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Coesão e Coerência

A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual. Para que um


texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido para o leitor.

Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e
agradável aos ouvidos.

Coesão Textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação
entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e ocorre
por meio de palavras chamadas de conectivos.

Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora.

A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são
qualificadas como endofóricas.

Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a


ligação e a harmonia textual.

Algumas Regras
Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:

Referência
• Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria
casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica)
• Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz
todas as tarefas, com exceção desta: arquivar a correspondência. (Referência
demonstrativa catafórica)
• Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais
um dia igual aos outros… (Referência comparativa endofórica)
Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as
repetições.

Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana. Observe que a
diferença entre a referência e a substituição está expressa especialmente no fato de que a
substituição acrescenta uma informação nova ao texto.

No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal
referencia as pessoas João e Maria, não acrescentando informação adicional ao texto.

Elipse

Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido
através da elipse.

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Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo
oferecido são ingressos para o concerto.)

Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.

Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa)

Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que
pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos,
entre outros.

Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A instituição está
literalmente caindo aos pedaços.

Coerência Textual
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação -
resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem.

Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto
incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da
leitura.

Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso de


tempos verbais e da emissão de ideias contrárias.

Exemplos:
• O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado
e inacabado)
• Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são assim
classificados pelo fato de se alimentar apenas de vegetais)
Fatores de Coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a sua
abrangência. Vejamos alguns:

Conhecimento de Mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados na nossa
memória.

São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina


alimentar: café da manhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como
jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta).

Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!

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Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque “peru,
panetone, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à celebração do Natal e não
à festa de carnaval.

Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do pressuposto
que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento.

Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou
seja, em princípio, esses convidados não comem carne de vaca)
Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza, como os
títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem.

Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.
Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele será.
Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza
desvaloriza o texto.

Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.


Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios para se
obter um texto coerente:

• Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias


• Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
• Princípio da Relevância - ideias que se relacionam

Diferença entre Coesão e Coerência


Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser incoerente.
Ambas têm em comum o fato de estarem relacionadas com as regras essenciais para uma boa
produção textual.

A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões gramaticais. Já a
coerência textual trata da articulação externa e mais profunda da mensagem.

Emprego do Hífen
O hífen (-) é um sinal gráfico utilizado para:
• Formar palavras compostas;
• Ligar pronomes oblíquos ao verbo;
• Separar sílabas, bem como na translineação das palavras.

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Aqui, de forma simples, você vai percorrer todas as regras para aprender de vez o Emprego
do Hífen.

Todas as Regras do Hífen Palavras


compostas
1) Justaposição
Palavras compostas por justaposição (radicais que se juntam sem que haja alteração fonética).
Exemplos: couve-flor, ano-luz, arco-íris.

2) Nomes de lugares
Nomes que se iniciam com grã, grão ou que sejam ligados por artigos. Exemplos: Grã-
Bretanha, Grão-Pará, Baía de Todos-os-Santos.

Outros nomes de lugares não levam hífen. Exceção: Guiné-Bissau.

3) Espécies Botânicas e Zoológicas.


Exemplos: amor-perfeito, tamanduá-bandeira, pimenta-do-reino.

4) Bem e Mal
Palavras compostas cujo primeiro elemento são as palavras bem ou mal e os elementos que se
seguem se iniciam com a letra h ou com vogal.

Exemplos: bem-humorado, bem-amado, mal-assombrado.

Contudo, no caso do advérbio bem, há palavras cujos elementos se iniciam com consoante em
que o hífen é empregado, embora com o advérbio mal não sejam.

Exemplos: bem-criado, mas malcriado.

5) Além, Aquém, Recém e Sem


Exemplos: além-fronteira, aquém-mar, recém-casado, sem-teto.

6) Encadeamentos Vocabulares
Exemplos: ponte Rio-Niterói, rodovia Rio-Santo, austro-húngaro.

Hífen com Prefixos


1) Segundo elemento começa com a letra h
Exemplos: pré-história, super-homem, sobre-humano.

2) Segundo elemento começa com a vogal igual a que termina o primeiro elemento, ou prefixo
Exemplos: micro-ondas, auto-observação, semi-interno.

Exceção: com o prefixo co o hífen é dispensado, tal como em cooperante.

3) Circum e Pan
Quando o segundo elemento começa com vogal ou com as letras h, m ou n.

Exemplos: circum-ambiente, pan-americano, pan-africanismo.

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4) Hiper-, Inter- e Super-
Quando o segundo elemento começa com a letra r.

Exemplos: hiper-resistente, inter-relação, super-revista.

5) Ex-, Vice-
Exemplos: ex-mulher, vice-presidente, vice-prefeito.

6) Pós-, Pré- e Pró-, quando são acentuados.


Exemplos: pós-moderno, pré-escola, pró-europeu.

7) Sufixos de origem tupi-guarani


Exemplos: capim-açu, cajá-mirim, Embu-guaçu.

Pronomes Oblíquos
Ênclise e Mesóclise
Exemplos: amo-lhe, orgulho-me, orgulhar-me-ei.

Regras de acentuação gráfica


As regras de acentuação estão relacionadas com o posicionamento da sílaba tônica (a sílaba
pronunciada com maior intensidade). Há regras específicas para palavras oxítonas, paroxítonas
e proparoxítonas.

Regras de acentuação das palavras oxítonas


As oxítonas, palavras onde a última sílaba é tônica, devem ser acentuadas graficamente em
alguns casos específicos. Confira, a seguir, as regras de acentuação de oxítonas.

1. Sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o

Oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e -o, seguidas ou não de -s, são
acentuadas.

Exemplos:

• pajé

• vocês

• crachá

• aliás

• mocotó

• após

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2. Ditongo nasal -em ou -ens

Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo nasal -em ou -ens são
acentuadas. Exemplos:

• além

• também

• amém

• armazéns

• conténs

• parabéns

3. Ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s

Oxítonas com sílaba tônica terminada em ditongo aberto -éu, -éi ou -ói, seguido ou não de -s,
são acentuadas

Exemplos:

• mausoléu

• véus

• herói

• sóis

• fiéis

• anéis

São acentuados os monossílabos tônicos terminados em A, E, O, (primeira regra) e


também em ditongos abertos (segunda regra): ÉU, ÉI, ÓI (seguidos ou não de S,
pois o plural não afeta a regra)

Crase: tudo sobre a crase! Quando usar e dicas


A crase, marcada pelo acento grave (`), é vista como a vilã. Mas a coitada é tão simplesmente a
+ a, ou seja, a soma do artigo definido "a" com a preposição "a".

Os alunos vivem se queixando dela e perguntando sobre o seu uso depois do novo acordo
ortográfico. Ainda tem aqueles que colocam a crase em tudo com a ilusão que assim correm
menos risco de errar.

Calma, nada mudou com a nova ortografia.

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Pronto para abandonar essa ideia temível e começar a ver a crase com outros olhos?

Quando usar crase

Não esqueça: A crase é usada antes de palavras femininas!

Antes de palavras femininas

• Fui à escola.

• Fomos à praça.

Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

• Vou à padaria.

• Fomos à praia.

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas

• Saímos à noite.

• À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à


moda de.

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Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

• No verão, voltamos àquela praia.

• Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

• Veste roupas à (moda de) Luís XV.

• Dribla à (moda de) Pelé.

Uso da crase na indicação das horas

Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

• Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.

• Saio da escola às 12h30.

Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não
se utiliza a crase, por exemplo:

• Ficamos na reunião desde as 12h.

• Chegamos após as 18h.

• O congresso está marcado para as 15h.

Quando não usar crase

Antes de palavras masculinas

• Jorge tem um carro a álcool.

• Samuel comprou um jipe a diesel.

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Antes de verbos que não indiquem destino

• Estava disposto a salvar a menina.

• Passava o dia a cantar.

Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo

• Falamos a ela sobre o ocorrido

• Ofereceram a mim as entradas para o cinema.

Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.

Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa

• Era a isso que nos referíamos.

• Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.

Crase facultativa

Dica

Para saber se a crase é utilizada nos verbos de destino, utilize esse macete:

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Regras de acentuação de palavras paroxítonas
O que define a acentuação de uma paroxítona, palavra onde a penúltima sílaba é tônica, é a
sua terminação. Veja abaixo as regras de acentuação de paroxítonas.

1. Paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps

As palavras paroxítonas terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps são acentuadas.

Exemplos:

• caráter

• esfíncter

• fóssil

• réptil

• líquen

• lúmen • tórax

• córtex

• bíceps

• fórceps

2. Paroxítonas terminadas em -ã e -ão

Paroxítonas terminadas em -ã e -ão, seguidas ou não de -s, são acentuadas.

