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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

Direito Administrativo

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

(VUNESP/TJ-RS/2019)
01) A respeito do poder de polícia, assinale a alternativa correta.
A) A existência de autonomia entre as entidades federativas impede que um Município exerça poder de polícia
sobre atividade realizada pela União.
B) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a indelegabilidade do poder de polícia impede que as atividades
materiais de verificação do cometimento de infrações sejam executadas por pessoas jurídicas de direito privado.
C) As penas de multa, quando forem resultado do exercício do poder de polícia, são autoexecutáveis.
D) O poder de polícia tem como destinatários todos os particulares submetidos à autoridade do Estado, não se
aplicando aos vínculos formados em relação de sujeição especial com o poder público.
E) Poder de polícia, em sentido amplo, representa o exercício de função administrativa que, fundada em lei,
restringe e condiciona o exercício de direitos e atividades privadas.
Comentário:

Letra A: Errada.

Em regra, a existência de autonomia entre as entidades federativas impede que um Município exerça poder de
polícia sobre atividade realizada pela União, no entanto existem exceções.

Atributos do Poder de Polícia


- O poder de polícia é exercido, em regra, com base nos critérios de
Discricionariedade conveniência e oportunidade, observados os limites da lei e princípios da
razoabilidade e proporcionalidade;
- É a execução direta e imediata dos atos administrativos, independentemente
Autoexecutoriedade
de prévia autorização judicial;
Coercibilidade - É a imposição coativa das medidas adotas pela Administração Pública;
Mnemônico: DAC

Letra B: Errada.

Somente os atos relativos ao consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à
legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.

Letra C: Errada.

É necessária a ação judicial, no caso de cobrança de multa, na hipótese de o particular não ter pagado a
multa, não podendo a Administração cobrar, mas apenas impor a multa; (Adm. Impõe a multa, mas é o
Judiciário que cobra);

Autoexecutoriedade
- É a execução direta e imediata dos atos administrativos, independentemente de prévia autorização
judicial;
- O atributo da autoexecutoriedade não se aplica em todos os casos do poder de polícia;
- É necessária a ação judicial, no caso de cobrança de multa, na hipótese de o particular não ter pagado
a multa, não podendo a Administração cobrar, mas apenas impor a multa; (Adm. Impõe a multa, mas é
o Judiciário que cobra);
- Di Pietro entende que a Autoexecutoriedade é dividida em duas espécies:
* Exigibilidade: Aplicação de meios indiretos de coação pela Administração Pública.

* Executoriedade: Confunde-se com a Autoexecutoriedade, exercendo meios diretos do poder de polícia.


Macete
Aplicação de multa Exigibilidade ou coercibilidade
Retirada imediata de um Carro no meio da Avenida Autoexecutoriedade
Cobrança de multa Intervenção do poder judiciário.
Coercibilidade
- É a imposição coativa das medidas adotas pela Administração Pública;
OBS: Certos atos de poder de polícia não possuem a autoexecutoriedade e a coercibilidade, como no
caso dos atos preventivos (Licença para construção).

Letra D: Correta.

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Poder Disciplinar Poder de Polícia


Poder utilizado pela Administração Pública que
- Poder de aplicar sanções aos servidores e
condiciona ou restringe o uso de bens e a
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços
prática de atividades privadas, em prol dos
da Administração;
interesses da coletividade.
- É aplicável aos servidores públicos e
particulares que tenham vínculo jurídico Tem como destinatários todos os particulares
específico com a Administração, como por submetidos à autoridade do Estado.
exemplo, no caso de contrato administrativo;
- Não se confunde com o Poder de Polícia, pois Prevalece o princípio da supremacia do
este se insere na esfera privada, aplicando interesse público, em que o interesse do
restrições e condicionamentos aos particulares; particular é limitado devido ao interesse público;

Letra E: Errada.

Poder de Polícia
Sentido Estrito Sentido Amplo
Além de exercer a atividade administrativa, pode
Representa o exercício de função administrativa
editar leis que condicionem e limitem a
que, fundada em lei, restringe e condiciona o
liberdade e a propriedade, sendo chamadas de
exercício de direitos e atividades privadas.
limitações administrativas;

Gabarito: Letra D.
(FGV/DPE-RJ/2019)
02) Com o objetivo de retaliação política, o novo prefeito João, tão logo tomou posse, praticou ato
administrativo determinando a remoção do servidor público efetivo municipal José, seu antigo desafeto,
que não o apoiou na campanha eleitoral. Inconformado, José buscou assistência jurídica na Defensoria
Pública, ocasião em que lhe foi informado que era:
A) inviável o ajuizamento de ação judicial visando à nulidade ou reforma do ato de remoção, eis que está calcado
na discricionariedade administrativa;
B) inviável o ajuizamento de ação judicial visando à nulidade ou reforma do ato de remoção, eis que goza do
atributo da presunção de legalidade e legitimidade;
C) viável o ajuizamento de ação judicial visando à nulidade do ato de remoção, diante do abuso de poder, na
modalidade excesso de poder, por vício no elemento competência do ato;
D) viável o ajuizamento de ação judicial visando à nulidade do ato de remoção, diante do abuso de poder, na
modalidade desvio de poder, por vício no elemento finalidade do ato;
E) viável o ajuizamento de ação judicial visando à revogação do ato de remoção, diante do abuso de poder, na
modalidade excesso de poder, por vício no elemento motivo do ato.
Comentário:

Abuso de Poder
- O Abuso de poder é o exercício das prerrogativas da administração pública além dos limites legais
permitidos, ou seja, é uma atuação ilegal;
- Pode ocorrer de forma comissiva ou omissiva do agente;
- O Abuso de poder é gênero de duas espécies:
* Desvio de Poder ou finalidade;
* Excesso de Poder.
Desvio de Poder ou finalidade
Vício de finalidade, ou seja, o agente atua com uma finalidade diversa da que deveria exercer;
Excesso de Poder
Vício de competência, ou seja, a pessoa excede os limites de suas competências;

Abuso de Poder Mnemônico


Competência Excesso de Poder CEP
Finalidade Desvio de Poder FDP (Filho Do Padeiro)

Gabarito: Letra D.

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(CESPE/PC-MA/2018)
03) Com relação aos poderes administrativos, a prerrogativa da administração pública de editar atos
normativos para ordenar a atuação de órgãos subordinados decorre do exercício do poder
A) discricionário.
B) disciplinar.
C) de polícia.
D) regulamentar.
E) hierárquico.
Comentário:

Atos Normativos de Efeitos Internos - Maria Sylvia Di Pietro


Os atos normativos com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados são considerados
atos normativos de efeitos internos, sendo atos normativos relacionados com o Poder Hierárquico, não
se confundindo com os atos normativos apresentados pelo Poder Regulamentar, pois estes são gerais e
abstratos.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/SEFAZ-RS/2019)
04) O alvará de licença e o alvará de autorização concedidos pela administração pública constituem meio
de atuação do poder
A) disciplinar.
B) regulamentar.
C) hierárquico.
D) de polícia.
E) hierárquico e do disciplinar.
Comentário:

Poder de Polícia Preventivo e Repressivo


Poder de Polícia Preventivo
- Regra;
- Ocorre quando um terceiro depende de uma licença ou autorização para utilizar um bem ou exercer
alguma atividade privada que afete a coletividade;
- A Licença é um ato administrativo vinculado e definitivo. Com isso caso um particular preencha os
requisitos de exercer determinado direito, a administração deverá reconhecer;
Ex: Licença para construir em terreno particular.
- A autorização é um ato administrativo discricionário e precário em que o particular adquire a
autorização da Administração Pública para exercer uma atividade de seu interesse.
Ex: Porte de Arma;
Poder de Polícia Repressivo
- Exceção;
- É a aplicação de sanções administrativas, feita normalmente através de uma fiscalização aos
particulares por estarem descumprindo alguma norma de polícia;
Ex: Multas, demolição de obras irregulares, apreensão de mercadorias inválidas;
- A cobrança de taxa é uma razão do exercício do poder de polícia;
Ex: Cobrança de Taxas para atividades comerciais;
- O poder de polícia não precisa possuir sempre suas atividades de maneira presencial, podendo ocorrer
através de locais remotos;

Gabarito: Letra D.
(VUNESP/Valiprev - SP/2020)
05) A Administração não tem a livre disposição dos bens e interesses públicos, porque atua em nome de
terceiros. Por essa razão é que os bens e interesses públicos só podem ser alienados conforme o
disposto em lei. Da mesma forma, os contratos administrativos reclamam, como regra, que se realize
licitação para encontrar quem possa executar obras e serviços de modo mais vantajoso à Administração.
É correto afirmar que o texto do enunciado se refere ao princípio da
A) indisponibilidade.
B) autotutela.
C) moralidade.
D) continuidade dos serviços públicos.

