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Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um
sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter
sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Circunstâncias incomunicáveis
Crime unissubjetivo/concurso eventual de pessoas- podem ser praticados por apenas uma
só pessoa, que se perfaz com um único ato. O tipo penal, para ser caracterizado não
exige a participação de mais de uma pessoa.
ex: injúria verbal.
TEORIAS
quem responde pelo crime?
● pluralística: ainda que o mesmo resultado for obtido, cada agente responderá
pelo crime que cometeu, quando diferente dos demais. É utilizada nos casos do
crime de aborto, onde a gestante responde por delito diferente do médico, e nos
casos de crimes de corrupção, tanto ativa quanto passiva.
REQUISITOS CARACTERIZADORES
conceito extensivo de autor: todos que concorrem para o delito são autores, a
distinção entre autor e partícipe se da baseado no critério subjetivo. quem atua com
animus auctoris, ou seja, quer o fato como próprio, é autor; diferentemente, quem age
com animus socii, quer o fato como alheio é partícipe.
conceito restritivo de autor: diferencia às condutas praticadas por autores e
partícipes; apresenta duas teorias
- teoria objetiva formal: autor é quem pratica o núcleo do fato descrito como
típico; prática o verbo do crime/ partícipe é quem contribui de forma diversa.
- teoria objetiva material: o que e levado em conta é a relevância da ação, autor
é aquele que comete ato de maior relevância, e participe o de menor.
obs autoria mediata: quando alguém se vale de outro sem culpabilidade para praticar o
crime no seu lugar.
-se aproveitar da impunibilidade de outrem, ex menor de idade, embriaguez.
-doença mental;
-coação moral irresistível;
- obediência hierárquica;
- erro de tipo escusável realizado por terceiro (vó guarda maconha)
- erro de proibição escusável . (art 20 CP § 1º - É isento de pena quem, por
erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se
existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de
culpa e o fato é punível como crime culposo )
- erro de proibição escusável provocado por terceiro.
autoria imediata: quando o agente executa ele mesmo o delito, de forma direta
ou indireta.
conceito intermediário de autor - TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO: autor é aquele que tem
domínio do fato, mesmo não praticando a ação penal diretamente; o partícipe é
caracterizado por exclusão.
‘‘o autor de uma conduta somente pode ser aquele que conduz o acontecimento
causal conforme sua vontade final (segundo sua finalidade), o que lhe permitiria
considerá-la como uma obra sua. Ou seja, a vontade de cometer o fato como próprio
seria o elemento diferenciador entre o mero partícipe e o autor de uma conduta
(ALFLEN, 2014. 87-88)’’
COAUTORIA
Autoria distribuída entre duas ou mais pessoas, que possuem o domínio do fato e o
papel principal.
EX: quatro pessoas que assaltam um banco, sendo que duas delas executam diretamente a
ação, um planeja e o último dirige o carro de fuga. Todos são co autores pois, mesmo
com diversas funções, possuem o domínio do fato.
PARTICIPAÇÃO
conduta secundária- ainda que sua importância seja menor, e não tenha realizado a
conduta do tipo penal, pelo ART.29 o agente pode ser responsabilizado.
● moral: mundo das ideias, faz uma sugestão. Difere do autor intelectual pois
este tem força sobre os indivíduos, sua palavra tem força de regra, tem
domínio dos fatos.
● doutrina alemã: não existe concurso, cada um praticou o mesmo crime. Cada autor
responde o próprio processo.
‘‘Crime omissivo próprio. É o crime que se perfaz pela simples abstenção do agente,
independentemente de um resultado posterior, como acontece no crime de omissão de
socorro, previsto no artigo 135 do Código Penal, que resta consumado pela simples
ausência de socorro. O agente se omite quando deve e pode agir’’
‘‘são crimes que têm em sua descrição típica um verbo de ação, mas que também podem
ser cometidos de forma omissiva impropriamente, desde que o agente tenha o dever
jurídico de agir na forma do artigo 13, § 2º., a a c, CP. Ex. A mãe que, desejando
ver o filho de tenra idade morto, deixa de amamentá-lo e propiciar-lhe os cuidados
básicos. Ora, o homicídio tem como verbo “matar”, que indica ação, comissão, mas pode
ser impropriamente praticado mediante omissão.’’
AUTORIA COLATERAL
● não é concurso de pessoas, mas é quando duas ou mais pessoas planejam matar a
mesma pessoa, desconhecendo os planos uns dos outros.
NÃO HÁ VÍNCULO SUBJETIVO é necessário saber exatamente o que cada um fez.
MULTIDÃO DELINQUENTE
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de
um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
condições de caráter pessoal NÃO TEM RELAÇÃO DIRETA COM O CRIME PRATICADO se referem
às relações do sujeito com o mundo exterior e com outras pessoas ou coisas. Se
referem ao agente e não tem relação com o crime. Ex. fato de ser menor de idade,
solteiro, reincidência, ter ou não antecedentes etc.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
subjetivo
II - por motivo futil; subjetivo
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; objetivo
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que
dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime: