Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Tema: A democracia, ambiente ideal para o desenvolvimento integral da pessoa

Estudante:

Herculano Fernandes da Zita Viegas

Lichinga, Agosto de 2023


A democracia, ambiente ideal para o desenvolvimento integral da pessoa

Estudante: Herculano Fernandes da Zita Viegas

Trabalho individual submetido a Faculdade


de Gestão de Recursos Florestais e
Faunísticos na Universidade Católica de
Moçambique

Orientado por:

Pé. Agostinho Rosário

Lichinga, Agosto de 2023


Índice
Introdução...................................................................................................................................1

Objectivo Geral.......................................................................................................................1

Objectivo específicos:.............................................................................................................1

O sentido original da democracia e seu desenvolvimento no tempo..........................................2

Conceito da democracia e sua efectiva expansão.......................................................................2

A democracia segundo os pais do pensamento político: Platão e Aristóteles.............................2

John Locke e Jean-Jacques Rousseau.........................................................................................3

A democracia no actual contexto da globalização......................................................................3

Os desafios à democracia............................................................................................................4

Conclusão....................................................................................................................................5

Bibliografia.................................................................................................................................6
Introdução
Não é pensável participação alguma sem o conhecimento dos problemas da comunidade
política, dos dados de fato e das várias propostas de solução dos problemas. E necessário
assegurar um real pluralismo neste delicado âmbito da vida social, garantindo uma
multiplicidade de formas e de instrumentos no campo da informação e da comunicação,
facilitando também condições de igualdade na posse e no uso de tais instrumentos, mediante
leis apropriadas. Entre os obstáculos que se opõem a realização plena do direito a objetividade
da informação, merece especial atenção o fenómeno das concentrações editoriais e televisivas,
com perigosos efeitos para o inteiro sistema democrático, quando tais fenómenos
correspondem liames cada vez mais estreitos entre a atividade governativa, os poderes
financeiros a informação (Vieira, D. 2012).

Objectivo Geral
 Estudar a democracía no ambito da teologia.

Objectivo específicos:
 Compreender a relaçao entrefé e politíca;
 Analisar o papel das religioes na formaçao de sociedades democraticas;
 Analisar os princípios éticos que sustentam a democracia.

1
O sentido original da democracia e seu desenvolvimento no tempo
A democracia tem suas raízes na Antiga Grécia, especificamente na cidade-estado de Atenas.
Na Grécia Antiga, a democracia começou como um sistema de governo no qual todos os
cidadãos tinham o direito de participar das assembleias e tomar decisões políticas. No entanto,
apenas os homens livres e nascidos em Atenas eram considerados cidadãos, excluindo
mulheres, escravos e estrangeiros.

No sentido original da palavra, "democracia" é derivada das palavras gregas "demos", que
significa "povo", e "kratos", que significa "poder" ou "governo". Portanto, a democracia
significa literalmente "governo do povo".

Conceito da democracia e sua efectiva expansão


A democracia promove a ideia de que todos os cidadãos são iguais perante a lei e têm o
direito de expressar suas opiniões, manifestar suas ideias e participar do processo político.
Além disso, é baseada em princípios como a proteção dos direitos humanos, liberdade de
expressão, liberdade de imprensa, separação de poderes e respeito à diversidade e pluralidade
de opiniões.

No contexto da teologia, a democracia pode ser abordada de diferentes perspectivas,


dependendo das visões e interpretações religiosas. Alguns teólogos defendem a
compatibilidade entre os princípios democráticos e os valores religiosos, enquanto outros
argumentam que certas concepções teológicas podem entrar em conflito com a ideia de
democracia.

A democracia segundo os pais do pensamento político: Platão e Aristóteles


Platão e Aristóteles têm abordagens distintas em relação à democracia.

Platão, em sua obra “A República”, critica a democracia como um sistema falho no qual o
poder é exercido pela maioria, que nem sempre tem conhecimento ou capacidade de tomar
decisões sábias. Ele defende a ideia de uma cidade ideal governada por filósofos-reis, que
seriam os mais capacitados para tomar decisões justas e benéficas para a sociedade como um
todo.

Por outro lado, Aristóteles, em sua obra “Política”, vê a democracia como um dos regimes
políticos possíveis, embora não seja o ideal. Para Aristóteles, a democracia é um sistema em
que o poder é exercido pela maioria dos cidadãos. No entanto, ele observa que a democracia

2
pode se degenerar em demagogia, na qual um líder carismático manipula as massas em
benefício próprio.

Apesar das críticas de Platão e das preocupações de Aristóteles, ambos reconhecem a


importância da participação popular na tomada de decisões políticas. A democracia, mesmo
com suas imperfeições, é vista como um sistema preferível em relação a outros regimes, como
a tirania ou a oligarquia. Essas visões de Platão e Aristóteles influenciaram o pensamento
político ocidental ao longo dos séculos (Pansieri, F. & Sampar, R. 2016).

