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CICLANDO OS CARBOIDRATOS

Pergunta: @Fred Azevedo poderia falar sobre como ciclos carboidratos em fase
de cutting...estratégias....enfim...gostaria de ouvir sobre este assunto. Obrigado
O que fazem os CARBOIDRATOS
Macronutriente composto pelas biomoléculas/macromoléculas mais
abundantes nos alimentos e seres vivos, e são identificados pela sigla (CH20)n.
São considerados a principal fonte de energia das células, embora possam
participar de outras ações no organismo, e se dividem em
MONOSSACARÍDEOS, DISSACARÍDEOS e POLISSACARÍDEOS.

A nutrição convencional, até a década de 80 do século passado recomendava a

alta ingestão de carbos, e baixa ingestão de gorduras, como a melhor forma de
composição de uma dieta esportiva, coisa que os bodybuilders já começavam a
perceber que ainda que em termos de energia isso pudesse estar correto, em
relação ao ganho de qualidade muscular e redução extrema de gordura poderia
ser a pior alternativa.
Inicialmente a opção dos fisiculturistas foi partir para a redução drástica da
ingestão desse macronutriente, o que funcionava para o aumento da definição,
MAS atrapalhava o ganho de volume muscular.
Com a chegada da geração dos anos 90, representada pelo multi Olympia LEE
HANEY, tivemos início da prática do CARB CYCLING, ou ciclo de carboidratos.
A idéia era aproveitar a alta ingestão dos carbos para estimular o ganho de
volume em alguns dias, mas tmbm reduzir em outros para evitar que acontecesse
o acúmulo de água e gordura desnecessários para o ganho de qualidade.
Existem diversos meios para isso, e a coisa não é tem uma regra fixa, e o modo
como essa alternância é feita com um atleta pode não funcionar bem com outro,
logo é preciso algum conhecimento e experiência, principalmente em relação a
como será aproveitado o GLICOGÊNIO na geração de energia e reposição nos
momentos de descanso. O objetivo é usar os carbos para repor a quantidade
correta, sem excessos, o que seria acumulado na forma de gordura.
Basicamente, assim como ocorre nos CICLOS DE ÁGUA, a meta é evitar que o
organismo se acostume com um determinado processo. Quando o corpo relaxa
e começa a estocar carbos demais, esse macro é restringido, voltando a colocar
o organismo em alarme e forçando o uso do que já temos estocado na geração
de energia.
Outro ponto é saber em que dias de semana o treino será mais intenso, quando
será maior a ingestão de água, e assim escolher os dias de mais carbo para uma
melhor reposição do glicogênio. E tmbm o oposto, quando o indivíduo precisa
perder gordura, e justamente aproveitar esses dias para REDUZIR os estoque de
glicogênio e forçar o uso da gordura na geração de energia.

EXEMPLOS

1) Indivíduo precisando de mais volume muscular

➢ Dia 1 – 300g de carbo (treino mais pesado)
➢ Dia 2 – 300g de carbo (treino pesado + reposição de glicogênio)
➢ Dias 3 e 4 – 50g de carbo (evitar o estoque desnecessário de gordura e água)
➢ Dia 5 – 300g de carbo (treino mais pesado)
➢ Dias 6 e 7 – 100 a 150g de carbo (dias de descanso sem treinos)

2) Indivíduo precisando de mais qualidade muscular

➢ Dia 1 – 100g de carbo (treino mais pesado)
➢ Dia 2 – 150g de carbo (treino pesado + reposição restrita de glicogênio)
➢ Dias 3 e 4 – 50g de carbo (evitar o estoque desnecessário de gordura e água)
➢ Dia 5 – 300g de carbo (treino mais pesado – choque de glicogênio)
➢ Dias 6 e 7 – 100 a 150g de carbo (dias de descanso sem treinos)