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Luciana Correa
DATA:
ALUNO:
PLANO DE AULA
NEXO DE CAUSALIDADE
1. CONCEITO
O nexo de causalidade pode ser compreendido como o vínculo que une a conduta
a ligação entre uma conduta (causa) e um resultado naturalístico, que nada mais é que uma
NON”)
equivalência dos antecedentes causais conforme dispõe o artigo 13, caput, do CP, ao dispor
que se considera conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido e essa teoria dispõe
exatamente isso, considera-se causa qualquer condição que contribua para a produção do
resultado naturalístico.
Foi criada por Glaser (1858) e, posteriormente, sistematizada por Von Buri e Stuart
Mill em 1873. De acordo com a teoria causa é todo e qualquer acontecimento que contribui
(2020):
“Da relação causal, cuida o art. 13, caput, do Código Penal, dispondo que “o
resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido". O
Código adotou, portanto, a teoria da conditio sine qua non (condição sem a qual não) ou
teoria da equivalência dos antecedentes causais, embora de forma mitigada, uma vez que
Julius Glaser (1858) e, em especial, a Maximilian von Buri (1873), magistrado do Supremo
Tribunal do Reich, e segundo o qual causa é toda e qualquer condição que concorra para a
“De acordo com essa teoria, a questão de quando uma conduta pode ser
considerada como causa de um evento há de ser resolvida por meio de uma fórmula
heurística de conteúdo hipotética: a fórmula da conditio sine qua non, é dizer , para saber
eliminada, mentalmente a causa, eliminar-se o efeito, haverá o nexo causal; caso contrário,
isto é, cessada a causa, não cessar o efeito, a relação causal não estará configurada, e, em
consequência, o resultado não poderá ser imputado ao agente, porque tal conduta não
constituirá condição sem qual o resultado não teria ocorrido (condititio sine qua
non).”(QUEIROZ, 2020)
Críticas?
da teoria da conditio sine qua non: a) há uma fixação excessivamente ampla da causalidade,
material da relação causal, sendo seu método insuficiente para encontrar o nexo de
feto); c) não responde a problemas gerados por cursos causais hipotéticos ou de dupla
causalidade, situações nas quais, ainda que uma causa eficiente seja suprimida, o resultado
causalidade adequada. Dessa forma, o art. 13 do Código Penal acolheu como regra a teoria
BITENCOURT,2022)
3.1. Espécies
3.1.1. Absolutamente Independentes: aquela capaz de, por si só, de produzir o resultado.
concausa absoluta é capaz de produzir, por si só, o resultado final. A diferença entre
resultado
fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”. Nesse dispositivo foi acolhida
a teoria da causalidade adequada passa a ser causa apenas a conduta idônea a provocar a
os efeitos do curso causal anterior: antes de qualquer ação do veneno colocado por A na
projétil disparado pela arma de C. Essa independência do novo curso causal deve ser
absoluta, não basta independência relativa: se o acidente ocorre por causa do mal-estar
desobediência a uma norma mandamental, norma esta que determina a prática de uma
melhor, inatividade15, que não produzem qualquer resultado naturalístico. Há, no entanto,
outro tipo de crime omissivo, como já afirmamos, o comissivo por omissão ou omissivo
impróprio, no qual o dever de agir é para evitar um resultado concreto. Nesses crimes, o
agente não tem simplesmente a obrigação de agir, mas a obrigação de agir para evitar um
evento. Nos crimes comissivos por omissão há, na verdade, um crime material, isto é, um
5. REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar R. Tratado de direito penal: Parte geral - arts. 1º a 120 (vol. 1). [Digite
o Local da Editora]: Editora Saraiva, 2022. E-book. ISBN 9786555597172. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555597172/. Acesso em: 30 mar.
2023.
QUEIROZ, Paulo. Curso de direito penal: parte geral. 14. ed. rev.. ampl. e atual. Salvador:
Juspodivm, 2020. v. 1.
SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito Penal: parte geral. 9. ed., rev. atual. e ampl..
Florianópolis: Tirant lo Blanch, 2020.
SOUZA, Luciano Anderson de. Direito penal: parte geral - vol. 1/ Luciano Anderson de
Souza. « - 2. ed. rev, atual, e ampl, -- São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2021.
TAVARES, Juarez. Fundamentos de teoria do delito [livro eletrônico]. 2.ed. - São Paulo:
Tirant lo Blanch, 2020.