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E) segurança jurídica.
Comentário:

Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público


- É considerado um princípio implícito, sendo um princípio base do regime jurídico administrativo;
- Apresenta sujeições aplicadas à administração pública pela lei, limitando e restringindo-a para não
exceder seus poderes e lesar o interesse público.
- Ex: Dever de licitar para contratação de serviços, contratação de pessoas mediante concursos
públicos;
- O princípio da indisponibilidade do interesse público está presente em toda atuação da Administração
pública;
- Di Pietro considera o princípio da legalidade como uma das bases do Direito Administrativo, pois tal
princípio preserva a liberdade dos indivíduos, restringindo as ações do poder público. Com isso toda
atuação da maquina pública deve atender o que for apresentado em lei.
STF/RE nº 253.885/MG
OBS: Todos os princípios podem ser relativizados, não podendo ser ilimitado e irrestrito. O STF
entende que a Administração pode fazer acordos ou transações, relativizando o princípio da
indisponibilidade do interesse público, quando o acordo tiver como fim o benefício da coletividade.
- O princípio da indisponibilidade estabelece o poder-dever do agente público agir dentro de suas
competências e também impede a alienação (venda) dos bens e direitos públicos essenciais aos
particulares, assim, a Administração pode apenas delegar a execução da atividade e não a titularidade,
pois os bens públicos estando relacionados à satisfação do interesse público não podem ser alienados.

Gabarito: Letra A.
(VUNESP/Prefeitura de Arujá - SP/2019)
06) Quando a Constituição Federal, no seu artigo 37, inciso XXI, determina que todos os licitantes têm
direito de concorrer de forma igualitária, faz referência a uma ação concreta decorrente do princípio
constitucional da Administração Pública da
A) legalidade.
B) transparência.
C) impessoalidade.
D) publicidade.
E) eficácia.
Comentário:

Princípio da Impessoalidade
- É o princípio que busca a finalidade pública, procurando tratar todos os administrados de forma
isonômica, sendo vedada a promoção pessoal.
- Desdobra-se em 04 princípios:
* Princípio da Finalidade;
* Princípio da Igualdade ou Isonomia;
* Vedação de Promoção Pessoal;
* Impedimento e Suspeição.
Princípio da Igualdade ou Isonomia
A administração deve tratar todos de forma isonômica, sem discriminações, não podendo favorecer
pessoas indevidamente;
- CF/88, Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Gabarito: Letra C.

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(FCC/Copergás - PE/2016)
07) Um dos princípios do Direito Administrativo denomina-se especialidade. Referido princípio
A) decorre dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público e concerne à ideia de
descentralização administrativa.
B) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e subordinação que
existe dentro dos referidos órgãos.
C) aplica-se somente no âmbito da Administração direta.
D) decorre do princípio da razoabilidade e está intimamente ligado ao conceito de desconcentração administrativa.
E) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos entes da
Administração pública direta.
Comentário:

Princípio da Especialidade
Ocorre quando a Administração Pública Direta descentraliza uma atividade criando uma entidade com
personalidade jurídica com atribuições e finalidade específica a determinado serviço público.

Gabarito: Letra A.
(Q2/Q2/2021)
08) Levando em consideração as alterações apresentadas pela Lei 14.230/21 relacionadas a Lei de
Improbidade administrativa, podemos considerar que:
A) o sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na organização do
Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio privado e social.
B) o dolo consiste a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado na lei, bastando apenas
voluntariedade do agente.
C) O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato doloso com
fim ilícito, não afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.
D) Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e a
integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da
administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Comentário:

Letra A: Errada.

LIA. Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na
organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio
público e social, nos termos desta Lei. (Lei 14.230/21)

Letra B: Errada.

LIA. Art. 1º. § 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts.
9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente. (Lei 14.230/21)

Letra C: Errada.

LIA. Art. 1º. § 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato
doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.
(Lei 14.230/21)

Letra D: Correta.

LIA. § 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções e
a integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da
administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. (Lei
14.230/21)

Gabarito: Letra D.

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(Q2/Q2/2021)
09) A Lei 14.230/21 trouxe diversas alterações e inclusões de novos dispositivos para a Lei de Improbidade
Administrativa, em relação às penas dos atos de improbidade administrativa, assinale a alternativa correta.
A) Na responsabilização da pessoa jurídica, poderão ser considerados os efeitos econômicos e sociais das
sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades.
B) Não é possível a sanção de proibição de contratação do poder público extrapolar o ente público lesado pelo ato
de improbidade administrativa.
C) No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados pela Lei de Improbidade Administrativa, a
sanção limitar-se-á à aplicação de multa e proibição de contratar com o ente público, sem prejuízo do
ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o caso,
D) Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas
instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos fatos.
Comentário:

Letra A: Errada.

LIA. Art. 12. § 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e
sociais das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades. (Lei 14.230/21)

Letra B: Errada.

LIA. Art. 12. § 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de
proibição de contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade,
observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da pessoa
jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo. (Lei 14.230/21)

Letra C: Errada.

LIA. Art. 12. § 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-
se-á à aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o
caso, nos termos do caput deste artigo. (Lei 14.230/21)

Letra D: Correta.

LIA. Art. 12. § 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá
deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos
fatos. (Lei 14.230/21)

Gabarito: Letra D.
(FGV/AL-BA/2014)
10) Em relação à classificação das entidades da administração pública em entidades políticas e entidades
administrativas, analise as afirmativas a seguir.
I. Entidades políticas e administrativas são sempre pessoas jurídicas de direito público.
II. Entidades políticas detêm poder político, ao contrário das entidades administrativas.
III. Entidades políticas, ao contrário das entidades administrativas, possuem capacidade legislativa.
Assinale:
A) se apenas a afirmativa I estiver correta.
B) se apenas a afirmativa II estiver correta.
C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
Comentário:

Item I: Errado.

Item II e III: Corretos.

Administração Pública
Administração Direta
Formada por Entidades Políticas - União / Estados / Distrito Federal / Municípios;

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Composta por Órgãos públicos que não possuem personalidade jurídica.


Ex: Ministérios, Secretarias, gabinetes, Policia Civil, Militar, Federal, Rodoviária Federal.
Qualquer entidade política pode descentralizar, criando entidades administrativas da administração
indireta ou firmando contratos com entidades particulares.
Possuem autonomia política, tendo capacidade de legislar, ou seja, produzir lei em sentido formal, tanto
em lato (amplo), quanto em strictu senso.
Administração Indireta
As entidades da administração indireta são formadas por:
Autarquias: Personalidade Jurídica de direito público.
Fundações: Personalidade Jurídica de direito público ou Privado.
Sociedade de Economia Mista: Personalidade Jurídica de direito Privado.
Empresa Pública: Personalidade Jurídica de direito Privado.
Formada por Entidades Administrativas dotadas de personalidade jurídica própria.
Universidades Públicas normalmente são autarquias ou fundações;
Agência reguladora é uma espécie de autarquia em regime especial.
Não possuem autonomia política, porém podem produzir normas jurídicas em sentido amplo.

Gabarito: Letra E.

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Direito Constitucional

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(IBFC/TRE-PA/2020)
11) Os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil encontram-se enumerados de forma
expressa nos artigos do 1º ao 4º da Constituição Federal de 1988. Acerca deste tema, assinale a alternativa
correta.
A) São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana,
os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político e o desenvolvimento nacional.
B) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação consiste em um dos princípios que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais.
C) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades socais e regionais é um dos objetivos
fundamentais do Brasil, ao lado da igualdade entre os estados.
D) São princípios em que o Brasil rege-se nas suas relações internacionais a não-intervenção, a cooperação entre
os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político.
Comentário:

Letra A: Errada.
São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político e o desenvolvimento nacional.

CF/88. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.

Letra B: Errada.
CF/88. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.

Letra C: Errada.
CF/88. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

Letra D: Correta.

Princípios Fundamentais (Gênero)


Fundamentos (Espécie) Objetivos (Espécie) Princípios Internacionais (Espécie)
SOberania; CONstruir; INdependência nacional;
Cidadania; GArantir; Prevalência dos direitos humanos;
DIgnidade da pessoa humana; ERRAdicar; Autodeterminação dos povos;
VAlores sociais do trabalho e da PROmover. Não-intervenção;
livre iniciativa; Igualdade entre os Estados;
PLUralismo político. COcessão de asilo político;
SOlução pacífica dos conflitos;
DEfesa da paz ;
COoperação entre os povos para o
progresso da humanidade;
REpúdio ao terrorismo e ao racismo.
SO CI DI VA PLU CON GA ERRA PRO IN PANICO SO DECORE

Gabarito: Letra D.

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(IBADE/Prefeitura de Vila Velha - ES/2020)


12) O Estado Democrático tem como direitos e garantias fundamentais, dentre outros, a cidadania e a
dignidade da pessoa humana, não deixando nunca de zelar o servidor público principalmente do que está
no parágrafo único da CF de 1988, no seu artigo primeiro:
A) o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
B) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina;
C) todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição.
D) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
E) a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;
Comentário:

CF/88. Art. 1. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
(Indireta) ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Gabarito: Letra C.
(VUNESP/Câmara de Olímpia - SP/2018)
13) Conforme a Constituição Federal, no que diz respeito aos direitos individuais e coletivos, é correto
afirmar a respeito das associações que
A) é plena a liberdade de associação para fins lícitos, dependendo a sua criação apenas de autorização do poder
público.
B) as associações só poderão ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigido, nesse caso, o trânsito
em julgado.
C) as entidades associativas, independentemente de autorização, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente.
D) a criação de cooperativas, na forma da lei, independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em
seu funcionamento.
E) ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, exceto se for estabelecida a
contribuição obrigatória a ser descontada do trabalhador.
Comentário:

Letra A: Errada.

CF/88. Art. 5. XVIII. A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

Letra B: Errada.

CF/88. Art. 5. XIX. As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

Letra C: Errada.

CF/88. Art. 5. XXI. As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Letra D: Correta.

CF/88. Art. 5. XVIII. A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

Letra E: Errada.

