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1) Pode uma pessoa de direito público ser regida por normas de direito privado?

Em
quais circunstâncias legais?

2) Quem são os integrantes da Administração direta e indireta.

3) Explique a autotutela administrativa e suas limitações conforme Súmula 473 do


STF.

4) com relação a classificação dos atos administrativos, diga a diferença é


exemplifique atos simples, compostos, unitários, complexos, vinculados e
discricionários.

5) Quais requisitos de validade do ato jurídico? Diferencie motivo e motivação.

6) O que é e quais limitações e sentido do poder de polícia?

7) Sobre os princípios da administração, explique sobre o da razoabilidade e


proporcionalidade, o da precaução e o da moralidade, com exemplos.

RESPOSTAS

1. Sim, o Estado também pode figurar em relações jurídicas regidas predominantemente (jamais


exclusivamente) pelo direito privado. É o que ocorre quando o Estado atua no domínio
econômico (Estado-empresário), competindo em igualdade de condições com as empresas
privadas, por exemplo, ao vender petróleo processado pela Petrobrás ou ao comercializar uma
apólice de seguro do Banco do Brasil. Nessas hipóteses, o Estado, representado pelas
mencionadas empresas estatais, não está precipuamente tutelando interesses coletivos, e sim
buscando lucrar com os negócios, devendo, por isso, colocar-se em pé de igualdade com o polo
oposto da relação jurídica.
2. Administração direta é composta pelos órgãos diretamente ligados aos entes da federação:
União, estados, Distrito Federal e municípios. Administração indireta: autarquias, empresas
públicas, fundações públicas e consórcios públicos e sociedade de economia mista.
3. A autotutela da Súmula 473 do STF, estabelece que a Administração Pública possui o poder de
controlar os próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes
ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para corrigir
os seus atos, podendo fazê-lo diretamente.
4. ATOS SIMPLES são aqueles resultantes da manifestação de um único órgão ou autoridade.
ATOS COMPOSTOS resultam da manifestação de um único órgão, mas que depende da
prática de um outro ato anterior para poder produzir efeitos. Assim, nos atos compostos existe a
prática de dois atos (um principal e um acessório). ATOS COMPLEXOS conjugam a vontade
de dois ou mais órgãos ou autoridades para formar um único ato. Nesse sentido,
o exemplo clássico de ato complexo é o ato de concessão de aposentadoria (só se aperfeiçoa
após a manifestação do Tribunal de Contas). ATOS VINCULADOS, por sua vez, são aqueles
em que não existe margem para liberdade de decisão do administrador. Portanto, nos atos
vinculados a lei determina expressamente a conduta esperada do agente público, cabendo a ele
apenas materializar da melhor forma possível o ditame legal. ATOS DISCRICIONÁRIOS são
aqueles em que a lei não estabelece exaustivamente todas as condutas possíveis pelo
administrador público. Assim, existe margem para que o administrador avalie o caso concreto e
escolha a conduta mais apropriada. ATOS UNITÁRIOS são dirigidos a destinatários
específicos (ou determináveis). Assim, os atos individuais geram efeitos concretos, como, por
exemplo, as nomeações, demissões, licenças e autorizações.
5. A validade do negócio jurídico requer: Agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou
determinável; forma prescrita ou não defesa em lei. Em síntese, o MOTIVO é a causa imediata
do ato, aquilo que levou a sua prática. A MOTIVAÇÃO, por outro lado, é a demonstração
escrita do motivo e está relacionada ao requisito forma. Explicando melhor, o motivo é um
requisito do ato administrativo, assim como a competência, a forma, a finalidade e o objeto.
6. Art. 78. “Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade
e aos direitos individuais ou coletivos.
7. Princípio da Razoabilidade trata de impor limites à discricionariedade administrativa,
ampliando o âmbito de apreciação do ato administrativo pelo Poder Judiciário. Estabelece que
os atos da administração pública no exercício de atos discricionários deve atuar de forma
racional, sensata e coerente. Princípio da proporcionalidade é considerado um princípio
implícito da Constituição Federal, sendo uma decorrência do Estado de Direito e, portanto, o
limite da atuação estatal no que tange ao exercício do poder de restringir direitos,
principalmente, direitos e garantias fundamentais. O Princípio da Precaução é a garantia
contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser
ainda identificados. Este Princípio afirma que a ausência da certeza científica formal, a
existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que
possam prever este dano. Princípio da Moralidade os agentes da administração pública tem
que atuar em consonância com a moral, os bons costumes e os princípios éticos da sociedade,
não fazendo configurar-se a ilicitude e invalidade do ato.

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