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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................3
2. Objectivos gerais......................................................................................................................4
3. Objetivos específicos................................................................................................................4
4. Metodologia..............................................................................................................................4
5. Democracia...............................................................................................................................5
5.1. História do surgimento da Democracia.............................................................................5
5.2. Origem..............................................................................................................................5
5.3. A intervenção de alguns filósofos gregos na noção da democracia..................................5
5.4.  A noção de Democracia na Filosofia moderna....................................................................7
5.5. A noção de Democracia na contemporaneidade...............................................................7
6. Ideologia...................................................................................................................................9
7. Liberdade e opinião pública.....................................................................................................9
8. A liberdade em sentido valorativo............................................................................................9
9. Concepção liberal...................................................................................................................10
10. Concepção republicana.......................................................................................................10
11. Tipos de democracia...........................................................................................................11
11.1. Democracia racial........................................................................................................11
11.2. Democracia direta........................................................................................................12
11.3. Democracia indireta ou representativa........................................................................12
11.4. Democracia liberal......................................................................................................13
11.5. Social-democracia.......................................................................................................13
11.6. Democracia participativa.............................................................................................14
11.7. Democracia moderna...................................................................................................14
12. Características da democracia.............................................................................................14
13. Funções da democracia.......................................................................................................15
14. Vantagens e desvantagens da democracia..........................................................................15
14.1. Democracia directa......................................................................................................15
14.2. Democracia indireta ou representativa........................................................................16
14.3. Democracia liberal......................................................................................................16
15. Conclusão...........................................................................................................................17
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16. Referencia bibliográfica......................................................................................................18


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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema ’’Democracia’’, serão abordados aspectos ligados a
origem, modelos, ideologias, funcionamento, características e vantagens.

O conceito de democracia é mais antigo do que se imagina. Surgiu na Grécia Antiga, em 510


a.C., quando o aristocrata Clístenes, progressista, foi o líder de uma revolução contra o último
tirano a governar Atenas.

Em geral, democracia é a prática política de dissolução, de alguma maneira, do poder e das


decisões políticas em meio aos cidadãos.

A Democracia é a institucionalização da liberdade. Ela aponta sempre para a maioria sem


desprezar as minorias.
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2. Objectivos gerais
 Analisar a participação popular e a democracia.

3. Objetivos específicos
 Descrever as características da democracia e reflectir sobre o governo democrático;
 Compreender o modelo de democracia grega e a sua ideologia;
 Descrever as vantagens e desvantagens da democracia.

4. Metodologia
Para Gil  (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é
necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que
possibilitou chegar ao conhecimento.

Para realização deste trabalho, a metodologia usada foi a consulta bibliográfica e internet que
constituiu na leitura e análise das informações de várias obras que abordam sobre o tema.
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5. Democracia
5.1. História do surgimento da Democracia
5.1.1. Origem
O conceito de democracia é mais antigo do que se imagina. Surgiu na Grécia Antiga, em 510
a.C., quando o aristocrata Clístenes, progressista, foi o líder de uma revolução contra o último
tirano a governar Atenas. Assim, após a derrubada, iniciou reformas que ajudaram a implantar a
democracia.
Dessa forma, Atenas se dividiu em dez unidades, chamadas de “demos”, sendo o elemento
principal da reforma política e organizacional da cidade. Por conta disso, o novo regime foi
denominado de “demokratia”. O termo, inclusive, tem como significado “poder do povo”, já que
“demo” é “povo” e “kratia”, “poder”.

Em geral, democracia é a prática política de dissolução, de alguma maneira, do poder e das


decisões políticas em meio aos cidadãos.

A Democracia é a institucionalização da liberdade. Ela aponta sempre para a maioria sem


desprezar as minorias.

A cidadania é um valor absoluto com o qual o indivíduo defende com a própria vida. É o
caso do filósofo Sócrates, que por força das suas convicções democráticas entrega-se ao decreto
dos juízes, sendo levado à morte em função dos crimes que lhe acusaram. Ainda que inocente,
cumpre as leis por considerá-las primordiais à saúde do Estado.

