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SERVIÇO PÚBLICO
- É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de
divisão do trabalho entre pessoas jurídicas IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
distintas, independentemente do objeto social das
empresas envolvidas, mantida a responsabilidade - Nas ações de improbidade administrativa, não há
subsidiária da empresa contratante. litisconsórcio passivo necessário entre o agente
público e os terceiros beneficiados com o ato
- É ilegítimo o corte no fornecimento de energia ímprobo. É inviável que a ação civil por
elétrica quando puder afetar o direito à saúde e à improbidade seja proposta exclusivamente contra os
integridade física do usuário. particulares, sem concomitante presença do agente
- É legítimo o corte no fornecimento de serviços público no polo passivo da demanda
públicos essenciais quando inadimplente pessoa - A lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao
jurídica de direito público, desde que precedido de prazo decadencial para a revisão de atos
notificação e a interrupção não atinja as unidades administrativos no âmbito da Administração Pública
prestadoras de serviços indispensáveis à federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos
população. estados e municípios, se inexistente norma local e
- É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços específica que regule a matéria.
públicos essenciais quando a inadimplência do - São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao
usuário decorrer de débitos pretéritos, uma vez que erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na
a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta Lei de Improbidade Administrativa.
regular, relativa ao mês do consumo. Os débitos
anteriores devem ser cobrados judicialmente. - São prescritíveis as ações de ressarcimento ao
erário fundadas na prática de ato culposo tipificado na
- É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços Lei de Improbidade Administrativa.
públicos essenciais por débitos de usuário
anterior, em razão da natureza pessoal da dívida (e - As ações de improbidade
não propter rem). administrativa dispensam a instauração prévia de
procedimento administrativo.
- É ilegítimo o corte no fornecimento de energia - Se o agente público é detentor de mandato
elétrica em razão de débito irrisório, por configurar eletivo, praticou o ato de improbidade no primeiro
abuso de direito e ofensa aos princípios da mandato e depois se reelegeu, o prazo
proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível prescricional é contado a partir do fim do segundo
a indenização ao consumidor por danos morais. mandato (e não do término do primeiro).
- É ilegítimo o corte no fornecimento quando o débito - “ A Lei 9.784/99 pode ser aplicada de forma
decorrer de irregularidade no hidrômetro ou no subsidiária no âmbito dos demais Estados-
medidor de energia elétrica, apurada Membros, se ausente lei própria regulando o
unilateralmente pela concessionária. processo administrativo no âmbito local
- É legítima a cobrança da tarifa de água fixada de - As ações de improbidade
acordo com as categorias de usuários e as faixas administrativa dispensam a instauração prévia de
de consumo. procedimento administrativo.
- A divulgação da suspensão no fornecimento de - É possível acordo de não persecução cível no
serviço de energia elétrica por emissoras de rádio, âmbito da ação de improbidade administrativa em fase
dias antes da interrupção, satisfaz a exigência de recursal.
aviso prévio.
- Os agentes políticos são alcançados pela Lei de
- É inconstitucional lei estadual que autorize a Improbidade, mesmo que respondam por crime de
suspensão temporária do pagamento das tarifas de responsabilidade, com exceção apenas do
energia a determinada sociedade de economia Presidente da República.
- O Ministério Público tem legitimidade ad adquiridos anteriormente ao suposto ato, além de levar
causam para a propositura de Ação Civil Pública em consideração, o valor de possível multa civil como
objetivando o ressarcimento de danos ao erário, sanção autônoma.
decorrentes de atos de improbidade.
- No caso de agentes políticos reeleitos, o
- O Ministério Público estadual possui termo inicial do prazo prescricional nas ações de
legitimidade recursal para atuar como parte no improbidade administrativa deve ser contado a partir
Superior Tribunal de Justiça nas ações de improbidade do término do último mandato.
administrativa, reservando- se ao Ministério Público
- Os Agentes Políticos sujeitos a crime de
Federal a atuação como fiscal da lei.
responsabilidade, ressalvados os atos ímprobos
- A ausência da notificação do réu para a defesa cometidos pelo Presidente da República e pelos
prévia, só acarreta nulidade processual se houver Ministros do Supremo Tribunal Federal, não são
comprovado prejuízo (pas de nullité sans grief). imunes às sanções por ato de improbidade.
- A presença de indícios de cometimento de atos - Os agentes políticos municipais se submetem
ímprobos autoriza o recebimento fundamentado da aos ditames da Lei de Improbidade Administrativa ,
petição inicial, devendo prevalecer, no juízo preliminar, sem prejuízo da responsabilização política e criminal.
o princípio do in dubio pro societate.
