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Poderes administrativos

 São competências especiais voltadas ao cumprimento das atribuições


da Adm.;
 São poder-dever;
 Caráter instrumental: instrumento da defesa do interesse público;
 É irrenunciável;
 São:
o Vinculado;
o Discricionário;
o Disciplinar;
o Hierárquico;
o Regulamentar/normativo;
o De polícia.
 Uso regular: exercício adequado das competências;
 Uso irregular (abuso de poder): exercida fora dos limites legais ou
visando interesse alheio ao interesse público;
o Consequências:
 Nulidade;
 Responsabilização da autoridade.
o Pressupõe autoridade competente;
 Ou seja, a autoridade incorre em desvio de finalidade ou
ultrapassa os limites de suas atribuições;
 Não há vício de competência.
o Espécies:
 Excesso de poder: atua além de sua competência;
 Desproporcionalidade entre a situação de fato e a
conduta praticada;
 Admite convalidação (sanável) – nulidade
relativa.
o Desde que não cause prejuízo à Adm. e aos
administrados;
o Exceção: competência exclusiva.
 Desvio de poder/finalidade/tredestinação ilícita: atua
visando interesse alheio ao interesse público.
 Não pode ser convalidado (nulidade absoluta).
o A nulidade se aplica a todos os atos
praticados por agente público com desvio de
finalidade, ainda que não sejam
materialmente ato administrativo.
 Teoria subjetiva: basta a comprovação da intenção
desviada (vício de intenção);
 Teoria objetiva: intenção + violação concreta do
interesse público;
 Tredestinação lícita: casos em que é autorizada a
substituição da finalidade que inicialmente motivou a
prática do ato;
o Somente nos casos previstos em lei;
o Art. 519, CC: "Se a coisa expropriada para fins
de necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, não tiver o destino para que se
desapropriou, ou não for utilizada em obras ou
serviços públicos, caberá ao expropriado direito
de preferência, pelo preço atual da coisa".
 Assim, a lei autoriza que a coisa
expropriada seja usada em obras ou
serviços de interesse público
diversos do que inicialmente motivou a
expropriação;
 Não ocorrerá a nulidade, impedindo a
retrocessão.
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2014 -
TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção
A Administração Pública, em razão da recente emissão de uma certidão
de dívida ativa contra um contribuinte, e porque se encontra na
iminência de distribuição de uma ação de execução fiscal, envia
solicitação ao Cartório de Registro de Imóveis de bloqueio da matrícula
de imóvel do respectivo contribuinte.
Alternativas
A Não se pode acusar a Administração Pública de desvio de finalidade
porque lhe compete a satisfação dos créditos constituídos, no entanto,
a situação relatada é ilegal porque apenas por determinação judicial é
que poderia haver o respectivo bloqueio.
B Houve desvio de finalidade por parte da Administração Pública ao
praticar atos incompatíveis com os fins que poderia alcançar nos
termos de suas competências públicas.
C A Administração Pública agiu corretamente porque ponderou os
interesses em conflito – o seu direito de crédito e o direito de
propriedade do contribuinte – e concluiu pela necessidade da medida
descrita em razão dos interesses que ela representa, isto é, o interesse
público.
D A Administração Pública cumpre com o regime jurídico-
administrativo; a única restrição que existe é mesmo a necessidade de
o bloqueio fundamentar-se em decisão judicial, por isto é que se torna
passível de invalidação no caso concreto.

 OBS: A Vunesp já chegou a considerar que desvio de


poder e excesso de poder são a mesma coisa, e se
referem à competência:
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Docas - PB Prova: VUNESP -
2022 - Docas - PB - Advogado
As chamadas competências administrativas representam os limites do
poder conferido aos órgãos públicos para o desempenho de suas
missões institucionais. Neste contexto, é correto afirmar que
Alternativas
A as competências conferidas por lei são indelegáveis.
B a violação das competências pelo agente público pode representar
excesso ou desvio de poder, podendo acarretar a nulidade ou
anulabilidade do ato administrativo.
C a omissão da Administração no exercício de competência específica
não caracteriza abuso de poder.
D as competências definidas em lei são irrenunciáveis, salvo nos casos
de delegação e avocação.
E será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente superior.
o Pode configurar abuso de autoridade.