5.2. A intervenção de alguns filósofos gregos na noção da democracia

É na Grécia Antiga que encontramos dois primeiros grandes mestres do pensamento político
e social: Platão e seu discípulo, Aristóteles.

  Platão e Aristóteles refletiram sobre as principais questões políticas de sua época e


redigiram algumas obras onde aparece de forma clara suas ideias em torno da política grega e
atenienses e, com base na análise das sociedades e suas respectivas relações sociopolíticas,
procuraram dividi-las naquilo que eles próprios denominaram de as formas justas e degeneradas
do Estado.
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Segundo Mondin (1980), partindo do princípio de que o fim do Estado é facilitar o


alcance do bem comum, tanto Platão quanto Aristóteles dividem as constituições possíveis (ou
seja, as possíveis formas de governo) em duas categorias: justas e injustas. Afirmam que ocorrem
três formas de constituições justas e outras tantas injustas. Constituições justas são aquelas que
servem ao bem comum e não só aos interesses dos governantes. Estas são a monarquia, isto é, o
comando de um só que cuida do bem de todos; a aristocracia, isto é, o comando dos virtuosos,
dos melhores, que cuidam do bem de todos sem se atribuir nenhum privilégio;
a república ou política, isto é, o governo popular que cuida do bem de toda a cidade. Ao
contrário, constituições injustas são aquelas que servem aos interesses dos governantes e não ao
bem comum. São elas: a tirania, ou seja, o comando de um só chefe que persegue o próprio
interesse; a oligarquia, ou seja, o comando dos ricos que procuram o bem económico pessoal; a
toda a diferença social em nome da igualdade.

Em suas obras, tal como A república, Platão define a democracia como o estado no qual reina a
liberdade e descreve uma sociedade utópica dirigida pelos filósofos, únicos conhecedores da
autêntica realidade, que ocupariam o lugar dos reis, tiranos e oligarcas.

Segundo Bobbio, Matteucci e Pasquini (1998), Aristóteles subdistingue cinco formas:

1) Ricos e pobres participam do Governo em condições paritárias. A maioria é popular


unicamente porque a classe popular é mais numerosa;

2). Os cargos públicos são distribuídos com base num censo muito baixo;

3) São admitidos aos cargos públicos todos os cidadãos entre os quais os que foram privados de
direitos civis após processo judicial;

4) São admitidos aos cargos públicos todos os cidadãos sem exceção; e

5). Quaisquer que sejam os direitos políticos, soberana é a massa e não a lei. Este último caso é o
da dominação dos demagogos ou seja, a verdadeira forma corrupta do Governo popular.

De modo geral, Platão e Aristóteles acreditam que o Estado, para que ele possa cumprir sua
função essencial de garantir a paz, a justiça e o bem-estar para todos, é necessário dispor de um
governo sábio e justo. O bom governo depende da virtude de bons governantes e as massas
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devem ser dirigidas por homens que se distinguem pelo saber, sendo levados assim a conceber
uma espécie sofocracia, um governo dos sábios. Para Platão, a política é a arte de governar os
homens e o político é precisamente aquele que conhece a arte da política. Para governar uma
cidade é preciso conhecer esta arte.

5.3.  A noção de Democracia na Filosofia moderna  


Foi nesta mesma época que surgiu a democracia representativa. Em especial com uma
obra chamada Espírito das Leis de Montesquieu, marcou para uma nova política na
modernidade. Este pensador vai distinguiu três tipos de governo com características respectivas:
 O despotismo pelo qual se depreende o temor;
 A monarquia pela qual prevalece a honra;
 A democracia através da qual um governo se fez guiado pela virtude.

Bobbio cita a doutrina de Bigne Villeneuve, segundo esta, sendo os homens iguais, tem
todos iguais direitos no que diz respeito à prática do poder. Dessa forma, a soberania não pode
pertencer a um, ou a um grupo. Sendo todos iguais, o lugar da soberania deve ser entre a
multidão e esta seria sua origem.