Exemplos:

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• órfã

• órfãs

• ímã

• ímãs

• órgão

• órgãos

• sótão

• sótãos

• bênção

• bênçãos

3. Paroxítonas terminadas em -um e -uns

São acentuadas todas as palavras paroxítonas terminadas em -um e -uns.

Exemplos:

• fórum

• fóruns

• quórum

• quóruns

• álbum

• álbuns

4. Paroxítonas terminadas em -om e -ons

Recebem acento gráfico todas as paroxítonas que têm terminação -om ou -ons.

Exemplos:

• Iândom

• prótons

• elétrons

• nêutrons

5. Paroxítonas terminadas em -us

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São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em -us.

Exemplos:

• ânus

• vírus

• ônus

• húmus

• bônus

• tônus

• Vênus

6. Paroxítonas terminadas em -i e -is

As palavras paroxítonas terminadas em -i seguido ou não de -s, são graficamente acentuadas.

Exemplos:

• cáqui

• bílis

• júri

• oásis

• beribéri

• biquíni

• cútis

• grátis

• lápis

• táxi

7. Paroxítonas terminadas em -ei e -eis

Recebem acento gráfico as palavras paroxítonas cuja terminação é -ei ou -eis.

Exemplos:

• hóquei

• jóquei

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• pônei

• saudáveis

• amásseis

• cantásseis

• fizésseis

Regras de acentuação de palavras proparoxítonas


As regras de acentuação das proparoxítonas, palavras onde a antepenúltima sílaba é tônica,
instituem que elas sejam sempre acentuadas.

Assim, toda proparoxítona é acentuada.

Exemplos:

• líquido

• lâmpada

• ácaro

• pássaro

• trânsito

• tática

• exército

• médico

• bárbaro

• árvore

Novas regras de acentuação após o Acordo Ortográfico

1. Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas

Em palavras paroxítonas, os ditongos abertos -oi e -ei deixaram de ser acentuados.

Exemplos:

• jóia > joia

• alcalóide > alcaloide

• andróide > androide

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• asteróide > asteroide

• geléia > geleia

• ideia > ideia

• assembléia > assembleia

• européia > europeia

2. Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas

Em palavras paroxítonas, as vogais -i e -u precedidas de ditongo deixaram de ser acentuadas.

Exemplos:

• feiúra > feiura

• baiúca > baiuca

• bocaiúva > bocaiuva

• boiúno > boiuno

• cauíla > cauila

• maoísta > maoista

• taoísmo > taoismo

3. Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas

Nas palavras paroxítonas, a vogal tônica fechada -o de -oo deixa de ser acentuada.

Exemplos:

• enjôo > enjoo

• vôo > voo

• zôo > zoo

• magôo > magoo

• perdôo > perdoo

4. Hiato de paroxítona cuja terminação é -em

Deixam de ser acentuadas as palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e
tônico em hiato. Isso ocorre com a terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do
subjuntivo.

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Exemplos:

• vêem > veem

• lêem > leem

• crêem > creem

• dêem > deem

• desdêem > desdeem

• revêem > reveem

• relêem > releem

5. Paroxítonas homógrafas

O acento diferencial deixou de ser usado em paroxítonas homógrafas.

As homógrafas são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes.

Exemplos:

• (verbo parar) pára > para

• (substantivo) pêlo > pelo

Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse
diferenciada da preposição “para”. Depois do Acordo, ambas são escritas sem acento.

Exemplos:

• Antes do Acordo Ortográfico: Ele sempre pára nessa loja para comprar chiclete.

• Depois do Acordo Ortográfico: Ele sempre para nessa loja para comprar chiclete.

No caso do substantivo “pelo”, a acentuação aplicada antes do Acordo Ortográfico estabelecia


a diferença em relação à palavra “pelo”, que tem função de preposição.
Confira abaixo.

Exemplos:

• Antes do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pêlo do cachorro.

• Depois do Acordo Ortográfico: Passei a mão pelo pelo do cachorro. 6. Palavras com

trema

O uso do trema foi suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas.

Exemplos:

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• lingüiça > linguiça

• enxágüe > enxágue

• eqüino > equino

• freqüência > frequência

• lingüística > linguística

• bilíngüe > bilíngue

O trema mantém-se apenas em nomes próprios estrangeiros ou em palavras deles derivadas.

Exemplos:

• Müller

• mülleriano

• Hübner

• hübneriano

Acentos gráficos

Os acentos gráficos são sinais que indicam na escrita das palavras, a pronúncia da vogal de
determinada sílaba. São eles: acento agudo, acento circunflexo, acento grave e til.

Acento agudo

O acento agudo é representado pelo sinal gráfico ´ e indica que a vogal tem pronúncia aberta
na sílaba tônica de determinada palavra.

Exemplos:

• área

• época

• relógio

Acento circunflexo

O acento circunflexo é representado pelo sinal gráfico ^ e indica que a vogal tem pronúncia
fechada ou anasalada na sílaba tônica de determinada palavra.

Exemplos:

acadêmico âmbito você

Acento grave

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O acento grave é representado pelo sinal gráfico ` e indica crase da preposição “a” com os
artigos “a” ou “as”, ou crase da preposição “a” com um pronome demonstrativo que inicie com
a letra “a”.

O acento grave não assinala a sílaba tônica.

Exemplos:

• à (preposição “a” + artigo “a”)

• àquele (preposição “a” + pronome demonstrativo “aquele”)

• àquilo (preposição “a” + pronome demonstrativo “aquilo”

Til

O til é representado pelo sinal gráfico ~ e indica que a vogal de determinada palavra tem som
nasal.

O til nem sempre assinala a sílaba tônica.

Exemplos:

• bênção

• coração

• eleição

Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de
textos, bem como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica.

São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de
exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses
( ( ) ) e o travessão (—).

Como usar e exemplos

Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um
período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.

Exemplos:

• Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e
resolvi ligar e pedir perdão.

• O filme recebeu várias indicações para o óscar.

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• Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos
historiadores.

• Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.

Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o
significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve
para separar termos com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o
vocativo.

Exemplos:

• Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.

• Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas


vegetarianas. (aposto)

• Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)

Ponto e Vírgula (;)

O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para
separar uma relação de elementos.

É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa
mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

Exemplos:

• Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.

• Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.

• Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Dois Pontos (:)


Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para
iniciar uma enumeração.

Exemplos:

• Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e


divisão.

• Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.

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Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que
denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.

Exemplos:

• Que horror!

• Ganhei!

Ponto de Interrogação (?)


O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases
diretas ou indiretas-livre.

Exemplos:

• Quer ir ao cinema comigo?

• Será que eles preferem jornais ou revistas?

Reticências (...)

As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido
vai muito mais além do que está expresso na frase.

Exemplos:

• Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…

• Não sei… Preciso pensar no assunto.

Aspas (" ")


É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar
citações de obras.

Exemplos:

• Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”.

• Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias
carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."

Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.

Exemplos:

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• O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.

• Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.

Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem
como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.

Exemplos:

• Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois
teremos problemas mais tarde.

• Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Usos da Vírgula ( , )
O uso da vírgula não é tão simples como parece, mas não tão complicado ao ponto de não
ser aprendido após conhecermos suas regras e truques.

Diariamente surgem dúvidas acerca desse sinal gráfico cuja omissão ou uso incorreto pode
alterar completamente o sentido do discurso.

Exemplos:

• Essa, mãe, nunca limpa a casa.

• Essa mãe nunca limpa a casa.

• Não, quero saber o que se passa.

• Não quero saber o que se passa.

Em suma, a vírgula tem a função de separar elementos dentro de uma mesma


frase ou oração. Quando Usar a Vírgula

1. Para separar elementos

A vírgula serve para separar, dentro da mesma oração, elementos que têm a mesma
função sintática e que, regra regal, não sejam ligados pelas conjunções e, nem, ou.

Exemplo:
Objetivos, conteúdo, método e recursos didáticos compõem um plano.

Truque: Se você estiver listando várias coisas, vai precisar usar vírgula!

2. Depois do vocativo

A vírgula é usada para separar a invocação de alguém.

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Exemplo:
Ana, atenda a campainha!

Truque: Está chamando alguém? Use vírgula depois!

3. Entre o aposto

Frequentemente o aposto aparece entre vírgulas.

Exemplo:
João, professor do Ensino Médio, está de licença.

Truque: Introduziu uma explicação ou clarificação no meio da oração? Use vírgula.

4. Depois dos advérbios “sim” e “não”

A vírgula é usada após esses advérbios quando eles iniciam uma oração que atue como
resposta.