Poder vinculado/regrado;
 Trata da prática de atos vinculados;
 A lei determina a competência definindo todos os aspectos da conduta,
sem deixar margem de discricionaridade;
 O agente é mero executor da vontade da lei;
 Ex: lançamento tributário;
 É passível de controle jurisdicional, sem exceções.
Poder discricionário;
 É atribuída certa liberdade ao agente público, para que diante da
situação concreta possa selecionar, entre as opções predefinidas, a
forma mais apropriada para defender o interesse público;
 Poder polícia (exceto licença para exercício de atividade), poder
disciplinar (sanção aplicada);
 Trata da prática de atos discricionários (conveniência e oportunidade);
 Conceitos jurídicos imprecisos e indeterminados são uma forma de
atribuir discricionaridade;
o Ex: "boa-fé", "bons costumes", "interesse público",
"razoabilidade" etc.
 Haverá discricionaridade sempre que a lei atribuir liberdade em relação
a algum dos aspectos do ato administrativo;
o Ex: com relação à forma de expedição do ato;
o OBS: nunca haverá liberdade total, ou seja, com relação a
todos os aspectos do ato, pois não existe competência ilimitada;
o Teoria clássica: Somente pode residir no motivo ou no objeto;
o Teoria moderna: motivo, forma, praticar ou não, momento e
finalidade.
 Controle judicial: é admitido;
o Exceção: quanto ao mérito (conveniência e oportunidade);
o Controle de legalidade e razoabilidade (princípios
administrativos);
o Controle de implementação de políticas públicas;
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura da Estância Turística de
Guaratinguetá Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura da Estância Turística de
Guaratinguetá - Gestor de Contratos
Assinale a alternativa correta a respeito dos poderes vinculado e discricionário.
Alternativas
A O discricionário está ligado aos conceitos jurídicos indeterminados, e o vinculado
exsurge em parâmetros de objetividade que ensejam uma única solução ao agente.
B O discricionário concede ao administrador total liberdade na sua prática, enquanto
no vinculado o agente deve fazer a escolha dentro das alternativas permitidas pela lei
C No discricionário, a sua análise é intangível ao Poder Judiciário, e no vinculado o seu
controle judicial limita-se ao exame dos critérios objetivos de sua expedição.
D Nos dois tipos os seus limites podem ser averiguados pelo Poder Judiciário, sendo-
lhe vedado, somente, examinar o mérito administrativo de ambos.
E O desvio de finalidade ou de poder são vícios que afetam ambos, mas somente o
vinculado se sujeita ao controle judicial nesse aspecto.

Poder disciplinar;
 Possibilidade da Adm. Públ. aplicar punições aos agentes públicos
que cometam infrações funcionais;
 Poder interno: somente é exercido sobre agentes públicos;
o Particulares: somente quando forem contratados da Adm.;
 Não permanente: aplicado somente se e quando o agente cometer
infrações funcionais;
 Discricionário: a Adm. pode escolher qual a punição mais apropriada,
dentre as dispostas em lei para o caso;
 Poder-dever: a Adm. tem o dever de punir o agente quando da prática
de infração funcional;
o Ou seja, vinculado quanto ao dever de punir e discricionário
quanto à punição a ser aplicada.
 Espécies de penalidade:
o Advertência;
o Suspensão;
o Demissão;
o Cassação da aposentadoria ou disponibilidade;
o Destituição de cargo em comissão;
o Destituição de função comissionada.
 Exige a instauração prévia de PAD;
o Contraditório e ampla defesa;
o Sob pena de nulidade;
o Obs: a aplicação direta pela "verdade sabida" é inconstitucional
(devido processo legal + contraditório e ampla defesa).
Poder hierárquico;
 Poder de distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação do seu quadro de pessoal;
o Distribuir e escalonar funções;
o Ordenar e rever a atuação de seus agentes.
 Exercido pelos chefes de repartição, consistentes nas atribuições de
chefia, comando e direção;
 Poder interno: não se aplica aos particulares;
 Poder permanente;
 Administração direta X indireta;
o Não há hierarquia, uma vez que as autarquias, fundações
públicas, SEM e EP têm autonomia que repele qualquer
subordinação;
o Supervisão ministerial/controle ministerial: poder exercido
pelos Ministérios Federais, Secretarias Estaduais e Municipais;
 Controle finalístico;
 Não envolve a possibilidade de revisão, restringindo-se a
fiscalizar o cumprimento da lei.
 Delegação: distribuição temporária da competência (centrífuga);
o Refere-se a agentes e órgãos subordinados (delegação vertical) e
não subordinados à autoridade delegante (delegação horizontal);
o Pode ser revogada a qualquer tempo;
o O ato de delegação deve especificar:
 Matérias e poderes transferidos;
 Limites de atuação;
 Duração;
 Objetivos;
 Recursos cabível.
o Os atos serão considerados praticados pelo delegado;
 Os atos expedidos nessa condição devem indicar que
foram praticados por delegação.
o Como regra geral, todos os atos administrativos são delegáveis;
 São indelegáveis: - CE NO RA
 Matérias de Competência Exclusiva;
 Ato de caráter NOrmativo;
o Exceção: decreto independente para AGU,
PGR e Ministros de Estado.
 Decisão em Recurso Administrativo.
o Ainda que para garantir celeridade;
o Ainda que garantido o contraditório e a ampla
defesa.
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos
Campos - SP Prova: VUNESP - 2022 - Prefeitura de São José dos
Campos - SP - Analista Previdenciário - Administrador
Considere que o Diretor de uma Autarquia possui a atribuição legal de
julgar recursos administrativos e pretende delegá-la, pelo período de
um ano, a um órgão colegiado, por entender que a atribuição será por
ele melhor desempenhada. Há medida busca ainda acelerar a
tramitação de processos administrativos, pois estes tem permanecido
por certo tempo represados em função do acúmulo de atribuições do
Diretor. Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que a
delegação
Alternativas
A - pode ser realizada, caso o Diretor se reserve no ato a possibilidade
de exercer de forma concomitante a atribuição delegada.
B pode ser realizada, desde que o Diretor faça parte, ainda que
formalmente, da composição do órgão colegiado.
C não pode ser realizada, pois para a delegação ser possível o ato
deve ser revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
D não pode ser realizada, ainda que tenha por objetivo conferir
celeridade aos processos administrativos.
E pode ser realizada, desde que o processo administrativo permanece
garantindo aos interessados o exercício do contraditório e da ampla
defesa.

