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Respostas das perguntas

Direito Penal
Princípios
1.1- Princ. são o caminho, a base que norteia ordenamento jurídico (conj.de normas).

1.2- Podemos citar o LFG que fez a classificação dos princ. em 4 grupos,
relacionando-os com a:
 Missão Fundamental do Dir. Penal: (EI)
 Prin. da Exclusiva Proteção ao Bem Juríd.
 Prin. da Intervenção Mínima onde decorre outros prin.: (FIS)
 Princ. da Fragmentariedade
 Princ. da Insignificância
 Princ. da Subsidiariedade
 Fato do Agente: (LEO)
 Princ. da Legalidade
 Princ. da Exteriorização ou Materialidade do Fato
 Princ. da Ofensividade ou Lesividade
 Agente do Fato: (PRIC)
 Princ. da Presunção da Inocência
 Princ. da Responsabilidade Pessoal
 Princ. da Responsabilidade Subjetiva
 Princ. da Isonomia
 Princ. da Culpabilidade
 Pena: (PPIDV)
 Princ. da Pessoalidade
 Princ. da Proporcionalidade
 Princ. da Individualização da Pena
 Princ. da Dignidade da Pessoa Humana
 Princ. da Vedação do “bis in idem”

1.3- É a proteção dos bens juríd. que são relevantes para uma pessoa física ou juríd.
na sociedade, para que todos possam viver em harmonia.

1.3.1 Quando se fala de Espiritualização do Dir. Penal quer dizer defesa dos
direitos difusos, coletivos.
A Espiritualização do Dir. Penal também é conhecido como
Metaindividualização. É o dir. de todos os indivíduos.
Este princ. está vinculado ao Princ. da Exclusiva Proteção ao Bem Juríd.
1.3.2- O conceito de bem juríd. refere-se aos entes: materiais e imateriais que
tem como titularidade individual ou metaindividual (a metaindividualidade
transcende o individuo, partindo para a coletividade).

1.4- Princ. da Intervenção mínima é um limitador do poder punitivo do Estado. Onde


a aplicação do Dir. Penal ocorre quando os demais ramos do direito foram
incapazes de resolver ou proteger os bens juríd. mais importantes.

1.4.1- O princ. da Insignificância ocorre quando o agente pratica uma conduta


que está prevista no tipo penal incriminador (tipicidade formal), mas que não
gera lesão juríd. expressiva para punir. Ex.: furtar uma bala de um
supermercado.

1.4.2- O Princ. da Insignificância não é irrestrito e para os Tribunais superiores


há 4 condições/vetores/pilares para a aplicação deste princ. onde todas elas
devem estar presentes e são:
 Mínima Ofensividade da conduta do agente
 Ausência de periculosidade social da ação – a conduta não pode gerar
perigo social relevante
 Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
 Inexpressividade da lesão juríd. causada
Além disso, os Tribunais superiores levam em consideração a capacidade
econômica da vítima.

1.4.3- O Princ. da Insignificância também é conhecido como Prin. da Bagatela.

1.4.4- O Princ. da Insignificância é aplicado sobre o reincidente, porque cada


fato é analisado isoladamente. Ele pratica o crime, é processado, é condenado,
torna-se reincidente e a aplicação da pena é desnecessária.

1.4.3- Na BAGATELA PRÓPRIA, o fato praticado já nasce irrelevante para


o Dir. Penal. Isso causa ATIPICIDADE MATERIAL. Ex.: furto de uma
caneta BIC
Já na BAGATELA IMPRÓPRIA, o fato nasce relevante para o Dir. Penal,
porém, a aplicação da pena passa a ser desnecessária. É causa de
AFASTAMENTO DA APLICAÇÃO DA PENA. Ex.: após o furto, o agente
se retrata e restitui o bem a vítima.
1.5- No Princ. da Adequação Social mesmo que a conduta se amolde ao tipo penal,
mas é uma conduta aceita pela sociedade exclui a tipicidade, tornando o ato
atípico. O costume afasta a aplicação da lei.

1.6- Tanto no Princ. da Insignificância quanto no princ. da Adequação do Social há a


limitação da aplicação do Dir. Penal. No Princ. da Insignificância a lesão ao bem
juríd. é IRRELEVANTE. E na Adequação Social há ACEITAÇÃO da conduta
pela sociedade.

2.Princ. relacionados com o Fato do Agente.


2.1- Os Princ. relacionados ao FATO DO AGENTE são:

 Princ. da Legalidade
 Princ. da Exteriorização/ Materialização
 Princ. da Ofensividade/Lesividade

2.2- O Princ. da Exteriorização/Materialização informa que deve haver a punição do


fato e não do autor. Incrimina-se a conduta. Conforme “Art. 2º - Ninguém pode
ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”.

2.3- O Princ. da Legalidade consiste na limitação do poder punitivo do Estado. Este


princípio é muito importante e seu embasamento está na previsão constitucional (art. 5º,
XXXIX “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal), infraconstitucional (art. 1º CP) e internacional (art. 9º da Convenção Americana
sobre os DH / Pacto de São José da Costa Rica).

2.3.1- Os desdobramentos do Princ. da Legalidade são:


Princ. da Legalidade = Princ. da Reserva Legal (em regra deve haver lei
ordinária e , excepcionalmente, lei complementar)+ Princ. da Anterioridade (a
lei incriminadora deve existir antes da prática da conduta) + Princ. da
Taxatividade (a lei tem que ser certa e clara)
Tem necessidade de Lei ESCRITA E ESTRITA (não pode ser genérica).