Exemplo:
Sim, estamos satisfeitos com os resultados.

Truque: Depois de sim ou não iniciais em respostas, coloque sempre vírgula.

5. Na intercalação de texto

A vírgula é utilizada para inserir expressões intercaladas dentro de uma oração, bem como
orações intercaladas dentro de outras orações.

Exemplos:
Vi, porém, as opções que eu tinha.
Ele não vai, de forma alguma, obedecer.
A atriz, disse o público, atuou com brilhantismo.

Truque: Coloque entre vírgulas aquilo que estiver "quebrando" uma frase que por si só já
tem sentido.

6. Nas orações subordinadas adverbiais

A vírgula deve estar presente na separação de orações subordinadas adverbiais,


especialmente quando elas iniciam a oração.

Exemplo:
Embora estivesse mau tempo, foram à praia.

Truque: Quando uma oração com função de advérbio estiver antes da oração principal, use
vírgula. Se aparecer depois, a vírgula é dispensada.

7. Nas orações subordinadas adjetivas explicativas

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A vírgula deve ser utilizada em informações acessórias, que ampliam ou esclarecem uma
informação, mas que podem ser retiradas da frase..

Exemplo:
Gregório de Matos, que é a principal expressão do barroco no Brasil, era conhecido como
“boca de inferno”.

Truque: Nem sempre que usamos "que", significa que usamos vírgula, mas quando a
informação introduzida é acessória, coloque vírgula.

Existem casos em que a informação depois do "que" é essencial para entendermos


a mensagem. Veja mais abaixo quando não usar a vírgula nesses casos.

8. Na omissão de verbos

A vírgula é usada para assinalar a omissão de palavras, sendo maioritariamente utilizada na


omissão do verbo.

Exemplo:
Vamos de carro; eles, de ônibus.

Truque: A vírgula é usada em alguns casos para substituir uma palavra que já tenha sido
usada na frase. Mas atenção, é uma forma pouco usual de escrever e pode levar ao erro. O
melhor truque é não tentar escrever dessa forma.

9. Acompanhando local e data

Emprega-se a vírgula para separar o topônimo da data.

Exemplo:
Brasil, 24 de julho de 2015.

Truque: Fácil: Local, Data. Sempre.

Quando não Usar a Vírgula

A vírgula não pode ser usada nas seguintes situações:

1) Para separar o sujeito do predicado

2) Para separar o verbo do complemento

Exemplos:

• O professor, finalizará o plano de aula durante esta semana. (errado)

• O professor finalizará o plano de aula durante esta semana. (certo)

• Professores, pais e alunos se reuniram, no auditório da escola. (errado)

• Professores, pais e alunos se reuniram no auditório da escola. (certo)

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Também não é usada na seguinte situação:

3) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Exemplo:
Os relatórios que ele preparou estão sob a mesa.

Truque: "Que ele preparou": Esta informação é essencial para sabermos que relatórios são!
Não coloque vírgula.

Dúvidas frequentes do uso da vírgula

Quando o assunto é vírgula, as dúvidas mais frequentes quanto ao seu uso são:

1. Antes do “e”

Geralmente a vírgula não é empregada antes da conjunção e, bem como das conjunções
nem e ou, exceto nas seguintes situações: quando há repetição da conjunção com objetivo
enfático, quando os sujeitos das orações são diferentes e quando a conjunção e transmite
um valor de diferença e não de adição.

Exemplos:

• Fiz, e fiz, e mais fiz por todos eles.

• Mariana cursou medicina, e Marília jornalismo.

• Correu o mais que pode, e ainda assim não pegou o ônibus.

2. Antes do “que”

No caso de se tratar de uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, a vírgula deve ser
utilizada, tal como vimos no exemplo que foi dado acima:

Exemplo:
Gregório de Matos, que é a principal expressão do barroco no Brasil, era conhecido como
“boca de inferno”.

Porém, no que respeita à Oração Subordinada Adjetiva Restritiva, a vírgula não é utilizada,
tal como também vimos em outro exemplo dado acima:

Exemplo:
Os relatórios que ele preparou estão na mesa.

Quando usar ponto e vírgula ( ; )

O ponto e vírgula é utilizado nas seguintes situações:

1. Nas orações coordenadas ou subordinadas Quando essas orações são

extensas ou já têm vírgulas.

23
Exemplo:
É difícil chegar a um consenso quando ele, que passa a vida a ver televisão, adora cinema;
ela, que passa a vida a ler, é apaixonada por teatro.

2. Nas listas

Para separar uma relação de elementos.

Exemplo:
Ponto;
Ponto de interrogação;
Ponto de exclamação;
Vírgula.

Dois Pontos ( : )
Os dois pontos ( : )representam um sinal gráfico que faz parte dos sinais de pontuação.

Na produção de textos, eles marcam uma breve pausa no discurso. Geralmente são
utilizados antes de uma explicação ou esclarecimento, após vocativos, em sínteses ou
resumos, citações, falas (discurso direto), enumerações, exemplos, dentre outros.

Interessante observar que na matemática, os dois pontos correspondem ao sinal da divisão


(44:2=22 - Lê-se: quarenta e quatro dividido por dois, igual a vinte e dois)

Usos dos Dois Pontos: Exemplos

Para compreender melhor o conceito desse sinal de pontuação e saber quando e como
usá-lo, segue abaixo alguns exemplos:

1. Nas explicações ou esclarecimentos

O empreendedorismo corresponde a um conceito novo que inclui conceitos essenciais: a


proatividade e a capacidade de criar algo inovador.

2. Nas sínteses ou resumos

No Brasil, o problema da violência aumenta cada dia. Por isso, a maioria dos cidadãos do
país têm medo de saírem de casa. Em resumo: A violência e o medo crescem no país.

3. Nos discursos diretos

Após ouvir atentamente a pergunta da professora, José respondeu: — Não estou


preparado para a prova.

4. Nas citações

Já dizia o poeta português Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

5. Nas enumerações

24
Os planetas do sistema solar são: Mercúrio, Vênus, Terra, marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno.

6. Nos exemplos

O substantivo é uma classe de palavra que nomeia os seres, por exemplo: casa, carro,
móvel.

7. Após vocativos

Senhora Daiana: Podemos participar do evento na sexta-feira?

Diferença entre Dois Pontos e Ponto e Vírgula

A grande diferença entre o ponto e vírgula e os dois pontos é a pausa que eles oferecem à
produção textual, uma vez que podem apresentar a mesma função dentro de um texto,
por exemplo, de enumeração.

Assim, o ponto é virgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que ponto,
separando orações, ideias ou elementos textuais.

Já os dois pontos, indicam uma pausa mais breve no discurso utilizado nos discursos
diretos, explicações, citações, enumerações, dentre outros.

Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque


Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê e porquê) que
são empregados da seguinte forma:

• Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a casa?

• Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos tempo.

• Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases. Exemplo: Você não gosta dessa
matéria, por quê?

• Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Exemplo:


Gostaria de saber o porquê dele não falar mais comigo.

Quando usar Por que?


"Por que" separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas ou no
meio, no caso de frases interrogativas indiretas.

Assim, utilizamos o "por que" em perguntas ou como pronome relativo, com o sentido de
"por qual e "pelo qual".

• Por que ele não voltou mais?

• Por que isto é tão caro?

25
• Queria saber por que você não me telefonou ontem.

Quando usado no meio das frases, "por que" tem a função de pronome relativo. Pode ser
substituído por "por qual e "pelo qual".

Exemplos:

• O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito bonito.)

• A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual sobra sempre
para mim, eu não sei.)

• Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo qual as
pessoas têm dúvidas.)

Quando usar Porque?


"Porque", escrito junto e sem acento, é utilizado em respostas. Ele exerce a função de uma
conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.

Pode ser substituído por palavras, como “pois”, ou pelas expressões “para que” e “uma vez
que”.

Exemplos:

• Não fui à escola ontem porque fiquei doente.

• Leve o casaco porque está frio.

• Não preciso de mais exemplos, porque já entendi.

Quando usar Por quê?


"Por quê", escrito separado e com acento circunflexo, é usado em perguntas no fim das
frases interrogativas diretas ou de maneira isolada.

Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.

Exemplos:

• O almoço não foi servido por quê?

• Andar a pé, por quê?

• Não vai errar mais? Por quê?

Quando usar Porquê?


"Porquê", escrito junto e com acento circunflexo, possui o valor de substantivo na frase e
significa “motivo” ou “razão”.

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Ele aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com
objetivo de explicar o motivo dentro da frase.

Exemplos:

• Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem.

• Queria entender o porquê de isto estar acontecendo.

• Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?

