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Caderno de Erros

- Direito Administrativo -

Q. Concursos

Revisado dia – 25.10.


Revisado dia – 27.04.2023
Revisado dia

ATO ADMINISTRATIVO

- QUESTÃO

“A diferenciação entre atos administrativos vinculados e discricionários importa


para abrangência do controle judicial, tanto assim que a jurisprudência
dominante dos Tribunais Superiores preceitua a insidicabilidade do mérito em
matéria de politica e saúde”

Errada – O fato de um ato administrativo ser discricionário, ou seja, o


administrador ter margem para conveniência e oportunidade para agir de um
caso concreto, não impede que o ato seja submetido ao controle judicial para
realização do CONTROLE DE LEGALIDADE.

Princípio de SINDICABILIDADE – significa que todo ato administrativo pode SE


SUBMETER A ALGUM TIPO DE CONTROLE.
INFO (752) – A administração Pública pode ser obrigada por decisão do Poder
Judiciário a manter estoque mínimo determinado medicamento utilizado no
combate a certa doença grave de modo a evitar novas interrupções no
tratamento.
Não há violação ao principio da separação dos poderes no caso. Isso pq com
essa decisão o PJ não está DETERMINANDO METAS NEM PRIORIDADES do
Estado, NEM TAMPOUCO INTERFERINDO NA GESTÃO DE SUAS VERBAS. O que
está fazendo e controlar os atos e serviços da Administração que, neste caso, se
mostrarem ilegais ou abusivos, já que, mesmo o Poder Público se
comprometendo a adquirir os medicamentos, há falta em seu estoque,
ocasionando graves prejuízos aos pacientes. Assim, não tendo a Administração
adquirido o medicamento em tempo hábil a dar continuidade ao tratamento
dos pacientes, atuou de FORMA ILEGÍTIMA, violando o direito a saúde daqueles
pacientes, o que autoriza ingerência do Poder Judiciário.

- QUESTÃO

STF – “É INCONSTITUCIONAL, lei estadual que estabeleça prazo decadencial de


10 anos para anulação de atos administrativos reputados INVÁLIDOS pela
Administração Pública estadual.” – O correto: PASSADOS MAIS DE 5 ANOS
SERÃO CONSERVADOS SE NÃO FOR CONSTATADO MÁ – FÉ do seu
BENEFICIÁRIO.

HÁ PROCESSO ADMINISTRATIVO na atividade REGULAMENTAR da Adm.


Pública, caracterizado por um rito peculiar que pode contemplar a participação
ADMINISTRATIVA E ESTUDOS DE IMPACTO do conteúdo do regulamento.

- QUESTÃO:

LINDB. ART. 21 – A decisão que, nas esferas administrativa, CONTROLADORA ou


judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa DEVERÁ INDICAR DE MODO EXPRESSO SUAS CONSEQUÊNCIAS
JURÍDICAS E ADMINISTRATIVAS.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando
for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo
proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo
impor aos SUJEITOS ATINGIDOS ônus ou perdas que, em função das
peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.”

ESFERA CONTROLADORA representa os órgãos de controle interno e externo.


O CONTROLE INTERNO é uma atividade contínua, realizado por um órgão interno
da organização, como a CGU por exemplo, no âmbito Federal, e tem o objetivo
de garantir que as leis e os regulamentos sejam cumpridos e assegurar que os
erros e riscos sejam controlados e monitorados, além de certificar que a
administração está atuando em consonância com os princípios constitucionais
em todas as atividades da organização. Cabe ao controle interno comprovar a
legalidade dos atos da administração bem como avaliar os resultados quanto a
eficiência e a eficácia dos atos.
O CONTROLE EXTERNO ocorre por meio de auditorias ou inspeções realizadas nas
atividades contábil, financeira, operacional e patrimonial de forma pontual para
garantir que a administração esteja agindo conforme determina as normas
legais.
A fiscalização do controle externo é realizada por órgãos externos à organização.
Pode ser realizado por pessoas físicas ou jurídicas de fora da entidade, pelo
controle parlamentar direto, aquele realizado pelo Legislativo, pelos Tribunais de
Contas, pelo Ministério Público e pela sociedade, o controle social.

Vale lembrar que o CONTROLE INTERNO TEM CARÁTER OPINATIVO, pois não
pode alterar o modo de atuação da administração, já o CONTROLE EXTERNO
POSSUI PODERES PARA IMPOR CORREÇÕES E APLICAR SANÇÕES, caso haja
irregularidades nos atos da administração.