2.4- Princ. da Ofensividade/Lesividade informa que o resultado causado pelo fato deve
ocasionar lesão ou perigo de lesão ao bem juríd. tutelado.
2.4.1- Crime de DANO – os delitos exigem efetiva lesão sobre o bem juríd. Ex.:
Homicídio, estupro
Crime de PERIGO – exposição do bem jurídico ao perigo.

2.4.2- Há diferenças entre Perigo Concreto e Perigo Abstrato:


No Perigo CONCRETO precisa provar que o risco ocorreu. Ex.: abandono de incapaz.
No Perigo ABSTRATO o risco é absolutamente presumido, não se admite prova em
contrário. Ex.: tráfico de drogas.

3.Princ. relacionados com ao o Agente do Fato.


3- Os Princ. relacionados ao Agente do Fato quer dizer será punido o que agente fez, a
pessoa do delinquente.

3.1- Os Princ. Relacionados com ao Agente do Fato são:

 Princ. da Presunção da Inocência


 Princ. da Responsabilidade Pessoal
 Princ. da Responsabilidade Subjetiva
 Princ. da Isonomia
 Princ. da Culpabilidade

3.2- Princ. da Responsabilidade Pessoal só é punido o agente que praticou o fato, proíbe
a penalização da pessoa por fato praticado por outra pessoa.

3.2.1- Os desdobramentos do Princ. da Responsabilidade Pessoal são:

 Obrigatoriedade da Individualização da ACUSAÇÃO


 Obrigatoriedade da Individualização da PENA

3.3- Princ. da Responsabilidade Subjetiva: refere-se aos fatos praticados pelo agente que
estão condicionados à existência de DOLO ou CULPA.

3.4- Princ. da Culpabilidade o Estado aplicará a sanção quando o agente for penalmente
capaz (ele é imputável), tem possibilidade de compreender que o fato é ilícito (ele tem
potencial consciência da ilicitude) e exigibilidade de conduta diversa.
3.5- Princ. da Isonomia assegura que todos são iguais perante a lei.

3.6 e 3.6.1- Princ. da Presunção da Inocência o réu é inocente até a comprovação da


culpa (Convenção Americana sobre os Dir. Hum). Já o Princ. da Presunção de Não
Culpabilidade o réu é presumido não culpado até o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória (CF, art. 5º, LVII)

4.Princ. relacionados com a Pena (DPPIV):

 Princ. da Dignidade da Pessoa Humana


 Princ. da Proporcionalidade
 Princ. da Pessoalidade
 Princ. da Individualização da Pena
 Princ. do “non bis in idem”

4.1- Princ. da Dignidade da Pessoa informa que pena não pode ofender a dignidade da
pessoa humana. É vedado pena cruel, desumana e degradante.

4.2- Princ. da Individualização da Pena ou Pessoalidade da Pena informa que a pena


deve ser de acordo com a conduta de delitiva do delinquente, a pena não pode ser
padronizada. Fixa-se a pena de maneira individualizada a cada pessoa. Está previsto no
art. 5º, XLVI, da CF “a lei regulará a individualização da pena...”
4.2.1- As penas existentes no art. 5º, XLVI da CF são:

 Privação ou restrição de liberdade


 Perda de bens
 Multa
 Prestação social alternativa
 Suspensão ou interdição de direitos

4.2.2- Deve-se observar 3 momentos referente à conduta delitiva do autor:

 Definição do crime e pena pelo Legislador


 Imposição da pena pelo juiz
 Execução da pena

4.3- Princ. da Proporcionalidade as penas devem ser harmônicas de acordo com a


gravidade da infração penal, proibindo tanto o excesso e quanto a proteção deficiente.
4.4- Princ. da Pessoalidade ou Intranscendência da Pena informa que a pena não pode
passar da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser estendidos aos sucessores até o limite do patrimônio que foi
transferido. Tem previsão legar no art. 5º, inciso XLV da CF.

4.5- Princ. da Vedação do Bis in Idem informa a impossibilidade da pessoa ser punida
duas vezes pelo mesmo fato e/ou ter pluralidade de sanções de natureza administrativa
sancionatória. A previsão legal encontra-se no Estatuto de Roma, art. 20.

4.5.1- O Prin. Ne Bis in Idem tem 3 significados que são:

 Processual: ninguém pode ser processado 2 vezes pelo mesmo crime;


 Material: ninguém pode ser condenado 2 vezes pelo mesmo fato;
 Execucional: ninguém pode ser executado 2 vezes por condenação relacionado
ao mesmo fato.

4.6- Garantismo Penal Integral resguarda tanto os direitos fundamentais do réu quanto
da vítima.

4.7- Garantismo Hiperbólico (porque é aplicado de forma ampliada e desproporcional)


Monocular (só enxerga os direitos fundamentais do réu).

2- Aplicação da lei penal no tempo e no espaço

1- A aplicação da Lei Penal no TEMPO envolve:


 (Ir)retroatividade da lei penal
 Lei temporária e lei excepcional
 Conflito aparente de leis

2- A aplicação da Lei Penal no ESPAÇO/LUGAR envolve:


 Territorialidade e Extraterritorialidade (aqui)
 Pena comprida no estrangeiro
 Eficácia da sentença no estrangeiro

3- Há 3 teorias (RUA)
 RESULTADO: considera-se praticado o crime no momento do
RESULTADO
 UBIQUIDADE: considera o tempo do crime tanto o MOMENTO DA
CONDUTA (ação/omissão) quanto à PRODUÇÃO DO RESULTADO.
 ATIVIDADE: considera praticado o crime no MOMENTO DA CONDUTA
(ação ou omissão).
A teoria adotada pelo Brasil é a teoria da ATIVIDADE, ou seja, o momento da
CONDUTA (ação ou omissão).