Colocação pronominal
Próclise
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada:

1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do
verbo. São elas:

a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.

Ex.: Não se esqueça de mim.

b) Advérbios.

Ex.: Agora se negam a depor.

c) Conjunções subordinativas.

Ex.: Soube que me negariam.

d) Pronomes relativos.

Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.

e) Pronomes indefinidos.

Ex.: Poucos te deram a oportunidade.

f) Pronomes demonstrativos.

Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.

g) Antes do verbo houver preposição seguida de gerúndio.

27
Em se tratando de saneamento, o Brasil ainda tem que investir muito na área de
tratamento de esgoto.

h) Quando o verbo estiver no particípio.

2) Orações iniciadas por palavras interrogativas.

Ex.: Quem te fez a encomenda?

3) Orações iniciadas por palavras exclamativas.

Ex.: Quanto se ofendem por nada!

4) Orações que exprimem desejo (orações optativas).

Ex.: Que Deus o ajude.

Mesóclise
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada:

1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que


esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.

Exemplos:

Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.


Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.

Ênclise
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a
mesóclise não forem possíveis:

1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.

Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.

2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.

Ex.: Não era minha intenção machucar-te.

3) Quando o verbo iniciar a oração.

Ex.: Vou-me embora agora mesmo.

4) Quando houver pausa antes do verbo.

28
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.

5- Quando o verbo estiver no gerúndio.

Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.

Dicas:
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou
palavra atrativa.
Exemplos:

É preciso encontrar um meio de não o magoar.


É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.

Colocação pronominal nas locuções verbais

1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.

Ex.: Haviam-me convidado para a festa.

b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do
verbo auxiliar.

Ex.: Não me haviam convidado para a festa.

Dicas:
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a
mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele.

Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou
depois do verbo principal.
Exemplos:

Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.


Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo altofalante.

b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar
ou depois do verbo principal.
Exemplos:

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Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.

Observações importantes:
Emprego de o, a, os, as

1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se


alteram.
Exemplos:

Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.

2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los,
las.
Exemplos:

(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.


(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.

3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a,
os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
Exemplos:

Chamem-no agora.
Põe-na sobre a mesa.

4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em
desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise.

Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)

Regência verbal e nominal


A regência verbal e a regência nominal ocorrem entre os diferentes termos de uma oração.
Ocorre regência quando há um termo regente que apresenta um sentido incompleto sem
o termo regido, ou seja, sem o seu complemento.

O que é regência verbal?

A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência
verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto
(preposicionado).

O que é regência nominal?

30
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu
complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.

Exemplos de regência verbal preposicionada

• assistir a;

• obedecer a;

• avisar a;

• agradar a;

• morar em;

• apoiar-se em;

• transformar em;

• morrer de;

• constar de;

• sonhar com;

• indignar-se com;

• ensaiar para;

• apaixonar-se por;

• cair sobre.

Exemplos de regência nominal

• favorável a;

• apto a;

• livre de;

• sedento de;

• intolerante com;

• compatível com;

• interesse em;

• perito em;

• mau para;

31
• pronto para;

• respeito por;

• responsável por.

Regência verbal sem preposição

Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo
necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal.

Exemplos de regência verbal sem preposição:

• Você já fez os deveres?

• Eu quero um carro novo.

• A criança bebeu o suco.

O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?, indicando o


elemento que sofre a ação verbal.

Regência verbal com preposição

Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo
obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal.

Exemplos de regência verbal com preposição:

• O funcionário não se lembrou da reunião.

• Ninguém simpatiza com ele.

• Você não respondeu à minha pergunta.

O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem?


para quem? em quem?, indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.

Preposições usadas na regência verbal

As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem
como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,... Contração e
combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela, pelo,...

As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.

• Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...

• Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...

32
• Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...

• Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...

• Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...

• Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...

Regência nominal com preposição

A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma


preposição para se ligar ao seu complemento nominal.

Exemplos de regência nominal com preposição:

• Sempre tive muito medo de baratas.

• Seu pai está furioso com você!

• Sinto-me grato a todos.

Preposições usadas na regência nominal

Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma simples e
contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.

As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para,
por.

• Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...

• Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...

• Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...

• Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...

• Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...

• Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,...

Regência Verbal
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que se seguem a eles e completam o seu sentido.

Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos


adverbiais são os termos regidos.

Para entender melhor sobre esse assunto e não errar mais, confira abaixo alguns exemplos
e suas respectivas explicações:

33
Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a preposição em
(morar em algum lugar).

No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição
(implicar algo, e não implicar em algo).

No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um verbo transitivo indireto.

Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está correta.

Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos. Alguns, conforme
o seu significado, podem ter mais do que uma forma de regência.

1. Assistir

a) com o sentido de ver exige preposição:

Que tal assistirmos ao filme?

b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:

Sempre assistiu pessoas mais velhas.

c) com o sentido de pertencer exige preposição:

Assiste aos prejudicados o direito de indenização.

2. Chegar

O verbo chegar é regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local indicado no mapa.

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Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.

3. Custar

a) com o sentido de ser custoso exige preposição:

Aquela decisão custou ao filho.

b) com o sentido de valor não exige preposição:

Aquela casa custou caro.

4. Obedecer

O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:

Obedeça ao pai!

Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça
o pai!

5. Proceder

a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:

Essa sua desconfiança não procede.

b) com o sentido de origem exige preposição:

Essa sua desconfiança procede de situações passadas.

6. Visar

a) com o sentido de objetivo exige preposição:

Visamos ao sucesso.

Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como
verbo transitivo direto: Visamos o sucesso.

b) com o sentido de mirar não exige preposição:

O policial visou o bandido à distância.

7. Esquecer

O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:

Esqueci o meu material.

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No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.

8. Querer

a) com o sentido de desejar não exige preposição:

Quero ficar aqui.

b) com o sentido de estimar exige preposição:

Queria muito aos seus amigos.

9. Aspirar

a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:

Aspirou todo o escritório.

b) com o sentido de pretender exige preposição:

Aspirou ao cargo de ministro.

10. Informar

O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:

Informei o acontecimento aos professores.

11. Ir

O verbo ir é regido pela preposição “a”:

Vou à biblioteca.

12. Implicar

a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige
preposição:

O seu pedido implicará um novo orçamento.

b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige preposição:

Implica com tudo!

13. Morar

O verbo morar é regido pela preposição “em”:

Mora no fim da rua.

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14. Namorar

O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de


preposição:

Namorou Maria durante anos.

"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.

15. Preferir

O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:

Prefiro carne a peixe.

16. Simpatizar

O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":

Simpatiza com os mais velhinhos.

17. Chamar

a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:

Chama o Pedro!

b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:

Chamou ao João de Mauricinho.

Chamou João de Mauricinho.

Chamou ao João Mauricinho.

Chamou João Mauricinho.

18. Pagar

a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:

Paga o sorvete?

b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:

Paga o sorvete ao dono do bar.

Regência Nominal
Há também a regência nominal, que é a relação entre nomes e seus complementos. Essa
relação é estabelecida através de preposições.

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Exemplos:

• O bacharel em Direito pode ser defensor público. (e não “O bacharel de Direito pode
ser defensor público.”)

• Tenho horror às baratas. (e não “Tenho horror de baratas.”)

• Essa máquina é compatível com a que temos. (e não “Essa máquina é compatível a que
temos”.)

Concordância Verbal e Nominal


Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade
estabelecida entre cada componente da oração.
Enquanto a concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e verbo, a concordância
nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras: concordância verbal = sujeito e
verbo concordância nominal = classes de palavras
Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos. Na oração
acima, temos esses dois tipos de concordância:

Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), estamos diante de um caso de


concordância verbal.

Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam com o adjetivo (complicados),


estamos diante de um caso de concordância nominal.

Concordância Verbal
1. Sujeito composto antes do verbo
Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural.

Exemplo:
Maria e José conversaram até de madrugada.
2. Sujeito composto depois do verbo
Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no plural como
pode concordar com o sujeito mais próximo.

Exemplos:
Discursaram diretor e professores.
Discursou diretor e professores.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo também
deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem
prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem
prioridade em relação à 3.ª (ele, eles).

Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa.

38
Tu e ele falais outra língua?
Veja também:

Concordância Nominal
1. Adjetivos e um substantivo
Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os adjetivos devem concordar em
gênero e número com o substantivo.

Exemplo:
Adorava comida salgada e gordurosa.
2. Substantivos e um adjetivo
No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há
duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo.
Exemplo:
Linda filha e bebê.
2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o
substantivo mais próximo ou com todos os substantivos.
Exemplos:
Pronúncia e vocabulário perfeito.
Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Concordância Verbal
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e verbo.
Isso quer dizer que quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; quando
o sujeito estiver no plural, o verbo também estará.