- QUESTÃO:
Qualquer ato praticado pela administração, seja ele vinculado ou administrativo
é passível de controle judicial. No ato discricionário, contudo, o poder judiciário
NÃO PODE APRECIAR MÉRITO, MAS SIM A LEGALIDADE.
STJ – Embora, em regra, não seja cabível ao Poder Judiciário examinar o mérito
do ato administrativo discricionário – classificação na qual se enquadra o ato
que aprecia pedido de licença de servidor para tratar interesse particular – não
se pode excluir do magistrado a faculdade de análise dos MOTIVOS e da
FINALIDADE do ato, SEMPRE QUE VERIFICADO ABUSO POR PARTE DO
ADMINISTRADOR.
ANALISAR O Por que (motivo) e Para que (finalidade).

- QUESTÃO

USURPAÇÃO DE FUNÇÃO – acontece quando uma pessoa exerce atribuições


próprias de um agente público, sem que tenham essa qualidade. Por exemplo,
uma pessoa que, fingindo ser titular do cargo de juiz, passa a celebrar casamento
civis. A conduta é tão grave que é tipificada como crime no artigo 328 do CP
brasileiro. No que concerne as consequências no âmbito administrativo, o ato
praticado pelo usurpador de função é CONSIDERADO INEXISTENTE.

A CONVALIDAÇÃO É ATO DISCRICIONÁRIO – nem sempre!


A convalidação dos atos administrativos ILEGAIS configura, em regra, atuação
DISCRICIONÁRIA da Administração Pública. Ao ponderar os princípios em
conflito no caso concreto, a Administração PODE optar motivadamente (apesar
de discricionário), pela manutenção do ato ilegal no mundo jurídico.
- A regra é que trata-se de atuação discricionária, PORÉM:
“Em determinados casos, no entanto a convalidação é vinculada. É o que ocorre,
por exemplo, no caso de ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO EDITADO POR
AGENTE PÚBLICO INCOMPETENTE. Nesse caso, o agente público competente
deverá ratificar, NECESSARIAMENTE, o ato, caso o particular tenha preenchido
os respectivos requisitos legais para edição do ato, pois, na hipótese, não há
margem de liberdade para o administrador avaliar a CONVENIENCIA E
OPORTUNIDADE na convalidação do ato, uma vez que se trata originalmente
vinculado.
O ato administrativo vinculado é aquele que contém todos os seus elementos
constitutivos vinculados à lei, não existindo dessa forma qualquer subjetivismo
ou valoração do administrador, mas apenas a averiguação da conformidade do
ato com a lei. Exemplo: Quando o administrador está frente a um fato praticado
por servidor público que merece punição, ele simplesmente tem que punir, não
há margem de liberdade nesse caso.

Ato discricionário – CONVALIDAÇÃO DISCRICIONÁRIA


Ato vinculado – se o VICIO FOR SANÁVEL – convalidação vinculada
Ato vinculado – vicio insanável – o ato devera ser anulado e outro deverá ser
praticado.
Obs. A convalidação não é uma faculdade da Administração. Sempre possível
DEVERÁ a Adm. Publica convalidar seus atos, constituindo um dever.

OS ATOS ADMINISTRATIVOS gozam de presunção RELATIVA de legalidade e


veracidade, que inverte o ônus da prova para o administrado.

ELEMENTOS – São vinculados: Forma COmpetência, e FInalidade


São discricionários: Motivo e Objeto

- QUESTÃO: I- São integrantes da administração pública indireta, com


PERSONALIDADE JURÍDICA de direito público, as autarquias, as empresas
públicas e as fundações de direito público;

ERRADO: EMPRESA PÚBLICA É PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO,


constituída por capital exclusivamente público, aliás, sua denominação
decorre da origem do seu capital, isto é, público, e poderá ser constituída
em qualquer uma das modalidades empresariais.

II- A denominada Autoridade Pública Olímpica – APO -, cujo protocolo foi


ratificado pela Lei Federal nº 12.396, de 2011, constitui-se em modalidade de
consórcio público;

CERTA: Art. 1o Ficam ratificados, na forma do Anexo, os termos do


Protocolo de Intenções celebrado entre a União, o Estado do Rio de
Janeiro e o Município do Rio de Janeiro para criação de consórcio público,
sob a forma de autarquia em regime especial, denominado Autoridade
Pública Olímpica – APO.

CONSÓRCIO PÚBLICO é a entidade pública SEM FINS LUCRATIVOS


INSTITUÍDA POR DOIS OU MAIS ENTES FEDERADOS para a consecução
de competências públicas por eles descentralizadas por lei. Pode ser
instituído como uma autarquia interfederativa: a associação pública; ou
como pessoa jurídica de direito privado.