4- O art. 4º do CP fala da teoria da ATIVIDADE – considera-se praticado o crime no


momento da ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado.

5- O art. 6º do CP fala da teoria da UBIQUIDADE – considera-se praticado o crime


no LUGAR onde ocorreu a AÇÃO OU OMISSÃO, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir o resultado.

6- Ao falar da aplicação da lei penal no tempo, aplica-se a lei vigente no momento da


conduta delitiva. Em regra, a lei não retroage, mas se for para beneficiar o réu, a lei
retroagirá.

7- A eficácia da lei penal no tempo decorre do prin. da legalidade, porque só pode ser
incriminado uma pessoa se há lei que tipifica a conduta como criminosa.

8- A lei retroagirá para alcançar fatos passados desde que seja para beneficiar ó réu.
Mas se a lei for maléfica a lei não retroagirá para não prejudicar o réu.

9- A lei penal por movimentar-se no tempo dá-se o nome de extra-atividade.

10- As espécies de extra-atividade que permite a lei penal movimentar-se no tempo são:

 RETROATIVIDADE: capacidade que a lei penal tem de ser aplicada a fatos


passados antes da vigência dela. A lei nova pode produzir efeitos tanto nas
ações ou omissões antes da sua vigência.
 ULTRA-ATIVIDADE: capacidade de aplicação da lei penal mesmo após a
revogação ou cessação de efeitos. Projeta-se para o futuro.
11- A sucessão de lei penal no tempo é o que ocorre entre a data do cometimento do
delito e o término de cumprimento da pena, entre eles pode surgir várias leis, onde se
observa a extra-atividade das leis (retroatividade e a ultra-atividade).
12- Quando ocorre a sucessão da lei penal deve-se observar a extra-atividade da lei
(retroatividade ou ultra-atividade)

13- O art. 5º, inciso XL, da CF, descreve a regra “a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu.”

14- O embasamento jurídico sobre a retroatividade da lei benéfica encontra-se no art. 2º


do CP onde informa que ninguém pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de
considerar crime, cessando a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. E
se lei posterior favorecer o agente, a lei será aplicada aos fatos anteriores.

15-

16- A ULTRA-ATIVIDADE da lei ocorre quando há: LEI TEMPORÁRIA e LEI


EXCEPCIONAL.

17- LEI TEMPORÁRIA é aquele que tem prazo determinado, fixa no texto o lapso
temporal para a sua vigência.
18- LEI EXCEPCIONAL é aquela que é criada em função de algum evento transitório
(estado de guerra, calamidade pública ou qualquer outra necessidade). Ela existe
enquanto houver o estado de emergência.

19- Tanto na LEI TEMPORÁRIA quanto na LEI EXCEPCIONAL há duas


características essências:

 AUTORREVOGABILIDADE: essas leis são autorrevogáveis assim que encerra


o prazo fixado.
 ULTRA-ATIVIDADE: os fatos que foram praticados durante a vigência delas,
continuam produzindo os seus efeitos mesmo que o prazo delas tenham se
esvaído.
O embasamento jurídico encontra-se no art. 3º do CP.

20- LEI INTERMEDIÁRIA é aquela lei que surge e torna-se benéfica ao réu, ela não
era vigente no momento que ocorreu o fato nem tão pouco na época do julgamento.
21- CONFLITO APARENTE DE NORMAS é possível que em determinados casos
existam mais de um dispositivo para tratar do assunto. Os pressupostos para que
haja o conflito aparente de normas:

 Unidade de fato
 Pluralidade de normas simultaneamente vigentes

22- Os Princ. fundamentais para resolver o CONFLITO APARENTE DE NORMAS são


(CES):

 Princ. da Consunção (Absorção)


 Princ. da Especialidade
 Princ. da Subsidiariedade

23- Princ. da ESPECIALIDADE estabelece que a LEI ESPECIAL prevalece sobre a


LEI GERAL, porque no seu conteúdo há todos os tipos penais da lei geral mais os
elementos específicos que o especializam.
O embasamento encontra-se no art. 12 do CP: as regrais gerais deste código aplicam-se
aos fatos incriminados por lei especial.
Exemplo: art. 334 do CP (crime de contrabando) e o art. 33 da lei 11.343 /2006
24- Princ. da SUBSIDIARIEDADE em ambas as leis há a definição do fato criminoso,
uma com maior abrangência que a outra.
As espécies do Princ. da SUBSIDIARIEDADE:

 TÁCITA: o crime de menor gravidade cede diante de um crime de maior


gravidade. Exemplo: art. 302 do CTB.
 EXPRESSA: a lei faz a própria previsão explicitamente. Exemplo: art. 132 do
CP (perigo para a vida ou saúde de outem) e art. 307 do CP (falsa identidade)

25- Princ. da CONSUNÇÃO pode ser chamado de ABSORÇÃO. No Princ. da


CONSUNÇÃO há uma absorção de um delito por outro. A norma definidora de um
crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro
crime. Exemplo: violação de domicílio onde o agente deseja furtar, o crime de furto
absorve o crime de violação de domicílio.
As hipóteses são:

 Crime PROGRESSIVO: o agente desde o início tem vontade de cometer o crime


mais grave, mas para isso inicia com um crime menos.
 Crime de PROGRESSÃO CRIMINOSA: a vontade do agente evolui no
cometimento do crime, passando de um crime menos grave para um mais grave.