CF/88. Art. 5. XX. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

Gabarito: Letra D.

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(VUNESP/Prefeitura de Campinas - SP/2019)


14) Com relação aos direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal, assinale
a alternativa correta.
A) É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
profissional.
B) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, vedando-
se ao proprietário a indenização ulterior.
C) É inviolável o sigilo da correspondência, salvo por ordem da autoridade policial.
D) A criação de associações e de cooperativas dependerá de autorização do Poder Público.
E) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento de obrigações tributárias.
Comentário:

Letra A: Correta.

CF/88. Art. 5º. XIV. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;

Letra B: Errada.

CF/88. Art. 5. XXV. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Letra C: Errada.

CF/88. Art. 5. XII. É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Norma de eficácia Contida);

Letra D: Errada.

CF/88. Art. 5. XVIII. A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

Letra E: Errada.

CF/88. Art. 5. LXVII. Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

Gabarito: Letra A.
(FCC/TRT - 2ª REGIÃO (SP)/2018)
15) Com base na Constituição Federal e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, NÃO há, no
Brasil, hipótese de
A) pena de morte, nem de prisão perpétua.
B) retroatividade da lei penal, nem de pena de banimento.
C) crimes inafiançáveis, nem de penas cruéis.
D) tortura legalmente permitida, nem de pena de trabalhos forçados.
E) crimes imprescritíveis, nem de pena de perda de bens sem indenização.
Comentário:

Letra A: Errada.

CF/88. Art. 5. XLVII. Não haverá penas:

a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) De caráter perpétuo;

Letra B: Errada.

CF/88. Art.5. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

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CF/88. Art. 5. XLVII. Não haverá penas:

d) De banimento;

Letra C: Errada.

CF/88. Art. 5. XLVII. Não haverá penas:

e) Cruéis;

Crimes
Inafiançável e Imprescritível Inafiançável e Insuscetível de Graça ou Anistia
Racismo e Ação de grupos
Tortura, Tráfico de Drogas, Terrorismo;
armados, civis ou militares, contra a ordem
Hediondo.
constitucional e o Estado Democrático.
Ração é inafiançável e imprescritível 3TH é inafiançável e insuscetível

Letra D: Correta.

Penas
Aceitas Vedadas
CF/88. Art. 5. XLVI. A lei regulará a individualização CF/88. Art. 5. XLVII. Não haverá penas:
da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) De morte, salvo em caso de guerra declarada,
a) Privação ou restrição da liberdade; nos termos do art. 84, XIX;
b) Perda de bens; b) De caráter perpétuo;
c) Multa; c) De trabalhos forçados;
d) Prestação social alternativa; d) De banimento;
e) Suspensão ou interdição de direitos; e) Cruéis;

Letra E: Errada.

Crimes
Inafiançável e Imprescritível Inafiançável e Insuscetível de Graça ou Anistia
Racismo e Ação de grupos
Tortura, Tráfico de Drogas, Terrorismo;
armados, civis ou militares, contra a ordem
Hediondo.
constitucional e o Estado Democrático.
Ração é inafiançável e imprescritível 3TH é inafiançável e insuscetível

CF/88. Art. 5. XLVI. A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

b) Perda de bens;

Gabarito: Letra D.
(FCC/DPE-AM/2018)
16) De acordo com as normas constitucionais que dispõem sobre a liberdade do indivíduo, é juridicamente
admissível
A) a prisão de indivíduo, sem ordem judicial, em razão de flagrante delito.
B) a concessão de mandado de segurança contra ato ilegal ou praticado com abuso de poder, que caracterize
violência ou coação contra a liberdade de locomoção do indivíduo, ainda que contra o ato seja cabível a
impetração de habeas corpus.
C) o ato da autoridade judicial que informa ao preso que serão considerados verdadeiros os fatos pelos quais é
acusado, caso se negue a responder às perguntas do juiz.
D) a sentença penal que condene o réu à pena alternativa de trabalhos forçados em lugar da pena de prisão.
E) a sentença penal que aplica lei, editada posteriormente ao cometimento do crime, que aumenta a pena prevista
na lei vigente à data do crime.
Comentário:

Letra A: Correta.

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CF/88. Art.5. LXI. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei;

Possibilidade de Prisão
* Nos casos de Flagrante delito;
* Por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente.
* Nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, sem necessidade de
ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária.

Letra B: Errada.

CF/88. LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Letra C: Errada.

CF/88. Art.5. LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;

Letra D: Errada.

CF/88. XLVII. Não haverá penas:

a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) De caráter perpétuo;

c) De trabalhos forçados;

d) De banimento;

e) Cruéis;

Letra E: Errada.

CF/88. Art.5. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

Gabarito: Letra A.
(FCC/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
17) A Constituição Federal, ao disciplinar direitos e garantias fundamentais, assegura gratuidade às ações
de
A) habeas data e mandado de injunção.
B) habeas corpus, habeas data, mandado de injunção, mandado de segurança, e, na forma da lei, aos atos
necessários ao exercício da cidadania.
C) mandado de injunção e mandado de segurança.
D) habeas data, mandado de segurança, e, na forma da lei, aos atos necessários ao exercício da cidadania.
E) habeas corpus, habeas data e, na forma da lei, aos atos necessários ao exercício da cidadania.
Comentário:

Remédios Constitucionais
Habeas Corpus Gratuito.
Habeas Data Gratuito.
Mandado de Segurança Não é Gratuito.
Mandado de Injunção Não é Gratuito.
Ação Popular Gratuito, salvo comprovada má-fé.

Direitos e Garantias Constitucionais Gratuitas


Habeas Corpus
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Habeas Data
Ação Popular, salvo comprovada má-fé.
Registro Civil de nascimento e certidão de óbito aos reconhecidamente pobres.
Atos necessários ao exercício da cidadania.
Assistência Jurídica aos que comprovarem insuficiência de recursos.

CF/88. Art 5° LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.

Gabarito: Letra E.
(FCC/Câmara Legislativa do Distrito Federal/2018)
18) Acerca da nacionalidade a Constituição Federal dispõe que
A) aos portugueses com residência permanente no país; se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição Federal.
B) não é possível a concessão de nacionalidade brasileira a estrangeiro residente no Brasil, condenado civilmente.
C) somente por lei complementar será possível estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados.
D) é privativo de brasileiro nato o cargo de Governador do Distrito Federal.
E) será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, em qualquer hipótese.
Comentário:

Letra A: Correta.

CF/88. Art. 12. § 1º. Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.

Letra B: Errada.

CF/88. Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de


quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
(Forma Extraordinária)

Letra C: Errada.

CF/88. Art. 12º. § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.

Letra D: Errada.

CF/88. Art. 12. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: (ROL TAXATIVO)
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Letra E: Errada.

CF/88. Art. 12. § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse
nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

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a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,


como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;

Gabarito: Letra A.
(MPE-GO/ MPE-GO/2019)
19) São funções institucionais do Ministério Público, EXCETO:
A) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.
B) Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia.
C) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações ribeirinhas.
D) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de
suas manifestações processuais.
E) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada
a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
Comentário:

CF/88. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: (Rol Exemplificativo)

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

Atenção!
O MP possui legitimidade para promover atos investigatórios para fundamentar a denúncia da ação
penal pública.

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

Atenção!
A ação civil pública não é exclusiva do MP. A Defensoria Pública também pode propor ação civil
pública, além de outros legitimados.

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos


Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e


documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial (Função de Custos Societatis), na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior; (Eficácia Limitada).

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos


jurídicos de suas manifestações processuais;

Atenção!
O MP pode requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, no entanto, não
pode realizar e presidir o inquérito policial, sendo estas funções exclusivas da polícia judiciária.

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe
vedadas a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

Gabarito: Letra C.

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(MPE-GO/ MPE-GO/2019)
20) Ainda sobre o Ministério Público, é CORRETO afirmar que:
A) O Ministério Público da União compreende o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho e o
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
B) O Ministério Público Militar integra a Justiça Militar, sendo que seus membros são nomeados pelo Presidente
da República depois de aprovadas as indicações pelo Senado Federal.
C) Leis ordinárias da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público.
D) É garantido ao membro do Ministério Público a vitaliciedade, após três anos de exercício, não podendo perder
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.
E) É vedado ao membro do Ministério Público exercer a advocacia.
Comentário:

Letra A/B: Erradas.

CF/88. Art. 128. O Ministério Público abrange: (Rol Taxativo)

I - o Ministério Público da União, que compreende:

a) o Ministério Público Federal;

b) o Ministério Público do Trabalho;

c) o Ministério Público Militar;

d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

II - os Ministérios Públicos dos Estados.

Letra C: Errada.

CF/88. Art.128. § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público,
observadas, relativamente a seus membros:

Letra D: Errada.

CF/88. Art.128. § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público,
observadas, relativamente a seus membros:

Atenção!
Iniciativa de lei concorrente entre PGR e P.R, no âmbito da União, e PGJ e Governadores no âmbito
estadual.

I - as seguintes garantias:

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente
do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150,
II, 153, III, 153, § 2º, I;

Letra E: Correta.

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CF/88. Art.128. § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público,
observadas, relativamente a seus membros:

Atenção!
Iniciativa de lei concorrente entre PGR e P.R, no âmbito da União, e PGJ e Governadores no âmbito
estadual.

