O documento classifica os crimes de acordo com critérios legais e doutrinários. A classificação legal considera o nome dado pelo código penal ao crime, enquanto a doutrinária analisa características como a ocorrência de resultado, a figura do agente, o elemento subjetivo, a consumação e a conduta. São exemplicadas várias subclasses de crimes dentro dessas categorias, como crimes formais, dolosos, comissivos e plurissubjetivos.
O documento classifica os crimes de acordo com critérios legais e doutrinários. A classificação legal considera o nome dado pelo código penal ao crime, enquanto a doutrinária analisa características como a ocorrência de resultado, a figura do agente, o elemento subjetivo, a consumação e a conduta. São exemplicadas várias subclasses de crimes dentro dessas categorias, como crimes formais, dolosos, comissivos e plurissubjetivos.
O documento classifica os crimes de acordo com critérios legais e doutrinários. A classificação legal considera o nome dado pelo código penal ao crime, enquanto a doutrinária analisa características como a ocorrência de resultado, a figura do agente, o elemento subjetivo, a consumação e a conduta. São exemplicadas várias subclasses de crimes dentro dessas categorias, como crimes formais, dolosos, comissivos e plurissubjetivos.
A classificação dos crimes pode ser legal ou doutrinária
o Classificação legal: é aquela dada pela própria lei, por meio do nome do crime (nomen iuris). Ex: homicídio, furto, roubo, peculato etc.; o Classificação doutrinária: é aquela atribuída pela doutrina penal, de acordo com as características de cada crime. Vários crimes podem ser incluídos em uma mesma classificação. Ex: crimes dolosos, crimes culposos, crimes materiais, crimes formais etc.; Classificação doutrinária o Quanto a ocorrência de resultado naturalístico Crimes materiais: são aqueles que necessitam da ocorrência do resultado naturalístico para a sua consumação. Ex: homicídio, estelionato, furto etc.; Crimes formais: são aqueles que embora tendo resultado naturalístico previsível em lei, este resultado não é necessário para a consumação. Ex: extorsão mediante sequestro (não se exige necessariamente a obtenção de vantagem), concussão, corrupção passiva, corrupção ativa etc.; Crimes de mera conduta (simples atividade): são aqueles que não tem resultado naturalístico. Ex: violação de domicílio, desobediência etc. ! Resultado naturalístico: qualquer mudança material no mundo exterior Resultado jurídico: Todo crime tem resultado jurídico, pois gera a violação ao bem jurídico tutelado o Quanto ao agente ativo Crimes comuns: são aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa. A lei não exige uma qualidade especial por parte do sujeito ativo. Ex: homicídio, furto, roubo, estelionato etc.; Crimes próprios: são aqueles que somente podem ser praticados por determinada categoria de pessoas. Ex: infanticídio, peculato, falsidade de atestado médico etc. Exceção: coautoria e participação (comunicação de elementar do tipo) Crimes de mão própria: são aqueles que somente podem ser praticados pelos agentes indicados no tipo penal, exigindo a lei a sua atuação pessoal. Não admitem coautoria, apenas participação. Ex: crime de falso testemunho A qualidade do agente exigida pelo tipo é tão específica que não se admite coautoria, admitindo somente a participação – STJ o Quanto ao elemento subjetivo Crimes dolosos: são aqueles em que o agente quis o resultado (dolo direto) ou assumiu o risco de produzi- lo (dolo eventual). Caso a lei silencie a respeito do elemento subjetivo, somente será admitida a modalidade dolosa do crime; Crimes culposos: são aqueles em que o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. O agente deixa de observar o cuidado objetivo necessário. A modalidade culposa de crime deve estar prevista expressamente em lei. Caso não haja previsão de modalidade culposa para o crime, somente será admitida a modalidade dolosa Crimes preterdolosos: são aqueles compostos de dolo e de culpa. O dolo vem na conduta antecedente e a culpa vem na conduta consequente, no resultado agravante. Ex: lesão corporal seguida de morte, aborto com resultado morte etc. “preter” vem dolo latim “praeter”, que significa “além de...” Se trata de modalidade de crime qualificado pelo resultado. o Quanto