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NOVA FACULDADE

RECURSO DE REVISTA

Claudiney Felipe das chagas

CONTAGEM

2023
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA X REGIÃO

Recorrente: José Camargos


Recorrido: Indústria Petroquímica Transforma Ouro em Glamour Ltda
RT nº: XXXX/XXXX

INDÚSTRIA PETROQUÍMICA OURO E GLAMOUR LTDA., já qualificada nos autos em


epígrafe em que contende com MURILO CAMARGO, também qualificado, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência por intermédio de seu advogado abaixo
assinado, com fulcro no art. 896, § 6º da CLT, INTERPOR

RECURSO DE REVISTA

para o colendo Tribunal Superior do Trabalho.


Para a admissibilidade deste recurso encontram-se todos os pressupostos, a quais se
destacam a legitimidade, capacidade, interesse processual, tempestividade e regularidade
de apresentação. Além desses, destacam-se também:

a) Depósito recursal recolhido no valor de R$10.986,80, no prazo do recurso,


conforme anexo.
b) Custas processuais recolhidas quando da interposição do recurso ordinário, a qual
não houve acréscimo no valor das custas e não há nenhum valor a ser recolhido.
c) A matéria está prequestionada, uma vez que foi tratada no acórdão impugnado, de
acordo com os termos da Súmula 297 do TST.
d) A causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza
econômica, política, social ou jurídica, nos moldes do artigo 896-A da CLT

Diante do exposto, requer o recebimento do presente recurso, a intimação da outra parte


para apresentar contrarrazões ao recurso de revista no prazo de 8 dias, conforme
estabelece o artigo 900 da CLT e a posterior remessa ao Colendo Tribunal Superior do
Trabalho.

Nesses Termos, pede deferimento.


Local e Data.
Advogado
OAB n°...
COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

DAS RAZÕES DO RECURSO DE REVISTA

O respeitável acórdão não merece ser mantido, razão pela qual requer a sua reforma.

I – PREJUDICIAL DE MÉRITO
01.PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

O Egrégio TRT manteve a sentença que acolheu a prescrição quinquenal a partir da data
do término do contrato de trabalho.
Tal decisão caracteriza violação literal e direta à Constituição e divergência jurisprudencial;
a qual o art. 7, XXIX da CF refere-se o seguinte:

“Art. 7º, XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho; Já a súmula 308, I, do TST, possui a
seguinte redação:

“Súmula 308, I, TST. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição


da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da
data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)”
Apesar do art. 7º, XXIX da CF e súmula 308, I, do TST estabelecerem conjuntamente que
o prazo de cinco anos da prescrição quinquenal contada da data do ajuizamento da ação,
o E. TRT, o juízo “a quo” posicionou-se de forma contrária, acolhendo a prescrição
quinquenal a partir da data do término do contrato de trabalho. Não se pode admitir
decisão regional contrária à melhor interpretação da Constituição realizada pelo Colendo
TST.

Diante do exposto, requer a reforma do acórdão para que seja acolhida a prescrição
quinquenal e extinto o processo com resolução do mérito, de acordo com fundamentos do
Art.487, II, do CPC.

II – MÉRITO
01.ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
A decisão do Egrégio TRT que manteve a sentença que fixou como base de cálculo do
adicional de periculosidade o conjunto de parcelas de natureza salarial do reclamante.
Tal decisão caracteriza divergência jurisprudencial. A súmula 191 do TST estabelece o
seguinte:

I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este
acrescido de outros adicionais.Apesa do disposto da súmula 191 do TST, estabelecer que
o cálculo do adicional de periculosidade é a base do salário do em.pregado, a decisão do
juizo “ a quo” foi de forma contrária ao dispositivo de lei, a qual fixou como base de cálculo
o conjunto de parcelas de natureza salarial.

Tal decisão não se pode admitir, uma vez que vai de forma contrária ao entendimento
consolidado do colendo TST.
Diante do exposto, requer a reforma do acórdão para que seja estabelecida como base de
cálculo do adicional de periculosidade o salário base do reclamante.
Sugestão de remissões: no art. 193 da CLT, incluir a súmula 191 do TST.

III – REQUERIMENTOS FINAIS

Diante do exposto, requer o conhecimento do presente recurso e, no mérito, o provimento


do recurso para fins de reforma do acórdão nos itens supramencionados.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado

OAB n°...

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