II - as seguintes vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia; (Não podem exercer em hipótese alguma estando no cargo)

Atenção!
O membro do MP que se afastar deve respeitar a quarentena de saída (não pode atuar junto ao tribunal
que oficiava durante 03 anos após a saída), mas poderá atuar em qualquer outro tribunal;
Os membros do MP que optaram pelo regime anterior do MP antes da CF/88, podem exercer a
advocacia.
A CF veda aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, expressamente, o exercício da
advocacia fora das atribuições institucionais, no entanto, não veda a Advocacia Pública.

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

Gabarito: Letra E.

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Direito Civil

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(CESPE/MPE-PI/2019)
21) O Código Civil dispõe que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil” e que “a
personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida”. Considerando-se os conceitos de
capacidade e personalidade, é correto afirmar que
A) a pessoa passa, a partir do nascimento com vida, a ser sujeito de direitos e de deveres, e a ocorrência desse
requisito determina consequências de alta relevância, incluindo aspectos sucessórios.
B) não é certo considerar a pessoa relativamente incapaz no momento da limitação quando a causa de
impossibilidade de expressão da vontade for transitória.
C) a forma prevista na legislação civil de declarar o fim da existência da pessoa natural é somente pela morte, que
será sempre natural ou física.
D) o prenome e o sobrenome servem para individualizar as pessoas naturais e, por isso, à luz do princípio da sua
imutabilidade, somente podem ser alterados se expuserem a pessoa ao ridículo.
E) a atual legislação civil aproxima as características dos direitos de personalidade e dos direitos patrimoniais ao
afirmar que ambos têm conteúdo econômico imediato e podem ser destacados do seu titular.
Comentário:

Letra A: Correta.

CC/02. Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde
a concepção, os direitos do nascituro.

Letra B: Errada.

CC/02. Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

IV - os pródigos.

Letra C: Errada.

CC/02. Art. 6º. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes,
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

CC/02. Art. 7º. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de
esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

Letra D: Errada.

Alteração do Prenome
Regra Exceções
É possível a modificação no caso de:
* Prenome que expõe ao ridículo ou vexame ou que
cause constrangimento.
Não pode ser alterado.
* Erro de grafia;

* Inclusão de apelido público notório.

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

* Cirurgia de adequação de sexo;

* Pronúncia do nome.

* Inserção de nome do cônjuge ou companheiro em


virtude do casamento.

* Reconhecimento de filho ou adoção;

* Proteção de testemunha Lei 9807/99;

* Homonímia.

* Dificuldade de pronunciação e compreensão de


nome do estrangeiro.

* Proteção da vítima ou testemunha;

Letra E: Errada.

CC/02. Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Gabarito: Letra A.
(CESPE/CGE-CE/2019)
22) Constitui característica ou atributo do direito da personalidade
A) o mínimo existencial.
B) a proporcionalidade.
C) a livre expressão.
D) a alteridade.
E) o caráter extrapatrimonial.
Comentário:

Direitos da Personalidade - Características


* Absolutos;
* Gerais;
* Extrapatrimoniais;
* Imprescritíveis;
* Impenhoráveis;
* Vitalícios.

Gabarito: Letra E.
(VUNESP/Câmara de Monte Alto - SP/2019)
23) A respeito da personalidade e da capacidade das pessoas naturais, assinale a alternativa correta.
A) Até completarem 16 (dezesseis) anos de idade, as pessoas são dotadas de personalidade e capacidade civil
de direito, mas são absolutamente incapazes de praticar pessoalmente os atos da vida civil, devendo ser
representadas por seus pais ou tutores.
B) As pessoas menores de 16 (dezesseis) anos e as portadoras de deficiência mental, intelectual ou sensorial são
absolutamente incapazes de exercer os atos da vida civil.
C) As pessoas maiores de 16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito) anos e as portadoras de deficiência
mental, intelectual ou sensorial são relativamente incapazes de exercer os atos da vida civil.
D) As pessoas menores de 16 (dezesseis) anos e as com deficiência mental, intelectual ou sensorial, por serem
absolutamente incapazes para exercer pessoalmente os atos da vida civil, serão representadas pelos pais, tutores
ou curadores.
E) As pessoas com deficiência mental, intelectual ou sensorial, por serem absolutamente incapazes, não podem
se casar nem constituir união estável.
Comentário:

Letra A: Correta.

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22/50
PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

CC/02. Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos.

Letra B/E: Erradas.

Lei 13.146/15. Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:

I - casar-se e constituir união estável;

II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;

III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre
reprodução e planejamento familiar;

IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;

V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e

VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas.

Letra C: Errada.

CC/02. Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

Gabarito: Letra A.
(VUNESP/IPREMM-SP/2019)
24) Cessará, para os menores, a incapacidade
A) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público ou particular com
firma reconhecida, independentemente de homologação judicial, se o menor tiver dezesseis anos completos.
B) pelo casamento ou pela união estável, voltando o menor para a condição de incapaz no caso de separação
judicial, divórcio ou dissolução da união estável, salvo se da relação resultou filhos.
C) pelo exercício de emprego público efetivo, cargo comissionado ou função de confiança na Administração
Pública, direta, indireta ou fundacional, bem como nas entidades do terceiro setor.
D) pela colação de grau em curso de ensino superior, ensino técnico de nível médio ou qualquer outra formação
que assegure ao menor condições de empregabilidade.
E) pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Comentário:

Letra A: Errada.

CC/02. Art. 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de
todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;

Letra B; Errada.

Caso tenha sido emancipado de forma válida devido ao casamento, o menor não volta a ser incapaz.

CC/02. Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

II - pelo casamento;

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23/50
PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

CC/02. Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o
casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.

§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos
aproveitarão.

§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos
aproveitarão.

Letra C: Errada.

CC/02. Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

Letra D: Errada.

CC/02. Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

Letra E: Correta.

CC/02. Art. 5º. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Gabarito: Letra E.
(FCC/TJ-MA/2019)
25) Em relação aos direitos da personalidade, é correto afirmar:
A) Ninguém pode ser constrangido a submeter-se a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica, salvo se
encontrar-se com risco de vida.
B) É válida, com objetivo científico, apenas, a disposição gratuita do próprio corpo, desde que no todo, para depois
da morte.
C) Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
D) Como regra, os direitos da personalidade são irrenunciáveis mas transmissíveis, podendo o seu exercício
sofrer limitação voluntária.
E) Quando se tratar de morto, lesões a direito da personalidade podem ser reclamadas, pleiteando-se perdas e
danos, pelo cônjuge sobrevivente ou por qualquer parente até o segundo grau.
Comentário:

Letra A: Errada.

CC/02. Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.

Letra B: Errada.

CC/02. Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou
em parte, para depois da morte.

Letra C: Errada.

CC/02. Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso (vedado) o ato de disposição do próprio corpo, quando
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Letra D: Correta.

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24/50
PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

CC/02. Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Letra E: Errada.

CC/02. Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade¹, e reclamar perdas e
danos², sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.³

Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

Partes
Parte 1: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a
Tutela dos direitos da personalidade.
lesão, a direito da personalidade...
Reparação pecuniária e específica por infringir
Parte 2: Pode-se reclamar perdas e danos...
direitos da personalidade.
Parte 3: Pode-se exigir outras sanções previstas Aplicação de outras penas por violar direitos da
em lei. personalidade.

Gabarito: Letra C.
(FGV/DPE-RJ/2021)
26) A respeito dos direitos da personalidade, é correto afirmar que:
A) o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, ainda que permanente e geral;
B) as partes destacadas e recuperáveis do corpo humano – como fio de cabelo, saliva, sêmen – merecem a
mesma proteção recebida pelas partes não recuperáveis do corpo;
C) a disposição do próprio corpo, ainda que gratuita, com objetivos exclusivamente científicos, é autorizada;
D) a substituição de um dos patronímicos por ocasião do matrimônio não poderá ser revertida ainda na constância
do matrimônio, sob alegação de que o sobrenome adotado assumiu posição de protagonismo em detrimento do
sobrenome familiar;
E) o uso não autorizado da imagem de torcedor inserido no contexto de uma torcida pode induzir a reparação de
danos morais, ainda que não configurada a projeção e a individualização da pessoa nela representada.
Comentário:

Letra A: Errada.

STJ/Tese 1, Ed. 117


O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja
permanente nem geral.

Letra B: Correta.

STJ/REsp. 575.576
O direito à integridade física concerne à proteção jurídica do corpo humano, isto é, à sua incolumidade
corporal. incluída a tutela do corpo vivo e do corpo morto, além dos tecidos, órgãos e partes suscetíveis de
separação e individualização. O STJ reconhece a proteção à integridade física independentemente de o
dano ter deixado sequelas graves.

Letra C: Errada.

CC/02. Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou
em parte, para depois da morte.

Letra D: Errada.

STJ/REsp 1.873.918-SP
É admissível a retomada do nome de solteiro ainda durante a constância do vínculo conjugal.

Letra E: Errada.

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25/50
PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

STJ/REsp 1.772.593-RS
O uso da imagem de torcedor inserido no contexto de uma torcida não induz reparação por danos morais
quando não configurada a projeção, identificação e individualização da pessoa.