A Democracia Segundo John Locke e Jean-Jacques Rousseau


John Locke e Jean-Jacques Rousseau são considerados importantes pensadores da democracia
moderna.

John Locke, em sua obra "Dois Tratados sobre o Governo Civil", defende a ideia de um
contrato social entre o governo e os cidadãos. Ele acredita que os indivíduos têm direitos
naturais, como vida, liberdade e propriedade, e que o governo deve proteger esses direitos.
Para Locke, a democracia é um sistema no qual o governo é estabelecido com o
consentimento dos cidadãos e onde eles têm o direito de participar na tomada de decisões
políticas (Locke J, 1689).

Jean-Jacques Rousseau, em sua obra "O Contrato Social", argumenta que a soberania reside
no povo como um todo e não pode ser delegada a governantes. Ele defende a ideia de uma
democracia direta, onde os cidadãos participam ativamente nas decisões políticas por meio de
assembleias populares. Rousseau acredita que a democracia verdadeira só pode ser alcançada
quando há uma vontade geral que reflita o interesse e o bem comum de toda a sociedade.

A democracia no actual contexto da globalização


A democracia no contexto atual da globalização enfrenta uma série de desafios e mudanças
significativas.

A globalização, com o avanço da comunicação e do comércio internacional, trouxe maior


interconexão e interdependência entre os países. No entanto, também deu origem a desafios
para a democracia. Algumas das questões pertinentes incluem:

1. Desafios para a soberania nacional: A globalização pode limitar a capacidade dos


governos nacionais de tomar decisões autônomas em áreas como economia, meio ambiente e

3
migração. Isso pode levantar questões sobre a legitimidade da democracia quando as decisões
são tomadas por atores internacionais ou instituições supranacionais.

2. Desigualdade econômica: A globalização tem intensificado as disparidades econômicas e


sociais entre as nações e dentro delas. Por sua vez a falta de inclusão pode levar à erosão da
confiança nas instituições democráticas.

3. Influência corporativa e financeira: A globalização aumentou o poder e a influência das


corporações e instituições financeiras transnacionais. Isso pode resultar em uma concentração
de poder nas mãos de poucos, em detrimento da participação democrática. A influência do
dinheiro na política também pode comprometer a representatividade e a transparência.

4. Aumento do nacionalismo e do populismo: A globalização tem sido acompanhada por


um ressurgimento do nacionalismo e do populismo em várias partes do mundo. Essas
correntes políticas muitas vezes questionam os princípios democráticos, enfatizando a
exclusão e o fortalecimento do poder executivo em detrimento de outros poderes
institucionais.

Os desafios da democracia.
Entre as deformações do sistema democrático, a corrupção política é uma das mais graves
porque trai, ao mesmo tempo, os princípios da moral e as normas da justiça social;
compromete o correto funcionamento do Estado, influindo negativamente na relação entre
governantes e governados, introduzindo uma crescente desconfiança na relação entre política
e aos seus representantes, com o consequente enfraquecimento das instituições. A corrupção
política distorce na raiz a função das instituições representativas, por que as usa como terreno
de barganha política entre solicitações clientelares e favores dos governantes. Deste modo, as
opções políticas favorecem os objetivos restritos de quantos possuem os meios para
influencia-las e impedem a realização do bem comum de todos os cidadãos (Vieira, D. 2012).

4
Conclusão
Com o passar do tempo os desafios que as democracias enfrentam tem sido cada vez
maioríssima, no contexto da globalização e expansão dos governos globais e pela
interdependência torna-se cada vez mais difícil manter um sistema democrático transparente e
inclusivo.

A existência de um sistema internacional sempre supos um certo grau de restrição a


capacidade de cada mãe para definir seu próprio destino. Os processos de globalização
descaracterizam a política tradicional, tanto nos espaços domésticos como nos internacionais.
O enorme movimento de bens económicos, de tecnologia, de informações, de ideias, de
fatores ambientais e de pessoas através das fronteiras nacionais, ao mesmo tempo que inibe o
histórico desempenho dos atores vinculados a esfera estatal e produz novas realidades sociais
e naturais, gera também a atuação de atores transnacionais provenientes das esferas do
mercado e da sociedade civil

5
Bibliografia
Vieira, D. (2012). Doutrina Social da Igreja: Introdução à Ética Social. Lisboa: Paulus.
Locki. J, (1998). Dois tratados sobre o governo. São paulo Martins Fontes

Rosseu. J. J. (1757). O contrato social. Colecao pleide. Paris: Gallimard.

Pansieri, F. & Sampar, R. (2016). Direito e filosofia politica em Platao e Aristoteles.


Organização comité Cientifico

Você também pode gostar