Exemplos:

• Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera.

• Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera.

• Cristina e Eva entraram no hospital.

Parece simples, mas há várias situações que provocam dúvidas não só nos alunos, mas em
qualquer falante da língua portuguesa. Vamos a elas!

Regras para sujeito simples

1. Sujeito coletivo

Nesta situação, o verbo fica sempre no singular.

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Exemplo:

A multidão ultrapassou o limite.

Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular
ou no plural.

Exemplo:

A multidão de fãs ultrapassou o limite.


A multidão de fãs ultrapassaram o limite.

2. Coletivos partitivos

O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos partitivos, tais como "a
maioria de", "a maior parte de", "grande número de".

Exemplo:

Grande número dos presentes se retirou.


Grande número dos presentes se retiraram.

3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de"

Nestes casos, o verbo concorda com o numeral.

Exemplo:

Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias.


Mais de duas pessoas chegaram antes do horário.

Nos casos em que “mais de” é repetido indicando reciprocidade, o verbo vai para o plural.

Exemplo:

Mais de uma professora se abraçaram.

4. Nomes próprios

Com nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a presença ou não de
artigos.

Exemplo:

Os Estados Unidos influenciam o mundo.

Estados Unidos influencia o mundo.

5. Pronome relativo "que"

O verbo deve concordar com o antecedente do pronome “que”.

40
Exemplo:

Fui eu que levei.


Foste tu que levaste.
Foi ele que levou.

6. Pronome relativo "quem"

O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode concordar com o
antecedente do pronome "quem".

Exemplo:

Fui eu quem afirmou.


Fui eu quem afirmei.

7. Expressão "um dos que"

Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser conjugado no singular como no
plural.

Exemplo:

Ele foi um dos que mais contribuiu.


Ele foi um dos que mais contribuíram.

Regras para sujeito composto

1. Sujeitos formados por sinônimos

O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e concordar com o núcleo
mais próximo.

Exemplo:

Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência.


Preguiça e lentidão destacou aquela gerência.

2. Sujeito formado por palavras em graduação e enumeração

Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar para o plural, como também
pode concordar com o núcleo mais próximo.

Exemplo:

Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a saúde.


Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a saúde.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

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Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa, por ordem de
prioridade.

Exemplo:

Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite.

(eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa do singular tem
prioridade e, no plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós chegaremos".

Jair e eu conseguimos comprar um apartamento.

(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do singular que tem
prioridade. No plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos".

4. Sujeitos ligados por "ou"

Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a ação verbal estiver se
referindo a todos os elementos do sujeito.

Exemplo:

Doces ou chocolate desagradam ao menino.

Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo concorda com o último
elemento.

Exemplo:

A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios.

Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo permanece no
singular.

Exemplo:

Laís ou Elisa ganhará mais tempo.

5. Sujeitos ligados por "nem"

Quando os sujeitos são ligados por "nem", o verbo vai para o plural.

Exemplo:

Nem chuva nem frio são bem recebidos.

6. Sujeitos ligados por "com"

Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural.

Exemplo:

42
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas.

Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo concorda com o antecedente
e o segmento "com" é grafado entre vírgulas:

Exemplo:

O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data da exposição.

7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto", "não só, como"

Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.

Exemplo:

Tanto Rafael como Marina participaram da mostra.


Tanto Rafael como Marina participou da mostra.

8. Partícula "se"

No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser
conjugado na 3.ª pessoa do singular.

Exemplo:

Confia-se em todos.

No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser conjugado
concordando com o sujeito da oração.

Exemplo:

Construiu-se uma igreja.


Construíram-se novas igrejas.

9. Verbos impessoais

Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa do singular.

Exemplo:

Havia muitos copos naquela mesa.


Houve dois meses sem mudanças.

10. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um"

Neste caso, o verbo fica no singular.

Exemplo:

Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a opinião.

43
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem como"

O verbo é conjugado no plural.

Exemplo:

O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher forte.

12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"

Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e quantidade, o verbo fica sempre
no singular.

Exemplo:

Três vezes é muito.

13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s)

O verbo sempre concorda com o sujeito.

Exemplos:

Deu uma hora que espero.


Soaram duas horas.

14. Indicações de datas

O verbo deve concordar com a indicação numérica da data.

Exemplo:

Hoje são 2 de maio.

Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia.

Exemplo:

Hoje é dia 2 de maio.

15. Verbos no infinitivo

15.1 Infinitivo impessoal

Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas seguintes situações:

a) quando têm valor de substantivo.

Exemplo: Comer é o melhor que há.

b) quando têm valor imperativo.

Exemplo: Vá dormir!
44
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal.

Exemplo: Íamos sair quando você chegou.

d) quando são regidos por preposição.

Exemplo: Começamos a cantar.

15.2 Infinitivo pessoal

Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os sujeitos são diferentes e queremos
defini-los.

Exemplo:

Comprei a pizza para eles comerem.

Concordância Nominal
Concordância nominal é a relação que se estabelece entre as classes de palavras (nomes).

É o que faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos, entre
outros.

Exemplo:

Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas na biblioteca.

Neste caso, pronome, numeral e adjetivo concordam com o substantivo "obras". "Estas" e
não "estes" obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que são três e não
apenas uma obra maravilhosa.

E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o substantivo está no plural e é


feminino, ou seja, tudo muito bem combinado.

Regras de Concordância Nominal

1. Adjetivo e um substantivo

O adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo:

• Que pintura bonita!

1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve concordar com aquele que
está mais próximo.

Exemplo:

• Que bonita pintura e poema!

45
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural.

Exemplo:

• Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto Carlos
e Erasmo Carlos em homenagem à Caetano Veloso.

1.2. Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo vem depois dos


substantivos, deve concordar com aquele que está mais próximo ou com todos eles.
Exemplos:

• Que pintura e poema bonito!

• Que poema e pintura bonita!

• Que pintura e poema bonitos!

• Que poema e pintura bonitos!

2. Substantivo e mais do que um adjetivo

Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um adjetivo, a concordância pode


ser feita das seguintes formas:

2.1. Colocando o artigo antes do último adjetivo.

Exemplo:

• Adoro a comida italiana e a chinesa.

2.2. Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no plural.

Exemplo:

• Adoro as comidas italiana e chinesa.

3. Números ordinais

3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do substantivo, o substantivo pode ser
usado tanto no singular como no plural.

Exemplos:

• A segunda e a terceira casa.

• A segunda e a terceira casas.

3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do substantivo, o substantivo deve ser
usado no plural.

Exemplo:

46
• As casas segunda e terceira.

4. Expressões

4.1. Anexo

A palavra "anexo" deve concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplos:

• Segue anexo o recibo.

• Segue anexa a fatura.

Mas, a expressão "em anexo" não varia.

Exemplo:

• Segue em anexo a fatura.

4.2. Bastante(s)

4.2.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve concordar em gênero e
número com o substantivo.

Exemplo:

• Recebemos bastantes telefonemas.

4.2.2. Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não varia.

Exemplo:

• Eles cantam bastante bem.

4.3. Meio

4.3.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve concordar em gênero e
número com o substantivo.

Exemplos:

• Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo.

• Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo.

4.3.2. Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia.

Exemplo:

• Ele é meio maluco.

• Ela é meio maluca.


47
4.4. Menos

A palavra "menos" não varia.

Exemplos:

• Hoje, tenho menos alunos.

• Hoje, tenho menos alunas.

4.5. É proibido, é bom, é necessário

4.1. As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, a não ser que sejam
acompanhadas por determinantes que as modifiquem.

Exemplos:

• É proibido entrada.

• É proibida a entrada.

• Verdura é bom.

• A verdura é boa.

• Paciência é necessário.

• A paciência é necessária.

48
Período Composto por Coordenação

Coordenação
Constituído de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência
sintática.
Subordinação
Um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (subordinada) depende
sintaticamente da outra (principal).

Orações coordenadas são autônomas em relação ao sentido.

Coordenada Assindética
Orações que estão juntas e são ligadas por pontuação.

Cheguei, vi, venci.

Coordenada Sindética
Orações que estão juntas e ligadas por conjunção.

Aditivas:
Expressam ideia de adição.
(e, nem, mas, também).
Gostava muito da escola e não deixava de assistir uma aula.

Adversativas:
Traz ideia de oposição ao que se declara na oração anterior. (mas, porém, contudo, todavia,
entretanto)
Sempre fui muito estudioso, no entanto não se adaptava a nova escola.

Alternativa:
Traz ideia de opção.
Ou, ora... ora, quer... quer

Estude, ou não sairá neste sábado.

Conclusiva:
Traz a ideia de conclusão.
Logo, portanto, por isso, (pois isolado).

Estudou como nunca fizera antes, conseguiu pois, a provação.

49
Explicativa:

Traz a ideia explicação.


porque, pois

Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.

Período composto por subordinação

Orações subordinadas adjetivas


Caracteriza a Oração Principal
Não tem conjunção
São ligadas por pronomes relativos
Explicativa: se refere ao todo, isolada por vírgulas

Restritiva: não tem vírgula, se refere a uma parte

Orações subordinadas substantivas


Funções da oração subordinada substantiva é a que tem uma função sintática para oração
principal, sendo as funções:

Oração subordinada substantiva subjetiva tem a função de sujeito, ela está interligada pelas
conjunções integrante que e se.

Objetiva direta, é a que tem função de objeto direto da oração principal.

Objetiva indireta, é a que tem a função de objetiva indireta da oração principal, complementa
o verbo.

Completiva nominal, é a que complementa o sentido de um substantivo abstrato com


preposição.

Predicativa, tem a função de predicativo para a oração principal, geralmente se identifica com
o verbo de ligação.

Apositiva, é aquela que tem função de aposto para oração principal, vem após dois pontos.

Orações subordinadas adverbiais

50
“Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal,
funcionando como adjunto adverbial.” Traz uma circunstância para oração, existindo nove
tipos de oração:

Causal:
“indicam a causa da ação expressa na oração principal” a conjunção tem papel fundamental na
construção deste tipo de oração. Ex: “a cidade foi alagada porque o rio transbordou”
* conjunções causais: porque, visto que, como, uma vez que, posto que.

Consecutivas:
“indicam uma consequência do fato referido na oração principal” aparentemente é o reverso
da causal, demonstrando o efeito ou a consequência do fato. Ex: “ O rio transbordou tanto que
a cidade foi alagada”
*conjunções consecutivas: que ( precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo
que.

Condicionais:
“expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal ” em
suma, trata-se de uma condição. Ex: “Deixe um recado se você não me encontrar em casa.”
*conjunções condicionais: caso, se, desde que, contanto que, sem que, etc.

Concessivas:
“indicam um fato contrário ao referido na oração principal” essas orações demonstram que
independentemente dos acontecimentos, algo acontecerá, ou seja há concessão, ao meu ver a
oração anterior a conjunção permite que a ação realizada se realize, não há impedimentos. Ex:
“Embora tivesse chovido muito, fomos ao parque.”
* conjunções concessivas: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc.

Conformativas:
“indicam conformidades em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal.” a
estrutura segue em conformidade com a oração anterior, ou seja a conjunção concorda com as
duas orações. Ex: “Tudo ocorreu conforme era esperado”
*conjunções conformativas: conforme, consoante, como, segundo etc.

Comparativas:
“são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal.”ex:
Nós estudamos como obstinados estudam.”
*conjunções comparativas: como, que, do que, etc.

Finais:
“exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal.”ex:”sentei-me na
primeira fila, para que pudesse ouvir melhor.”
*conjunções finais: para que, a fim de que, que, porque, etc.

Temporais:
“demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal.” são
demonstradas pelos conjunções que demonstra um momento, se é momento é tempo. ex: “eu
me sinto seguro assim que fecho a porta da minha casa.”

51
*conjunções temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde
que etc.

Proporcionais:
“expressam uma ideia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração
principal.”ex:” fico mais esperto, à medida que estudo gramática.”
*conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais… tanto mais, quanto
menos… tanto menos etc.
Termos Essenciais da Oração
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos
que as orações são estruturadas.

O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da oração, o sujeito é o


elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por sua vez, o predicado é tudo aquilo
que se diz sobre o sujeito.

Para fixar!

Sujeito = o ser sobre o qual se declara alguma coisa.

Predicado = o que se declara sobre o sujeito.

Na oração, sujeito e predicado funcionam assim:

Exemplo 1:

• As ruas são intransitáveis.

• Sujeito: as ruas

• Verbo: são

• Predicado: são intransitáveis (este é um predicado nominal e abaixo você vai entender
o porquê!)

Exemplo 2:

• Os alunos chegaram atrasados novamente.

• Sujeito: os alunos

• Verbo: chegaram

• Predicado: chegaram atrasados novamente


Núcleo do sujeito

Núcleo do sujeito é a palavra com carga mais significativa em torno do sujeito. Quando o
sujeito é formado por mais de uma palavra, há sempre uma com maior importância semântica.

Exemplo:

• O garoto logo percebeu a festa que o esperava.

• Sujeito: O garoto

• Núcleo do sujeito: garoto

52
• Predicado: logo percebeu a festa que o esperava

O núcleo do sujeito pode ser expresso por substantivo, pronome substantivo, numeral
substantivo ou qualquer palavra substantivada.

Exemplo de substantivo:

A casa foi fechada para reforma.


Sujeito: A casa
Núcleo do sujeito: casa
Predicado: foi fechada para reforma.

Exemplo de pronome substantivo:

Eles não gostam de carne vermelha.


Sujeito: Eles
Núcleo do sujeito: Eles
Predicado: não gostam de carne vermelha.

Exemplo de numeral substantivo:

Três excede.
Sujeito: Três
Núcleo do sujeito: Três Predicado:
excede.

Exemplo de palavra substantivada:

Um oi foi expresso rapidamente.


Sujeito: Um oi
Núcleo do sujeito: oi
Predicado: foi expresso rapidamente.

Tipos de sujeito
O sujeito pode ser determinado (simples, composto, oculto), indeterminado ou inexistente.

Sujeito simples
Quando possui um só núcleo. Ocorre quando o verbo se refere a um só substantivo ou um só
pronome, ou um só numeral, ou a uma só palavra substantivada.

Exemplo:

O desenho em nanquim será sempre uma expressão admirada.


Sujeito: O desenho em nanquim
Núcleo: desenho
Predicado: será sempre uma expressão admirada.

Sujeito composto
Com mais de um núcleo. As orações com sujeito composto são compostas por mais de um
pronome, mais de um numeral, mais de uma palavra ou expressão substantivada ou mais de
uma oração substantivada.

Exemplo:

53
Cristina, Marina e Bianca fazem balé no Teatro Municipal.
Sujeito: Cristina, Marina e Bianca
Núcleo: Cristina, Marina, Bianca
Predicado: fazem balé no Teatro Municipal.

Sujeito oculto
Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode ser
identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.

Também é chamado de sujeito elíptico, desinencial ou implícito.

Exemplo:

Estávamos à espera do ônibus.


Sujeito oculto: nós
Desinência verbal: estávamos

Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado ocorre quando não se refere a um elemento identificado de maneira
clara. É observado em três casos:

• quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem que o contexto permita identificar o
sujeito;

• quando um verbo está na 3.ª pessoa do singular acompanhado do pronome (se);

• quando o verbo está no infinitivo pessoal.

Sujeito inexistente
A oração sem sujeito ocorre quando a informação veiculada pelo predicado está centrada em
um verbo impessoal. Por isso, não há relação entre sujeito e verbo.

Exemplo:

Choveu muito em Manaus.


Predicado: Choveu muito em Manaus

Predicado
O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal
O predicado verbal ocorre quando o núcleo da informação veiculada pelo predicado está
contido em um verbo significativo que pode ser transitivo ou intransitivo. Nesse caso, a
informação sobre o sujeito está contida nos verbos.

Exemplo:

O entregador chegou.
Predicado verbal: chegou.

54
Predicado Nominal
O predicado nominal é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito.

Exemplo:

O entregador está atrasado.


Predicado nominal: está atrasado.

Predicado Verbo-nominal
O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou intransitivo + o
predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

Exemplo:

A menina chegou ofegante à ginástica.


Sujeito: A menina
Predicado verbo-nominal: chegou ofegante à ginástica.

Termos Integrantes da Oração


Os termos integrantes da oração são o complemento verbal, o complemento nominal e o
agente da passiva, predicativo do sujeito e o predicativo do objeto.

Complemento Nominal
O complemento nominal é o termo da oração que é ligado ao sujeito, predicativo, objetivo
direto, o objeto indireto, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou ao vocativo.

O complemento nominal liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio por intermédio de uma


preposição.

Exemplo 1:
A mulher tinha necessidade de medicamentos.
Nome (substantivo): necessidade

Complemento nominal: de medicamentos.

Exemplo 2:

Esta conduta é prejudicial à saúde.