Gabarito: Letra B.
(CESPE/DPE-PE/2018)
27) A respeito da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a opção correta.
A) O Código de Defesa do Consumidor (CDC) exige a comprovação de confusão patrimonial ou desvio de
finalidade para a desconsideração da personalidade jurídica, não sendo suficiente que a pessoa jurídica seja
obstáculo ao ressarcimento dos consumidores.
B) O Código Civil de 2002 adotou a teoria menor: basta o mero prejuízo à parte para que a desconsideração da
personalidade jurídica seja deferida.
C) A desconsideração inversa da pessoa jurídica não é admitida no ordenamento jurídico brasileiro.
D) Para aplicar a desconsideração da personalidade jurídica, faz-se necessária a prévia decretação de falência ou
insolvência da pessoa jurídica.
E) Segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não se pode presumir o abuso da personalidade
jurídica diante da mera insolvência ou o encerramento de modo irregular das atividades da pessoa jurídica para
justificar a sua desconsideração.
Comentário:

Letra A/B: Erradas.

Teorias
Teoria Maior da Desconsideração Teoria Menor da Desconsideração
Estabelece mais requisitos para a desconsideração Estabelece menos requisitos para a
da personalidade jurídica. desconsideração da personalidade jurídica.
Tratada em uma lei mais abrangente com mais Tratada em uma lei mais específica com menos
artigos. artigos.
A incidência da desconsideração de justifica pelo (a): A incidência da desconsideração se justifica pelo (a):

- Abuso de personalidade, caracterizado pelo - Comprovação da insolvência da pessoa jurídica


desvio de finalidade ou pela confusão para o pagamento de suas obrigações, somada à
patrimonial. má administração da empresa (art. 28, caput, do
CDC); ou
- Comprovação de benefício devido ao abuso dos
administradores ou sócios da pessoa jurídica, direta - Mero fato de a personalidade jurídica representar
ou indiretamente. um obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados aos consumidores, nos termos do § 5º do
art. 28 do CDC.
CDC (Art. 28. § 5º) e Direito Ambiental (Art. 4°. Lei
CC/02 (Art. 50.) Adota.
9.605/98) adotam

Letra C: Errada.

IV Jornada de Direito Civil - Enunciado 283


É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada "inversa" para alcançar bens de sócio
que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.

Letra D: Errada.

CDC/90. Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do
consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos
estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

Letra E: Correta.

IV Jornada de Direito Civil - Enunciado 282


O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só, não basta para caracterizar abuso

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

da personalidade jurídica.

Gabarito: Letra E.
(CESPE/PC-MA/2018)
28) O início da personalidade civil das pessoas físicas e das pessoas jurídicas de direito privado ocorre,
respectivamente, com
A) o nascimento com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, quando necessária.
B) o registro civil do nascido com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária.
C) a concepção do nascituro e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária.
D) o registro civil do nascido com vida e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo.
E) a concepção do nascituro e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida de autorização
ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária.
Comentário:

Personalidade Civil
Pessoa Física – Art. 2º Pessoa Jurídica – Art. 45
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de
direito privado com a inscrição do ato
Começa do nascimento com vida; mas a lei põe a constitutivo no respectivo registro, precedida,
salvo, desde a concepção, os direitos do quando necessário, de autorização ou aprovação
nascituro. do Poder Executivo, averbando-se no registro
todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.

Gabarito: Letra A.
(FCC/DPE-AM/2018)
29) Quanto ao dano moral, considere:
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento danoso.

III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.

IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de
exclusão.
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS em
A) II e III.
B) I e III.
C) I e IV.
D) II e IV.
E) I e II.
Comentário:

Item I: Correto.

STJ/Súmula 227
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

Item II: Errado.

STJ/Súmula 362
A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.

Correção Monetária
Danos Materiais Danos Morais
STJ/Súmula 43: Incide correção monetária sobre STJ/Súmula 362: A correção monetária do valor
dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo da indenização do dano moral incide desde a data

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prejuízo. do arbitramento.

Item III: Errado.

STJ/Súmula 370
Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.

Item IV: Correto.

STJ/Súmula 402
O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de
exclusão.

Gabarito: Letra C.
(FGV/Câmara de Salvador - BA/2018)
30) Por meio de escritura pública, Juscelino institui Fundação Pró-Meio Ambiente (FPMA), que tem por
objeto a pesquisa de tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Destinou, para a pessoa jurídica,
determinado número de bens, os quais, no entanto, verificou-se que são insuficientes para a constituição
da FPMA.
Tendo em vista que nada se dispôs no estatuto acerca dessa hipótese, sobre o destino dos bens da
Fundação, é correto afirmar que:
A) serão destinados a outra fundação de livre escolha a ser efetuada por Juscelino;
B) incorporarão o patrimônio do Município em que foi constituída;
C) serão destinados a fundo próprio do Ministério Público Estadual;
D) retornarão ao patrimônio de Juscelino, pois é condição resolutiva tácita de sua constituição a existência de
bens suficientes para suas atividades;
E) serão incorporados ao patrimônio de fundação que possua finalidade semelhante.
Comentário:

CC/02. Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro
modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

CC/02. Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de
sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção,
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em
outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.

Gabarito: Letra E.

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Direito Penal

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(UEG/PC-GO/2018)
31) Sobre o crime de peculato, previsto no Código Penal, verifica-se que,
A) na modalidade apropriação, pode se dar em favor de terceira pessoa.
B) como regra, admite a aplicação do princípio da insignificância, segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça.
C) na modalidade desvio, não admite coautoria.
D) na modalidade culposa, a reparação do dano antes de sentença irrecorrível reduz à metade a pena imposta.
E) na modalidade furto, é prescindível que o agente se valha da facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
Comentário:

Letra A: Correta.

Peculato

CP/40. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, (Peculato-Apropriação) ou desviá-lo, em proveito próprio
ou alheio (Peculato-Desvio):

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Letra B: Errada.

STJ/Súmula 599
O princípio da insignificância é inaplicável nos crimes contra a Administração Pública.

Letra C: Errada.

Letra D: Errada.

Peculato

CP/40. Art. 312 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível,
extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. (Apenas nos casos de Peculato
Culposo).

Letra E: Errada.

Gabarito: Letra A.
(NUCEPE/PC-PI/2018)
32) Dentre os crimes praticados contra a Administração Pública, importa em peculato:
A) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida.
B) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
C) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
D) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
E) Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.
Comentário:

Letra A: Errada.

Concussão

CP/40. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Lei 13.964/2019)

Letra B: Errada.

Corrupção passiva

CP/40. Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Letra C: Errada.

Prevaricação

CP/40. Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Letra D: Correta.

Peculato

CP/40. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, (Peculato-Apropriação) ou desviá-lo, em proveito próprio
ou alheio (Peculato-Desvio):

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Letra E: Errada.

Condescendência criminosa

CP/40. Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência (Sentimento de pena), de responsabilizar subordinado
que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Gabarito: Letra D.
(FCC/ALESE/2018)
33) Sobre o crime de falso testemunho ou falsa perícia, o Código Penal, em seu artigo 342, prevê que
A) é fato atípico fazer afirmação falsa em juízo arbitral.
B) é fato atípico fazer afirmação falsa em inquérito penal.
C) as penas são aumentadas de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido
com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte
entidade da Administração pública direta ou indireta.
D) o fato deixa de ser típico se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou
declara a verdade.
E) é fato atípico fazer afirmação falsa em processo administrativo.
Comentário:

Letra A: Errada.

É fato típico.

Falso testemunho ou falsa perícia

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

CP/40. Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Letra B: Errada.

É fato típico.

Falso testemunho ou falsa perícia

CP/40. Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Letra C: Correta.

CP/40. Art. 342. § 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno
ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo
civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.

Letra D: Errada.

O fato é típico.

CP/40. Art. 342. § 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o
agente se retrata ou declara a verdade.

Letra E: Errada.

O fato é típico.

Falso testemunho ou falsa perícia

CP/40. Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Gabarito: Letra C.
(FCC/TRE-PR/2017)
34) Luiz, condenado há vários anos de prisão pela prática de diversos crimes assume, perante a
autoridade, a autoria de crime que não cometeu, com o intuito de livrar outra pessoa da condenação.
Assim agindo, Luiz
A) praticou o crime de comunicação falsa de crime.
B) não praticou qualquer tipo penal.
C) praticou o crime de fraude processual.
D) praticou o crime de denunciação caluniosa.
E) praticou o crime de auto-acusação falsa.
Comentário:

Auto-acusação falsa

CP/40. Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.

Gabarito: Letra E.

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(FAURGS/TJ-RS/2011)
35) Assinale a assertiva correta quanto à prevaricação.
A) O funcionário que deixar de praticar ato de ofício, ainda que antes de assumir a função pública, para satisfazer
interesse pessoal, comete o delito de prevaricação.
B) A prevaricação culposa, em face da pena abstratamente cominada no tipo penal, é considerada infração de
menor potencial ofensivo, nos termos da Lei 9.099/95.
C) O crime de prevaricação apenas se consuma com a prática de condutas omissivas, não existindo na
modalidade comissiva.
D) Em razão da pena abstratamente cominada, o delito de prevaricação é considerado de menor potencial
ofensivo, nos termos da Lei 9.099/95.
E) Se a prevaricação for culposa, a pena será reduzida de 1/3 (um terço) até a metade.
Comentário:

Letra A: Errada.

Por ser considerado um crime próprio o sujeito ativo deve ser funcionário público.

Letra B: Errada.

Nos crimes contra a administração pública a única modalidade culposa existente é a de peculato, não existindo
prevaricação culposa.

Letra C: Errada.

CP/40. Art. 319 – Retardar (Conduta omissiva) ou deixar de praticar (Conduta omissiva), indevidamente, ato
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei (Conduta Comissiva), para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Letra D: Correta.

Lei 9.099/95. Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou
não com multa.

Letra E: Errada.

Nos crimes contra a administração pública a única modalidade culposa existente é a de peculato, não existindo
prevaricação culposa.

Prevaricação Própria
Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.
- Crime próprio;
- É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário
público do agente.
- Sujeito Passivo: Administração Pública.
- Tipo Subjetivo: Dolo, existindo finalidade específica, que é satisfazer interesse ou sentimento
pessoal. É possível a tentativa.
CP/40. Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.


Consumação: Será consumado no momento que o agente pratica a conduta.
- Não se confunde com a corrupção passiva privilegiada nem com a condescendência criminosa.
Prevaricação x Corrupção Passiva Privilegiada x Condescendência Criminosa
Prevaricação Deixa de praticar ato para satisfazer o interesse próprio.
Corrupção Passiva Privilegiada Deixa de praticar ato ou pratica ato indevido a pedido de terceiros.
Condescendência criminosa O Agente deixa de praticar ato por indulgência (sentimento de pena).

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Prevaricação Imprópria
Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.
- Crime Omissivo próprio;
- Sujeito Passivo: Administração Pública.
- Tipo Subjetivo: Dolo, sem finalidade específica. Não é possível a tentativa.
CP/40. Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar
ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros
presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.


Consumação: O delito será consumado com a mera omissão do responsável que possuía o dever de
vedar ao preso o acesso ao aparelho telefônico, mesmo que o preso não receba o aparelho.
Se o sujeito ativo tiver como finalidade específica satisfazer interesse ou sentimento pessoal, responde por
prevaricação própria.
Além do aparelho telefônico, o chip de celular ou carregador pode ser objeto material do crime de
Prevaricação Imprópria.
O Preso que recebe o aparelho não atua como partícipe ou coautor, respondendo apenas por falta grave.
Já o particular que implanta o aparelho telefônico comete crime tipificada no Art. 349-A do CP.

Gabarito: Letra D.
(FAPESE/SJC-SC/2016)
36) Assinale a alternativa correta acerca do crime de fuga de pessoa presa ou submetida a medida de
segurança.
A) Por ser crime próprio, somente poderá ser praticado por agente público no exercício da função.
B) Quando houver emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena do crime de abuso de
autoridade.
C) Se praticado por agente público no exercício da função, poderá o juiz aplicar o perdão judicial.
D) O crime será apenado com detenção ou multa, em caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou
guarda.
E) O crime estará caracterizado quando o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva tentar
evadir-se do local de custódia.
Comentário:

Letra A: Errada.

Trata-se de um crime comum. O Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa que Promover ou facilitar a fuga de
pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva.

Letra B: Errada.

CP/40. Art. 351. § 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à
violência.

Letra C: Errada.

CP/40. Art. 351. § 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja
custódia ou guarda está o preso ou o internado.

Letra D: Correta.

CP/40. Art. 351. § 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de
detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Letra E: Errada.

O indivíduo que tentar evadir-se do local de custódia, sem violência, não caracterizará fato típico no âmbito penal,
no entanto será considerada falta grave na Lei de Execução Penal.

LEP. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:

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II – fugir;

Caso o sujeito ativo tentasse evadir usando violência iria caracterizar o crime de Evasão mediante violência contra
a pessoa.

Dos Crimes Contra a Administração da Justiça


Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
CP/40. Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de
segurança detentiva:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a
pena é de reclusão, de dois a seis anos.

§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.

§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou
guarda está o preso ou o internado.

§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção,


de três meses a um ano, ou multa.

Evasão mediante violência contra a pessoa


CP/40. Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de
segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência.

Gabarito: Letra D.
(VUNESP/TJ-SP/2017)
37) Certos crimes têm suas penas estabelecidas em patamares superiores quando presentes
circunstâncias que aumentam o desvalor da conduta. São os denominados “tipos qualificados”.
Assinale a alternativa que indica o crime que tem como qualificadoras “resultar prejuízo público” e
“ocorrer em lugar compreendido na faixa de fronteira”.
A) Corrupção passiva.
B) Exercício arbitrário das próprias razões.
C) Abuso de poder.
D) Violência arbitrária.
E) Abandono de função.
Comentário:

Abandono de função
Bem Jurídico Protegido: Atividades da Administração Pública.
- Crime próprio;
- É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário
público do agente.
- Sujeito Passivo: Administração Pública.
- Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico. Não é possível tentativa.
CP/40. Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

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Pena - detenção, de um a três anos, e multa.


Consumação: Será consumado no momento que o agente pratica a conduta.

Gabarito: Letra E.
(INSTITUTO AOCP/SEJUS - CE/2017)
38) Em relação aos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral, assinale a
alternativa correta.
A) Se o funcionário público se apropria de bem particular de quem tem a posse em razão do cargo, comete furto e
não peculato, pois esse último só se configura em caso de subtração de bem público.
B) Ao contrário do furto, o peculato admite a figura culposa.
C) É pressuposto da prevaricação a obtenção de vantagem econômica.
D) Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, apenas quem exerce cargo, função ou emprego
público de forma efetiva e remunerada.
Comentário:

Letra A: Errada.

Peculato

CP/40. Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, (Peculato-Apropriação) ou desviá-lo, em proveito próprio
ou alheio (Peculato-Desvio):

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Letra B: Correta.

Peculato culposo

CP/40. Art. 312. § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a


punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. (Apenas nos casos de Peculato Culposo).

Letra C: Errada.

Prevaricação

CP/40. Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Letra D: Errada.

CP/40. Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou
sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

Gabarito: Letra B.
(UFES/UFES/2018)
39) O código penal prevê uma série de crimes contra a Administração Pública que podem ser praticados
por servidor público. A afirmativa que trata de um delito, mas NÃO descreve um crime contra a
Administração Pública, é:
A) O funcionário ofendido por seu chefe por não ter realizado a tarefa no prazo efetua disparo de arma de fogo
visando à morte do ofensor.
B) O funcionário autorizado a manusear e alimentar determinado sistema insere dados falsos em bancos de dados
da Administração Pública para causar dano.

@Quebrandoquestões

36/50
PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

C) O funcionário deixa, por indulgência, de levar ao conhecimento da autoridade competente infração cometida
por seu subordinado
D) O funcionário exige do administrado pagamento de tributo que sabe que não era devido.
E) O funcionário vale-se de sua qualidade de servidor público, a fim de patrocinar, direta ou indiretamente,
interesse privado perante a Administração Pública.
Comentário:

Letra A: Correta. Trata-se de um Homicídio qualificado, sendo um crime contra a vida.

Homicídio Qualificado - CP/40. Art. 121. §2°


É o homicídio em que resulta em uma pena mais grave devido à alta reprovação da conduta do sujeito
ativo, sendo de 12 a 30 anos.
Ocorre Homicídio Qualificado:
* Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
* Por motivo fútil;
* Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum;
* À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido;
* Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
* Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Feminicídio);
* Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição.

Letra B: Errada. Trata-se de um delito de Inserção de dados falsos em sistema de informações, sendo um Crime
contra a Administração Pública.

Inserção de dados falsos em sistema de informações


Bem Jurídico Protegido: Administração Pública ou Particular.
- Crime próprio;
- É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário
público do agente.
- Sujeito Passivo: Administração Pública e particular, eventualmente, lesado.
- Tipo Subjetivo: Dolo, com fim específico. É possível a tentativa (Doutrina).
CP/40. Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.


- O crime é monossubjetivo no caso de inserir os dados falsos, alterar ou excluir, pois depende de uma
única pessoa.

- O crime será plurissubjetivo, se a conduta for a de facilitar que outra pessoa altere os dados.
Consumação: Será consumado no momento que o inserir dados falsos, alterar ou excluir
indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados.

Letra C: Errada. Trata-se de um delito de Condescendência criminosa, sendo um Crime contra a Administração
Pública.

Condescendência criminosa
CP/40. Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência (Sentimento de pena), de responsabilizar
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o
fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.


Caso o funcionário deixe de responsabilizar o subordinado por negligência ou medo, sem nenhum

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sentimento de pena, a o crime passa a ser o de prevaricação ou corrupção passiva privilegiada.


Não é possível a tentativa, pois é um crime omissivo puro.

Letra D: Errada. Trata-se de um delito de Excesso de Exação, sendo um Crime contra a Administração Pública.

Excesso de exação
É considerada uma espécie de concussão, exigindo-se tributo ou contribuição social.
É possível crime por tentativa.
CP/40. Art. 316. § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

CP/40. Art. 316. § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente para recolher aos cofres públicos: (Qualificadora)

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Letra E: Errada. Trata-se de um delito de Advocacia Administrativa, sendo um Crime contra a Administração
Pública.

Advocacia administrativa
Bem Jurídico Protegido: Moral da Administração Pública.
- Crime próprio;
- É possível o concurso de pessoas com um particular, desde que este saiba da condição de funcionário
público do agente.
- Sujeito Passivo: Administração Pública.
- Tipo Subjetivo: Dolo, sem fim específico. É possível a tentativa.
CP/40. Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: (Qualificadora)

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.


Interesse é legítimo: Crime de forma simples;

Interesse é ilegítimo: Crime de forma qualificada.


Consumação: Será consumado no momento que o agente pratica a conduta.

Gabarito: Letra A.
(FCC/TJ-SC/2021)
40) Configura o crime de corrupção ativa:
A) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
B) Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.
C) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração pública, valendo-se da qualidade
de funcionário.
D) Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar
ato de ofício.
E) Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
Comentário:

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

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[...]

Facilitação de contrabando ou descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):

[...]

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da
qualidade de funcionário:

[...]

Tráfico de Influência

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto
de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função

[...]

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício:

Gabarito: Letra D.

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Direito Processual
Penal

@Quebrandoquestões

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(VUNESP/IPSMI/2016)
41) Uma vez relatado o inquérito policial,
A) o delegado pode determinar o arquivamento dos autos.
B) o Promotor de Justiça pode denunciar ou arquivar o feito.
C) o Promotor de Justiça pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar novas diligências.
D) o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para oferecer denúncia.
E) a vítima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar ação penal substitutiva da pública.
Comentário:

Letra A: Errada.

CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Letra B/D: Erradas.

CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Arquivamento do Inquérito Policial – Ação Penal Pública


Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019
CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer elementos
informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao
investigado e à autoridade policial e encaminhará
CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, os autos para a instância de revisão ministerial
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o para fins de homologação, na forma da lei.
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer
peças de informação, o juiz, no caso de considerar § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não
improcedentes as razões invocadas, fará remessa concordar com o arquivamento do inquérito policial,
do inquérito ou peças de informação ao procurador- poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da
geral, e este oferecerá a denúncia, designará comunicação, submeter a matéria à revisão da
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, instância competente do órgão ministerial,
ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
então estará o juiz obrigado a atender.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes
praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela chefia
do órgão a quem couber a sua representação
judicial.
Sintetizando Sintetizando
O Arquivamento será realizado pelo próprio
O MP faz o requerimento do arquivamento ao juiz,
membro do MP. A instância de revisão ministerial
que possui a função de homologar ou não.
fará a homologação, na forma da lei.
Processo de arquivamento realizado pelo MP e pelo O processo de arquivamento passa a ser realizado
judiciário. exclusivamente pelo MP.
OBS: A eficácia da nova redação do Art. 28, caput, do CPP está suspensa por liminar do STF na ADI
6.299.

Letra C: Correta.

CPP/41. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão
para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

Letra E: Errada.

CPP/41. Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em

@Quebrandoquestões

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todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.

Gabarito: Letra C.
(FGV/PGE-RO/2015)
42) Foi instaurado inquérito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado como autor do crime de
homicídio praticado em face de Jorge. Ao longo das investigações, a autoridade policial ouviu diversas
testemunhas, juntando os termos de oitiva nos autos do procedimento. Concluídas as investigações, os
autos foram encaminhados para a autoridade policial. Sobre o inquérito policial, é correto afirmar que:
A) não é permitido à autoridade policial, em regra, solicitar a realização de perícias e exame de corpo de delito,
dependendo para tanto de autorização da autoridade judicial;
B) como instrumento de obtenção de justa causa, é absolutamente indispensável à propositura da ação penal;
C) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos de prova que, já documentados
em procedimento investigatório, digam respeito ao exercício do direito de defesa;
D) constatado, após a instauração do inquérito e conclusão das investigações, que a conduta do indiciado foi
amparada pela legítima defesa, poderá a autoridade policial determinar diretamente o arquivamento do
procedimento;
E) uma vez determinado seu arquivamento pela autoridade competente, independente do fundamento, não poderá
ser desarquivado, ainda que surjam novas provas.
Comentário:

Letra A: Errada.

CPP/41, Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;

Letra B: Errada.

O IP não é obrigatório uma vez que o titular da ação penal pode ter todos os elementos para o oferecimento da
ação.

Letra C: Correta.

STF/Súmula Vinculante 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Letra D: Errada.

CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Letra E: Errada.

Arquivamento do Inquérito Policial – Ação Penal Pública


Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019
CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do
CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, inquérito policial ou de quaisquer elementos
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o informativos da mesma natureza, o órgão do
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer Ministério Público comunicará à vítima, ao
peças de informação, o juiz, no caso de considerar investigado e à autoridade policial e encaminhará
improcedentes as razões invocadas, fará remessa os autos para a instância de revisão ministerial
do inquérito ou peças de informação ao procurador- para fins de homologação, na forma da lei.
geral, e este oferecerá a denúncia, designará
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não
ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só concordar com o arquivamento do inquérito policial,
então estará o juiz obrigado a atender. poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da
comunicação, submeter a matéria à revisão da
instância competente do órgão ministerial,

@Quebrandoquestões

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conforme dispuser a respectiva lei orgânica.

§ 2º Nas ações penais relativas a crimes


praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela chefia
do órgão a quem couber a sua representação
judicial.
Sintetizando Sintetizando
O Arquivamento será realizado pelo próprio
O MP faz o requerimento do arquivamento ao juiz,
membro do MP. A instância de revisão ministerial
que possui a função de homologar ou não.
fará a homologação, na forma da lei.
Processo de arquivamento realizado pelo MP e pelo O processo de arquivamento passa a ser realizado
judiciário. exclusivamente pelo MP.
OBS: A eficácia da nova redação do Art. 28, caput, do CPP está suspensa por liminar do STF na ADI
6.299.

CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

STF/Súmula 524
Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode
a ação penal ser iniciada, sem novas provas.

Gabarito: Letra C.
(FCC/MPE-PB/2015)
43) O Delegado de Polícia de um determinado Distrito da cidade de Campina Grande, após receber a
notícia de um crime de roubo cometido na cidade, no qual a vítima Silvio teve o carro subtraído por um
meliante no centro da cidade no dia 1o de maio de 2015, determina a instauração de Inquérito Policial. No
curso das investigações, especificamente no dia 4 de maio de 2015, o veículo roubado é recuperado em
poder de Manoel, o qual é conduzido ao Distrito Policial. A vítima é chamada e reconhece Manoel como
sendo o autor do crime de roubo. A autoridade policial representa, então, ao juiz competente o qual, após
manifestação do Ministério Público, decreta a prisão preventiva de Manoel, que é efetivada no mesmo dia
4 de maio. Neste caso, o Inquérito Policial deveria estar encerrado e relatado pelo Delegado de Polícia no
prazo de
A) 15 dias após iniciado o Inquérito Policial.
B) 10 dias após iniciado o Inquérito Policial.
C) 5 dias após iniciado o Inquérito Policial.
D) 15 dias, contado o prazo a partir da efetivação da prisão de Manoel.
E) 10 dias, contado o prazo a partir da efetivação da prisão de Manoel.
Comentário:

Prorrogação do Inquérito Policial


Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019
CPP/41. Art. 10. O inquérito deverá terminar no CPP/41. Art. 3º-B. § 2º Se o investigado estiver
prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em preso, o juiz das garantias poderá, mediante
flagrante, ou estiver preso preventivamente, representação da autoridade policial e ouvido o
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de duração do inquérito por até 15 dias, após o que, se
30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou ainda assim a investigação não for concluída, a
sem ela. prisão será imediatamente relaxada.
Não havia prorrogação. Prorrogação de 15 dias, se estiver preso.
Indiciado Preso: 10 Dias Indiciado Preso: 10 + 15 dias.
OBS: A eficácia da nova redação do Art. 3º-B § 2º do CPP está suspensa por liminar do STF na ADI
6.299.

Finalização do Inquérito Policial - Prazos


O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no:
- Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante;

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

- Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela.


- CPP/41, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

FINALIZAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL - PRAZOS


PRESO EM
PRESO SOLTO
FLAGRANTE
REGRA - CPP 10 30
CRIMES DA J.F 15 + 15 30
CRIME - LEI DE
30 + 30 90 + 90
DROGAS
CRIME –
ECONOMIA 10 10
POPULAR
CRIME MILITAR 20 40 + 20

Gabarito: Letra E.
(VUNESP/PC-SP/2014)
44) No tocante ao tema “Inquérito policial”, é correto afirmar que
A) os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, não acompanharão os autos do
inquérito.
B) o inquérito acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
C) a autoridade policial tem o dever de determinar a realização das diligências requeridas pelo indiciado, bem
como pelo ofendido, em observância ao princípio do contraditório e da ampla defesa.
D) o Ministério Público pode requisitar a devolução do inquérito à autoridade policial para novas diligências,
mesmo havendo elementos suficientes ao oferecimento da denúncia, pelos critérios de conveniência e
oportunidade.
E) a autoridade policial pode mandar arquivar autos de inquérito, em casos de inexistência de prova da autoria ou
da materialidade.
Comentário:

Letra A: Errada.

CPP/41, Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão
os autos do inquérito.

Letra B: Correta.

CPP/41. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou
outra.

Letra C: Errada.

Não existe o direito ao contraditório e a ampla defesa no inquérito policial, uma vez que ocorre apenas a
investigação para descobrir se houve crime por meio do papel inquisitivo da autoridade policial, que é um papel
de natureza pré-processual; (Procedimento Inqusitorial)

Letra D: Errada.

CPP/41. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão
para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

Letra E: Errada.

CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Gabarito: Letra B.

@Quebrandoquestões

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

(VUNESP/MPE-SP/2015)
45) O arquivamento de Inquérito Policial ocorre
A) por ordem do chefe de Polícia, dado o seu caráter administrativo.
B) por ordem da autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia.
C) mediante requisição do Ministério Público, à autoridade policial, por falta de justa causa para a ação penal.
D) pela autoridade policial, a pedido do curador especial nomeado para o indiciado, noticiada a sua
inimputabilidade penal.
E) por ordem da autoridade policial, constatada a ausência de indícios de autoria delitiva.
Comentário:

Curador para Menor


- CPP/41, Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.
- É considerada menor de idade a pessoa menor de 18 anos.
- CC/02, Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.