 Avocação: concentra a competência (centrípeta);


o A avocação é somente vertical, uma vez que somente se aplica
aos agentes e órgãos subordinados à autoridade;
o Mediante motivos relevantes devidamente justificados, o superior
hierárquico chama para si a competência de um órgão ou agente
subordinado;
o Medida excepcional e temporária.

Poder regulamentar/normativo;
 Decorre do poder hierárquico;
 É indelegável;
 Poder de a Adm. Pública complementar para a efetiva aplicação a lei;
 Caso o ato normativo venha a exorbitar (extrapolar) a sua função de
regulamentar a lei, o art. 49, V, da CF autoriza o Congresso Nacional a
fazer a sustação desse ato;
 Poder regulamentar (decreto regulamentar);
o Alguns autores referem-se ao poder regulamentar como sinônimo
de poder normativo. Porém, outros entendem que o poder
regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo, enquanto o
poder normativo é da Adm. Pública;
o É a possibilidade de os chefes do Poder Executivo editarem
atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos,
expedidos para dar fiel execução à lei;
o É abrangido pelo poder normativo, que inclui os regulamentos,
instruções, deliberações, resoluções e portarias;
o Decreto autônomo/independente: não tem por finalidade
regulamentar lei e independe de norma legal anterior que exija
regulamentação;
 Previsto no inciso VI.
Art. 84, IV, CF - “compete privativamente ao Presidente da
República:
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como
expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;”.
 Limitação da discricionaridade.
o Detalhamento quanto ao modo de aplicação de dispositivos
legais;
o Em regra, é indelegável;
 Exceção: delegação aos Ministros de Estado, P-GR, A-
GU;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...)
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as
atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte,
aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas
respectivas delegações.

 O poder regulamentar será exercido dentro dos limites da


delegação.

 Deslegislação/deslegificação.
o Um assunto que antes era tratado por meio de lei passa a ser
tratado por um ato administrativo;
o Sai do domínio da lei e passa para o domínio do poder normativo;
o Ex: decreto independente (EC 32/2001).
 Agências reguladoras (regulamentos autorizados);
o As Agências Reguladoras, criadas como autarquias especiais
pelo Poder Legislativo (CF, art. 37, XIX), recebem da lei que as
instituem uma delegação para exercer seu poder normativo de
regulação, competindo ao Congresso Nacional a fixação das
finalidades, dos objetivos básicos e da estrutura das Agências,
bem como a fiscalização de suas atividades;
o As Agências Reguladoras não poderão, no exercício de seu
poder normativo, inovar primariamente a ordem jurídica sem
expressa delegação, tampouco regulamentar matéria para a
qual inexista um prévio conceito genérico em sua lei
instituidora (standards), ou criar ou aplicar sanções não
previstas em lei, pois, assim como todos os Poderes, Instituições
e órgãos do poder público, estão submetidas ao princípio da
legalidade (CF, art. 37, caput).
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Santa Bárbara D'Oeste -
SP Prova: VUNESP - 2023 - Câmara de Santa Bárbara D'Oeste - SP - Procurador
Legislativo
Acerca do poder normativo das agências reguladoras, pode-se corretamente afirmar que
Alternativas
A as Agências Reguladoras não poderão, no exercício de seu poder normativo, inovar
primariamente a ordem jurídica sem expressa delegação, tampouco regulamentar matéria
para a qual inexista um prévio conceito genérico, em sua lei instituidora (standards).
B o poder normativo das agências reguladoras não tem previsão constitucional, tendo em
vista que o poder regulamentar é privativo dos chefes do Poder Executivo, sendo
inconstitucionais as leis que atribuem poder de editar normas a elas.
C as agências podem criar ou aplicar sanções não previstas em lei, pois, o seu poder
decorre da lei de sua criação, mesmo sem previsão expressa das sanções, constituindo-se
em delegação legislativa do Poder de Polícia.
D somente as agências reguladoras previstas expressamente na Constituição Federal
podem criar regras e impor sanções; as demais, apenas podem cumprir estritamente as
normas legais existentes, sem o poder de inovar no ordenamento jurídico, mesmo que
autorizadas pela lei que as criou.
E as normas criadas pelas agências reguladoras devem ser submetidas ao Congresso
Nacional para retificação dentro do prazo de 120, sob pena de perda dos seus efeitos
normativos.