Também, Rousseau torna-se, um dos maiores defensores da democracia.

Teórico do iluminismo, junto com Rousseau, Voltaire e tantos outros, Montesquieu descreve


três formas de Governo: república, monarquia e despotismo, sendo que a forma republicana de
Governo compreende tanto a república democrática como a aristocrática, quase sempre tratadas
separadamente. Quando o discurso visa os princípios de um Governo, o princípio próprio da
república, a virtude, é o princípio clássico da Democracia e não da aristocracia.

5.4. A noção de Democracia na contemporaneidade

  Um dos pensadores contemporâneos cuja ideia de Democracia é um tema recorrente em


suas obras é Noberto Bobbio. Podemos verificar facilmente isso no contexto de suas obras dentre
as quais podemos destacar:

 O futuro da democracia (cuja segunda edição ampliada é de 1991);


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  O texto “Democracia e ditadura”, inserido no livro Estado, governo e sociedade: para


uma teoria geral da política (1985);
  os capítulos “Democracia: os fundamentos” e “Democracia: as técnicas”, integram o
livro Teoria geral da política: a filosofia política e a lição dos clássicos (1999).

Segundo Bobbio (1998), na teoria contemporânea da Democracia confluem três grandes


tradições do pensamento político:

a) A teoria clássica, divulgada como teoria aristotélica, das três formas de Governo, segundo
a qual a Democracia, como Governo do povo, de todos os cidadãos, ou seja, de todos aqueles
que gozam dos direitos de cidadania, se distingue da monarquia, como Governo de um só, e da
aristocracia, como Governo de poucos;

b) A teoria medieval, de origem "romana, apoiada na soberania popular, na base da qual há


a contraposição de uma concepção ascendente a uma concepção descendente da soberania
conforme o poder supremo deriva do povo e se torna representativo ou deriva do príncipe e se
transmite por delegação do superior para o inferior;

c) A teoria moderna, conhecida como teoria de Maquiavel, nascida com o Estado moderno
na forma das grandes monarquias, segundo a qual as formas históricas de Governo são
essencialmente duas: a monarquia e a república, e a antiga Democracia nada mais é que uma
forma de república (a outra é a aristocracia), onde se origina o intercâmbio característico do
período pré-revolucionário entre ideais democráticos e ideais republicanos e o Governo
genuinamente popular é chamado, em vez de Democracia, de república.

Neste mesmo verbete encontramos a seguinte definição de Democracia como órgão político
máximo, a quem é assinalada a função legislativa, devendo ser composto de membros direta ou
indiretamente eleitos pelo povo, em eleições de primeiro ou de segundo grau;

Junto do supremo órgão legislativo deverá haver outras instituições com dirigentes eleitos,


como os órgãos da administração local ou o chefe de Estado (tal como acontece nas repúblicas);

Todos os cidadãos que tenham atingido a maioridade, sem distinção de raça, de religião, de
censo e possivelmente de sexo, devem ser eleitores;

Todos os eleitores devem ter voto igual;


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Todos os eleitores devem ser livres em votar segundo a própria opinião formada o mais
livremente possível, isto é, numa disputa livre de partidos políticos que lutam pela formação de
uma representação nacional;

O órgão do Governo deve gozar de confiança do Parlamento ou do chefe do poder executivo,


por sua vez, eleito pelo povo.

6. Ideologia  
Marilena Chauí (2006) diz que a ideologia é um ideário histórico, social e político que oculta
a realidade, oculta é uma forma de assegurar e manter a exploração.
Neste sentido, ideologia é algo que está presente inevitavelmente na política de um partido. Ela
representa a diretriz pela qual um governo assume certas orientações. Desse modo, até a forma
de governar advém de uma certa ideologia que ao contrário de pretender dominar, aspira por
transformações sociais e mudanças efetivas nas estruturas.