Nome (adjetivo): prejudicial

Complemento nominal: à saúde.

Exemplo 3:

Decidiu favoravelmente ao acusado.

Nome (advérbio): favoravelmente


Complemento nominal: ao acusado.

O núcleo do complemento nominal, em geral, é representado por um substantivo ou palavra


com valor de substantivo. O pronome oblíquo também pode representar um complemento
nominal deixando a preposição implícita no pronome.

55
Exemplo:

Andar a pé lhe era agradável. (era agradável a ele)

Complemento nominal: Lhe

Quando houver um período composto, a função do complemento nominal pode agir na oração
com valor de substantivo. Nos casos em que isso ocorre, a denominação é de oração
substantiva completiva nominal.

Exemplo:

Tinha a necessidade de que o socorressem.


Complemento nominal: de que o socorressem.
Oração: Tinha necessidade
Agente da Passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a ação
expressa por um verbo na voz passiva.

Exemplo:

A criança foi orientada pelo professor.


Sujeito: A criança
Verbo na voz passiva: pelo professor.

Veja também: Voz passiva

Transposição da Voz Passiva para a Voz Ativa

O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz
passiva.

56
Complemento Verbal Objeto Direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem preposição obrigatória.
Ele indica o ser para a qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por substantivo,
pronome, numeral, palavra ou expressão substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:

Algumas pessoas tomam vinho.


Sujeito: Algumas pessoas
Verbo transitivo direto: tomam
Objeto direto: vinho

Objeto Direto Preposicionado


Ocorre quando o objeto direto vem regido por preposição.

Exemplos:
Nunca enganaram a mim.
Objeto direto preposicionado: a mim.
Verbo transitivo direto: enganaram
Objeto Indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre acompanhado de
preposição. Pode ser representado por substantivo ou palavra substantivada, pronome,
numeral, expressão substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:
Amélia acredita em discos voadores.
Sujeito: Amélia
Verbo transitivo direto: em discos voadores.

Nos casos de Pronome Oblíquo

Há casos em que os pronomes oblíquos assumem a função de complementos verbais.

Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Objeto indireto: lhe
Verbo transitivo indireto: interessava-lhe.

Transitividade verbal
A transitividade verbal indica a relação entre os verbos transitivos e os seus complementos.
Isso porque, sozinho, o verbo transitivo não tem sentido completo, o que significa que ele tem
que transitar para um elemento que o complete.

Exemplos:

• Entregaram a encomenda.

• Vendo quadros.

• Segure isto, por favor!

57
De acordo com o tipo de complemento os verbos são classificados da seguinte forma:

Verbo transitivo direto (VTD)


Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento, geralmente introduzido
sem preposição, que conclua o quê ou quem. Esse complemento é chamado de objeto direto.

Exemplos:

• A mesa 3 pediu a carne bem passada. (Pediu o quê? A carne.)

• Terminei a análise. (Terminei o quê? A análise)

• Agora sim, entendo meus pais. (Entende quem? Meus pais)

Verbo transitivo indireto (VTI)


Verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento que conclua com quem,
de quê ou de quem, em quê, para quê ou para quem, por quem. Acompanhado de
preposição obrigatória, o complemento desse tipo de verbo é chamado de objeto indireto.

Exemplos:

• Não acredito no que ele diz. (Não acredito em quê? No que ele diz)

• Esperei-lhe pacientemente. (Esperei por quem? Por ele/ela)

• Podemos ir com você? (Ir com quem? Com você)

Verbo transitivo direto e indireto (VTDI)


Também chamado de bitransitivo, é o verbo que não tem sentido completo e que precisa de
objeto direto e indireto.

Assim, o verbo transitivo direto e indireto precisa de dois complementos, um dos quais sem
preposição obrigatória (objeto direto) e outro que exige preposição (objeto indireto).

O objeto direto e indireto completa o verbo com a informação sobre o quê a quem. Exemplos:

• Enviei os postais aos clientes. (Enviei o quê a quem? Os postais aos clientes)

• Agradeceu a oportunidade ao chefe. (Agradeceu o quê a quem? A oportunidade ao


chefe)

• Expus minhas dificuldades ao professor. (Expus o quê a quem? Minhas dificuldades ao


professor)

Transitividade X Intransitividade verbal


Enquanto a transitividade do verbo indica a necessidade de completar o seu sentido com
complementos, a intransitividade verbal indica que os verbos têm sentido completo. Assim,
sozinhos, os verbos intransitivos conseguem transmitir a informação sobre o sujeito.

Isso não quer dizer que uma oração cujo verbo seja intransitivo tenha obrigatoriamente que
acabar nesse verbo, mas se acabasse no verbo a oração seria compreensível.

58
É que muitas vezes, com os exemplos dados de verbos intransitivos, os alunos acabam
concluindo que não há mais nada depois dele, e quando há, descartam logo a possibilidade da
intransitividade.

Muito facilmente os alunos identificam "João nasceu", "A planta morreu", "Adormeci" como
intransitivos, mas se acrescentamos algo a mais, eles param e ficam pensando…

• João nasceu ontem.

• A planta morreu de sede.

• Adormeci cedo.

As informações que seguem os verbos intransitivos podem ser classificadas como adjunto
adverbial (é o caso de "ontem", "de sede" e "cedo" dos exemplos acima).

Predicativo do sujeito e do objeto: qual a diferença?


O predicativo do sujeito e o predicativo do objeto são termos integrante da oração, atuando
como um complemento. Ambos têm como função atribuir uma característica a outro termo da
oração.

Conforme o próprio nome indica, o predicativo do sujeito atribui uma característica ao sujeito
e o predicativo do objeto atribui uma característica ao objeto (direto ou indireto).

Exemplo com predicativo do sujeito:


Ele é insuportável.

Insuportável = predicativo do sujeito


Quem é insuportável? Ele.
Ele = sujeito

Exemplo com predicativo do objeto:


Eu chamei-o de insuportável.

Insuportável = predicativo do objeto


Quem é insuportável? O
O = objeto direto

Predicativo do sujeito

O predicativo do sujeito caracteriza o sujeito. Aparece após um verbo de ligação:

• Você parece cansado.

• Minha blusa é nova.

• Meu irmão anda nervoso.

Predicativo do objeto

59
O predicativo do objeto caracteriza o objeto direto ou o objeto indireto. Aparece em
predicados verbo-nominais:

• Ele viu-me arrependida.

• Chamei minha filha de estudiosa!

Predicativo do objeto: o que é?


O predicativo do objeto é o termo da oração que caracteriza os complementos verbais de
uma oração, ou seja, que atribui uma qualidade ao objeto direto ou ao objeto indireto.
Exemplos de frases com predicativo do objeto

• Eu considero este serviço indispensável.


• Ele chamou-me traiçoeira.

Tal como o predicativo do sujeito, o predicativo do objeto é considerado um termo


integrante da oração, atuando como um complemento.

O predicativo do objeto e o predicado verbo-nominal


O predicativo do objeto só ocorre em predicados verbo-nominais, ou seja, em predicados
que apresentam dois núcleos: um verbal e um nominal.
O núcleo verbal do predicado é um verbo intransitivo ou transitivo (direto, indireto ou
direto e indireto). O núcleo nominal do predicado é um substantivo, adjetivo ou locução
adjetiva.
Análise sintática de frases com predicativo do objeto
Eu considero este serviço indispensável.
Sujeito: eu
Predicado verbo-nominal: considero este serviço indispensável
Objeto direto: este serviço
Predicativo do objeto: indispensável
Ele chamou-me traiçoeira.
Sujeito: ele
Predicado verbo-nominal: chamou-me traiçoeira.
Objeto indireto: me
Predicativo do objeto: traiçoeira

Predicativo do sujeito: o que é?

O predicativo do sujeito caracteriza o sujeito, atribuindo-lhe uma qualidade. É introduzido


por um verbo de ligação, ocorrendo, assim, apenas nos predicados nominais.

Exemplos de frases com predicativo do sujeito

• Minha vizinha é bisbilhoteira.


• Minha bicicleta é azul e amarela.
• Eu estou nervosa desde ontem.
• Minha mãe anda ansiosa.

60
• Você parece preocupado.

Embora não seja unânime, o predicativo do sujeito pode ser considerado um termo
integrante da oração por atuar como um complemento.

Formação do predicativo do sujeito

O predicativo do sujeito pode ser formado por um adjetivo ou uma locução adjetiva, por
um pronome, por um numeral, por um substantivo ou por uma oração substantiva
predicativa.

Predicativo do sujeito formado por adjetivo:


Taís anda feliz.

