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Poder de Polícia

1. Legislação/atos
normativos;
Formas de exercício 2. Consentimento;
3. Fiscalização;
4. Sanção.
1. Coercibilidade;
Atributos/ 2. Discricionariedade;
prerrogativas/ 3. Autoexecutoriedade
características .
PJ de direito público:
todas as formas de
exercício
PJ de direito privado (EP e
SEM)
Delegabilidade
STJ: consentimento e
fiscalização;
STF: consentimento,
fiscalização e sanção
Requisitos: prestar serviço
exclusivamente público +
capital majoritariamente
público + sem regime de
concorrência.
Particular: somente
atividades materiais e
preparatórias (ex: radar)

 É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de


direitos e da propriedade, em benefício do interesse público;
o Em sentido amplo: atividade que abrange tanto os atos do
poder executivo, como também do legislativo;
o Em sentido estrito: a atuação concreta da administração pública
que restringe e condiciona direitos e atividades privadas.
 Vínculos especiais
o Quem detém um vínculo de sujeição especial é destinatário do
poder disciplinar. Não se aplica o poder de polícia? não! se for
uma restrição aplicável a todos, mesmo sendo um particular que
detenha vínculo especial com administração pública, será o poder
de polícia, para não ser poder de polícia, a restrição tem de advir
do vínculo especial.
 Condiciona o exercício de um direito;
o Ex: condições para o exercício de profissão.
 Fundamento: interesse público;
o Exerce o poder de polícia em razão da supremacia do interesse
público.
 Taxa de polícia
o O Estado pode cobrar taxa em razão do exercício do poder de
polícia;
o O poder de polícia é fato gerador de taxa.
 Decorre do poder extroverso
o Imposição de obrigação de forma unilateral na esfera do
administrado.
 Competência
o Terá competência para o exercício do poder de polícia o ente
político que tiver competência para legislar sobre a matéria;
OBS: Exceção: Não é uma regra absoluta, pois há casos
em que há competências concorrentes na regulação e no
policiamento, em consequência do princípio da
preponderância do interesse. Nesses casos, cabe aos
entes:
 União: interesse nacional;
o Horário bancário de atendimento ao
público;
Súmula n. 19 do STJ - A fixação do horário bancário,
para atendimento ao público, e da competência da união.
 Estados: interesse regional;
 Municípios: interesse local.
o Regular horário do comércio local;
Súmula n. 419 do STF - Os municípios têm competência
para regular o horário do comércio local, desde que não
infrinjam leis estaduais ou federais válidas.
o Horário de estabelecimento comercial;
Súmula n. 645 do STF - É competente o município para
fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.
o Proibição de instalação de estabelecimento
comercial do mesmo ramo;
Súmula n. 646 do STF - Ofende o princípio da livre
concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área.
 Poder legislativo: criar limitações administrativas por meio
de lei;
 Poder executivo: regulamentar as leis e fiscalizar a sua
aplicação, preventiva e repressivamente;
 Poder de polícia interfederativo
o Em geral, o poder de polícia é exercido sobre os particulares,
porém, as pessoas federadas podem também instituir e cobrar
taxas umas das outras, em virtude do exercício do poder de
polícia, salvo as isenções legais. (Ressalte-se que a imunidade
tributária recíproca entre os Entes federados se refere apenas
aos impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços, não
alcançando, portanto, as taxas, conforme previsão contida no art.
150, VI, 'a', da CRFB.)
 Formas de exercício
o Não é exercido por meio de fiscalização e punição, mas sim:
 Leis e atos normativos
 Ex: CTB, Código Florestal, regulamento que
disciplina o uso de fogos.
 Atos individuais/consentimento
 Possuem destinatário determinado, incidindo sobre
bens, direitos ou atividades de pessoa específica;
 Atividade exercida pelo Estado que defere uma
pretensão solicitada pelo particular;
 Ex: autorização para posse de arma de fogo, licença
para exercício de determinada atividade.
 Atos de fiscalização
 Trata-se de obrigação de suportar medidas
administrativas que têm por finalidade averiguar o
cumprimento das determinações expedidas pela
Administração.
 Atos de sanção
 Por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de
polícia, em razão de o administrado descumprir
determinações impostas.
 Multa de trânsito
Súmula n. 312 do STJ - No processo administrativo para
imposição de multa de trânsito, são necessárias as
notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente
da infração;
Súmula n. 434 do STJ - O pagamento da multa por infração de
trânsito não inibe a discussão judicial do débito;
Súmula 510, STJ - A liberação de veículo retido apenas por
transporte irregular de passageiros não está condicionada ao
pagamento de multas e despesas.

