Infrações tributárias

UFCD: 7487 infrações tributárias

Formadora: Fernanda Alves
Bibliografia: Lexpoint
 Infrações Fiscais

O incumprimento das obrigações fiscais ou a prática de determinados

atos que visem evitar ou diminuir ilicitamente os impostos devidospodem
constituir contraordenações ou ser considerados crimes.

Os comportamentos em causa podem assim ser qualificados como contraordenações

ou como crimes. E, como tal, punidos com coimas, multas ou penas de prisão, e
sujeitos a sanções acessórias.

Contraordenações

As contraordenações, respetivas coimas e regras processuais estão previstas no

Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT).

Os comportamentos infratores, ainda que por omissão, podem constituir

contraordenações fiscais ou aduaneiras, que são punidas com coimas.

A sanção a aplicar varia consoante o infrator seja uma pessoa singular ou coletiva, e
conforme se considere que o comportamento em que se consubstanciou a infração
ficou a dever-se a negligência do contribuinte ou foi intencional, ou seja com dolo.

Quando o mesmo sujeito passivo seja punido pela prática de diversas

contraordenações, as respetivas sanções são adicionadas umas às outras
(correspondendo a sanção final ao cúmulo material das sanções aplicadas).

As coimas previstas para a prática das contraordenações previstas no RGIT, têm os

seguintes limites:

Contraordenações fiscais Limites das coimas

(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
P.Singulares
Dolo 375 a 75.000
Recusa de entrega, exibição ou
art.º
apresentação de escrita e de
113
documentos fiscalmente relevantes, P.Coletivas
n.º 1 750 a 150.000
quando os factos não constituam fraude Dolo
fiscal.

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 Contraordenações fiscais Limites das coimas
(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
50% a 100% do
imposto em falta,
P.Singulares
até 82.500
Dolo
Falta de entrega da prestação tributária, 15% a 50% do
Negligência
total ou parcial, pelo período até 90 art.º imposto em falta,
dias, ou por período superior, desde 114 até 22.500
que os factos não constituam crime, ao n.os1 100% a 200% do
credor tributário, da prestação tributária e2 imposto em falta,
P.Coletivas
deduzida a terceiros até 165.000
Dolo
30% a 100% do
Negligência
imposto em falta,
até 45.000
P.Singulares
75 a 2.000
Dolo
art.º 37,5 a 1.000
Pagamento de forma diferente da Negligência
114
legalmente prevista. P.Coletivas
n.º 6 150 a 4.000
Dolo
75 a 2.000
Negligência
P.Singulares
75 a 1.500
art.º Negligência
Violação de segredo fiscal.
115 P.Coletivas
Negligência 150 a 3.000
P.Singulares
Falta ou atraso de declarações a 150 a 3.750
Dolo
apresentar para efeitos fiscais para 75 a 1.875
art.º Negligência
determinação, avaliação ou
116 P.Coletivas
comprovação da matéria coletável ou 300 a 7.500
Dolo
da respetiva prestação. 150 a 3.750
Negligência
Falta ou atraso na apresentação ou a P.Singulares
150 a 3.750
não exibição de declarações ou Dolo
art.º 75 a 1.875
documentos comprovativos dos factos, Negligência
117
valores ou situações constantes das P.Coletivas
n.º 1 300 a 7.500
declarações, documentos de transporte Dolo
150 a 3.750
ou outros. Negligência
Falta ou atraso na apresentação de P.Singulares
300 a 7.500
declarações de início, alteração ou Dolo
150 a 3.750
cessação de atividade, das declarações Negligência
art.º
autónomas de cessação ou alteração
117
dos pressupostos de benefícios fiscais P.Coletivas
n.º 2 600 a 15.000
e das declarações para inscrição de Dolo
300 a 7.500
valores em registos que a administração Negligência
fiscal deva possuir.
Falta de exibição pública dos dísticos art.º P.Singulares
35 a 750
ou outros elementos comprovativos do 117 Dolo
17,5 a 375
pagamento de imposto. n.º 3 Negligência