Althusser (1918-1990), considera ideologia como próprio processo de cognição do mundo.


Ela é a compreensão no sentido da codificação do mundo que faz com que os indivíduos tomem
consciência dos seus actos. O autor propõe a ideologia como um elemento omnipresente, trans-
histórico e manifesto desde sempre na história da humanidade.

7. Liberdade e opinião pública


Vimos na discussão acerca da Democracia que em alguns momentos ela se confunde com a
própria liberdade. Ou melhor, parece que toda democracia conserva a liberdade como valor
universal para o qual devem ser direcionados todos os princípios, práticas e teorias. Através da
história da humanidade a liberdade é o núcleo a partir do qual se movem todas as acções. Desse
modo, a própria natureza da política faz exigências quanto à acção livre, tomando-a
frequentemente como seu pressuposto. Pois a ideia de progresso sempre busca equacionar a
liberdade do indivíduo às leis e sua vigência.

8. A liberdade em sentido valorativo


É usada mais como exortação, como palavra de ordem em situações de euforia. Possui
diferentes significações conforme os modelos éticos.
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Em Diálogos em torno da República (2002), Bobbio retoma a discussão e mantém uma


preocupação atenta para uma terceira compreensão de liberdade que ultrapassa o modelo
democrático e liberal. Apresenta-nos a liberdade a partir de uma compreensão republicana. A
resolução dada por este modelo aprofunda uma problemática não desfeita nem pelo liberalismo,
ou mesmo pela democracia. Dessa forma, expõe suas ideias dentro das seguintes definições.

Positiva, que privilegia a autonomia. É uma acção que vai de conformidade com a lei, mas
por uma lei autónoma, aceita voluntariamente distintamente de uma lei heterogénea, lançada à
força. Revela nosso poder de decidir as normas que regulam a vida social.

9. Concepção liberal
É uma liberdade negativa porque pressupõe a ausência de interferência, propondo assim a
independência. Esta, enquanto capacidade de dar leis a si mesmo, encontra-se como princípio do
pensamento político liberal. Sob esta perspetiva, a liberdade é algo que se opõe à lei, pois
qualquer lei é restritiva da liberdade. Ser livre é não ser submetido à interferência.

10. Concepção republicana


Significa não depender da vontade arbitrária de algum indivíduo. Sustenta-se que, para
realizar a vontade política é preciso opor-se à interferência e à coerção em sentido próprio. Opor-
se à dependência, pois esta enquanto um constrangimento da vontade torna-se a própria violação
da liberdade.

A liberdade manifesta-se na possibilidade de expressão, depois da quebra do poder das


grandes ideologias, a opinião pública torna-se o factor de representatividade da percepção da
visão de mundo e das revindicações para obtenção da liberdade social. A liberdade política
concretiza-se através da opinião pública. Esta compõe um dos elementos que mais tem recebido
atenção nos últimos tempos para uma compreensão da democracia, alçando, em alguns
momentos, o escopo a partir do qual se sugerem as mudanças sociais. A opinião pública constitui
um dos temas mais contemporâneos da Ciência Política, implicando em questões de complexas
abordagens e com implicações que se estendem às interferências do senso comum e da ética.
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Foi a partir do século XVIII que o seu estudo passou a ser associado às questões do Estado,
destacadamente o Estado Liberal-Burguês. Mas no decorrer da história várias considerações se
interpuseram para analisar esse fenómeno. Bonavides cita algumas dessas considerações:

 Os publicistas de língua inglesa que falam acerca da impossibilidade de sua definição,


percebendo que tão pouco algo pode ser denominado usualmente como opinião pública.
É destacado o modo como esta manifestação política deveria ter um sentido de
representatividade, mas dilui-se na opinião vaga e generalizada acerca daquilo que
veicula. Trata-se de um pensamento formado em coletivo, o que para alguns seria algo
impossível de se definir, a mera opinião;

 Schaeffle diz ser uma reacção, juridicamente informe, das massas ou de camadas
individuais da sociedade contra a autoridade;

 Schimoller destaca-a enquanto resposta manifesta pela parte passiva da sociedade, o


povo dirigindo-se ao modo como age a parte activa que é o Estado;

 Toennies a considera uma forma que expõe a vontade social, e que demanda a execução
de normas que tenham validez geral.

