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Vontade consciente de realizar a conduta típica > dolo típico > dolo geral
Dolo específico [pouco adotado pela doutrina atual]: Discussão sobre a necessidade de se
verificar, na conduta praticada pelo agente, que houve o enquadramento no específico fim
de agir previsto pelo tipo.
DOLO
Tese preponderante: Existe o dolo geral. Todavia, há a necessidade de identificação do elemento
subjetivo do tipo específico em todos os casos identificáveis explícita ou implicitamente.
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
> Elemento subjetivo implícito do dolo [deve haver o objetivo de macular a reputação]
DOLO
Teoria do dolo adotada no Brasil: Teoria da vontade ou do consentimento.
CP, art. 18, I: O crime é considerado doloso “quando o agente quis o resultado [dolo
direto] ou assumiu o risco de produzi-lo” [dolo eventual]
Espécies de dolo
A teoria penal moderna distingue três espécies de dolo (Cirino dos Santos):
a) o dolus directus de 1º grau: compreende o que o autor quer realizar;
b) o dolus directus de 2º grau [ou dolo de consequências necessárias pelo meio
escolhido (Bittencourt)]: compreende as consequências típicas representadas
como certas ou necessárias pelo autor;
DOLO
Espécies de dolo
“se o agente diz a si próprio: seja como for, dê no que der, em qualquer caso, não deixo de
agir, é responsável a título de dolo eventual” (Frank apud Bitencourt)
DOLO
Exemplo de conduta com dolo direto de primeiro grau: Sujeito A pretende tem a intenção de matar o sujeito
B com o uso de uma arma de fogo e, para tanto, desfere tiros contra ele > identifica-se que o dolo está
ligado ao que o sujeito quer realizar [A matar B].
Exemplo de conduta com dolo direto de segundo grau: Sujeito A pretende tem a intenção de matar o
sujeito B com o uso de uma arma de fogo e, para tanto, introduz um dispositivo explosivo em um barco
tripulado por outras pessoas programando-o para explodir quando estiver em alto mar > identifica-se que o
dolo está ligado às consequências certas ligadas à ação que o sujeito quer realizar [matar os tripulantes no
contexto da ação de matar B].
Exemplo de condutas com dolo eventual: Sujeito A, após cometer um assalto, foge das forças policiais em
via pública e movimentada e desfere tiros contra a viatura de polícia e os disparos atingem uma mulher idosa
> identifica-se que o dolo está ligado a uma consequência possível da ação. Todos sabem que atirar
aleatoriamente, pode ferir pessoas [morte da idosa].
DOLO
Crime preterdoloso
Quando o agente atua com dolo na conduta e culpa com relação ao resultado (ex.: art. 129,
§ 3º, do CP)
Lesão corporal
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo:
Art. 18 - Diz-se o crime: [...] Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
CULPA
Exemplos:
Homicídio culposo
Culpa consciente: ocorre quando o agente prevê que sua conduta pode levar a
um certo resultado lesivo, embora acredite, firmemente, que tal evento não se
realizará, confiando na sua atuação (vontade) para impedir o resultado (Nucci).
[No dolo eventual, o agente refletiu e assume, consente com a possibilidade do o resultado lesivo,
embora não o deseje diretamente]
CULPA
Espécies de culpa (art. 18, II, CP)
Negligência: forma passiva de culpa, ou seja, assumir uma atitude passiva, inerte
material e psiquicamente, por descuido ou desatenção, justamente quando o dever de
cuidado objetivo determina de modo contrário;