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HOMICÍDIO
1. Conceito
2. Topografia
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3. Objeto material: vida extrauterina (após o nascimento).
4. Conduta:
2. Homicídio em espécie
1. Homicídio Simples
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condicionado”, pois depende de uma condição para ser hediondo.
2. Homicídio Privilegiado
Eutanásia: agente antecipa a morte natural. Tem caráter ativo. Ortotanásia: agente não
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violenta emoção.
3. Homicídio Qualificado
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melhor amigo etc.).
a) Conexão teleológica: para executar crime futuro. Ex.: matar o pai de uma
jovem para estuprá-la.
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a qual prevê medidas protetivas e processuais, mas não prevê crimes.
“Femicídio” é o homicídio de mulher. “Feminicídio” é o homicídio praticado
contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, ou seja, o homicídio
praticado por motivação de gênero. Ocorre em duas situações, conforme art.
121, §2º-A:
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segurança pública ou contra seus familiares. Qualificadora inserida
pela Lei nº 13.142/2015, acrescentando o inciso VII ao § 2º do art.
121 do Código Penal. A sua incidência depende de dois requisitos:
1º) condição da vítima, que deve ser autoridade ou agente das forças armadas
(art. 142 da CF) ou das polícias civis e militares e corpo de bombeiros (art. 144
da CF) ou seus familiares, isto é, cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até o terceiro grau, sejam ascendentes (pais, avós e bisavós),
descendentes (filhos, netos e bisnetos) e colaterais (irmãos, tios e sobrinhos).
Os integrantes da Guarda Civil estão incluídos (art. 144, § 8º d CF), assim
como agentes de segurança viária (art. 144, § 10 da CF).
4. Homicídio Culposo
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Art. 121, § 3º - 1 a 3 anos – admite suspensão condicional do processo.
5. Majorantes
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½.No caso de Milícia Privada, haverá concurso com o crime do artigo 288 –A,
mas o homicídio só será hediondo no caso de grupo de extermínio, pois o
artigo 1º do inciso I da lei 8072/90 não contemplou a milícia privada;
6. Perdão judicial
6.1) Conceito: instituto pelo qual o juiz deixa de aplicar a pena a um indivíduo
que comete fato típico, ilícito e culpável, quando o fato produz consequências
graves para o próprio agente, surgindo falta de interesse de punir , ou seja, o
fato é relevante, mas a pena mostra-se desnecessária(Princípio da Bagatela
Imprópria).
6.2) Requisitos:
c) Natureza jurídica:
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1ª corrente: sentença condenatória, interruptiva da prescrição, constituindo
título executivo judicial.
Não se confunde perdão judicial com perdão do ofendido, que é ato bilateral,
pois depende de aceitação, cabível em qualquer crime de ação penal privada,
independentemente de previsão legal específica.
2. PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO
2.1. Conceito:
Ocorre suicídio quando o ser humano elimina a própria vida de forma direta,
voluntária e consciente. Comete o crime em questão quem presta auxílio moral ou
material, se o fato não se configurar homicídio.
2. Topografia
4. Conduta
Induzir é dar ideia a quem não possui, inspirar, incutir - o agente sugere que o
suicida que dê fim à sua vida. Instigar é fomentar uma ideia já existente. Auxiliar é
a forma ativa de agir, é o apoio material ao ato suicida.
No § 1.º do art. 122 (resultar lesão grave ou gravíssima) quando praticada contra
menor de 14 anos ou contra aquele que “por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do ato”, ou, “por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência, deverá o agente responder por lesão corporal
de natureza gravíssima (art. 129, § 2.º, CP). Seria possível, o entendimento no
sentido de uma possível tentativa de homicídio, em face da completa falta de noção
da vítima, mas, em atenção ao princípio da legalidade, deve-se entender pela
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aplicação do § 6.º do art. 122.
5. Sujeitos
Pode ser qualquer pessoa. No caso do sujeito passivo, é preciso ter um mínimo de
discernimento ou resistência, pois, do contrário, trata-se de homicídio. O agente
que, valendo-se da insanidade da vítima, a convence a se matar incide no art. 121,
e não nessa figura do art. 122.
6. Consumação e tentativa
A) 1º corrente: consuma-se com a tentativa de suicídio, mas só é punível se
houver lesão grave ou morte (condição objetiva de punibilidade).
B) 2ª corrente: consuma-se com a lesão grave ou a morte.
Não admite tentativa. Se houver atos de execução sem lesão grave ou morte o fato
é atípico. Se a morte não se verifica, mas ocorre lesão grave, a tentativa está
consumada. ATENÇÃO: O art. 122 é crime condicionado, pois a punibilidade do
agente está condicionada à ocorrência de lesão grave ou morte.
7. Observações
Duelo americano: duas armas e uma descarregada, sendo que o tiro fatal é
realizado pelo próprio suicida contra si - o vencedor responde pelo art. 122; Roleta
russa: uma arma com um projetil apenas – o vencedor responde pelo art.
122, poiso tiro fatal é realizado pelo próprio suicida contra si. Pacto de morte:
aquele que pratica o ato responderá por homicídio consumado ou tentado se
sobreviver; o que participa do pacto responderá pelo art. 122.
Greve de fome por motivação política, religiosa e outras: Somente responde por
crime aquele que induzir, instigar ou auxiliar a privação da alimentação, levando-a
até o final, que seria, então, o suicídio. Se chegar à privação da vida, pode-se punir
o garantidor (agente penitenciário, por exemplo) por homicídio; pode-se punir
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aquele que deu a ideia e incentivou, sem providenciar ajuda, por instigação a
suicídio; pode-se punir os que viram acontecer o processo de degeneração do
sujeito e não buscaram ajuda, por omissão de socorro.
3. INFANTICÍDIO
1. Conceito
2. Topografia
4. Conduta
5. Sujeitos
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1º) É elemento personalíssimo e incomunicável
Participação ou co-autoria:
123 2º) médico auxilia e parturiente executa: ambos pelo art. 123
3º) médico executa e parturiente auxilia: 1ª corrente: médico responde pelo 121
e parturiente pelo 123; 2ª corrente: ambos respondem pelo 123
(MAJORITÁRIA)
5.2)O próprio filho: crime bipróprio. Se matar outro bebê enganada é art. 20, §
3º (erro de pessoa).
6. Consumação e tentativa
7. Observações
4. ABORTO
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1. Conceito
2. Classificação
c) Tipo objetivo:
OBSERVAÇÕES:
- que desfere chute na barriga de mulher grávida comete aborto do art. 125,
consumado ou tentado, conforme o caso.
b) Sujeito passivo: o feto. A gestante não é vítima, mas autora do art. 124.
Majorantes:
b) a gestante morre – ½
necessidade Requisitos:
- deve ser praticado por médico, pois se for outra pessoa, incide o art. 24;
judicial.
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b) Aborto sentimental: gravidez resultante de estupro
Requisitos:
JURISPRUDÊNCIA
STF HC 98712 – Transmissão de HIV não é doloso contra a vida (art. 131)
STJ HC 160982 – Transmissão de HIV não é doloso contra a vida (art. 129,
§2º).
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