 Atributos, prerrogativas ou características do poder de polícia


o Discricionariedade
 Há um certo grau de liberdade na atuação do poder de
polícia;
 Selecionar atividades: O Estado tem liberdade para
escolher as atividades sobre as quais será exercido o
poder de polícia;
 A atividade deve ter uma potencial danosidade para
a sociedade.
 Selecionar a sanção: O Estado pode escolher a sanção a
ser aplicada;
 Autorização: sua concessão é ato discricionário;
 Exceção:
 Quando o Estado exige licença para realização de
atividades;
 OBS: em geral, é discricionária, mas pode também ser
vinculada.
o Autoexecutoriedade
 Direta e imediata execução dos atos pela própria Adm.
Públ., independentemente de ordem judicial;
 Ex: interdição de atividades ilegais.
 Há exceções: casos em que a Adm dependente do Poder
Judiciário;
 Ex: cobrança de multa - a cobrança depende da via
judicial.
 É possível o controle judicial posterior;
 Exigibilidade/executoriedade indireta: poder de exigir
dos cidadãos o cumprimento de obrigação, recorrendo a
meio indiretos de persuasão (ex: multa);
 Executoriedade: poder de executar materialmente aquilo
que impôs ao cidadão e este não cumpriu.
o Coercibilidade
 Todo ato é imperativo, portanto, obrigatório para a parte a
que se destina;
 Admite até mesmo o uso da força pública para o seu
cumprimento, quando resistido pelo administrado;
 DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA
o Não é possível sua delegação;
 Pois o Estado usa de seu poder de império, de sua
soberania no exercício do poder de polícia;
o Para os particulares somente é permitido delegar as atividades
materiais e preparatórias;
o A delegação se dá por meio de lei;
o Delegação do poder de polícia:
 Dentro da Administração Pública:
 Para pessoa jurídica de:
o DIREITO PÚBLICO: todas as fases podem
ser delegadas;
 Ou seja, legislação, consentimento,
fiscalização e sanção.
o DIREITO PRIVADO integrante da
administração indireta (SEM, EP e
fundações):
 STJ: apenas as fases
de consentimento/ fiscalização;
 STF: fases de consentimento/
fiscalização/sanção.
 Requisitos
1. Prestar serviço
exclusivamente púb.;
2. Sem regime
concorrencial;
3. Capital
majoritariamente
público.
 OBS: em provas, prevalece o
entendimento do STF.
 PARTICULAR
 Atividades materiais e preparatórias.
o Ex: radar de trânsito, que auxilia a Adm. Públ.
a exercer o poder de polícia.

o Cobrança de taxa: NÃO é delegável.

Ano: 2008 Banca: VUNESP Órgão: ITESP Prova: VUNESP - 2008 - ITESP - Advogado


O poder de polícia

Alternativas
A é renunciável.
B pode impor como penalidade, entre outras, a desapropriação do bem.
C não pode restringir o direito individual, sem garantir, primeiro, por meio de processo
administrativo, o direito à ampla defesa.
D delegado não admite a imposição de taxas.
E incide sobre pessoas, enquanto que a polícia judiciária incide sobre bens.

 Polícia administrativa e polícia judiciária


o São formas de expressão do poder de polícia, ambos voltados ao
interesse público;
o Administrativa: visa impedir ou paralisar atividades antissociais,
impedindo danos à sociedade - atuação preventiva e repressiva;
 Observância dos limites impostos pelo Estado para o
exercício dos direitos, por meio de atos de fiscalização,
prevenção ou repressão;
 Incide sobre bens, atividades e direitos;
 Disseminada pelos órgãos da administração pública.
o Judiciária: visa a responsabilização daqueles que cometem ilícito
penal;
 Auxilia a atuação do Poder Judiciário;
 Atua repressivamente com relação a crimes ocorridos;
 Porém, também pode atuar de forma preventiva;
 Atua sobre pessoas;
 Se submete ao Poder Executivo.