 Jellinek afirma que a opinião pública não passa do ponto de vista da sociedade sobre
assuntos de natureza política e social.

11. Tipos de democracia


As democracias podem ser classificadas quanto aos tipos diferentes, com base no modo como
se organizam, e também podem apresentar diferentes estágios de desenvolvimento. Por isso, o
termo é amplo e de difícil definição, pois o simples ato de dizer que “a democracia é o poder do
povo" ou de associar democracia à prática de eleições não define o conceito em sua totalidade.

11.1. Democracia racial


A democracia racial é um conceito que apareceu na obra literária Casa-grande e senzala, do
sociólogo Gilberto Freyre. O autor denominava essa variação de democracia étnica.
Passou, então, a ser utilizado depois que alguns pesquisadores chegaram à conclusão de que, no
Brasil, não existiam conflitos diretamente ligados ao racismo. A essas declarações, várias críticas
de outros estudiosos foram publicadas, pois não é possível dizer que não há racismo no Brasil.
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Por conta disso, hoje o termo é utilizado na expressão que critica a teoria, de “mito da
democracia racial”.

11.2. Democracia directa


É a forma clássica de democracia exercida pelos atenienses. Não havia eleições de
representantes. Havia um corpo de cidadãos que legislava. Os cidadãos reuniam-se na ágora, um
local público que abrigava as chamadas assembleias legislativas, onde eram criadas, debatidas e
alteradas as leis atenienses. Cada cidadão podia participar diretamente emitindo as suas
propostas legislativas e votando nas propostas de leis dos outros cidadãos.

Os cidadãos atenienses tinham muito apreço por sua política e reconheciam-se como
privilegiados por poderem participar daquele corpo tão importante para a cidade, por isso eles
levavam a sério a política. Os cidadãos preparavam-se, mediante o estudo da Retórica, do Direito
e da Política, para as assembleias. Eram considerados cidadãos apenas homens, em sua
maioridade, nativos de Atenas ou filhos de atenienses e livres. As decisões, então, eram tomadas
por todos, o que era viável devido ao número reduzido de cidadãos.

11.3. Democracia indireta ou representativa


Já a democracia indireta, ou também conhecida como representativa, é o tipo mais comum do
regime democrático. Acontece quando o povo elege representantes que serão os responsáveis por
decidir em nome da população. São eleitos para mandatos políticos com validade determinada e,
teoricamente, devem agir em prol de seus eleitores. Vários fatores contribuíram para a formação
desse tipo de democracia, dos quais podemos destacar:
Sufrágio universal;

 Existência de uma Constituição que regulamenta a política, a vida pública e os direitos e


deveres de todos;
 Igualdade de todos perante a lei, o que está estabelecido pela Constituição;
 Necessidade de elegerem-se representantes, pois não são todos que podem participar;
 Necessidade de alternância do poder para a manutenção da democracia.

As democracias representativas são regidas por constituições que estabelecem um Estado


Democrático de Direito. Nessas organizações políticas, todo cidadão é considerado igual perante
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a lei, e todo ser humano é considerado cidadão. Não pode haver desrespeito à constituição, que é
a carta maior de direitos e deveres do país, e os cidadãos elegem representantes que vão legislar e
governar em seu nome, sendo representantes do poder popular nos poderes Executivo e
Legislativo

11.4. Democracia liberal

Com bases nos princípios do Liberalismo, a democracia liberal prega a não-intervenção do


Estado, seja na economia, seja nos direitos individuais dos cidadãos. Assim, o Estado laico e o
princípio da isonomia são importantes conceitos dessa vertente democrática.

