Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conduta e Dolo
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline. com. br
CONDUTA E DOLO
TEORIA DO CRIME
Conduta
• Somente o ser humano pode realizar uma conduta. Todavia, pode se valer de ani-
mais para o alcance do resultado. Observação: a pessoa jurídica pode praticar crimes,
sendo a única possibilidade os crimes ambientais, contra o meio-ambiente, valendo-se
de pessoas naturais para tanto.
• Não há crime sem conduta, uma vez que é um dos elementos do fato típico.
Coação física irresistível (vis absoluta) Coação moral irresistível (vis compulsiva)
Trata-se de ausência de vontade Trata-se de inexigibilidade de conduta diversa
Exclui a conduta e, portanto, o fato é atípico Exclui a culpabilidade
CRIME DOLOSO
A análise de dolo ou culpa é dentro da conduta. Se a pessoa não tiver agido nem com,
nem com culpa, não há conduta.
15m
Código Penal
Art. 18. Diz-se o crime:
Crime doloso
I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
ANOTAÇÕES
Sobre o dolo:
1. Integra a conduta (teoria finalista), dentro do fato típico.
2. Possui dois elementos: vontade (elemento volitivo) e consciência da conduta e do
resultado (elemento intelectivo ou cognitivo).
Quando se quer praticar um crime é que se tem a vontade de praticar o crime e o com-
portamento gerará determinado resultado buscado.
2.1. Elemento volitivo – o agente quer a produção do resultado de forma direta (dolo
direto) ou admite a sua ocorrência (dolo eventual)
2.2. Elemento intelectivo ou cognitivo – efetivo conhecimento de que determinado com-
portamento (conduta) vai gerar determinado resultado (elementos integrantes do tipo penal
objetivo, que não são dolo e culpa)
Teoria do crime
Fato Típico
Conduta
• Dolo
1. Vontade (elemento volitivo)
2. Consciência (elemento cognitivo ou intelectual, intelectivo)
Resultado
Nexo causal
Tipicidade
Espécies de dolo
2.2. Dolo eventual: o agente assume o risco de produzir o resultado. O agente prevê a
possibilidade de ocorrência de diversos resultados, dirige sua conduta para um deles (menos
grave), mas assume o risco da produção do resultado mais grave. O agente responderá dolo-
samente pelo resultado alcançado.
25m
• É cabível a tentativa no dolo eventual.
• “Seja como for, dê no que der, em qualquer caso não deixo de agir” (Reinhart Frank).
• O STJ vem entendendo como dolo eventual a direção alcoolizada na contramão.
• Possível em razão da Teoria do consentimento ou assentimento: Há dolo não somente
com a vontade produzir o resultado, mas também quando realiza a conduta assumindo
o risco de produzi-lo.
• Há uma diferença de classificação entre dolo direto e dolo eventual, mas o resultado
prático, a tipificação penal será a mesma.
• O dolo eventual é aplicável a todo e qualquer crime que, com ele, seja compatível.
30m
• Todavia, alguns tipos penais impõem o dolo direto. Ex.: art. 180, CP “coisa que sabe
ser produto de crime”; art. 339, CP “de que o sabe inocente”.
• Alguns doutrinadores criticam o dolo eventual porque só poderia ser identificado ao
analisar o psíquico do agente. Entretanto, esta posição não subsiste. A doutrina e a
jurisprudência se manifestam no sentido de que o dolo eventual não é extraído da
mente do autor, mas sim das circunstâncias do fato.
• Não se admite uma presunção de dolo, tão pouco uma presunção de culpa. Dolo e
culpa devem ser demonstrados de acordo com os elementos fáticos.
• O dolo eventual recebe o mesmo tratamento jurídico do dolo direto.
Teorias do dolo
São duas as grandes espécies de dolo: direto e eventual. Para cada um dos dolos é ado-
tada uma teoria.
1. Teoria da vontade: o agente prevê o resultado e tem a vontade de produzi-lo.
2. Teoria da representação (ou possibilidade): não é adotada no Direito Penal brasi-
leiro. Para configurar o dolo, basta haver a previsão do resultado. Deve ser preponderante
o elemento intelectivo e não o volitivo. Se o resultado era previsível, o agente responde
por ele, independentemente de sua vontade. Para o Brasil, trata-se de culpa consciente,
crime culposo.
ANOTAÇÕES
Resposta: Teoria da vontade (dolo direto) e teoria do consentimento (dolo eventual), con-
forme o artigo 18, I, do CP.
“Diz-se o crime doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo”
A teoria da representação (ou possibilidade) descreve a culpa consciente que, no ordena-
mento jurídico brasileiro, é compreendida como uma hipótese de crime culposo.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Érico de Barros Palazzo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES