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I - HOMICÍDIO
Conceito: É a eliminação da vida de uma pessoa provocada por outra.
Tem por ação nuclear o verbo “matar”, que significa destruir ou eliminar, no
caso a vida humana, utilizando-se de qualquer meio capaz de execução.
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINIARES
2. SUJEITOS DO CRIME
O artigo 121, CP, homicídio, é crime comum, uma vez que qualquer
pessoa pode cometer esse crime e qualquer pessoa pode ser vítima dele.
Assim, a lei não exige qualquer requisito especial, sendo excluídos aqueles que
atentam contra a própria vida, já que o suicídio, por si mesmo, é fato atípico.
Admite a coautoria ou participação, por ação ou omissão.
Pode ser praticado com dolo (vontade e consciência na produção do
resultado) ou com culpa (por imprudência, negligência ou imperícia). Dá-se o
nome de homicídio doloso no primeiro caso e de homicídio culposo no
segundo.
Relação de causalidade
Art. 13 — O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem
a qual o resultado não teria ocorrido.
Relevância da omissão
6. Meios de execução
Como delito de forma livre, o homicídio pode ser praticado mediante
diversos meios, que podem ser subdivididos em:
Diretos – Disparo de arma de fogo, esganadura, etc.;
Indiretos – Ataque de animais instigados pelo dono, loucos estimulados;
Meios materiais – Podem ser mecânicos, químicos, patológicos.
Meios morais – O susto, o medo, a emoção violenta.
7. Consumação e Tentativa:
Exemplos:
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - ter o agente: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) Violenta emoção: Remete à regra do inciso I do art. 28, CP , que diz não
excluir a imputabilidade penal a emoção ou paixão. A legislação penal não
adota a emoção ou paixão, mesmo que violentas, como causas que
conduzem à exclusão da culpabilidade do agente.
- O ato de enviar beijo pode ser considerado mera provocação, não permitindo
ao agente atuar em legítima defesa, servindo tão somente como circunstância
atenuante (art. 65, III, C, CP), no caso de ser condenado por ter praticado a conduta
tipificada no art. 129 do CPB. Nesse caso, o fato é típico, antijurídico e culpável.
Assim, uma vez comprovado que o agente atuou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, deverá o julgador reduzir a
sua pena de um sexto a um terço, percentual que variará de acordo com a maior ou
menor intensidade da situação em que estava envolvido, sendo, portanto, direito
subjetivo do autor da infração penal ver a plicada a minorante, e não mera
faculdade do juiz.
II) Motivo Fútil (art. 121, § 2º, II, do CP) - Fútil é o motivo insignificante,
que faz com que a conduta do agente seja desproporcional.
Ex: matar por ter levado uma fechada no trânsito, rompimento de
relacionamento; pequenas discussões entre familiares; etc.
VI) Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (art. 121,
§ 2º, VI, do CP); Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015).
A Lei nº 14.344/2022 conhecida como “Lei Henry Borel” criou mais uma
qualificadora no § 2º do art. 121 do CP, inserindo o inciso IX, prevendo o delito
de homicídio contra menor de 14 anos.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
OBS.:
- Meio insidioso é aquele dissimulado, em sua capacidade danosa, sem
ser notado pela vítima. O exemplo legal é o veneno, definido como qualquer
substância, química ou não, que pode ferir ou matar quando introduzida no
organismo humano.
- Meio cruel é aquele que causa um sofrimento excessivo,
desnecessário à vítima enquanto viva. Exemplo: Esquartejar uma pessoa ainda
viva, configura meio cruel à execução do homicídio.
- O fogo também qualifica o homicídio, uma vez que se trata de meio
extremamente cruel à sua execução.
- Explosivo é o meio utilizado pelo agente que traz perigo, também, a
um número indeterminado de pessoas. Exemplo: Matar a vítima arremessando
contra ela, uma granada.
- Asfixia: É a supressão da respiração. A asfixia pode ocorrer nas
seguintes formas:
a) mecânica: por oclusão dos orifícios respiratórios (nariz e boca) ou
sufocação direta – São o enforcamento, o imprensamento, estrangulamento, o
afogamento, a submersão, a esganadura.
b) por oclusão das vias aéreas (glote, laringe, traqueia, brônquios);
c) por compressão da caixa toráxica (sufocação indireta);
d) por supressão funcional do campo respiratório.
a) não portáteis;
Toda vez que for aplicada essa qualificadora, o homicídio deverá ter
relação com outro crime, ocorrendo, assim, a chamada conexão.
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a
vida;
Conforme a alínea “d”, o Tribunal do Juri é competente para julgar os
crimes dolosos contra a vida, destacando-se o homicídio em todas as suas
modalidades: simples, privilegiada e qualificada.
Homicídio Culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena – detenção, de um a três anos.
- Imprudência
Por exemplo, deixar uma substância tóxica perto de uma criança; deixar
a arma de fogo carregada em um local visível, no qual outras pessoas possam
ter acesso a ela, manuseá-la e disparar tiros sem querer.
- Imperícia
Por exemplo:
Homicídio culposo