Aplicação da LEI PENAL NO ESPAÇO


26- A APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO ocorre ao analisar o espaço onde o
crime ocorreu:

 TERRITORIALIDADE E EXTRATERRITORIALIDADE
 PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
 EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA

27- A eficácia da LEI PENAL NO ESPAÇO é verificar ONDE O LOCAL DO CRIME


FOI PRATICADO, para evitar o conflito internacional de jurisdição.

28- Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no território nacional, não importando a
nacionalidade do agente, da vítima ou do bem juríd.
29- Para efeitos penais, é considerado como extensão do território nacional:

 Embarcações e aeronaves brasileiras púb. ou a serv. do governo brasileiro;


 Embarcações e aeronaves brasileiras, mercantes ou propriedade privada que
esteja no espaço aéreo correspondente ou alto-mar.
 Crimes praticados a bordo em embarcações e aeronaves estrangeiras de
propriedade privada, que estejam em pouso no território nacional ou voo no
espaço aéreo, ou porto ou mar territorial.
30- SIM. A lei brasileira pode extrapolar os limites em território estrangeiro, este fato se
dá o nome de EXTRATERRITORIALIDADE. Mas, somente em casos excepcionais.

31- Os tipos de EXTRATERRITORIALIDADE EXISTENTE SÃO:

 EXTRAT. INCONDICIONADA – art. 7º, inciso I do CP


 EXTRAT. CONDICIONADA – art. 7º, inciso II do CP
 EXTRAT. HIPERCONDICIONADA – art. 7º, §3º do CP

32- A EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA ocorre quando os


CRIMES forem cometidos(art.7º, inciso I do CP):

 Contra a VIDA OU LIBERDADE do Presid. Rep. (VILI)


 Contra o PATRIMÔNIO OU FÉ PÚB da UEMDF de Emp. Púb, Soc. Eco.
Mista, Autarquia OU Fundação do poder PÚB.
 Contra a ADMINISTRAÇÃO PÚB. quem está a serv.
 GENOCÍDIO cometido por AGENTE BRASILEIRO OU DOMICILIADO NO
BRASIL
O agente é punido segundo a LEI BRASILEIRA ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.

33- A EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA ocorre quando os CRIMES


(art.7º, inciso II do CP):

 O Brasil obrigou a REPRIMIR por TRATADOS OU CONVENÇÕES;


 Praticado por BRASILEIRO
 Em EMBARCAÇÕES OU AERONAVES BRASILEIRAS, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e não sejam julgados.
Para aplicação da lei brasileira depende:
 Entrar o agente em território nacional
 Ser o fato punível também no país em que foi praticado
 O crime deve estar incluído em lei brasileira que autoriza a extradição;
 O agente NÃO TER: sido absolvido no estrangeiro OU
não ter cumprido a pena
 O agente NÃO TER: sido perdoado no estrangeiro OU
sido extinto a punibilidade, segundo lei mais
favorável.
34- A EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA ocorre quando o
crime é cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil onde esteja reunida
todas as condições anteriores:

 Não foi pedida ou foi negada a extradição;


 Houve requisição do Ministro da Justiça

35- SIM. É possível que o condenado cumpra no estrangeiro a pena tanto parcial como
totalmente. Quando a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil
quando for o mesmo crime – faz abatimento. Mas quando a qualidade diversa da pena, o
juiz brasileiro deve atenuar.

36- A sentença estrangeira quando aplicada no Brasil produz as mesmas consequências


e pode ser homologada no Brasil:

 Obriga o condenado a reparação do dano, restituições e outros efeitos civis; a


homologação vai depender do pedido da parte interessada
 Sujeitá-lo a medida de segurança
A homologação vai depender:
 Da existência de tratado de extradição com o país cuja autoridade
emanou a sentença ou, na falta requisição do Ministro da Justiça.
RESPOSTAS
Criminologia
Diferenças
1- A diferença entre:
 DIREITO PENAL: analisa os fatos humanos que são indesejados, define o que
é crime, o que é contravenção penal e estabelece a sanção penal. É uma
CIÊNCIA JURÍD-NORMATIVA, é CIÊNCIA DO DEVER-SER. O objeto do
direito penal é o crime enquanto NORMA. EX.: crime de homicídio.
 CRIMINOLOGIA: estuda: CRIME, CRIMINOSO, A VÍTIMA e o
COMPORTAMENTO DA SOCIEDADE. Analisa o fenômeno criminal como
um FATO, observando o caso concreto, realizando diagnósticos da realidade e
as causas da criminalidade (ETIOLOGIA CRIMINAL). É uma CIÊNCIA
EMPÍRICA, CIÊNCIA DO SER. Estuda o crime dentro da sociedade, os
impactos, as influências da norma penal sobre o delinquente. EX.: quais os
fatores que contribuem para a criminalidade
 POLÍTICA CRIMINAL: tem por finalidade aplicar SISTEMATIZAÇÃO DE
ESTRATÉGIAS POLÍTICAS, MEIOS E TÁTICAS DE CONTROLE SOCIAL
DA CRIMINALIDADE na sociedade. Tem um caráter TELEOLÓGICO E
PRAGMÁTICO. O objeto é o crime enquanto VALOR. Ciência de que se
concretiza como vincula entre a CRIMINOLOGIA E O DIREITO PENAL.
EX.: política púb. : desenvolvem estudos para diminuir a criminalidade
(aumento o policiamento, iluminação nas ruas).