Obs.:Cabe observar primeiro que Autarquia é gênero no qual as


Associações Publicas são espécies

Associações Públicas: os consórcios públicos, disciplinados pela Lei


11.107/2005, podem ter personalidade jurídica de direito privado ou de
direito público. Quando de direito privado, os consórcios públicos não
fazem parte da estrutura da Administração Pública. Quando de direito
público, estes consórcios públicos denominam-se “ASSOCIAÇÕES
PÚBLICAS” – conforme prescreve o artigo 41, V, do CC/02. Nesse caso, o
consócio público será uma AUTARQUIA INTEGRANTE,
SIMULTANEAMENTE, DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DE MAIS DE UM
ENTE FEDERADO, figura que a doutrina tem chamado de autarquia
INTERFEDERATIVA ou MULTIFEDERADA (ou, ainda,multifederativa).

Autarquia sob regime especial: é expressão empregada pela doutrina e


pelas leis para se referirem a qualquer autarquia cujo regime jurídico
apresenta alguma peculiaridade –essas particularidades variam-,
comparado com o regime jurídico geral das autarquias comuns.

III- O Presidente da República, por motivo de interesse público relevante, poderá


avocar e decidir qualquer assunto na esfera da Administração Federal;

CERTA - Decreto-Lei 200/67 - Art. 170. O Presidente da República, por


MOTIVO RELEVANTE de INTERÊSSE PÚBLICO, poderá avocar e decidir
qualquer assunto na esfera da Administração Federal.

IV- O ato que aguarda a ocorrência de um termo ou condição para que seus
efeitos possam ser fruídos pelos respectivos destinatários é chamado de ineficaz;

ERRADO: EFICÁCIA É A IDONEIDADE QUE TEM O ATO ADMINISTRATIVO


PARA PRODUZIR SEUS EFEITOS. Em outras palavras, significa que o ato
está pronto para atingir o fim a que foi destinado. Se o ato completou
seu ciclo de formação, podemos considerá-lo eficaz, e isso ainda que
dependa de termo ou condição futuros para ser executado. O termo e a
condição, como veremos adiante, podem constituir óbices à
operatividade do ato, mas nem por isso descaracterizam sua eficácia."

V- A revogação do ato administrativo tem efeitos ex nunc.

Certo: Não retroagem, pois, até o momento da revogação OS ATOS ERAM


VALIDOS (LEGAIS)
- QUESTÃO: "A grande dificuldade com relação ao desvio de poder é a sua
comprovação, pois o agente não declara a sua verdadeira intenção; ele procura
ocultá-la para produzir a enganosa impressão de que o ato é legal. Por isso
mesmo, o desvio de poder comprova-se por meio de indícios; são os sintomas a
que se refere Cretella Júnior (1977: 209-210):
a)a motivação insuficiente;
Exemplo: Determinação de recapear um bairro nobre inteiro, em razão
pura e simplesmente de um buraco

b)a motivação contraditória;


Exemplo: Determinação a retirada de todos pardais de ultima geração
(nos arredores das escolas) por fiscalizadores eletronicos mais fracos, sob
o motivo de melhorar a segurança em torno das escolas.

c)a irracionalidade do procedimento, acompanhada da edição do ato;


Exemplo: Determinar que nenhuma criança poderá sair as ruas após o
horário da escola – mesmo que para urgências medicas - mediante edição
de ato em seguida já assinado

d)a contradição do ato com as resultantes dos atos;


Exemplo: Criar ato normativo (que necessitava de licitação para mais
equipamento de fruição de trânsito) adicionando dezenas de sinaleiros
na cidade a fim de houvesse fluidez e rapidez no transito, todavia a
exorbitante quantidade de equipamentos só piorou a situação do
motorista aumentando a quantidade de empo no transito.

e)a camuflagem dos fatos;


Exemplo: Por não cuidar das ruas do município, estas ficaram extremante
danificadas e para camuflar o administrador determinou que fosse posto
cascalhos (prometendo que posteriormente faria a recapeação).

f) a inadequação entre os motivos e os efeitos;


Exemplo: A pretexto de trazer melhor ambiente a cidade o administrador
determina a construção de um lago no município, todavia este lago
apenas serviu para valorizar o imóvel do administrador que fica ao lado.
g)o excesso de motivação".
Exemplo: O administrador esta excessuvamente motivado na mudança
dos moveis do órgão que trabalha tendo conhecimento que sua filha é
dona de uma das empresas concorrente a licitação (e provavelmente ira
ser a escolhida, pois ele repassou inicialmente qual o melhor valor)

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