da regra.
- O que compõe o dolo? Aspecto cognitivo e um aspecto volitivo
- Dolo é cognição e vontade.
- Cognição dos elementos do tipo. De todos os elemento do tipo (verbo,
objeto, elementos descritivos, elementos normativos)
- Aspecto volitivo: vontade livre. Ou seja, de forma não coagida de
realização de tipo penal.

- Se não há vontade, fala-se de culpa. Ou do ponto de vista


subjetivo, situações atípicas.
- Art. 18, trás duas espécies de dolo: Dolo direto (vontade de
violação), primeira parte do artigo; Dolo eventual (assunção de risco),
segunda parte.
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,


negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

- A reprovação do dolo é sempre maior que a reprovação da culpa.


- Crime doloso é mais grave que crime culposo.
- No ponto de vista de desvalor da conduta, o resultado é o mesmo. Pois
a conduta dolosa é consciente e dirigida àquele fim. Já a culposa é
acidental.
- Culpa fala da acidentalidade.
- Se não há cognição: Ou é caso fortuito ou é culpa inconsciente
- Pode haver delito sem vontade e sem consciência, desde que aquele
fato não conhecido fosse cognoscível para aquele sujeito.
- Para Nilo Batista, tanto cognição quanto volição deixam rastros.
Estes rastros são objeto da prova de processo penal, sobretudo
da prova acusatória.
- O erro do tipo é o avesso do dolo do elemento cognitivo. Uma
interpretação errada de um dos elementos do tipo
- Art.14, II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente. - Há dolo no crime
tentado.

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