Conceito:
1. A criminologia é definida como ciência (AEI):
 AUTÔNOMA
 EMPÍRICA
 INTERDISCIPLINAR

2- A criminologia estuda: os métodos biológicos e sociológicos, o crime/delito,


criminoso/delinquente, a vítima e controle social.

3- O escopo da criminologia é o CONTROLE e a PREVENÇÃO DA


CRIMINALIDADE.

4- A criminologia trata o crime como um problema social.

5- A Criminologia é uma ciência AUTÔNOMA porque possui FUNÇÃO,


MÉTODOS E OBJETOS PRÓPRIOS.
6- A Criminologia é EMPÍRICA porque todo conhecimento é proveniente da
EXPERIÊNCIA, observa os detalhes do ocorrido, o local do crime, o
comportamento da vítima, as motivações e o comportamento do criminoso, a
reação da sociedade.

7- O MÉTODO usado pela Criminologia é o INDUTIVO. Analisa os fatores, a


realidade do cotidiano para chegar a conclusões gerais.

8- A Criminologia é INTERDISCIPLINAR porque reúne outros ramos como:


sociologia, biologia, psicologia, medicina legal.

9- A diferença entre INTERDISCIPLINARIDADE E


MULTIDISCIPLINARIDADE é que:

 INTERDISCIPLINARIDADE: reúne o conhecimento de outros ramos


do saber, chegando a conclusões harmônicas e uniformes.
 MULTIDISCIPLINARIDADE: apresenta diversas conclusões de vários
ramos do saber, cada um apresentando uma visão de determinado ponto
de vista sem se preocupar com os demais.

10- O Direito Penal usa o MÉTODO DEDUTIVO, partindo de planos gerais para
serem aplicados na realidade.

11- A Criminologia se vale da ETIOLOGIA CRIMINAL, ou seja, estuda AS


ORIGENS e AS CAUSAS DO CRIME. Pode ser chamada de
CRIMINOGÊNESE (GÊNESE=ORIGEM + CRIME).

12- A Criminologia NÃO É TEORÉTICA porque não se limita ao mundo das


ideias, meras pesquisas e discussões acadêmicas e teóricas.

13- A Criminologia tem duas fases distintas:

 Primeiramente, a Criminologia reuni os resultados de seu estudos e


investigações;
 Depois é a FASES CLÍNICA, os estudos são aplicados na prática, no dia
a dia.

14- A ciência do Dir. Penal é JURÍDICO-NORMATIVA. E a ciência da


Criminologia é uma ciência EMPÍRICA.
15- A ciência do Dever-ser é do Dir. Penal, prescreve a conduta criminosa. A
Criminologia é a ciência do SER, ela procura analisar os fatos, identificar a
realidade.

16- A Criminologia não é uma ciência exata. A Criminologia é uma CIÊNCIA


HUMANA, passível de erro.

17- A Criminologia tem 2 ramos:

 CRIMINOLOGIA GERAL
 CRIMINOLOGIA CLÍNICA (MICROCRIMINOLOGIA)

18- A CRIMINOLOGIA GERAL é a comparação, sistematização e classificação de


resultados. Os resultados e as conclusões teóricas da criminologia são
classificados como CRIMINOLOGIA GERAL.

19- A CRIMINOLOGIA CLÍNICA/ MICROCRIMINOLOGIA é aplicação concreta


dos conhecimentos teóricos (Criminologia Geral) para tratamento de criminosos,
estuda a pessoa do criminoso, busca a ressocialização do criminoso. A aplicação
prática é a própria Criminologia Clínica.

20- A fase científica da Criminologia foi introduzida pela ESCOLA POSITIVISTA.

21- Os métodos utilizados pela Criminologia são (BEIS):

 BIOLÓGICO: analisa os fatores orgânicos e individuais do ser humano


 EMPÍRICO/EXPERIMENTAL: analisa o universo do SER, com base
nos casos concretos e na experiência.
 INDUTIVO: parte de características específicas e somente depois chega
a conclusões gerais. Primeiro conhece a realidade para depois explicá-la.
 SOCIOLÓGICO: analisa fatores sociais, como costumes, reações
coletivas, culturais, opiniões púb.

22- O MÉTODO INDUTIVO vai analisar casos específicos para depois chegar a
uma conclusão. Já o MÉTODO DEDUTIVO parte de uma premissa maior para
depois aplicar em casos concretos.

23- Há 4 objetos da Criminologia. Os OBJETOS da Criminologia são:


 DELITO
 DELINQUENTE
 VÍTIMA
 CONTROLE SOCIAL

24- O DELITO/CRIME é a conduta praticada pelo agente que lesiona ou põe a


perigo o bem jurídico e que esta descrito no tipo penal. Crime é um fenômeno
social.