Poder de Polícia/Limitação administrativa.


1. Legislação/atos
normativos;
Formas de exercício 2. Consentimento
(autorização);
3. Fiscalização;
4. Sanção.
1. Coercibilidade;
Atributos/ 2. Discricionariedade;
prerrogativas/ 3. Autoexecutoriedade
características .
PJ de direito público:
todas as formas de
exercício
PJ de direito privado (EP e
SEM)
Delegabilidade STJ: consentimento e
fiscalização;
STF: consentimento,
fiscalização e sanção
Requisitos: prestar serviço
exclusivamente público +
capital majoritariamente
público + sem regime de
concorrência.
Particular: somente
atividades materiais e
preparatórias (ex: radar)

 Evolução;
o O termo surge na Grécia antiga (politeia – polícia);
 Todas as atividades da cidade-estado (polis);
 Seu sentido não estava relacionado à ideia do que é hoje o
poder de polícia.
o Idade média - feudalismo;
 Jus politiae – poder do príncipe (Estado) de manter a boa
ordem da sociedade civil;
 A boa ordem moral e religiosa era mantida pela autoridade
eclesiástica.
o Século XV – Alemanha – Estado de Polícia;
 O termo volta a ter relação com todas as atividades do
Estado;
 Interferência na vida privada, religiosa e espiritual;
 Príncipe não se submetia à lei;
 Segurança e bem-estar coletivo;
 Distinção entre polícia e justiça;
 Polícia: Adm. Públ.;
o Sem possibilidade de recorrer aos tribunais.
 Justiça: normas aplicadas por juízes.
 Redução gradual dos poderes do príncipe;
 Restritas às atividades internas da Adm.
 Polícia passou a ser ligada à coação, distinguindo-se das
atividades de fomento e serviço público.
o Estado democrático de direito;
 Princípio da legalidade;
 O Estado passa a se submeter às suas próprias leis.
 Liberalismo;
 Direitos de liberdade;
 DIDH;
 Excepcionalidade da interferência na esfera privada;
o Somente para garantir a ordem pública.
 A polícia administrativa era essencialmente uma
polícia de segurança.
 Estado intervencionista/Estado social;
 Atuação na segurança pública e na ordem
econômica e social;
 Função social a propriedade.
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: AL-SP Prova: VUNESP - 2022 - AL-SP - Técnico
Legislativo
A respeito do chamado “poder de polícia administrativa”, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A Com o advento do Estado social e a ampliação das funções estatais, o poder de polícia
passou a ser também instrumento de persecução de interesses coletivos voltados à
melhoria das condições socioeconômicas e à promoção do bem-estar da sociedade.
B O poder de polícia administrativa é aquele que, em contraposição ao exercício da polícia
militarizada, destina-se à investigação dos ilícitos penais, em auxílio do desempenho da
função jurisdicional pelo Estado.
C O exercício do poder de polícia administrativa coincide com o papel de agente regulador
da economia desempenhado pelo Estado Democrático neoliberal instalado após o projeto
de Reforma do Estado aprovado nos anos 1990.
D A missão primordial do exercício do poder de polícia é o asseguramento da ordem
econômica e tributária, privilegiando-se as garantias constitucionais à livre iniciativa e ao
empreendedorismo cidadão.
E O exercício do poder de polícia administrativa pressupõe a criação pela Administração
de limitações aos direitos e liberdades individuais não previstas inicialmente na lei, em
respeito aos interesses da coletividade.

 É uma das 3 funções precípuas da Adm Pública:


o São:
 Poder de polícia;
 Serviços públicos;
 Atividades de fomento.
o Enquanto a atividade de fomento e o serviço público são
atuações estatais ampliativas da esfera de interesse do particular,
o poder de polícia restringe os interesses do particular.
 É o poder do Estado de restringir, limitar ou condicionar o exercício de
direitos e da propriedade, em benefício do interesse público;
o Em sentido amplo: atividade que abrange tanto os atos do
poder executivo, como também do legislativo (restrições
legislativas e administrativa);
o Em sentido estrito: a atuação concreta da administração pública
que restringe e condiciona direitos e atividades privadas
(COBRADO EM CONCURSOS).
 Conceito legal;
o art. 78, CTN - “Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse
ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único - Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio
de poder”
 Vínculos especiais;
o Quem detém um vínculo de sujeição especial é destinatário do
poder disciplinar. Não se aplica o poder de polícia? não! se for
uma restrição aplicável a todos, mesmo sendo um particular que
detenha vínculo especial com administração pública, será o poder
de polícia, para não ser poder de polícia, a restrição tem de advir
do vínculo especial.
 Condiciona o exercício de um direito;
o Ex: condições para o exercício de profissão.
 Fundamento: interesse público;
o Exerce o poder de polícia em razão da supremacia do interesse
público.
 O desvio do interesse público configura abuso de poder
(desvio de finalidade), gerando nulidade relativa (depende
da comprovação de dano para ser declarada).
 Taxa de polícia;
o O Estado pode cobrar taxa em razão do exercício do poder de
polícia;
o O poder de polícia é fato gerador de taxa.
 Decorre do poder extroverso (poder de impor obrigações ao
particular);
o Imposição de obrigação de forma unilateral na esfera do
administrado.
 Competência;
o Terá competência para o exercício do poder de polícia o ente
político que tiver competência para legislar sobre a matéria;
OBS: Exceção: Não é uma regra absoluta, pois há casos
em que há competências concorrentes na regulação e no
policiamento, em consequência do princípio da
preponderância do interesse. Nesses casos, cabe aos
entes:
 União: interesse nacional;
o Horário bancário de atendimento ao
público;
 Súmula n. 19 do STJ – A fixação do
horário bancário, para atendimento ao
público, e da competência da união.
 Transporte interestadual e
internacional.
 Estados: interesse regional;
o Transporte intermunicipal.
 Municípios: interesse local.
o Transporte intramunicipal;
o Tempo de espera máximo em bancos;
Compete aos Municípios legislar sobre assuntos
de interesse local, notadamente sobre a
definição do tempo máximo de espera de
clientes em filas de instituições bancárias. –
STF;
o Regular horário do comércio local;
Súmula n. 419 do STF - Os municípios têm competência
para regular o horário do comércio local, desde que não
infrinjam leis estaduais ou federais válidas.
o Horário de estabelecimento comercial;
Súmula n. 645 do STF - É competente o município para
fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.
o Proibição de instalação de estabelecimento
comercial do mesmo ramo;
Súmula n. 646 do STF - Ofende o princípio da livre
concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área.
o Licença ambiental;
ADI 2143 - Cabe aos municípios promover o
licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos possam causar impacto
ambiental de âmbito local.
 Poder legislativo: criar limitações administrativas por meio
de lei;
 Poder executivo: regulamentar as leis e fiscalizar a sua
aplicação, preventiva e repressivamente;
 Poder de polícia interfederativo
o Em geral, o poder de polícia é exercido sobre os particulares,
porém, as pessoas federadas podem também instituir e cobrar
taxas umas das outras, em virtude do exercício do poder de
polícia, salvo as isenções legais. (Ressalte-se que a imunidade
tributária recíproca entre os Entes federados se refere apenas
aos impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços, não
alcançando, portanto, as taxas, conforme previsão contida no art.
150, VI, 'a', da CRFB.)
 Formas de exercício
o Não é exercido por meio de fiscalização e punição, mas sim:
 Leis e atos normativos
 Ex: CTB, Código Florestal, regulamento que
disciplina o uso de fogos.
 Atos individuais/consentimento
 Possuem destinatário determinado, incidindo sobre
bens, direitos ou atividades de pessoa específica;
 Atividade exercida pelo Estado que defere uma
pretensão solicitada pelo particular;
 Ex: autorização para posse de arma de fogo, licença
para exercício de determinada atividade.
 Atos de fiscalização
 Trata-se de obrigação de suportar medidas
administrativas que têm por finalidade averiguar o
cumprimento das determinações expedidas pela
Administração (atos normativos).
 Atos de sanção
 Por meio da sanção, o Estado exercerá o poder de
polícia, em razão de o administrado descumprir
determinações impostas (atos normativos);
 Multa de trânsito.
Súmula n. 312 do STJ - No processo administrativo para
imposição de multa de trânsito, são necessárias as
notificações da autuação e da aplicação da pena
decorrente da infração;
Súmula n. 434 do STJ - O pagamento da multa por
infração de trânsito não inibe a discussão judicial do
débito;
Súmula 510, STJ - A liberação de veículo retido apenas
por transporte irregular de passageiros não está
condicionada ao pagamento de multas e despesas.

 Atributos, prerrogativas ou características do poder de polícia

o Discricionariedade;
 Há um certo grau de liberdade na atuação do poder de
polícia;
 Selecionar atividades: O Estado tem liberdade para
escolher as atividades sobre as quais será exercido o
poder de polícia;

A atividade deve ter uma potencial danosidade para
a sociedade.
 Selecionar a sanção: O Estado pode escolher a sanção a
ser aplicada;
 Autorização: sua concessão é ato discricionário;
 Exceção:
 Quando o Estado exige licença para realização de
atividades;
 OBS: em geral, é discricionária, mas pode também ser
vinculada.
o Autoexecutoriedade;
 Direta e imediata execução dos atos pela própria Adm.
Públ., independentemente de ordem judicial;
 Ex: interdição de atividades ilegais.
 Há exceções: casos em que a Adm dependente do Poder
Judiciário;
 Ex: cobrança de multa - a execução depende da
via judicial.
OBS: a Vunesp já tentou causar confusão
afirmando que a Adm. Públ. pode cobrar a multa,
o que realmente wé possível se fazer por meio de
notificação.
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Morro Agudo - SP Prova: VUNESP -
2020 - Prefeitura de Morro Agudo - SP - Fiscal de Tributos
Resolvi certo!
O cidadão Fulano estava atrasado para uma importante reunião de trabalho. Ao chegar ao
local, não encontrou nenhuma vaga livre para estacionar. Não podendo esperar mais,
decidiu deixar seu carro estacionado na porta de entrada de ambulâncias de um hospital
municipal, impedindo que os veículos pudessem sair para prestar socorro à população.
Diante dessa situação, Fulano foi multado e seu carro foi guinchado. Com base na situação
descrita e na legislação nacional, é correto afirmar com relação aos, atos administrativos
que
Alternativas
A a Administração Pública tem no caso o poder de guinchar o carro de Fulano, sem prévia
intervenção judicial, dada a urgência da medida. Nesse caso, o ato administrativo possui o
atributo da exigibilidade, segundo o qual o Poder Público pode aplicar meios diretos de
execução dos atos administrativos.
B caso Fulano queira questionar a multa aplicada, caberá a ele comprovar que seu carro
não estava parado em local proibido. Isso decorre da presunção de legalidade dos atos
administrativos, segundo a qual se presumem verdadeiros os fatos relatados pela
Administração Pública na prática do ato.
C caso Fulano queira buscar a anulação da multa, por não ter ela sido aplicada conforme
os procedimentos adequados, caberá a ele provar o descumprimento da lei. Isso decorre
da autoexecutoriedade dos atos administrativos, segundo a qual se presume que foram
praticados conforme a lei e o ordenamento jurídico.
D a Administração Pública poderá impor a multa e cobrá-la de Fulano, independentemente
de sua vontade ou de intervenção judicial. Isso decorre dos atributos da imperatividade e
da exigibilidade de que se revestem alguns atos administrativos.
E a Administração Pública somente poderia ter guinchado o carro de Fulano caso
houvesse expressa autorização legal da situação, mencionando inclusive a rua e o horário
da medida, pois a autoexecutoriedade dos atos administrativos decorre apenas de
expressa e precisa previsão legal e não da urgência.

 É possível o controle judicial posterior;


 Exigibilidade/executoriedade indireta: poder de exigir
dos cidadãos o cumprimento de obrigação, recorrendo a
meio indiretos de persuasão (ex: multa);
 Executoriedade: poder de executar materialmente aquilo
que impôs ao cidadão e este não cumpriu.
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Fernandópolis - SP Prova: VUNESP -
2022 - Câmara de Fernandópolis - SP - Oficial Administrativo
Suponha que a Prefeitura Municipal constate que um determinado restaurante esteja
violando a legislação e esta imponha como sanção a interdição do estabelecimento.
Segundo o regime jurídico dos atos administrativos, nessa situação hipotética, o Município
Alternativas
A poderá proceder à interdição do local por ato administrativo, com base no princípio da
moralidade.
B não poderá interditar diretamente o restaurante, sendo necessário pedir autorização ao
Poder Judiciário.
C poderá interditar o estabelecimento, desde que o seu proprietário concorde com o ato
administrativo municipal.
D poderá proceder à interdição do local, com base no atributo da autoexecutoriedade dos
atos administrativos.
E tem o dever de interditar o estabelecimento, expedindo o ato administrativo cabível,
baseado no seu poder discricionário.

o Coercibilidade.
 Todo ato é imperativo, portanto, obrigatório para a parte a
que se destina;
 Admite até mesmo o uso da força pública para o seu
cumprimento, quando resistido pelo administrado.
o Atividade restritiva;
 Limitação à atuação do particular;
 Limita a liberdade e a propriedade.
o Geral.
 Atinge a todos;
 Como consequência, não gera indenização.
o Indelegável.
 DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA
o Regra: Não é possível sua delegação;
 Pois o Estado usa de seu poder de império, de sua
soberania no exercício do poder de polícia;
o Para os particulares somente é permitido delegar as atividades
materiais e preparatórias;
o A delegação se dá por meio de lei;
o Delegação do poder de polícia:
 Dentro da Administração Pública:
 Para pessoa jurídica de:
o DIREITO PÚBLICO: todas as fases podem
ser delegadas;
 Ou seja, legislação, consentimento,
fiscalização e sanção.
o DIREITO PRIVADO integrante da
administração indireta (SEM, EP e
fundações):
 STJ: apenas as fases
de consentimento/ fiscalização;
 STF: fases de consentimento/
fiscalização/sanção.
 Requisitos
1. Prestar serviço
exclusivamente púb.;
2. Sem regime
concorrencial;
3. Capital
majoritariamente
público.
OBS: em provas, prevalece o
entendimento do STF.
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2022 - PC-SP - Delegado de
Polícia
Considere que o Estado constituiu uma sociedade de economia mista com o objetivo de prestar
o serviço de trânsito e transporte no local, para quem conferiu o poder de aplicar multas pelo
cometimento de infrações de trânsito. Tendo por base a situação hipotética, a teoria do poder
de polícia e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A Por tratar-se de entidade que conta, necessariamente, com a participação de privados na
composição de seu capital social, a ela não poderá ser conferido o poder de aplicar sanções.
B A aplicação de sanções pela empresa estatal não envolve a aplicação do poder de polícia,
dado que este pressupõe a existência de uma relação de sujeição especial entre a entidade e o
sujeito destinatário da sanção.
C Caso o serviço seja prestado de forma não concorrencial, a entidade poderá aplicar
sanções, dada a atração do regime jurídico de direito público.
D Às entidades de direito privado, de acordo com a ideia de que o poder de polícia se divide
em ciclos, somente pode ser conferido o poder de ordem e de fiscalização.
E O poder de polícia pode ser conferido a qualquer entidade que integre a Administração
Indireta, independentemente do seu objeto social.