a consumação Crimes instantâneos: são aqueles que se consumam em momento determinado, ou seja, o resultado ocorre uma vez reunidos seus elementos. Isso não significa que o resultado necessita ser imediato, mas que ocorra após a prática da conduta. Ex: furto, roubo, estelionato etc. Crimes permanentes: são aqueles em que a conduta e a execução do crime se prolongam no tempo Ex: extorsão mediante sequestro, redu ção a condição análoga à escravo Atenção!: não se deve confundir crime permanente com crime continuado No crime permanente há uma só conduta que se prolonga no tempo No crime continuado há várias condutas ensejadoras de vários crimes da mesma espécie praticados nas mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução ! Prisão em flagrante em crime permanente: entende-se o agente em flagrante enquanto não cessar a permanência Crimes instantâneos de efeitos permanentes: são aqueles em que a consumação também ocorre em momento determinado, mas os efeitos perduram, ou seja, são permanentes. Ex: homicídio. A conduta de matar é instantânea, mas o efeito (morte) é permanente. Consumados e tentados o Crimes consumados: são aqueles nos quais reúnem-se todos os elementos de sua definição legal. o Crimes tentados: são aqueles em que, iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente “Conatus” é o significado de tentativa
o Crimes de dano e de perigo
Crimes de dano: são aqueles em que há efetiva ofensa ao bem jurídico protegido. O bem jurídico protegido é atingido pela conduta do agente. Ex: homicídio, furto, estelionato etc. Crimes de perigo: são aqueles em que ocorre apenas a exposição do bem jurídico a perigo, não havendo efetiva lesão. Ex: perigo de contágio de moléstia venérea, incêndio etc. o Crimes unissubjetivos e plurissubjetivos Crimes unissubjetivos (ou monosubjetivos): são aqueles que podem ser cometidos por um só sujeito. Ex: homicídio, furto, peculato etc. Crimes plurissubjetivos: são aqueles que exigem pluralidade de agentes para a sua prática. Ex: rixa, associação criminosa, associação para o tráfico de drogas De condutas paralelas: quando há condutas de auxílio mútuo, tendo os agentes a intenção de produzir o mesmo evento. Ex: associação criminosa De condutas convergentes: quando as condutas se manifestam na mesma direção no mesmo plano, mas tendem a encontrar-se, com o que se constitui à figura típica. Ex: bigamia De condutas contrapostas: quando os agentes cometem condutas contra a pessoa que, por sua vez, comportar-se da mesma maneira e é também sujeito ativo de delito. Ex: rixa o Quanto a conduta Crimes comissivos: são aqueles em que a conduta é de ação, ou seja, conduta humana voltada a uma finalidade. Crimes omissivos: são aqueles praticados por omissão, ou seja, ausência de comportamento, inatividade. Ex: omissão de socorro Relevância da omissão o a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. o Art. 13, §2º, CP Obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância Quando assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (posição de garante. Ex: médico que presta serviço no pronto-socorro, tutor em relação ao tutelado etc.) Quando, com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado (garante. Ex: instrutor de paraquedismo em relação aos alunos) Crimes unissubsistentes e plurissubsistentes Crimes unissubsistentes: são aqueles que se realizam com um só ato. Ex: calúnia verbal, injúria verbal o Não admitem tentativa Crimes plurissubsistentes: são aqueles que se realizam com vários atos. Ex: latrocínio, estelionato. o Admitem tentativa porque o iter criminis é fracionável Outras classificações Crimes habituais: são aqueles que exigem habitualidade, ou seja, reiteração de uma conduta. Ex: exercício ilegal da medicina, manutenção de estabelecimento em que ocorra exploração sexual Crimes impossíveis: são aqueles impossíveis de serem consumados em razão de ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objetivo. Ex: mulher julgando-se grávida (sem estar) prática manobras abortivas. Crimes de forma livre: são aqueles que podem ser praticados de qualquer forma, por qualquer meio apto a alcançar o resultado. Ex: lesão corporal Crimes de forma vinculada: são aqueles que somente podem ser praticados da forma estabelecida pelo tipo penal. Ex: curanderismo