Súmula n. 397 do STF - o poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado


Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o
regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito.
o Guardas municipais
 Competência para fiscalizar o trânsito;
 STF - as guardas municipais, desde que
autorizadas por lei municipal, têm competência
para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de
trânsito e impor multas;
o Poder de polícia de trânsito;
o As atividades de poder de polícia, distintas
que são, portanto, das de segurança pública,
podem ser exercidas por diferentes órgãos e
entes estatais. Não há imposição
constitucional ao seu exercício apenas por
agentes policiais.
 Exercício de atividades das polícias civis e militares
 STJ - não pode, limitando-se a atuação na proteção
de bens, serviços e instalações públicas;
o O colegiado também considerou que só em
situações absolutamente excepcionais a
guarda pode realizar a abordagem de
pessoas e a busca pessoal, quando a ação
se mostrar diretamente relacionada à
finalidade da corporação.
 Prescrição
o Prescrição para a aplicação de sanção;
o Prazo: 5 anos;
 TI: data da prática do ato, ou, em se tratando de infração
permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado;
 Exceção:
 Ato que constitui crime;
o Prazo: o mesmo da prescrição criminal.
 Procedimentos administrativos paralisado
o Prazo: 3 anos.
 Limites
o Forma, fins, competência e procedimento devem seguir a lei;
o Fins: para atender ao interesse público;
o Meios:
 Devem atender ao princípio da proporcionalidade;
 Necessidade, em consonância com a qual a medida de
polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais ou
prováveis de perturbações ao interesse público;
 Eficácia, no sentido de que a medida deve ser adequada
para impedir o dano ao interesse público.
 Cooperação
o Cooperação entre policiais;
 Cabe salientar que a mútua cooperação entre organismos policiais, o
intercâmbio de informações, o fornecimento recíproco de dados
investigatórios e a assistência técnica entre a polícia federal e as
polícias estaduais, com o propósito comum de viabilizar a mais
completa apuração de fatos delituosos gravíssimos, notadamente
naqueles casos em que se alega o envolvimento de policiais militares
na formação de grupos de extermínio, encontram fundamento,
segundo penso, no próprio modelo constitucional de federalismo
cooperativo.
o Gestão associada.
 É possível em relação ao poder de polícia;
 Consiste no compartilhamento, entre diferentes entes
federativos, do desempenho de certas funções ou serviços
públicos de seu interesse comum;
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada
de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos.

Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: DPE-SP Prova: VUNESP - 2023 - DPE-SP - Oficial de


Defensoria
Sobre o poder de polícia, é correto afirmar que
Alternativas
A o exercício do poder de polícia autoriza a Administração a exigir do interessado o pagamento
de tarifa previamente estipulada em lei. 
B ele pode ser executado por meio de um sistema de cooperação firmado entre entes
federativos, como, por exemplo, através de gestão associada. 
C a existência de lei não é pressuposto de validade da polícia administrativa exercida pela
Administração Direta ou Indireta.
D em recente julgamento o Supremo Tribunal Federal fixou entendimento de que no âmbito do
exercício do poder de polícia são delegáveis os atos relativos à legislação, à sanção e à
fiscalização.
E no exercício da atividade de polícia, a Administração pode atuar exclusivamente por meio da
edição de atos normativos.

Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: PPSA Prova: VUNESP - 2016 - PPSA - Assistente Jurídico
Sobre o poder de polícia, é correto afirmar que
Alternativas
A as atividades materiais de execução podem ser delegadas aos particulares.
B é dotado de autoexecutoriedade, no sentido de que a Administração pode executar suas
próprias decisões sem que seja possível o controle posterior do ato pelo Poder Judiciário.
C visa proteger bens, serviços e instalações municipais, nos termos da Constituição Federal.
D se trata do poder conferido à Administração Pública de expedir atos administrativos gerais e
abstratos com efeitos erga omnes.
E quando se aplica uma multa, decorrente de um descumprimento contratual, está-se diante do
poder de polícia.

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