CPP/41. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão
para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Arquivamento do Inquérito Policial – Ação Penal Pública


Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019
CPP/41. Art. 28. Ordenado o arquivamento do
inquérito policial ou de quaisquer elementos
informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao
investigado e à autoridade policial e encaminhará
CPP/41. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, os autos para a instância de revisão ministerial
ao invés de apresentar a denúncia, requerer o para fins de homologação, na forma da lei.
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer
peças de informação, o juiz, no caso de considerar § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não
improcedentes as razões invocadas, fará remessa concordar com o arquivamento do inquérito policial,
do inquérito ou peças de informação ao procurador- poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da
geral, e este oferecerá a denúncia, designará comunicação, submeter a matéria à revisão da
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, instância competente do órgão ministerial,
ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
então estará o juiz obrigado a atender.
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes
praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela chefia
do órgão a quem couber a sua representação
judicial.
Sintetizando Sintetizando
O Arquivamento será realizado pelo próprio
O MP faz o requerimento do arquivamento ao juiz,
membro do MP. A instância de revisão ministerial
que possui a função de homologar ou não.
fará a homologação, na forma da lei.
Processo de arquivamento realizado pelo MP e pelo O processo de arquivamento passa a ser realizado
judiciário. exclusivamente pelo MP.
OBS: A eficácia da nova redação do Art. 28, caput, do CPP está suspensa por liminar do STF na ADI
6.299.

CPP/41. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Gabarito: Letra B.

@Quebrandoquestões

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(FGV/DPE-RO/2015)
46) O inquérito policial é tradicionalmente conceituado como procedimento administrativo prévio que visa
à apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em
juízo. Sobre suas principais características, é correto afirmar que:
A) a prova da materialidade e indícios de autoria são necessários para propositura de ação penal, logo uma das
características do inquérito é sua indispensabilidade;
B) o inquérito policial é instrumento sigiloso, logo não poderá ser acessado em momento algum pelo advogado do
indiciado;
C) o contraditório pleno e a ampla defesa são indispensáveis no inquérito policial;
D) o inquérito policial é um procedimento significativamente marcado pela oralidade;
E) o inquérito pode ser considerado indisponível para a autoridade policial, já que, uma vez instaurado, não
poderá ser por ela diretamente arquivado.
Comentário:

Letra A: Errada. O IP é dispensável.

Características do IP
* Sigiloso;
* Escrito;
* Inquisitorial;
* Discricionário;
* Oficioso;
* Indisponibilidade;
* Dispensável;
* Oficialidade.
Mnemônico: SEI DOIDO

Letra B: Errada.

STF/Súmula Vinculante 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Letra C: Errada.

Não existe o direito ao contraditório e a ampla defesa no inquérito policial, uma vez que ocorre apenas a
investigação para descobrir se houve crime por meio do papel inquisitivo da autoridade policial, que é um papel
de natureza pré-processual; (Procedimento Inqusitorial)

Letra D: Errada.

CPP/41. Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

Letra E: Correta.

CPP/41, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Gabarito: Letra E.
(FGV /PC-RN/2021)
47) O inquérito policial é procedimento administrativo que possui características próprias destacadas pela
doutrina e pela jurisprudência.

Com relação ao tema, analise as afirmativas a seguir.

I. Pode ser instaurado de ofício ou a requerimento, tanto nos crimes de ação pública quanto nos de ação
privada, mas o oferecimento da ação penal dependerá da vontade da vítima nesse último caso.

@Quebrandoquestões

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PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

II. Contra a decisão que indefere o seu requerimento de abertura, cabe recurso ao Poder Judiciário.

III. Pode ser requerida sua abertura, ainda que não seja possível identificar o autor do fato naquele
momento.

Está correto somente o que se afirma em:


A) II
B) III
C) I e II
D) I e III
E) II e III
Comentário:

I- Errada

CPP/41, Art. 5º, § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

Em se tratando de crime de ação penal privada, a atuação do aparato estatal envolvido na persecução penal
também fica condicionada ao requerimento do ofendido ou de seu representante legal.

II- Errada

CPP/41, Art. 5º, § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o
chefe de Polícia.

III- Correta

Havendo um mínimo de indícios acerca da materialidade e/ou autoria de um ilícito, admite-se a deflagração de um
procedimento investigatório.

Gabarito: Letra B
(InstitutoAOCP / PC PA/2021)
48) Sobre as regras legais do inquérito policial, assinale a alternativa correta.

A) A lavratura de boletim de ocorrência pelo ofendido não é meio hábil para iniciar o inquérito policial.
B) A autoridade policial não poderá mandar instaurar inquérito após comunicação verbal de suposto crime feita por
pessoa do povo.
C) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito, só caberá recurso para o governador.
D) O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, poderá ser iniciado sem a própria
representação.
E) Nos crimes de ação pública, o inquérito policial será iniciado de ofício ou mediante requisição da autoridade
judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Comentário:

Ação Penal Pública Incondicional


- O inquérito pode se iniciar:
* De ofício;
* Por requisição do Juiz ou MP;
* Por requerimento da vítima ou de seu representante legal;
De ofício
- O inquérito policial poderá ocorrer de ofício por autoridade policial, após esta tomar conhecimento da
prática de um crime, através de uma “notitia criminis” ou “delatio criminis”, em que a ação penal é
pública incondicionada, sendo o inquérito instaurado por portaria.
- CPP/41, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
OBS: A auto prisão em flagrante é considerada por parte da doutrina como um exemplo de instauração
de ofício do inquérito policial.

@Quebrandoquestões

47/50
PC-MG – Apoio Administrativo – Questões Comentadas

Requisição do Juiz ou MP
- O inquérito policial poderá ser iniciado também por requisição do MP ou autoridade judiciária,
devendo a autoridade policial cumprir obrigatoriamente a requisição, salvo quando:
* Manifestamente ilegal;
* Não existir elementos mínimos para a instauração do Inquérito Policial;
Requerimento da vítima ou de seu representante legal
- O inquérito policial não é obrigatoriamente iniciado pela autoridade policial, no caso de requerimento
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo, quando não houver indícios de infração
penal.
- O requerimento do ofendido ou do seu representante para início de inquérito policial, deverá conter
sempre que possível:
* Narração do Fato, com todas as circunstâncias;
* Individualização do Indiciado;
* Nomeação das testemunhas.
OBS: Se o requerimento for indeferido, é cabível recurso para o chefe de polícia;
- CPP/41, Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
II - mediante requisição (delegado é obrigado) da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento (delegado não é obrigado) do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de
Polícia.

Letra A: Errada

O registro do boletim de ocorrência pelo ofendido é meio legal para dar início às investigações policiais,
mormente em face dos dispositivos do Código de Processo Penal que possibilitam a oferta de notitia criminis pelo
ofendido ou terceiros.

Letra B: Errada

CPP/41, Art.5º, § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta,
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

Letra C: Errada

Em verdade, do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de
Polícia. CPP/41, Art. 5º. § 2º.

Letra D: Errada

Na realidade, o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela
ser iniciado, vide CPP/41, Art. 5º. § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

Letra E: Correta

CPP/41, Art. 5º, I e II Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo.

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Gabarito: Letra E.
(Q2/Q2/2019)
49) Em relação à Cadeia de Custódia inserida pela Lei 13.964/2019 no Código de Processo Penal, aquela
compreende o rastreamento do vestígio em diversas etapas, dentre elas existe a etapa de:
A) Fixação que consiste no ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente
imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
B) Isolamento que é aquele que distingue um elemento como de potencial interesse para a produção da prova
pericial.
C) Coleta que se refere ao exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada
às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser
formalizado em laudo produzido por perito.
D) Descarte que é o procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando
pertinente, mediante autorização judicial.
Comentário:

Etapas do Rastreamento do Vestígio – CPP/41. Art. 158-B


Ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
1ª Reconhecimento
produção da prova pericial;
Ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar
2ª Isolamento
o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;
Descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou
no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
3ª Fixação ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua
descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo
atendimento;
Ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
4ª Coleta
respeitando suas características e natureza;
Procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma
individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e
5ª Acondicionamento
biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de
quem realizou a coleta e o acondicionamento;
Ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de
6ª Transporte
modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o
controle de sua posse;
Ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de
7ª Recebimento
origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento,
natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação
de quem o recebeu;
Exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a
metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas,
8ª Processamento
a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo
produzido por perito;
Procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a
9ª Armazenamento ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
Procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação
10ª Descarte
vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

Gabarito: Letra D.
(Q2/Q2/2019)
50) Em relação à Cadeia de Custódia inserida pela Lei 13.964/2019 no Código de Processo Penal, assinale
a alternativa incorreta:
A) Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos
vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
B) Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência, recepção,
devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais,

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devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do
vestígio.
C) Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser
registradas a data e a hora do acesso.
D) Antes da realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela
permanecer.
E) Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a
identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da ação.
Comentário:

Letra A: Correta.

CPP/41. Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à
guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia
oficial de natureza criminal.

Letra B: Correta.

CPP/41. Art. 158-E. § 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a
distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não
interfiram nas características do vestígio.

Letra C: Correta.

CPP/41. Art. 158-E. § 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser
identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso.

Letra D: Errada.

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela
permanecer.

Letra E: Correta.

CPP/41. Art. 158-E. § 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser
registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da
ação.

Gabarito: Letra D.

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