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 Contraordenações fiscais Limites das coimas
(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
P.Coletivas
70 a 1.500
Dolo
35 a 750
Negligência
Falta de apresentação ou apresentação
fora de prazo legal das declarações ou art.º P.Singulares
75 a 375
fichas para inscrição ou atualização de 117 Dolo
37,5 a 187,5
elementos do número fiscal de n.º 4 Negligência
contribuinte das pessoas singulares.
Falta de apresentação, no prazo fixado
pela Administração Tributária, da art.º P.Colectivas
150 a 750
documentação respeitante à política 117 Dolo
75 a 375
adoptada em matéria de preços de n.º 5 Negligência
transferência.
Falta de apresentação, no prazo fixado
art.º P.Colectivas
pela Administração Tributária, dos 500 a 10.000
117 Dolo
documentos que integram o processo 250 a 5.000
n.º 6 Negligência
de documentação fiscal
P.Singulares
Dolo
Com imposto 750 a 300% do
Falsificação, viciação e alteração de imposto até 82.500
a liquidar
documentos fiscalmente relevantes,
Sem imposto
com dolo, quando não deva ser punido 375 a 150%
art.º a liquidar
pelo crime de fraude fiscal;
118 P.Coletivas
E quem utilizar, alterar ou viciar
Dolo
programas de contabilidade, dados ou
Com imposto 1.500 a 600% do
suportes informáticos.
a liquidar imposto até 165.000
Sem imposto
750 a 300%
a liquidar
P.Singulares
Dolo
Omissões e inexatidões relativas à Com imposto
situação tributária que não constituam 375 a 22.500
a liquidar
fraude fiscal nem contraordenação Sem imposto
anteriormente referida, praticadas nas 93,75 a 5.625
a liquidar
declarações, bem como nos Negligência
documentos comprovativos dos factos, art.º
Com imposto
valores ou situações delas constantes, 119 187,5 a 11.250
a liquidar
incluindo as praticadas nos livros de n.os 1
Sem imposto
contabilidade e escrituração, nos e2 46,88 a 2.812,5
a liquidar
documentos de transporte ou outros
que legalmente os possam substituir ou P.Coletivas
Dolo
noutros documentos fiscalmente
relevantes que devam ser mantidos, Com imposto
750 a 45.000
apresentados ou exibidos a liquidar
Sem imposto
187,5 a 11.250
a liquidar

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(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
Negligência
Com imposto
375 a 22.500
a liquidar
Sem imposto
93,75 a 5.625
a liquidar
P.Singulares
Inexatidões ou omissões praticadas nas 35 a 750
Dolo
declarações ou fichas para inscrição ou art.º 17,5 a 375
Negligência
atualização de elementos do número 119
P.Coletivas
fiscal de contribuinte das pessoas n.º 4 70 a 1.500
Dolo
singulares 35 a 750
Negligência
P.Singulares
Omissões ou inexactidões relativas a 375 a 22.500
Dolo
factos ou documentos relevantes para a art.º 187,5 a 11.250
Negligência
a apreciação de pedidos de informação 119º-
P.Coletivas
vinculativa prestadas com carácter de A 750 a 45.000
Dolo
urgência 375 a 22.500
Negligência
P.Singulares
225 a 22.500
Inexistência de contabilidade ou de Dolo
art.º 112,5 a 11.250
livros de escrituração, de registos e Negligência
120
documentos com eles relacionados, P.Coletivas
n.º 1 450 a 45.000
qualquer que seja a respetiva natureza Dolo
225 a 22.500
Negligência
Não organização da contabilidade de P.Singulares
75 a 2.750
acordo com as regras de normalização Dolo
37,5 a 1.375
contabilística e atrasos na sua Negligência
execução, na escrituração de livros ou art.º
na elaboração de outros elementos de 121
P.Coletivas
escrita, ou de registos, por período n.º 1 150 a 5.500
Dolo
superior ao previsto na lei fiscal, quando 75 a 2.750
Negligência
não sejam punidos como crime ou como
contraordenação mais grave
P.Singulares
Falta de apresentação no prazo legal e 75 a 750
Dolo
antes da respetiva utilização, dos livros art.º 37,5 a 3.750
Negligência
de escrituração de registos ou outros 122
P.Coletivas
documentos relacionados com a n.º 1 150 a 1.500
Dolo
contabilidade ou exigidos na lei 75 a 750
Negligência
P.Singulares
75 a 750
Dolo
art.º 37,5 a 375
Não conservação pelo prazo legal dos Negligência
122
livros de escrituração P.Coletivas
n.º 2 150 a 1.500
Dolo
75 a 750
Negligência
Violação do dever de emitir recibos ou art.º P.Singulares
150 a 3.750
faturas ou a sua emissão fora dos 123 Dolo
75 a 1.875
prazos legais n.º 1 Negligência

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 Contraordenações fiscais Limites das coimas
(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
P.Coletivas
300 a 7.500
Dolo
150 a 3.750
Negligência
P.Singulares
75 a 2.000
Dolo
Violação do dever de exigir recibos ou art.º 37,5 a 1.000
Negligência
faturas, ou a sua não conservação pelo 123
P.Coletivas
prazo legal n.º 2 150 a 4.000
Dolo
75 a 2.000
Negligência
Falta de designação de representante P.Singulares
75 a 750
com residência, sede ou direção efetiva Dolo
37,5 a 375
em território nacional para representar Negligência
art.º
as entidades não residentes neste
124
território, bem como as que, embora P.Coletivas
n.º 1 150 a 1.500
residentes, se ausentem do território Dolo
75 a 750
nacional por período superior a seis Negligência
meses
P.Singulares
75 a 3.750
Falta de identificação do gestor de Dolo
art.º 37,5 a 1.875
bens, por parte do representante fiscal Negligência
124
do não residente, quando pessoa P.Coletivas
n.º 2 150 a 7.500
diferente do gestor de bens ou direitos Dolo
75 a 3.750
Negligência
Pagamento indevido ou a colocação à P.Singulares
35 a 750
disposição dos respetivos titulares de Dolo
art.º 17,5 a 375
rendimentos sujeitos a retenção de Negligência
125
imposto na fonte, sem que aqueles P.Coletivas
n.º 1 70 a 1.500
façam a comprovação do seu número Dolo
35 a 750
fiscal de contribuinte Negligência
P.Singulares
375 a 3.750
Dolo
Falta de retenção na fonte, sem art.º 187,5 a 1.875
Negligência
apresentação da prova do direito a 125
P.Coletivas
dispensa total ou parcial n.º 2 750 a 7.500
Dolo
375 a 3.750
Negligência
Transferência para o estrangeiro de P.Singulares
375 a 7.500
rendimentos sujeitos a tributação, Dolo
187,5 a 3.750
obtidos em território português por art.º Negligência
entidades não residentes, sem que se 126 P.Coletivas
750 a 15.000
mostre pago ou assegurado o imposto Dolo
375 a 7.500
que for devido Negligência
Impressão de documentos por P.Singulares
750 a 37.500
tipografias não autorizadas para o efeito art.º Dolo
375 a 18.750
e fornecimento de documentos 127 Negligência
fiscalmente relevantes sem observância n.º 1 P.Coletivas
1.500 a 75.000
das formalidades legais e, em ambos os e2 Dolo
750 a 37.500
casos, a respetiva aquisição Negligência

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 Contraordenações fiscais Limites das coimas
(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
P.Singulares
3.750 a 37.500
Criação ou transmissão de programas Dolo
art. 1.875 a 18.750
informáticos que visem falsear o Negligência
128º
apuramento da situação tributária P.Coletivas
n.º 1 7.500 a 75.000
(falsidade informática) Dolo
3.750 a 37.500
Negligência
P.Singulares
375 a 18.750
Dolo
art. 187,5 a 937,5
Aquisição ou utilização de programas Negligência
128º
de facturação não certificados P.Coletivas
n.º 2 750 a 37.500
Dolo
375 a 18.750
Negligência
P.Singulares
Falta de conta bancária para uso 270 a 27.000
Dolo
exclusivo da empresa, realização de art. 135 a 13.500
Negligência
movimentos sem ser através desta ou 129º
P.Coletivas
de pagamentos sem ser pelos meios n.º 1 540 a 54.000
Dolo
previstos na lei 270 a 27.000
Negligência
P.Singulares
180 a 4.500
Realização de pagamentos superiores a Dolo
art. 90 a 2.250
1.000 euros sem ser através de contga Negligência
129º
bancária ou de qualquer valor através P.Coletivas
n.º 2 360 a 9.000
de meios legalmente previsto Dolo
180 a 4.500
Negligência
NOTA: O valor das coimas pode ser reduzido em 25%, 50% ou 75%, em função da
"confissão" da infração e da prontidão do pagamento.

Contraordenações aduaneiras Limites das coimas

(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
P.Singulares
art.º Negligência 250 a 165.000
Descaminho 108
P.Coletivas
n.º 1 500 a 330.000
Negligência
P.Singulares 250 ou 500 a
art.º Negligência 165.000
Introdução irregular no consumo
109 P.Coletivas 500 ou 1.000 a
Negligência 330.000
P.Singulares
150 a 15.000
Dolo
Recusa de entrega, exibição ou 75 a 7.500
art.º Negligência
apresentação de documentos e
110 P.Coletivas
mercadorias 300 a 30.000
Dolo
150 a 15.000
Negligência

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 Contraordenações aduaneiras Limites das coimas
(ver NOTA)
Norma Infrator e Culpa
Em euros
Infração do
RGIT
P.Singulares
Dolo 75 a 7.500
art.º
Violação do dever de cooperação
111 P.Coletivas
150 a 15.000
Dolo
P.Singulares
75 a 5.750
Dolo
Omissões ou inexactidões nas art.º 37,5 a 2.875
Negligência
declarações ou em documentos 111º-
P.Coletivas
fiscalmente relevantes A 150 a 11.500
Dolo
75 a 5.750
Negligência
P.Singulares
75 a 7.500
Dolo
37,5 a 3.750
Aquisição de mercadorias objeto de art.º Negligência
infração aduaneira 112 P.Coletivas
150 a 15.000
Dolo
75 a 7.500
Negligência

NOTA: O valor das coimas pode ser reduzido em 25%, 50% ou 75%, em função da
"confissão" da infração e da prontidão do pagamento.

As coimas são aplicadas pelos serviços da Administração tributária, variando a

entidade competente em função do valor da coima.

Por regra, as coimas e sanções acessórias são aplicadas pelo dirigente do serviço
tributário local da área onde a infração teve lugar.

No entanto, a sua aplicação em determinadas circunstâncias compete ao diretor de

finanças dessa área.

Consulte nesta tabela qual a entidade competente para punir os infratores,

consoante a contraordenação praticada, ou a sua gravidade:

Contraordenação Entidade competente

Recusa de entrega, exibição ou
apresentação de escrita e de
documentos fiscalmente relevantes, Diretor de Finanças
quando os factos não constituam fraude
fiscal
Falta de entrega da prestação tributária,
Diretor de Finanças, quando o imposto
total ou parcial, pelo período até 90 dias,
em falta for superior a 25.000euros
ou por período superior, desde que os
Dirigente do Serviço, quando o
factos não constituam crime, ao credor
imposto em falta for igual ou inferior a
tributário, da prestação tributária
deduzida a terceiros 25.000 euros

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 Diretor de Finanças, quando o imposto
em falta for superior a 25.000 EUR
Pagamento de forma diferente da
Dirigente do Serviço, quando o
legalmente prevista
imposto em falta for igual ou inferior a
25.000 euros
Violação de segredo fiscal Diretor de Finanças
Falta ou atraso de declarações a
apresentar para efeitos fiscais para
determinação, avaliação ou Dirigente do Serviço
comprovação da matéria coletável ou da
respetiva prestação
Falta ou atraso na apresentação ou a
não exibição de declarações ou
documentos comprovativos dos factos,
Dirigente do Serviço
valores ou situações constantes das
declarações, documentos de transporte
ou outros
Falta ou atraso na apresentação de
declarações de início, alteração ou
cessação de atividade, das declarações
autónomas de cessação ou alteração
Dirigente do Serviço
dos pressupostos de benefícios fiscais e
das declarações para inscrição de
valores em registos que a administração
fiscal deva possuir
Falta de exibição pública dos dísticos ou
outros elementos comprovativos do Dirigente do Serviço
pagamento de imposto
Falta de apresentação ou apresentação
fora de prazo legal das declarações ou
fichas para inscrição ou atualização de Dirigente do Serviço
elementos do número fiscal de
contribuinte das pessoas singulares
Diretor de Finanças, quando o imposto
Falsificação, viciação e alteração de
em falta for superior a 25.000 euros
documentos fiscalmente relevantes, com
Dirigente do Serviço, quando o
dolo, quando não deva ser punido pelo
imposto em falta for igual ou inferior a
crime de fraude fiscal 25.000 euros
Omissões e inexatidões relativas à
situação tributária que não constituam
fraude fiscal nem contraordenação
anteriormente referida, praticadas nas
declarações, bem como nos Diretor de Finanças, quando o imposto
documentos comprovativos dos factos, em falta for superior a 25.000 euros
valores ou situações delas constantes, Dirigente do Serviço, quando o
incluindo as praticadas nos livros de imposto em falta for igual ou inferior a
contabilidade e escrituração, nos 25.000 euros
documentos de transporte ou outros que
legalmente os possam substituir ou
noutros documentos fiscalmente
relevantes que devam ser mantidos,

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apresentados ou exibidos
Inexatidões ou omissões praticadas nas
declarações ou fichas para inscrição ou
atualização de elementos do número Dirigente do Serviço
fiscal de contribuinte das pessoas
singulares
Inexistência de contabilidade ou de
livros de escrituração, de registos e
Dirigente do Serviço
documentos com eles relacionados,
qualquer que seja a respetiva natureza
Não organização da contabilidade de
acordo com as regras de normalização
contabilística e atrasos na sua execução
da contabilidade, na escrituração de
livros ou na elaboração de outros Dirigente do Serviço
elementos de escrita, ou de registos, por
período superior ao previsto na lei fiscal,
quando não sejam punidos como crime
ou como contraordenação mais grave
Falta de apresentação no prazo legal e
antes da respetiva utilização, dos livros
de escrituração de registos ou outros Dirigente do Serviço
documentos relacionados com a
contabilidade ou exigidos na lei
Não conservação pelo prazo legal dos
Dirigente do Serviço
livros de escrituração
Violação do dever de emitir recibos ou
faturas ou a sua emissão fora dos Dirigente do Serviço
prazos legais
Violação do dever de exigir recibos ou
faturas, ou a sua não conservação pelo Dirigente do Serviço
prazo legal
Falta de designação de representante
com residência, sede ou direção efetiva
em território nacional para representar
as entidades não residentes neste
Dirigente do Serviço
território, bem como as que, embora
residentes, se ausentem do território
nacional por período superior a seis
meses
Falta de identificação do gestor de bens,
por parte do representante fiscal do não
Dirigente do Serviço
residente, quando pessoa diferente do
gestor de bens ou direitos
Pagamento indevido ou a colocação à
disposição dos respetivos titulares de
rendimentos sujeitos a retenção de
Dirigente do Serviço
imposto na fonte, sem que aqueles
façam a comprovação do seu número
fiscal de contribuinte
Transferência para o estrangeiro de Diretor de Finanças, quando o imposto

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rendimentos sujeitos a tributação, em falta for superior a 25.000 euros
obtidos em território português por Dirigente do Serviço, quando o
entidades não residentes, sem que se imposto em falta for igual ou inferior a
mostre pago ou assegurado o imposto 25.000 euros
que for devido
Impressão de documentos por
tipografias não autorizadas para o efeito Diretor de Finanças
e respetiva aquisição
Fornecimento de documentos
fiscalmente relevantes por pessoas ou
entidades autorizadas sem observância Diretor de Finanças
das formalidades legais, bem como a
sua aquisição
Falta de conta bancária para uso
exclusivo da empresa, realização de
movimentos sem ser através desta ou Diretor de Finanças
de pagamentos sem ser pelos meios
previstos na lei
Diretor-Geral das Alfândegas e dos
Impostos Especiais sobre o Consumo
Contraordenações aduaneiras
Diretores das Alfândegas
Chefes das delegações aduaneiras

Às contraordenações graves podem ainda ser aplicadas as seguintes sanções

acessórias:

- a perda de objetos;
- o impedimento de receber subsídios públicos;
- a suspensão de benefícios concedidos por entidades públicas ou impedimento de
os obter, pelo período máximo de dois anos;
- o impedimento de participar em leilões ou concursos públicos, entre outros eventos
similares;
- o encerramento de instalações;
- a cassação ou suspensão de licenças ou autorizações;
- a publicação da sentença.

Consideram-se graves, as contraordenações cujo limite máximo da coima é superior

a 5.750 euros e aquelas que a lei qualifique como graves.

Crimes

Os crimes fiscais, as penas respetivas e as regras processuais aplicáveis estão

previstas no RGIT, que estipula quatro tipos de crimes distintos:

- crimes tributários comuns;

- crimes aduaneiros;
- crimes fiscais.

10

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A sanção a aplicar varia consoante o infrator seja uma pessoa singular ou coletiva, e
consoante o valor dos danos causados ao Estado, podendo variar entre multa de 10
a 600 dias ou prisão até 8 anos, para as pessoas singulares e multa de 20 a 1920
dias, para as pessoas coletivas.

As penas previstas para a prática dos crimes previstos no RGIT, têm os

seguintes limites:

Crimes tributários comuns

Infrator e Limites das penas
Norma ver NOTA
Culpa
Crime do
RGIT
Burla tributária cuja atribuição Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
patrimonial seja de valor inferior a 5.100 Multa até 360 dias
87
euros, incluindo a tentativa P.Coletivas Multa até 720 dias
Burla tributária cuja atribuição Prisão de 1 a 5 anos
patrimonial seja de valor igual ou art.º P.Singulares ou Multa até 600
superior a 5.100 euros e inferior a 87 dias
20.400 euros, incluindo a tentativa P.Coletivas Multa até 1200 dias
Burla tributária cuja atribuição P.Singulares Prisão de 2 a 8 anos
patrimonial seja de valor igual ou art.º
Multa de 480 a 1920
superior a 20.400 euros, incluindo a 87 P.Coletivas
dias
tentativa
Prisão até 2 anos ou
art.º P.Singulares
Frustação de créditos Multa até 240 dias
88
P.Coletivas Multa até 480 dias
art.º
Associação criminosa P.Singulares Prisão de 2 a 8 anos
89
Prisão até 2 anos ou
art.º P.Singulares
Desobediência qualificada Multa até 240 dias
90
P.Coletivas Multa até 480 dias
Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
Violação de segredo Multa até 360 dias
91
P.Coletivas Multa até 720 dias
NOTA: Cada dia de multa corresponde a:
- entre 1 e 500 euros, para as pessoas singulares;
- entre 5 e 5.000 euros, para as pessoas coletivas.

Crimes Aduaneiros
Infrator e Limites das penas
Norma ver NOTA
Culpa
Crime do
RGIT
Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
Contrabando, incluindo a tentativa Multa até 360 dias
92
P.Coletivas Multa até 720 dias

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 Crimes Aduaneiros
Infrator e Limites das penas
Norma ver NOTA
Culpa
Crime do
RGIT
Prisão até 3 anos ou
Contrabando de circulação, incluindo a art.º P.Singulares
Multa até 360 dias
tentativa 93
P.Coletivas Multa até 720 dias
Contrabando de mercadorias de Prisão até 3 anos
art.º P.Singulares
circulação condicionada em outa até 360 dias
94
embarcações P.Coletivas Multa até 720 dias
Fraude no transporte de mercadorias Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
em regime suspensivo, incluindo a Multa até 360 dias
95
tentativa P.Coletivas Multa até 720 dias
Prisão até 3 anos ou
Introdução fraudulenta no consumo, art.º P.Singulares
Multa até 360 dias
incluindo a tentativa 96
P.Coletivas Multa até 720 dias
Crimes de contrabando, fraude no Prisão até 5 anos ou
P.Singulares
transporte de mercadorias em regime Multa até 600 dias
art.º
suspensivo ou na introdução no
97
consumo e de recetação de P.Coletivas Multa até 1200 dias
mercadorias, que sejam qualificados
Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
Violação de garantias aduaneiras Multa até 360 dias
98
P.Coletivas Multa até 720 dias
Prisão até 3 anos ou
Quebra de marcas ou selos, incluindo a art.º P.Singulares
Multa até 360 dias
tentativa 99
P.Coletivas Multa até 720 dias
Prisão até 3 anos ou
Recetação de mercadorias objeto de art.º P.Singulares
Multa até 360 dias
crime aduaneiro 100
P.Coletivas Multa até 720 dias
Prisão até 2 anos ou
art.º P.Singulares
Auxílio material Multa até 240 dias
101
P.Coletivas Multa até 480 dias
NOTA: Cada dia de multa corresponde a:
- entre 1 e 500 euros, para as pessoas singulares;
- entre 5 e 5.000 euros, para as pessoas coletivas.

Crimes Fiscais
Infrator e Limites das penas
Norma ver NOTA
Culpa
Crime do
RGIT
Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
Fraude Multa até 360 dias
103
P.Coletivas Multa até 720 dias
Prisão até 1 a 5
P.Singulares
art.º anos
Fraude qualificada
104 Multa de 240 a 1200
P.Coletivas
dias

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 Crimes Fiscais
Infrator e Limites das penas
Norma ver NOTA
Culpa
Crime do
RGIT
Prisão até 3 anos ou
art.º P.Singulares
Abuso de confiança Multa até 360 dias
105
P.Coletivas Multa até 720 dias
Abuso de confiança, quando o valor do art.º P.Singulares Prisão de 1 a 5 anos
imposto não entregue seja superior a 105 Multa de 240 a 1200
P.Coletivas
50.000 euros n.º 5 dias
NOTA: Cada dia de multa corresponde a:
- entre 1 e 500 euros, para as pessoas singulares;
- entre 5 e 5.000 euros, para as pessoas coletivas.

Além das penas indicadas, podem ainda ser aplicadas aos agentes que praticaram
estes crimes, as seguintes sanções acessórias:

- interdição temporária do exercício de certas atividades ou profissões;

- o impedimento de receber subsídios públicos;
- a suspensão ou perda de benefícios concedidos por entidades públicas ou
impedimento de os obter;
- o impedimento de participar em leilões ou concursos públicos, entre outros eventos
similares;
- o encerramento de instalações;
- a cassação ou suspensão de licenças ou autorizações;
- a publicação da sentença;
- a dissolução da pessoa coletiva;
- a perda de objetos, como mercadorias ou meios de transporte e outros
instrumentos do crime.

Referências
Regime Geral das Infrações Tributárias

Atualizado a 03-08-2012

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