25- Para Criminologia o crime é diferente do que é apresentado no Dir. Penal. Na


Criminologia o crime deve preencher os seguintes elementos constitutivos:

 REPETIÇÃO do FATO CRIMINOSO perante a sociedade – CARÁTER


DE CRIME
 Produção de SOFRIMENTO efetivo à VÍTIMA e à SOCIEDADE –
CARÁTER AFLITIVO;
 PRÁTICAS REITERADAS DO CRIME com distribuição no
TERRITÓRIO NACIONAL
 CONCLUSÃO consensual da ETIOLOGIA (ORIGEM E CAUSA do
crime) uso de técnicas de intervenção.

26- A visão do delinquente/criminoso em cada escola:


 ESCOLA CLÁSSICA: equipara o criminoso com o pecador, ele utiliza o
livre-arbítrio para fazer o mal.
 ESCOLA POSITIVISTA ANTROPOLÓGICA (Cesare Lombroso, En-
rico Ferri e Raffaele Garofalo): o delinquente adquiri a afinidade
para o cometimento do crime através da hereditariedade,
anomalias patológicas.
 ESCOLA CORRECIONALISTA: há uma espécie de proteção do
delinquente, a pena deve ter função terapêutica e pedagógica, enxerga o
criminoso como alguém que necessita de ajuda.
 FILOSOFIA MARXISTA: o criminoso é visto como vítima da sociedade
e do sistema capitalista.
 VISÃO ATUAL: o criminoso é um SER NORMAL e que deve ser
submetido às leis e que pode cumpri-las.

27- CRIMINOSO/DELIQUENTE na VISÃO ATUAL é um ser humano normal


capaz de ser submetido às leis e cumprir as penas impostas conforme gravidade
do delito.
28- VÍTIMA é a pessoa, FÍSICA OU JURÍDICA, que sofre os efeitos, direta ou
indiretamente, da ação danosa do criminoso.

29- Controle Social é o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais no qual


os indivíduos devem ser submeter para que possam conviver socialmente dentro
da sociedade.

30- Os 2 sistemas de controle social são:


 Controle/ Agentes Sociais Informais
 Controle/ Agentes Sociais Formais

31- São indivíduos ou grupos responsáveis pela formação da base fundamental


humana, envolve o caráter pessoal do indivíduo, possuindo finalidade preventiva
e educacional. Exemplo: família, escola, igreja, círculo de amizades.
São grupos ou pessoas que pode impactar tanto positiva ou negativamente a
criminalidade, sem vínculo com o Estado.

32- Controle/ Agente Sociais Formais também podem ser chamados de “ultima
ratio”/ trincheira do Estado, intervém quando os mecanismos de controle social
informal falha na prevenção da criminalidade. Exemplos: policias, poder
judiciário, MP, Adm. Pùb (sistemas de justiça, justiça criminal).

33- O controle social formal podem ser classificados em 3 seleções/ instâncias:

 PRIMEIRA INSTÂNCIA/ SELEÇÃO/ PRIMÁRIO: início da


persecução penal, procura esclarecer a autoria, materialidade e
circunstância do crime. Atuação da polícia judiciária (polícia civil e
federal);
 SEGUNDA INSTÂNCIA/ SELEÇÃO/ SECUNDÁRIO: é a atuação do
MP ofertando a denúncia em face do delinquente;
 TERCEIRA INSTÂNCIA/ SELEÇÃO/ TERCEÁRIO: é a tramitação do
processo judicial (recebimento da peça acusatória até a condenação
definitiva), tendo a participação do poder judiciário/ forças armadas e
Adm. Penitenciária.

34- A Criminologia tem como FINALIDADE COMPREENDER e PREVENIR O


DELITO, intervir na pessoa do delinquente de modo positivo.

35- Os autores modernos informam que a FUNÇÃO LINEAR da Criminologia é


informar a sociedade e os poderes púb. sobre:
 Crime
 Criminoso
 Vítima
 Controle social, reúno conhecimentos que permitam compreender o
problema criminal, para prevenir e intervir de modo positivo no homem
criminoso.

36-
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Lei 13.869_2019 - Nova Lei de Abuso de Autoridade

1- A lei 13.869/2019 fala da Lei de Abuso de Autoridade.

2- Os sujeitos ativos do Crime de ABUSO DE AUTORIDADE, qualquer pessoa


que exerça função pública, o que está descrito na lei é meramente um rol
exemplificativo:
 AGENTE PÚB.
 SERVIDOR OU NÃO da Adm. Dir ou Indireta, Fundacional da
UEMDFT e não se limita a:
 Serv. Púb e Militares ou equiparados
 Membros do Poderes: LEJ, Min. Púb., Tribunais ou Conselho de
Contas
Em regra, são crimes PRÓPRIOS, exige a qualidade de ser agente púb.

3- Depende. Em regra, o particular não comete o crime de Abuso de Autoridade,


conf. art. 30 do CP “Não se comunicam as circunstâncias e as condições
de caráter pessoal” (as características pessoais são suas, ex.: idade e
não se comunica aos partícipes, coautores). Mas se for elementar do
crime se comunica, art. 30, caput, 2ª parte “salvo quando elementares
do crime.”. Ex.: policial que agride pessoa injustamente e o cunhado do
policial ajuda agredir essa pessoa – se ele estiver junto de um
funcionário público (é elementar do crime que se comunica com o
particular), ele sabe da condição de que o cunhado é funcionário púb. e
ambos.
- SE ESTIVER JUNTO COM O FUNC. PÚB., VALENDO DA
PROPORCIONALIDADE QUE O CARGO PROPORCIONA E CIENTE
DE QUE É FUNCIONÁRIO PÚB. – RESPONDE PELA LEI 13869/2019
Elementar do crime são as palavras que estão previstas em qualquer
crime, conduta e pena.

