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TEORIA DO CRIME
FATO TÍPICO- PRIMEIRA PARTE
1. CONCEITO DE CRIME.
• CONCEITO LEGAL. Crime é a infração penal a que a lei comina pena de reclusão
ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com
a pena de multa (art. 1º, da LICP – Lei de introdução ao Código Penal).
• CONCEITO FORMAL: Crime é toda conduta (ação ou omissão), proibida por lei,
sob ameaça de pena, ou seja, é toda conduta prevista na norma penal como
crime.
FATO ANTIJURÍDICO
IMPUTABILIDADE
AGENTE CULPÁVEL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Para que a conduta seja típica, deverá ser dolosa (crime doloso) ou culposa (crime
culposo).
TEORIAS DA CONDUTA
A ação humana é tida como um movimento corporal voluntário que produz uma
modificação no mundo exterior – conceito clássico de delito.
ESTRUTURA DO CRIME
(TEORIA CAUSAL-NATURALISTA)
Fato típico Ilicitude Culpabilidade
Teoria psicológica
1. Conduta. Contrariedade do fato 1. Imputabilidade
2. Resultado. típico ao ordenamento (pressuposto).
3. Nexo de causalidade. jurídico. 2. Dolo ou culpa (espécies
4. Tipicidade. da culpabilidade).
ESTRUTURA DO CRIME
(TEORIA CAUSAL-VALORATIVA)
Fato típico Ilicitude Culpabilidade
Teoria psicológico-
normativa
1. Conduta. Contrariedade do fato 1. Imputabilidade.
2. Resultado naturalístico. típico ao ordenamento 2. Dolo ou culpa.
3. Nexo de causalidade. jurídico. (A consciência da ilicitude
4. Tipicidade. como elemento do dolo -
dolo normativo).
3. Exigibilidade de
conduta diversa
TEORIA FINALISTA (HANS WELZEL).
ESTRUTURA DO CRIME
(TEORIA FINALISTA)
Fato típico Ilicitude Culpabilidade
Teoria normativa pura
1. Conduta (dolo e culpa) – Contrariedade do fato 1. Imputabilidade.
dolo natural. típico ao ordenamento 2. Consciência da ilicitude.
2. Resultado naturalístico. jurídico. 3. Exigibilidade de
3. Nexo de causalidade. conduta diversa
4. Tipicidade.
b) voluntariedade.
FORMAS DA CONDUTA.
Desta forma, não haverá crime, por ausência de seu primeiro elemento (fato
típico).
b) por ação de um terceiro. Ex: “A” domina inteiramente “B”, coloca uma faca na
mão de “B” e a empurra no coração de “C”. Neste caso, “B” não praticou nenhuma
conduta, mas “A” sim.
• ESTADO DE INCONSCIÊNCIA.
SUJEITOS DA CONDUTA
• SUJEITO ATIVO: Por ser o crime uma ação humana, somente o ser humano pode
ser autor de crime. Sujeito ativo é quem pratica a conduta prevista pela norma
penal incriminadora como crime.
ESTRUTURA DO CRIME
(TEORIA FINALISTA)
Fato típico Ilicitude Culpabilidade
CONDUTA
CRIME MATERIAL
(Art. 121, CP) RESULTADO NATURALÍSTICO
O tipo exige para sua consumação a produção de um resultado naturalístico.
CONDUTA
CRIME FORMAL
(Art. 159, CP) RESULTADO NATURALÍSTICO
O tipo prevê a conduta e o resultado naturalístico, mas não a produção do
resultado naturalístico a consumação do delito.
CONDUTA
CRIME DE MERA CONDUTA
(Art. 14, Lei 10.826/03)
O tipo descreve apenas a conduta. Não exige para a sua consumação a produção
de um resultado naturalístico.
ESTRUTURA DO CRIME
(TEORIA FINALISTA)
Fato típico Ilicitude Culpabilidade
Pela aplicação da teoria dos antecedentes causais, as condutas de “A”, “C” e de “D”
deram causa ao resultado morte de “B”.
Análise dos elementos objetivos da conduta dos agentes, antes da análise do dolo
ou da culpa.
A esfaqueia B.
• primeira causa (conduta de A): esfaquear;
• B morre de infecção hospitalar;
• segunda causa ou concausa: infecção hospitalar.
Exemplo: A esfaqueia B.
Art. 135, CP. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública.
A lei impõe a certas pessoas um dever específico de agir para evitar o resultado.
São denominados garantes (posição de garantidor).
Com isso, diante de uma determinada situação, o resultado não evitado será
imputado ao agente.
1. Tenha, por lei, obrigação de cuidado, proteção e vigilância (Art. 13, § 2º,
“a”, CP).
Exemplos:
OBSERVAÇÃO: Diferença prática entre o dever genérico de agir para evitar o resultado
(omissão própria) e o dever específico de agir para evitar o resultado (omissão
imprópria).
A (pai) e B (amigo) observam o filho de A se afogar e não agem para evitar o resultado
MORTE DO FILHO DE A.
A RESPONDE POR HOMICÍDIO (Art. 121 c/c art. 13, § 2º, “a” CP).
B RESPONDE POR OMISSÃO DE SOCORRO (Art. 135, CP).