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CONDUTA

Ato humano, livre, consciente, voluntário, e dirigido à uma finalidade.

Teoria do Finalismo
Teria que atribui finalidade à CONDUTA (com finalidade)
De acordo com a teoria, todo ato praticado pelo individuo se atribui uma finalidade, um por
que ele fez aquilo, se existe uma conduta existe uma finalidade
NA TEORIA FINALISTA, O INJUSTO PASSA A SER MATERIAL SUBJETIVO

Essa teoria retira o DOLO e a CULPA da CULPABILIDADE e trouxe para o FATO TÍPICO para a
TÍPICIDADE, de modo que agora DOLO e CULPA encontra-se no conceito analítico de crime

Culpabilidade: Imputabilidade, Consciência da Ilicitude, Exigibilidade de Conduta Diversa

O problema com A Teoria Finalista é que ela não consegue explicar os crimes CULPOSOS,
porque os resultados são causais, ou seja, a conduta não foi dirigida a quela finalidade. Agindo
com imperícia, imprudência, negligencia eu produzi um resultado que não tinha a finalidade de
produzir

Segundo Hans Welzel, toda conduta humana vai ter 3 características:

- Antecipação -> Tudo o que você vai fazer, de alguma forma você consegue medir as
consequências da quele ato (ex: o pq de você não xingar seu chefe) é vidente

- Escolha dos meios e Execução

*O sujeito só responde se aquele resultado, que ele causou, fosse um resultado antecipável
art. 225*

TEORIA SOCIAL DA AÇÃO: Conduta humana socialmente relevante dominada (ou dominável)
pela vontade dirigida a uma finalidade *conduta deve ser socialmente reprovável*

Hipóteses de exclusão

1 - Caso Fortuito ou força maior


ex: estou em uma vinícola, escorrego e caio dentro de um barriu de vinho, me afogo e morro

2 – Atos Reflexos (*retira a voluntariedade*)


ex: estou andando na rua, uma pessoa toca em mim, eu me viro e dou uma cotovelada

3 – Coação física irresistível (*retira a voluntariedade*)


ex: uma pessoa me empurra e eu dou uma cabeçada na pessoa de trás
ex: um indivíduo, pega a minha mão a força e atira contra a minha própria cabeça

4 – Sonambulismo (*não consciente*)


5 – Hipnose (*não consciente*)

Coação Física Irresistível

° Física (vis absoluta) – Exclui tipicidade


° Moral (vis compulsiva) – Exclui a tipicidade (*nesse caso, o indivíduo tem voluntariedade do
ato, porém não se pode exigir comportamento especifico desse individuo*)

Resultado Naturalístico: Crime consumado ou tentado

*pessoa jurídica pode cometer crime com conduta, crime ambiental art. 225, parágrafo 3º da
CF*

FASES DA CONDUTA

a) Interna: Pensamento, representação e antecipação e cogitação mental, efeitos


colaterais, escolhas dos meios utilizados

b) Externa: Agente exterioriza o que foi arquitetado mentalmente (relevância penal)

TIPO PENAL (mundo das ideias)

“Nullum crimen sine lege” -> O legislador visa impor ou proibir condutas

Quando a lei descreve uma conduta para proteger bens jurídicos tutelados pelo direito penal,
ocorre a tipificação -> Tipifica, cria um tipo penal

“Zaffaroni: Instrumento legal, logicamente necessário e de natureza descritiva, que tem por
função a individualização de condutas humanas penalmente relevantes”

Quando um fato no mundo natural se encaixa perfeitamente com a descrição legal descrita
pelo tipo -> surge a tipicidade

c)
Direito Penal - Classificação de Crimes

1– Qualidade do sujeito:

a) Crimes comuns ou gerais: São aqueles que podem ser praticados por qualquer
pessoa, não se exigindo condição especial (ex: homicídio)

*fala-se de crimes bicomuns, que são aqueles que não exigem qualquer
condição especial, tanto para quem os pratica, quanto para quem seja o sujeito
passivo*

b) Qualidade do sujeito ativo: São aqueles que o penal exige uma situação fática
ou jurídica diferenciada por parte do sujeito ativo. Admitem coautoria e
participação (ex: peculato, somente praticado por funcionário público)

*existem, ainda, os crimes bipróprios, que exigem condição especial tanto do


sujeito ativo quanto do sujeito passivo, ex: infanticídio

c) Crimes de mão própria , de atuação pessoal ou de conduta infungível: São


aqueles que somente podem ser praticados pela pessoa expressamente
especificada no tipo penal (ex: falso testemunho. Apenas admitem
participação, não aceitando coautoria, pois não se delega a pratica da conduta
infracional a terceira pessoa)

2 – Estrutura da conduta delineada pelo tipo penal:

a) Crime simples: É aquele que se amolda em um único tipo penal (ex: furto)

b) Crime complexo: Resulta da união de dois ou mais tipos penais (ex: furto +
ameaça; furto + lesão corporal)

3 – Resultado entre a conduta e o resultado naturalístico:

a) Crime materiais ou causais: São aqueles que o tipo penal aloja em seu interior
uma conduta e um resultado necessário, cuja consumação reclama esse
resultado (ex: homicídio – necessita da morte)

b) Crimes formais, de consumação antecipada ou de resultado cortado: O tipo


penal em seu bojo um conduta e um resultado naturalístico, mas este ultimo é
desnecessário para a consumação (ex: extorsão mediante sequestro – não
necessita a efetiva vantagem sobre a extorsão – ameaça, extorsão)

c) Crime de mera conduta ou simples atividade: O tipo penal se limita a descrever


uma conduta sem resultado algum (ex: Ato obsceno)

4 – Momento em que se consuma o crime:


a) Crime instantâneo ou de estado: A consumação se verifica em um momento
determinado, não se prolonga ao tempo (ex: furto)

b) Crime permanente: A consumação se prolonga no tempo, por vontade do


agente. O ordenamento jurídico é agredido reiteradamente. Subdividem-se
em:  Necessariamente permanentes, que exige, para a consumação, a
manutenção da ação contrária ao Direito por tempo relevante, ex: sequestro
 Eventualmente permanentes, que são crimes instantâneos, mas a ofensa ao
bem jurídico tutelado se prolonga no tempo, ex: furto de energia elétrica

c) Crime instantâneo de efeito permanente: Os efeitos de delito subsistem após a


consumação, independentemente da vontade do agente (ex: homicício)

d) Crime a prazo: A consumação a fluência de determinado período (ex:


sequestro em que a privação de liberdade dura mais que quinze dias) CP, art.
148, §1º, III

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