A Democracia Liberal é, portanto, um modelo político no qual a população possui maior


liberdade para expressar suas ideias e opiniões para participar do ambiente no qual está inserida.

Para que esses direitos sejam preservados, algumas práticas são comuns. Veja alguns exemplos:

 Direito a voto para a escolha dos representantes políticos do país;


 Fontes de informação diversificadas, sem um canal centralizado pelo governo para o
compartilhamento de dados;
 Igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
 Liberdade de imprensa para publicação de conteúdos (mesmo que críticos ao governo
atual);
 Possibilidade de candidatura aos cargos públicos, permitindo a participação ativa na
política para os membros interessados;
 Realização de eleições livres, com prazo determinado para uma nova seleção dos
representantes.
Além disso, existem ainda outras características comuns dentro de uma Democracia Liberal
como pluralidade política, direito à propriedade privada ou a presença de livre mercado.

11.5. Social-democracia
Já a social democracia é uma vertente política que prega princípios de igualdade, liberdade e
justiça social. Esse último, inclusive, requer que o regime apoie a intervenção do Estado em um
papel de regulação do funcionamento da máquina pública, nas esferas política, econômica e
social.
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Essa combinação de proteção estatal aos direitos individuais, intervencionismo econômico e


busca por justiça social leva ao conceito de bem-estar social, amplamente praticado em países
desenvolvidos, como Canadá, Portugal, Suécia, entre outros.

11.6. Democracia participativa


Nem uma democracia direta, como era feita na Antiguidade, e nem totalmente indireta, como
acontece com a democracia representativa, a democracia participativa mescla elementos de uma
e de outra. Existem eleições que escolhem e nomeiam membros do Executivo e do Legislativo,
mas as decisões somente são tomadas por meio da participação e autorização popular.

Essa participação acontece nas assembleias locais, em que os cidadãos participam, ou pela
observação de líderes populares, nas assembleias restritas, que podem ou não ter direito a voto.
Também acontecem plebiscitos para ser feita uma consulta popular antes de tomar-se uma
decisão política. Esse tipo de democracia permite uma maior participação de cidadãos, mesmo
com a ampliação do conceito de cidadania e pode ser chamada democracia semidirecta."

11.7. Democracia moderna


Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, entoados como mantras durante a Revolução
Francesa, são um forte símbolo da democracia moderna, que nasce ao mesmo tempo que o
republicanismo. Porém, vale lembrar que república e democracia não são sinônimos. A
democracia moderna prevê a criação de um Estado de Direito, onde todos são, a princípio, livres
e iguais, não importando a origem, a classe social, a cor ou a religião.
Estado Democrático moderno deve ser laico, para que contemple as pessoas de todas as religiões
existentes.

12. Características da democracia


Sistematicamente, democracia e ditadura são termos opostos. Não é o simples fato de haver
escolha política em um país (eleição) que o torna, automaticamente, uma democracia. Muitas
ditaduras permitem eleições para que o processo político pareça mais legítimo. Porém, a
ausência de participação popular na política e outros fatores podem denominar o que chamamos
de ditadura.
Para ser considerado, efetivamente, uma democracia, um país deve conter, entre outras coisas:
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 Liberdade de expressão e de imprensa;


 Possibilidade de voto e elegibilidade política;
 Liberdade de associação política;
 Acesso à informação;
 Eleições idôneas.

A não observância dos fatores anteriores, somada a outros fatores, como a derrubada de uma
constituição legal sem a formação de uma Assembleia Constituinte, pode indicar a existência de
uma ditadura.

Quando um Estado Democrático de Direito, representado pela Constituição, é, por algum


motivo, suspenso, interrompido ou deixado de lado, podemos dizer que há a formação de um
Estado de exceção, que é uma das características de uma ditadura."

13. Funções da democracia


Ela tem como função a proteção aos direitos humanos, assim como reconhece no indivíduo
alguém capaz de se organizar e fundar suas estruturas de reivindicação, assegurando a mesma
proteção legal para todos.

