sujeito que pratica a conduta descrita no tipo penal. Titular do bem jurídico violado.
Sujeito passivo formal: titular direito de
punir. Será sempre o Estado.
Sujeito passivo material: titular do bem
jurídico diretamente atingido pela conduta do agente. Bem jurídico lesado
Objeto material: bem sobre o qual recaia a
conduta delitiva. Ex. roupa no furto.
Objeto jurídico: interesse protegido pelo tipo
penal. Ex. patrimônio no furto. Classificação dos crimes Comuns: podem ser praticados por qualquer indivíduo (ex. homicídio).
Próprios: pode ser praticado somente por
determinadas pessoas (sujeito ativo especial ou qualificado - ex. mãe no infanticídio-art. 123 CP ). Qualidades do sujeito ativo nos crimes próprios:
qualidades de fato do sujeito ativo ( natureza
humana ou inserção social do agente - ex. mãe no infanticídio).
Qualidades de direito do sujeito ativo
(referente à lei - ex. funcionário público) Subdivisão dos crimes próprios:
Puros: caso não sejam cometidos pelo sujeito
indicado no tipo penal, deixam de ser crime – ex. advocacia administrativa (art. 321 CP).
Impuros: caso não cometidos pelo sujeito
indicado no tipo penal, transformam-se em outros crimes – Ex. recém nascido morto por um estranho, sem a participação da mãe. Instantâneos: consumação através de única conduta e resultado instantâneo (ex. homicídio).
Permanentes: consumação através de única
conduta, porém resultado arrastado no tempo. Ex. sequestro – ART. 148 CP. Comissivos: cometidos através de ação – ex. roubo – 157, CP.
Omissivos: cometidos através de uma
abstenção – ex. omissão de socorro – 135 CP. Peculiaridades dos crimes comissivos e omissivos:
Comissivos por omissão – delitos de ação
praticados excepcionalmente por omissão por aqueles que possuem o dever de impedir o resultado (art. 13, §2º). Peculiaridades dos crimes comissivos e omissivos:
Omissivos por comissão: cometidos,
geralmente, através de uma abstenção, que porém podem ser, em casos excepcionais, praticados por ação – ex. sujeito que impede outrem, através do emprego de força física, de socorrer pessoa ferida). Crimes de atividade: basta a ação, independente do resultado naturalístico. Ex. prevaricação – art. 319 CP.
Parte da doutrina subdivide os crimes de
atividade em formais e de mera conduta.
Formais: pode ou não haver resultado. Ex.
prevaricação. Mera conduta: não há resultado naturalístico. Ex. violação de domicílio. Crimes de resultado (materiais ou causais): é obrigatório o resultado naturalístico, que sem sua ocorrência transforma o delito em tentativa. Ex. homicídio. Crimes de dano: sua consumação se dá através de uma efetiva lesão a um bem jurídico.
Crimes de perigo: sua consumação se dá com
a simples probabilidade de haver um dano. Os crimes de perigo dividem-se em:
Perigo individual: a probabilidade de dano
envolve uma pessoa ou um número determinado delas – arts. 130 a 137 do CP.
Perigo coletivo: a probabilidade envolve um
número indeterminado de pessoas – art. 250 a 259 do CP. Perigo abstrato: a probabilidade de dano independe de prova, ela é presumida no tipo penal – art. 28 e 33 da Lei 11.343/2006.
Perigo concreto: a probabilidade de dano
necessita ser investigada e provada – ex. art. 132, CP. Unissubjetivos: podem ser praticados por uma única pessoa – ex. aborto.
Plurissubjetivos: necessitam de mais de uma
pessoa para serem cometidos – ex. rixa. Se realizam através da continência (um tipo que abrange outro). A continência pode ser explícita ou implícita:
Explícita: Crime complexo: ex. Roubo
(envolve o furto, a ameaça e/ou a ofensa á integridade física).
Implícita: Crime progressivo: ex. homicídio
(para cometê-lo o agente comete a lesão corporal que está contida no tipo). Evolução da vontade do agente, que passa de um crime a outro.
Ex. o agente pretende lesionar a vítima,
posteriormente decide matá-la. Fato antecedente não punível na progressão: critério da absorção, um delito serve de meio para se cometer outro. Ex. contrabando (art. 334 CP) para venda (334, §1º, CP).
Fato posterior não punível: sucessão de fato
menos grave, em objeto jurídico já atingido pelo delito mais grave. Ex. agente que envenena água potável (art. 270, CP) entregando-a, em seguida, para consumo (art. 270, §1º, CP). Para sua consumação é necessária a prática reiterada e contínua das ações.
“estilo de vida indesejado pela lei penal”.
Não admitem tentativa.
Requisitos: reiteração de vários fatos;
identidade ou homogeneidade destes; e nexo de habitualidade entre os fatos. Crime habitual próprio: habitualidade constitutiva. É necessária para sua tipificação a reiteração das condutas do agente, de forma a configurar um estilo próprio de vida.
Crime habitual impróprio: habitualidade
delitiva. Reiteração na prática de crimes instantâneos ou permanentes – ex. pessoa que se sustenta através de furtos repetidamente cometidos. Unissubsistentes: são praticados através de um único ato. Ex. injúria verbal – art. 140 CP.
Plurissubsistentes: vários atos podem compor
a ação. Ex. homicídio. Forma livre: podem ser praticados de qualquer modo. O tipo penal não descreve o método. Ex. homicídio.
Forma vinculada: o tipo penal descreve
expressamente a fórmula de como devem ser cometidos. Ex. curandeirismo (284, I, II e III do CP). O sujeito passivo não é determinado, seria a coletividade, sem personalidade jurídica.
Ex. perturbação de cerimônia funerária (art.
209) e violação de sepultura (art. 210). Realizam expressa remissão à outros tipos penais.
Ex. art. 304 CP ( uso de documento falso)
remete aos delitos previstos nos arts. 297 a 302, do CP. Dependem do advento de uma condição para se realizarem. Esta condição pode estar prevista no tipo (interna) ou não (externa).
Ex. crime de induzimento, instigação ou
auxílio suicídio, que depende do advento do suicídio. Preveem no tipo penal a forma tentada equiparada à modalidade consumada. Ex. art. 352 do CP (evadir-se ou tentar evadir-se o preso...).