- A ação de improbidade administrativa deve
- O termo inicial da prescrição em ser processada e julgada nas instâncias ordinárias,
improbidade administrativa em relação a ainda que proposta contra agente político que tenha
particulares que se beneficiam de ato ímprobo é foro privilegiado.
idêntico ao do agente público que praticou a
- A aplicação da pena de demissão por
ilicitude.
improbidade administrativa não é exclusividade do
- A eventual prescrição das sanções Judiciário, sendo passível a sua incidência no âmbito
decorrentes dos atos de improbidade administrativa do processo administrativo disciplinar.
não obsta o prosseguimento da demanda quanto ao
- Havendo indícios de improbidade
pleito de ressarcimento dos danos causados ao erário,
administrativa, as instâncias ordinárias poderão
que é imprescritível.
decretar a quebra do sigilo bancário.
- É inviável a propositura de ação civil de
- O afastamento cautelar do agente público
improbidade administrativa exclusivamente contra o
de seu cargo, é medida excepcional que pode
particular, sem a concomitante presença de agente
perdurar por até 180 dias.
público no polo passivo da demanda.
- Aplica-se a medida cautelar de
- Nas ações de improbidade administrativa, não
indisponibilidade dos bens aos atos de improbidade
há litisconsórcio passivo necessário entre o agente
administrativa que impliquem violação dos princípios
público e os terceiros beneficiados com o ato
da administração pública.
ímprobo.
- O ato de improbidade administrativa que atenta
- A revisão da dosimetria das sanções
contra os princípios não requer a demonstração de
aplicadas em ação de improbidade administrativa
dano ao erário ou de enriquecimento ilícito, mas
implica reexame do conjunto fático-probatório dos
exige a demonstração de dolo, o qual, contudo, não
autos, encontrando óbice, salvo se da leitura do
necessita ser específico, sendo suficiente o dolo
acórdão recorrido verificar-se a
genérico.
desproporcionalidade entre os atos praticados e as
sanções impostas. - Nas ações de improbidade administrativa é
admissível a utilização da prova emprestada, colhida
- É possível o deferimento da medida
na persecução penal, desde que assegurado o
acautelatória de indisponibilidade de bens em ação
contraditório e a ampla defesa.
de improbidade administrativa nos autos da ação
principal sem audiência da parte adversa e, portanto, - O magistrado não está obrigado a aplicar
antes da notificação. cumulativamente todas as penas, podendo, mediante
adequada fundamentação, fixá-las e dosá-las segundo
- É possível a decretação da indisponibilidade de
a natureza, a gravidade e as consequências da
bens do promovido em ação civil Pública por ato de
infração.
improbidade administrativa, quando ausente (ou não
demonstrada) a prática de atos (ou a sua tentativa) AGENTES PÚBLICOS
que induzam a conclusão de risco de alienação, Salvo nos casos previstos na CF, o salário
oneração ou dilapidação patrimonial de bens do mínimo não pode ser usado como indexador de
acionado, dificultando ou impossibilitando o eventual base de cálculo de vantagem de servidor público
ressarcimento futuro. ou de empregado, nem ser substituído por decisão
- Na ação de improbidade, a decretação de judicial.
indisponibilidade de bens pode recair sobre aqueles
A falta de defesa técnica por advogado no - A despeito de situações fáticas variadas no
processo administrativo disciplinar não ofende a tocante ao descumprimento do dever de segurança
Constituição. e vigilância contínua das vias férreas, a
O cálculo de gratificações e outras responsabilização da concessionária é uma constante,
vantagens do servidor público não incide sobre o passível de ser elidida tão somente quando
abono utilizado para se atingir o salário mínimo. cabalmente comprovada a culpa exclusiva da vítima.
Dentro do prazo de validade do concurso, o
- No caso de atropelamento de pedestre em
candidato aprovado tem direito à nomeação,
via férrea, configura-se a concorrência de causas,
quando o cargo for preenchido sem observância
impondo a redução da indenização por dano moral
da classificação.
pela metade, quando:
Funcionário nomeado por concurso tem
direito à posse. (I) a concessionária do transporte ferroviário
descumpre o dever de cercar e fiscalizar os limites
- A nomeação de funcionário sem concurso pode ser
da linha férrea, mormente em locais urbanos e
desfeita antes da posse.
populosos, adotando conduta negligente no tocante
- Pela falta residual, não compreendida na às necessárias práticas de cuidado e vigilância
absolvição pelo juízo criminal, é admissível a tendentes a evitar a ocorrência de sinistros;
punição administrativa do servidor público.
(II) a vítima adota conduta imprudente,
- Não cabe ao poder Judiciário, que não tem função atravessando a via férrea em local inapropriado.
legislativa, aumentar vencimentos de servidores
- São imprescritíveis as ações indenizatórias
públicos sob o fundamento de isonomia.
por danos morais e materiais decorrentes de atos
- É inconstitucional toda modalidade de provimento de perseguição política com violação de direitos
que propicie ao servidor investir-se, sem prévia fundamentais ocorridos durante o regime militar.
aprovação em concurso público destinado ao seu
- A responsabilidade civil da Administração
provimento, em cargo que não integra a carreira na
Pública por danos ao meio ambiente, decorrente de
qual anteriormente investido.
sua omissão no dever de fiscalização, é de caráter
- Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a solidário, mas de execução subsidiária.
habilitação de candidato a cargo público.