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: VUNESP -
2014 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal
Assinale a alternativa que corretamente trata dos poderes administrativos.
Alternativas
A - Inexiste qualquer vedação constitucional para que pessoas administrativas de direito
privado possam exercer o poder de polícia em sua modalidade fiscalizatória.
B - Poder vinculado é a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de elegerem, entre
várias condutas possíveis, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o interesse
público.
C - O poder regulamentar é subjacente à lei e pressupõe a existência desta, sendo, portanto,
atos formalizadores aptos a criar direitos e obrigações primárias ou secundárias.
D - Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar
penalidades aos servidores públicos, que abrange as sanções impostas a particulares, mesmo
que não sujeitos à disciplina interna da Administração.
E - Nos Poderes Judiciário e Executivo não existe hierarquia no sentido de relação de
coordenação e subordinação, no que diz respeito às suas funções institucionais. (No Poder
Judiciário não há hierarquia com relação às suas funções institucionais, porém, no
Poder Executivo há).

 PARTICULAR.
 Atividades materiais e preparatórias.
o Ex: radar de trânsito, que auxilia a Adm. Públ.
a exercer o poder de polícia.

o Cobrança de taxa: NÃO é delegável.

Ano: 2008 Banca: VUNESP Órgão: ITESP Prova: VUNESP - 2008 - ITESP - Advogado
O poder de polícia
Alternativas
A é renunciável.
B pode impor como penalidade, entre outras, a desapropriação do bem.
C não pode restringir o direito individual, sem garantir, primeiro, por meio de processo
administrativo, o direito à ampla defesa.
D delegado não admite a imposição de taxas.
E incide sobre pessoas, enquanto que a polícia judiciária incide sobre bens.

 Requisitos;
o Competência;
o Finalidade;
o Forma;
o Motivo;
o Objeto;
o Proporcionalidade da sanção;
o Legalidade dos meios empregados.
 Condições de validade específicas dos atos de polícia.
 Polícia administrativa e polícia judiciária
o São formas de expressão do poder de polícia, ambos voltados ao
interesse público;
o Administrativa: visa impedir ou paralisar atividades antissociais,
impedindo danos à sociedade - atuação preventiva e repressiva;
 Observância dos limites impostos pelo Estado para o
exercício dos direitos, por meio de atos de fiscalização,
prevenção ou repressão;
 Incide sobre bens, atividades e direitos;
 Disseminada pelos órgãos da administração pública.
o Judiciária: visa a responsabilização daqueles que cometem ilícito
penal;
 Auxilia a atuação do Poder Judiciário;
 Atua repressivamente com relação a crimes ocorridos;
 Porém, também pode atuar de forma preventiva;
 Atua sobre pessoas;
 Se submete ao Poder Executivo.