4- A Lei n.º 13869/2019 – Abuso de Autoridade o agente TEM FINALIDADE


ESPECÍFICA:
 PREJUDICAR OUTREM OU
 BENEFICIAR A SI MESMO OU 3º OU
 MERO CAPRICHO OU
 SATISFÇÃO PESSOAL
5- A Lei 13869/2019, Abuso de Autoridade, não tem compatibilidade com o DOLO
EVENTUAL. A lei 13869/2019 – Abuso de Autoridade, é incompatível com o
DOLO EVENTUAL. No dolo eventual o delinquente age com indiferença,
assume o risco de produzir o resultado – art. 18, caput, 2ª parte do CP - assumiu
o risco de produzi-lo (teoria do assentimento). Ex.: comete lesão corporal, mas
não se importa se a vítima morrer.
Afasta a ocorrência do crime, mas pode responder pelo ilícitos civis e
administrativos.

6- O tipo de DOLO incriminador é o DOLO DIRETO ou DETERMINADO/


ESPECÍFICO. No dolo direto o agente prevê o resultado e dirige a sua conduta
para realizar (teoria da vontade). Art. 18, caput, 1ª parte do CP (o agente quis o
resultado).

7- Não é possível aplicar a lei 13869/2019 – abuso de autoridade quando há


divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas. Há
proibição de CRIME DE HERMENÊUTICA – interpretação de lei.

8- Na lei 13869/2019 – lei de abuso de autoridade não há crime culposo e afasta o


dolo eventual. O agente público ele pode responder pelos ilícitos e / ou
administrativos, mas afasta a ocorrência do crime de abuso de autoridade,
evitando perseguição contra agente púb. e evitando juízo de valores divergentes
com outros posicionamentos. A mera divergência afasta o aplicação do crime. E
passa a ser CAUSA EXCLUDENTE DO FATO TÍPICO.

9- Não. Porque exige a finalidade específica do agente púb.:


 PREJUDICAR OUTREM OU
 BENEFICIAR A SI MESMO OU 3º OU
 MERO CAPRICHO OU
 SATISFÇÃO PESSOAL

10- Em regra é AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. Sim, admite-se a


ação penal privada subsidiária da púb. quando não foi intentada no prazo. O
prazo é DECADENCIAL, 6 MESES, cotado do prazo que se esgotar o
oferecimento da denúncia.

11- Há 3 efeitos são AUTÔNOMOS OU CUMULATIVOS que precisam ser


fundamentos pelo juiz:

 A REQUERIMENTO DO OFENDIDO (depende de pedido da vítima),


pedir indenização pelo dano causado, o juiz fixa valor mínimo para
reparar o dano causado considerando os prejuízos sofridos; torna certo a
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
 RECAI SOBRE A FUNÇÃO:
 QUARENTENA – INABILITAÇÃO PARA O CARGO,
MANDATO OU FUNÇÃO DE 1 A 5 ANOS;
 PERDA DO CARGO, MANDATO OU FUNÇÃO PÚB .

12- Sim. Há condicionamento para a ocorrência de INABILITAÇÃO ou PERDA


DE CARGO PÚBLICO, tem que ser REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA de
CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE, não é automático e tem que estar bem
motivado na SENTENÇA.

13- Não são os mesmo sujeitos ativos, na prática de tortura tanto pode ser o agente
público como qualquer pessoa. Já no crime de abuso de autoridade tem-se como
sujeito ativo o func. púb.

14- Sim. Se um funcionário púb. cometer o crime de tortura ele pode perder o cargo,
o efeito é automático na condenação perdendo o cargo púb.

15- Não. Aplica-se as PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD), elas substituem


as PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE (PPL).
As PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD) são AUTÔNOMAS, podem ser
ALTERNADAS OU CUMULADAS.

16- As PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD):


 PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE/ ENTIDADE PÚB.
 SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DO CARGO, FUNÇÃO, MANDATO
PÚB. – PRAZO DE 1 A 6 MESES, COM PERDA DOS
VENCIMENTOS.

17- De acordo com o art. 44 do CP, as PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE


(PPL) serão substituídas por PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
quando:
 PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE não for superior - 4 ANOS E
crime SEM VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA, ou CRIME
CULPOSO
 Réu não REINCIDENTE em CRIME DOLOSO
 Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do
condenado, motivos, circunstâncias indicarem que a substituição é
suficiente.

18- É RELATIVO a aplicação do Princ. Independência das Instâncias. Se houver


falta funcional deve também informar a autoridade competente.

19- As 3 EXCEÇÕES ao princ. da Independências das Instâncias relativa são:


 AUSÊNCIA DE AUTORIA
 AUSÊNCIA DE FATO
 CAUSA DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE:
 Estado de necessidade
 Legítima defesa
 Estrito cumprimento do dever legal
 Exercício regular de direito

Por economia processual as 3 esferas se comunicam (civil, administrativo quando


estiver decido no juízo criminal).

20- Deve ser comunicado para que, se for o caso, seja instaurado o procedimento
administrativo disciplinar (PAD), visando aplicar as sanções administrativas pelo
órgão.
21- A pena é de DETENÇÃO 1 a 4 ANOS E MULTA.

