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1.2.Meios de execução
A conduta típica “matar” admite qualquer meio de execução (disparos de arma
de fogo, facadas, atropelamento, emprego de fogo, asfixia etc.)
Temos, nesse caso, um crime comissivo por omissão, em que a mãe tinha o
dever jurídico de evitar o resultado e podia fazê-lo, porém, querendo a morte do
filho, se omite.
1.6 Consumação
1.7.Prova da materialidade
1.8.Tentativa
PRIVILÉGIO
Injusta provocação da Violenta emoção do Ato homicida logo em
vítima agente seguida ao ato provocador
é possível que uma pessoa provoque a outra, fazendo-o, por exemplo, por
meio de xingamentos, de brincadeiras de mau gosto, riscando seu carro, jogando
lixo ou pichando sua casa etc.
Ciúme. Nossa doutrina costuma sustentar que o ciúme não pode ser
interpretado como um motivo pequeno, pois, para quem o sente, trata-se de
sentimento forte. A regra vale para ciúme entre marido e mulher, namorados,
filhos em relação aos pais e vice-versa etc. É preciso, contudo, que essa regra
não seja interpretada de forma absoluta, pois existem situações práticas em
que o agente mata a namorada apenas porque “ela olhou para o lado”, não
sendo viável excluir-se, de plano, a qualificadora em tal hipótese em que é
evidente a desproporção entre o ato e o ciúme dele gerado
A doutrina diverge quanto a ausência de motivação do homicida, se também
não caracterizaria o motivo fútil, pois, ao menos em tese, a falta de razões para
matar é mais desproporcional que o motivo insignificante. Sobre o tema, os
precedentes do Superior Tribunal de Justiça não admitem que a falta e motivos
para matar seja igualada à insignificância de alguma razão, pelo que se
compreende incidente, neste caso, apenas a figura do homicídio simples.
Nesse dispositivo, a lei, após explicitar uma série de circunstâncias que tornam
mais gravosa a conduta em razão do meio de execução empregado, utiliza a
fórmula genérica “ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo
comum”. Assim, é evidente que a aplicação da fórmula genérica só será possível
se não for viável o enquadramento nas figuras específicas iniciais
Por sua vez, o meio insidioso é o desleal, o desconhecido pela vítima, e o
cruel é o que impõe a ela um sofrimento maior do que o necessário para a prática
do crime, ou revela brutalidade incomum do agente.
MEIO CRUEL são aqueles em que o ato executório é breve, embora provoquem
forte sofrimento físico na vítima.
MEIO INSIDIOSO -É um meio velado, uma armadilha, um meio fraudulento para
atingir a vítima sem que se perceba que está havendo um crime.
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei
nº 13.104, de 2015) – A presente figura delituosa foi introduzida no Código Penal pela
Lei n. 13.104/2015. Não obstante a denominação específica contida no texto legal —
feminicídio —, cuida-se, em verdade, de mais uma forma qualificada do crime de
homicídio.
De acordo com o inc. VI do art. 121, § 2º, do Código Penal, existe feminicídio
quando o crime é cometido “contra a mulher por razões da condição de sexo feminino”.
Cuida-se, em nosso entendimento, de qualificadora de caráter subjetivo, na medida em
que não basta que a vítima seja mulher, sendo necessário, de acordo com o texto legal,
que o delito seja motivado pela condição de sexo feminino.
(homicídio contra mulher motivado por razões do sexo feminino por envolver
violência doméstica ou familiar), é necessário fazer a conjugação com o art. 5º da Lei
n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que conceitua violência doméstica ou familiar
como “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou Psicológico e dano moral ou patrimonial”, no âmbito da
unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto.
Art. 121, § 6º — A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou
por grupo de extermínio.
Esse dispositivo foi introduzido no Código Penal pela Lei n. 12.720, de 27 de setembro
de 2012. Inicialmente, o texto legal refere-se às milícias privadas. Alguns
autores questionam a aplicabilidade do dispositivo legal,legando que a lei não define o
que é milícia. O significado da palavra, entretanto, é facilmente encontrado nos
dicionários e diz respeito aos militares, à carreira militar. Milícia privada, portanto, é o
grupo montado clandestinamente por particulares para atuar em determinada área
fazendo as vezes da polícia preventiva ostensiva.
Noções - De acordo com o art. 142 da CF que trata sobre Forças Armadas
(Marinha, Exército ou Aeronáutica).
São o art. 144 do CF, considera como Autoridades ou agentes do art.
144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal; IV
- polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Parentes por afinidade também estão fora - Não estão abrangidos os parentes
por afinidade, ou seja, aqueles que a pessoa adquire em decorrência do
casamento ou união estável, como cunhados, sogros, genros, noras etc. Assim, se
o traficante mata a sogra do Delegado que o investigou não cometerá o homicídio
qualificado do art. 121, § 2º, VII, do CP. A depender do caso concreto, poderá ser
enquadrado como motivo torpe (art. 121, § 2º, I, do CP).
RELAÇÃO COM A FUNÇÃO - Não basta que o crime tenha sido cometido contra
as pessoas acima listadas. É indispensável que o homicídio esteja relacionado com
a função pública desempenhada pelo integrante do órgão de segurança pública.