Súmula n. 397 do STF - o poder de polícia da Câmara dos Deputados e do


Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências,
compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a
realização do inquérito.
o Guardas municipais;
 Competência para fiscalizar o trânsito;
 STF - as guardas municipais, desde que
autorizadas por lei municipal, têm competência
para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de
trânsito e impor multas;
o Poder de polícia de trânsito;
o As atividades de poder de polícia, distintas
que são, portanto, das de segurança pública,
podem ser exercidas por diferentes órgãos e
entes estatais. Não há imposição
constitucional ao seu exercício apenas por
agentes policiais.
 Exercício de atividades das polícias civis e militares.
 STJ - não pode, limitando-se a atuação na proteção
de bens, serviços e instalações públicas.
o O colegiado também considerou que só em
situações absolutamente excepcionais a
guarda pode realizar a abordagem de
pessoas e a busca pessoal, quando a ação
se mostrar diretamente relacionada à
finalidade da corporação.
 Prescrição
o Prescrição para a aplicação de sanção;
o Prazo: 5 anos;
 TI: data da prática do ato, ou, em se tratando de infração
permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado;
 Exceção:
 Ato que constitui crime;
o Prazo: o mesmo da prescrição criminal.
 Procedimentos administrativos paralisado.
o Prazo: 3 anos.
 Limites;
o Forma, fins, competência e procedimento devem seguir a lei;
o Fins: para atender ao interesse público;
o Meios:
 Devem atender ao princípio da proporcionalidade;
 Necessidade, em consonância com a qual a medida de
polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais ou
prováveis de perturbações ao interesse público;
 Eficácia, no sentido de que a medida deve ser adequada
para impedir o dano ao interesse público.
 Cooperação
o Cooperação entre policiais;
 Cabe salientar que a mútua cooperação entre organismos policiais, o
intercâmbio de informações, o fornecimento recíproco de dados
investigatórios e a assistência técnica entre a polícia federal e as
polícias estaduais, com o propósito comum de viabilizar a mais
completa apuração de fatos delituosos gravíssimos, notadamente
naqueles casos em que se alega o envolvimento de policiais militares
na formação de grupos de extermínio, encontram fundamento,
segundo penso, no próprio modelo constitucional de federalismo
cooperativo.
o Gestão associada.
 É possível em relação ao poder de polícia;
 Consiste no compartilhamento, entre diferentes entes
federativos, do desempenho de certas funções ou
serviços públicos de seu interesse comum;
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada
de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de
encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos
serviços transferidos.

Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: DPE-SP Prova: VUNESP - 2023 - DPE-SP - Oficial de
Defensoria
Sobre o poder de polícia, é correto afirmar que
Alternativas
A o exercício do poder de polícia autoriza a Administração a exigir do interessado o pagamento
de tarifa previamente estipulada em lei.
B ele pode ser executado por meio de um sistema de cooperação firmado entre entes
federativos, como, por exemplo, através de gestão associada.
C a existência de lei não é pressuposto de validade da polícia administrativa exercida pela
Administração Direta ou Indireta.
D em recente julgamento o Supremo Tribunal Federal fixou entendimento de que no âmbito do
exercício do poder de polícia são delegáveis os atos relativos à legislação, à sanção e à
fiscalização.
E no exercício da atividade de polícia, a Administração pode atuar exclusivamente por meio da
edição de atos normativos.

Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: PPSA Prova: VUNESP - 2016 - PPSA - Assistente Jurídico
Sobre o poder de polícia, é correto afirmar que
Alternativas
A as atividades materiais de execução podem ser delegadas aos particulares.
B é dotado de autoexecutoriedade, no sentido de que a Administração pode executar suas
próprias decisões sem que seja possível o controle posterior do ato pelo Poder Judiciário.
C visa proteger bens, serviços e instalações municipais, nos termos da Constituição Federal.
D se trata do poder conferido à Administração Pública de expedir atos administrativos gerais e
abstratos com efeitos erga omnes.
E quando se aplica uma multa, decorrente de um descumprimento contratual, está-se diante do
poder de polícia.

Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PC-RR Prova: VUNESP - 2022 - PC-RR - Auxiliar de Perito
Criminal de Polícia Civil (PROVA ANULADA)
É correto afirmar, no que concerne ao poder de polícia:
Alternativas
A - poderá ser exercido por toda Administração Pública, desde que visando a proteção do
particular em detrimento do interesse coletivo, entretanto, sempre alicerçado nos seguintes
atributos: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.
B - trata-se de um poder discricionário, que decorre dos princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, sendo que, atualmente, é exclusivo das Instituições policiais (Ex.: polícias
federal, civil e militar).
C - mesmo se tratando de um poder que decorre da supremacia do interesse público, não
possui como atributo a autoexecutoriedade, apenas a discricionariedade e, eventualmente, a
coercibilidade.
D - decorre do poder disciplinar, tratando-se de uma discricionariedade do Estado, alicerçada
na supremacia do interesse público, que é exercido, com exclusividade pelas polícias federal e
civil.
E - decorre da supremacia do interesse público em relação ao interesse do particular,
resultando limites ao exercício de liberdade e propriedade deferidas aos particulares.

Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços
de Notas e de Registros - Provimento
A respeito do poder de polícia, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A - A existência de autonomia entre as entidades federativas impede que um Município exerça
poder de polícia sobre atividade realizada pela União. (um ente não pode exercer o poder de
polícia invadindo a competência de outro, mas pode fiscalizar as atividades praticadas por
outros)
B - Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a indelegabilidade do poder de polícia impede que
as atividades materiais de verificação do cometimento de infrações sejam executadas por
pessoas jurídicas de direito privado.
C - As penas de multa, quando forem resultado do exercício do poder de polícia, são
autoexecutáveis. A execução da multa depende das vias judicias.
D - O poder de polícia tem como destinatários todos os particulares submetidos à autoridade do
Estado, não se aplicando aos vínculos formados em relação de sujeição especial com o poder
público.
E - Poder de polícia, em sentido amplo, representa o exercício de função administrativa que,
fundada em lei, restringe e condiciona o exercício de direitos e atividades privadas.

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