22- Cabe também o acordo de não persecução penal além da suspensão condicional
do processo.
23- Somente func. púb. que tem competência para decretar (delegado, promotor de
justiça, juiz). O ato de decretar já constitui o crime e ele é formal.

24- O conduta é COMISSIVA. São crimes praticados por ação, o agente precisa agir
para decretar.

25- Sim, há a conduta omissiva, ele DEIXA DE:


 Relaxar prisão ilegal;
 Substituir prisão preventiva por medida cautelar ou conceder liberdade
provisória quando cabível
 Deferir liminar ou ordem de habeas corpus

26- Para corrente majoritária o PRAZO RAZOÁVEL é de 48 horas, em equiparação


ao prazo para decidir se vai conceder ou não conceder fiança.

27- Os sujeitos ativos é qualquer autoridade com atribuição e competência para


decretar privação de liberdade. Já o parágrafo único limita-se a autoridade
judiciária.
26-
DIREITO DE PROCESSO PENAL
JUIZ DAS GARANTIAS (arts. 3º-A/3º-F do CPP)

1- A finalidade da existência do juiz das garantias é preservar a imparcialidade do


juiz que vai julgar o processo. Além disso, na fase de investigação ele também
garanti os direitos do indiciado.

2- A estrutura do processo penal é ESTRUTURA ACUSATÓRIA. O Brasil adota o


SISTEMA ACUSATÓRIO.

3- SISTEMA ACUSATÓRIO / estrutura acusatória é a divisão / separação do


processo em partes, em:
 ACUSAÇÃO (MP)
 DEFESA (adv. ou defensor púb.)
 JULGAMENTO (Poder Judiciário)

4- O juiz fica proibido de agir de ofício e atuar como substituto do órgão de


acusação. O juiz é imparcial.

5- O juiz das garantias é órgão jurisdicional e tem como função acompanhar todas
as etapas da investigação. Sendo responsável:
 Pelo controle da legalidade da investigação criminal;
 Salvaguardar os direitos individuais.

6- Não. Há dois juízes:


 O juiz das garantias/ pré processual: ele atua em todas as fases da
investigação criminal. Quando o MP oferece a denúncia, o juiz das
garantias analisa a denúncia. Ele sai e entra i juiz que vai julgar.
 O juiz processual/ instrução/ que julga o caso: ele é completamente
afastado da investigação

7- As competências do juiz das garantias são:


 Receber a comunicação imediata da prisão (art. 5º, LXII da CF: juiz
competente (juiz das garantias), família e a pessoa indicada pelo
indiciado);
 Receber auto de prisão em flagrante (prazo de 24 horas) após realização
da prisão, o juiz das garantias promove audiência de custódia com
acusado, advogado/defensor púb., MP.
 Zelar pelos direitos do preso;
 Ser informado de instauração de qualquer investigação
 Decidir sobre requerimento de prisão provisória ou medida cautelar;
 Prorrogar prisão temporária ou medida cautelar, substituir ou revogar;

DIREITO ADMINISTRATIVO
Estado, governo e administração pública

1- O estado é um território politicamente organizado e dotado de soberania. O


Estado é uma pessoa jurídica de dir. político externo, assume compromissos e
tem obrigações. Dita as políticas púb., montar planos macroeconômicos.
Governo é elemento do Estado, mas governo não implica necessariamente a
existência de estado. Pode ter Governo sem Estado.

2- Os elementos formadores do Estado são (PoTe Governo):


 Povo: conj. de pessoas submetidas à ordem jurídica estatal
 Território: é o espaço físico do Estado
 Governo: atividades políticas.

3- As bases sólidas são:


 Governabilidade: legitimidade (foi eleito – rito eleitoral)
 Governança: capacidade de governar, direcionar os planos de governo.

4- Governo é um conj. de órgãos e poderes responsáveis pela função política do


Estado e atividades políticas.

5- Sim. A Adm. Púb. em sentido amplo conjunto de:


 Órgãos governamentais – função política de planejar, comandar e traçar metas
 Órgãos administrativos – função administrativa que executa os planos
governamentais

6- A Adm. Púb. se divide em duas vertentes, são:


 Objetivo/ Material/ Funcional (MOF) O QUE FAZ? : é uma atividade:
serviço púb, fomento, polícia adm, intervenção.
 Subjetivo/ Formal/ Orgânico (FOS) QUEM FAZ? : os órgãos, as
entidades, os agentes

7- O Dir. Adm. é ramo autônomo do Dir. Púb.


8- O Estado pode ser organizado de várias formas, são:
 Unitário ou simples: um único núcleo de poder;
 Federado/ Composto: estado federado, dá autonomia aos entes federados;
 Confederação: união convencional de países independentes objetivando
realizar grandes obras.
9- Os poderes do Estado são (LEJ):
 Legislativo: função principal LEGISLAR e FISCALIZAR
 Executivo: função principal EXECUTAR e ADMINISTRAR
 Judiciário: função principal JULGAR
DIREITO CONSTITUCIONAL
Direito Constitucional para Concursos Públicos - Professor Luciano Franco

1- Não. O texto vestibular da Constituição Federal não possui caráter normativo e


não serve como parâmetro de controle de constitucionalidade.
Ele tem o poder de orientar a identificação das características que regem o texto
constitucional. (teoria da relevância jurídica indireta).
O STF adota a Teoria da Irrelevância Juridica – manifestação das posições
políticas adotadas pelo constituinte.

Princípios Constitucionais | Federalismo

1-

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