14. Vantagens e desvantagens da democracia.


14.1. Democracia directa
Já a forma direta tem como vantagens que levanta questões que os partidos políticos e os
políticos profissionais nunca levantarão, devido às teias de cumplicidades diretas e indiretas
resultantes dos financiamentos; devolve o poder aos cidadãos, tornando-os responsáveis diretos
pela condução dos seus destinos, não permitindo a transferência de culpas ou responsabilidades
para entidades impessoais ou abstractas; como a única forma de representação será a
representação por Delegação, esses delegados serão mais responsáveis perante os cidadãos que
os tradicionais“ deputados” ou representantes;

Aumenta a ligação entre a comunidade local e os cidadãos que a formam e a


política; aumenta a qualidade da legislação assim como a amplitude com que esta é aplicada;
aumenta a eficácia de mecanismos de democracia participativa como as petições e os referendos;
devolve aos cidadãos o controlo do Parlamento e do Governo da República
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14.2. Democracia indirecta ou representativa


A vantagem desse tipo de organização política é a exequibilidade, e sua desvantagem é a
brecha para a corrupção e para a atuação política em benefício do bem privado e não do bem
público. Por ser um sistema em que a participação política não é exercida diretamente, mas por
meio de representações, ele é chamado de democracia indireta."

14.3. Democracia liberal


A Democracia Liberal é defendida de uma forma geral como um dos melhores regimes
políticos que os países podem adotar. E isso acontece porque traz algumas vantagens
interessantes, ao menos do ponto de vista teórico.

Em primeiro lugar, em tese, esse é o modelo político que garante maior participação ativa da
sociedade. Após eleger seus representantes, os cidadãos devem acompanhar e monitorar se as
ações tomadas seguem o desejo dos habitantes.

Além disso, há um melhor alinhamento entre os políticos e a população na medida em que,


após um período relativamente curto de tempo, as eleições voltam a ser convocadas. Ou seja, se
a entrega não for vista como positiva, ele pode perder o seu cargo.

Por fim, tudo é muito mais transparente em relação a outros tipos de regime, especialmente
em uma ditadura (onde até mesmo as informações ficam centralizadas na mão dos governantes).
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Conclusão
Após a abordagem do tema concluiu-se que, a democracia é um sistema de governo que está
preocupado com interesse da maioria, todavia, nesse sistema vi como o melhor modelo a
democracia representativa, onde no seu funcionamento é representado na assembleia pelos
deputados e ministros.

De tal maneira, o tema é muito importante abordar a matéria acima epígrafe, visto que, ajuda
abrir o estado neurológico do estudante, na medida em que este passa a saber os objectivos e as
funções desta forma de governo.

De um amplo leque de alternativas, este artigo abordou especificamente operativos


argumentativos e coesão referencial, dentre inúmeros temas possíveis alguns deles brevemente
mencionados no início do trabalho com intuito de explicar a perspectiva defendida ao longo do
trabalho.
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Referência bibliográfica

ARBLASTER, A. A democracia. Lisboa: Estampa, 1988.

BOBBIO, N. Do Fascismo à Democracia: os regimes, as ideologias, os personagens e as culturas


políticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de


BONAVIDES, Paulo. Ciência política. São Paulo: Malheiros, 2010.
DAVIES, J. K. Democracy and classical Greece. Londres: Fontana, 1978.
FINLEY, M. I. A democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FORREST, W. G. The emergence of greek democracy. Londres: Weidenfeld & Nicolson, 1966.
JONES, A. H. M. Atheniam democracy. Oxford: Basil Blackwell, 1957.

MONDIN, B. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. Tradução de J. Renard.


São Paulo: Paulus, 1980.

MOSSÉ, Claude. Historia de una democracia, Atenas. Madrid: Akal Ediciones, 1987.

Política. trad. Carmen C, Varriale et al.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis
Guerreiro Pinto Cacais. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1998. Vol I.

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