Predicativo do sujeito formado por pronome:


Minha irmã é esta.

Predicativo do sujeito formado por numeral:


Meus alunos são só quinze.

Predicativo do sujeito formado por substantivo:


Pedro foi o problema.

Predicativo do sujeito formado por oração substantiva predicativa:


A indecisão era se seriam precisas cadeiras.

O predicativo do sujeito e os verbos de ligação

Os verbos de ligação ligam o predicativo do sujeito ao sujeito, ou seja, ligam uma


característica ao sujeito. Não indicam uma ação, apenas um estado, que pode ser
permanente, transitório, aparente, contínuo,…

Os principais verbos de ligação são ser, estar, parecer, andar, ficar, continuar, permanecer
e tornar-se:

• Ela é feliz.
• Ela está feliz.
• Ela parece feliz.
• Ela anda feliz.
• Ela fica feliz.
• Ela continua feliz.
• Ela permanece feliz.
• Ela torna-se feliz.

Nas frases acima, a palavra feliz é o predicativo do sujeito.

61
Termos Acessórios da Oração
Os termos acessórios da oração são o vocativo, o aposto, o adjunto adverbial e o adjunto
adnominal, os quais que não são essenciais, no entanto, auxiliam no acréscimo de informação.

Em outras palavras, são termos que possuem uma função secundária na construção sintática
das orações, embora sejam indispensáveis nalguns casos.

Todos eles têm como função exprimir circunstâncias, caracterizar os seres e determinar os
substantivos. Vejamos abaixo cada um deles:

1. Aposto
O aposto é um termo acessório que tem como função explicar, resumir, especificar sobre algo
que já foi dito anteriormente. Geralmente, ele é separado por vírgulas, parênteses ou
travessões.

Segundo a intenção do discurso o aposto é classificado em: explicativo, distributivo,


enumerativo, comparativo e resumidor.

Exemplo: Doutora Ana, a melhor nutricionista da cidade, foi galardoada essa semana. (aposto
explicativo)

2. Vocativo
O vocativo é um termo utilizado para evocar, chamar ou interpelar o falante. Trata-se de um
termo independente, visto que não possui relação sintática com outro termo da oração.

Geralmente o vocativo é separado por vírgulas.

Exemplo: Querido, venha pela Avenida Rebouças pois o trânsito diminuiu.

3. Adjunto Adverbial
Os adjuntos adverbiais são termos que complementam os verbos, advérbios ou adjetivos
indicando uma circunstância.

De acordo com a finalidade que exprimem eles são classificados em: modo, tempo,
intensidade, negação, afirmação, dúvida, finalidade, matéria, lugar, meio, concessão,
argumento, companhia, causa, assunto, instrumento, fenômeno da natureza, paladar,
sentimento, preço, oposição, acréscimo, condição.

Exemplo: Os doces estavam muito saborosos. (adjunto adverbial de intensidade)

4. Adjunto Adnominal
Os adjuntos adnominais são termos que acompanham o substantivo tendo como função
caracterizar, modificar, determinar ou qualificar o nome. Eles podem ser: pronomes, numerais,
artigos, adjetivos e locuções adjetivas.

Exemplo: Os seus amigos foram divertidos comigo.

62
Adjunto adnominal e adverbial
Apesar de ambos serem classificados como termos acessórios da oração, a diferença entre o
adjunto adnominal e o adjunto adverbial está em suas respectivas funções:

• Adjunto adnominal: caracteriza um substantivo.

• Adjunto adverbial: expressa uma circunstância.

O que é adjunto adnominal?


O adjunto adnominal é um termo acessório da oração, ou seja, ajuda a compreender a
mensagem de uma frase, mas é dispensável. Ele determina, caracteriza, restringe e explica um
substantivo, e pode ser representado pelas seguintes categorias gramaticais:

• Artigo.

• Adjetivo.

• Locução.

• Numeral.

• Pronome.

No entanto, independentemente de sua categoria gramatical, um adjunto adnominal sempre


desempenha uma função adjetiva.

Exemplo: Gosto de música clássica.

No exemplo acima, a palavra “clássica” (adjetivo) tem função de adjunto adnominal pois
caracteriza o substantivo “música”.

O que é adjunto adverbial?


Assim como o adjunto adnominal, o adjunto adverbial é um termo acessório da oração, ou
seja, seu uso não é indispensável para a compreensão da mensagem de uma frase. Ele
modifica verbos, adjetivos e advérbios através da indicação de uma circunstância que pode
expressar:

• Afirmação.

• Assunto.

• Causa.

• Companhia.

• Concessão.

• Condição.

• Conformidade.

• Direção.

• Dúvida.

• Exclusão.

63
• Finalidade.

• Frequência.

• Instrumento.

• Intensidade.

• Lugar.

• Matéria.

• Meio.

• Modo.

• Negação.

• Tempo.

Exemplo: Faço curso de inglês junto com meu irmão.

“Junto com” é adjunto adverbial de companhia.

Na tabela abaixo você encontra as principais características de um adjunto adverbial e de um


adjunto adnominal.

Observe os exemplos explicativos abaixo e compreenda a classificação das palavras


destacadas.

1. João é um menino alegre.

A palavra “alegre” é um adjunto adnominal, pois está caracterizando; explicando o substantivo


“menino”.

Um adjunto adverbial, por sua vez, tem a função de modificar verbos, adjetivos e advérbios;
ele não exerce qualquer alteração em substantivos.

2. Minha professora chegou.

A palavra “minha” está restringindo o substantivo “professora”. Não se trata de uma


professora qualquer, mas sim de uma específica: a “minha”.

Essa “especificação” exercida pelo pronome possessivo “minha” é uma característica dos
adjuntos adnominais.

3. Paula trabalha muito.

Adjunto adnominal Adjunto adverbial

• Tem impacto direto em substantivos • Tem impacto direto em verbos, adjetivos ou


(concretos ou abstratos). advérbios.

• Tem a função de caracterizar, determinar, • Tem a função de modificar através da indicação


explicar, modificar ou restringir. de uma circunstância (tempo, modo, etc.)

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Adjunto adnominal Adjunto adverbial

• Ocorre sob a forma de artigo, adjetivo, • Ocorre sob a forma de advérbio, locução
numeral, pronome ou locução adjetiva. adverbial ou oração subordinada adverbial.

• Regra geral, não é acompanhado por • É um termo acessório da oração, logo, é


preposição. dispensável.

• É um termo acessório da oração, logo, é


dispensável.

• Tem função de agente; executa a ação.

A palavra “muito” está modificando o sentido do verbo “trabalhar” através de uma


circunstância. Ao lermos a frase, podemos compreender que Paula não só trabalha, mas
trabalha muito.

Assim, “muito” é adjunto adverbial de intensidade.

4. Eu estudo de manhã.

No exemplo acima, a locução adverbial “de manhã” está modificando o verbo “estudar”
através da seguinte circunstância: tempo. Assim, ela é classificada como “adjunto adverbial”.

5. Eu bebo refrigerante diariamente.

Repare que apesar de a palavra “diariamente” estar perto do substantivo "refrigerante", ela
não pode ser classificada como adjunto adnominal. Isso ocorre porque, na verdade, ela se
refere ao verbo “beber”.

Assim, é classificada como adjunto adverbial de frequência, pois indica a periodicidade na qual
o sujeito da frase bebe refrigerante.

6. A professora era muito carinhosa com os alunos.

O artigo “a” da frase acima determina o sentido da palavra “professora”. Assim, ele é
classificado como adjunto adnominal.

Observe que não se trata de uma professora qualquer, mas sim de uma professora específica.

Restringir, determinar, especificar sentidos é uma das características dos adjuntos adnominais.

7. Fui o primeiro a chegar.

A palavra destacada é um numeral adjetivo que está desempenhando a função de adjunto


adnominal.

Observe que ele caracteriza o sujeito "eu".

8. Estou passando mal porque comi demais.

Na frase acima, podemos observar que "porque" está indicando uma circunstância relativa a
"passar mal"; está informando a causa; o motivo.

Assim sendo, palavra em destaque é um adjunto adverbial de causa.

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9. Chegamos cedo, conforme o combinado.

A palavra destacada indica conformidade, ou seja, houve algo previamente combinado e que
foi cumprido.

Por esse motivo, ela é classificada como adjunto adverbial de conformidade.

10. Perto da minha casa só há praia de rio.

"De rio" está descrevendo o substantivo "praia", ou seja, está atribuindo a ele uma
característica.

O adjunto que modifica substantivos é o adjunto adnominal. Os adjuntos adverbiais apenas


modificam verbos, adjetivos e advérbios.

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