- Na hipótese de posse em cargo público
- Não é admissível, por ato administrativo, determinada por decisão judicial, o servidor não faz
restringir, em razão da idade, inscrição em jus a indenização, sob fundamento de que deveria
concurso para cargo público. ter sido investido em momento anterior, salvo
situação de arbitrariedade flagrante.
- Não se pode cassar a aposentadoria do servidor
que ingressou no serviço público por força - Estado responde, objetivamente, pelos atos
de provimento judicial precário e se aposentou dos tabeliães e registradores oficiais que, no
durante o processo, antes da decisão ser exercício de suas funções, causem dano a terceiros,
reformada assentado o dever de regresso contra o
responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena
- A fixação de vencimentos dos servidores públicos
de improbidade administrativa do responsável que
não pode ser objeto de convenção coletiva.
deixou de ingressar com a referida ação
- O limite de idade para a inscrição em concurso
- O inadimplemento dos encargos trabalhistas
público só se legitima, quando possa ser justificado
dos empregados do contratado NÃO transfere
pela natureza das atribuições do cargo a ser
automaticamente ao Poder Público contratante a
preenchido.
responsabilidade pelo seu pagamento, seja em
- É inconstitucional o veto não motivado à caráter solidário ou subsidiário.
participação de candidato a concurso público.
- Os danos morais decorrentes da
- O exercício do direito de greve, sob qualquer responsabilidade civil do Estado somente podem
forma ou modalidade, é VEDADO aos policiais civis ser revistos em sede de recurso especial quando o
e a todos os servidores públicos que atuem valor arbitrado é exorbitante ou irrisório,
diretamente na área de segurança pública. É afrontando os princípios da proporcionalidade e da
obrigatória a participação do Poder Público em razoabilidade.
mediação instaurada pelos órgãos classistas das
- O termo inicial da prescrição para o
carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165
ajuizamento de ações de responsabilidade civil em
do CPC, para vocalização dos interesses da categoria.
face do Estado por ilícitos praticados por seus
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO agentes é a data do trânsito em julgado da
- Na ação de indenização por dano moral, a sentença penal condenatória.
condenação em montante inferior ao postulado na - A responsabilidade civil do Estado por
inicial não implica sucumbência recíproca. condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados a negligência na atuação estatal, o - STF declarou a inconstitucionalidade de
dano e o nexo de causalidade. dispositivo que previa a delegação do poder de
polícia a entidades privadas.
- A Administração Pública PODE responder
- Para que fique caracterizada a
civilmente pelos danos causados por seus agentes,
responsabilidade civil do Estado por danos
ainda que estes estejam amparados por causa
decorrentes do comércio de fogos de artifício, é
excludente de ilicitude penal.
necessário que exista violação de um dever
- É objetiva a responsabilidade civil do jurídico específico de agir, que ocorrerá quando
Estado pelas lesões sofridas por vítima baleada em for concedida a licença para funcionamento sem
razão de tiroteio ocorrido entre policiais e as cautelas legais, ou quando for de conhecimento
assaltantes. do Poder Público eventuais irregularidades
- Em Regra: Estado possui responsabilidade praticadas pelo particular
objetiva nos casos de morte de custodiado em
unidade prisional, isso porque, houve
inobservância de seu dever específico de proteção
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de
indenizar se ele conseguir provar que a morte do
detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-
se o nexo de causalidade entre o resultado morte e
a omissão estatal.
- O Estado responde objetivamente pelo
suicídio de preso ocorrido no interior de
estabelecimento prisional.
- O Estado não responde civilmente por atos
ilícitos praticados por foragidos do sistema
penitenciário, salvo quando os danos decorrem
direta ou imediatamente do ato de fuga.
- Nas ações de responsabilidade civil do
Estado, é desnecessária a denunciação da lide ao
suposto agente público causador do ato lesivo.
- Não se verifica o dever do Estado de
indenizar eventuais prejuízos financeiros do setor
privado decorrentes da alteração de política
econômico-tributária, no caso de o ente público
não ter se comprometido, formal e previamente,
por meio de determinado planejamento específico.
- A disposição contido da Constituição
Federal não esgota a matéria relacionada à
responsabilidade civil imputável à Administração,
pois, em situações especiais de grave risco para a
população ou de relevante interesse público, pode o
Estado ampliar a respectiva responsabilidade, por
danos decorrentes de sua ação ou omissão, para
além das balizas do supramencionado dispositivo
constitucional, inclusive por lei ordinária, dividindo os
ônus decorrentes dessa extensão com toda a
sociedade.
– Validade do oferecimento pela União,
mediante autorização legal, de garantia adicional,
de natureza tipicamente securitária, em favor de
vítimas de danos incertos decorrentes dos
eventos patrocinados pela FIFA, excluídos os
prejuízos para os quais a própria entidade
organizadora ou mesmo as vítimas tiverem
concorrido.