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Esse é um dos temas contemplados no novo acordo ortográfico, onde é abordado em três das 21
bases que compõem esse documento.
Aqui, de forma simples, você vai percorrer todas as regras para aprender de vez o Emprego do
Hífen.
Todas as Regras do Hífen
Palavras compostas
1) Justaposição
Palavras compostas por justaposição (radicais que se juntam sem que haja alteração fonética).
Exemplos: couve-flor, ano-luz, arco-íris.
2) Nomes de lugares
Nomes que se iniciam com grã, grão ou que sejam ligados por artigos.
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Baía de Todos-os-Santos.
Outros nomes de lugares não levam hífen. Exceção: Guiné-Bissau.
3) Espécies Botânicas e Zoológicas.
Exemplos: amor-perfeito, tamanduá-bandeira, pimenta-do-reino.
4) Bem e Mal
Palavras compostas cujo primeiro elemento são as palavras bem ou mal e os elementos que se
seguem se iniciam com a letra h ou com vogal.
Exemplos: bem-humorado, bem-amado, mal-assombrado.
Contudo, no caso do advérbio bem, há palavras cujos elementos se iniciam com consoante em que
o hífen é empregado, embora com o advérbio mal não sejam.
Exemplos: bem-criado, mas malcriado.
5) Além, Aquém, Recém e Sem
Exemplos: além-fronteira, aquém-mar, recém-casado, sem-teto.
6) Encadeamentos Vocabulares
Exemplos: ponte Rio-Niterói, rodovia Rio-Santo, austro-húngaro.
Hífen com Prefixos
1) Segundo elemento começa com a letra h
Exemplos: pré-história, super-homem, sobre-humano.
2) Segundo elemento começa com a vogal igual a que termina o primeiro elemento, ou
prefixo
Exemplos: micro-ondas, auto-observação, semi-interno.
Exceção: com o prefixo co o hífen é dispensado, tal como em cooperante.
3) Circum e Pan
Quando o segundo elemento começa com vogal ou com as letras h, m ou n.
Exemplos: circum-ambiente, pan-americano, pan-africanismo.
4) Hiper-, Inter- e Super-
Quando o segundo elemento começa com a letra r.
Exemplos: hiper-resistente, inter-relação, super-revista.
5) Ex-, Vice-
Exemplos: ex-mulher, vice-presidente, vice-prefeito.
6) Pós-, Pré- e Pró-, quando são acentuados.
Exemplos: pós-moderno, pré-escola, pró-europeu.
7) Sufixos de origem tupi-guarani
Exemplos: capim-açu, cajá-mirim, Embu-guaçu.
Pronomes Oblíquos
Ênclise e Mesóclise
Exemplos: amo-lhe, orgulho-me, orgulhar-me-ei.
Principais Mudanças
As Consoantes C, P, B, G, M e T
Ficam consideradas neste caso as especificidades da pronúncia conforme o espaço geográfico. Ou
seja, a grafia é mantida quando há pronúncia é retirada quando não são pronunciadas.
A manutenção de consoantes não pronunciadas ocorria, principalmente, pelos falantes de Portugal,
que o Brasil há muito havia adaptado a grafia.
Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a pronúncia.
Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa passarão a registrar as duas
formas em todos os casos de dupla grafia. O fato será esclarecido para apontar as diferenças
geográficas que impõem a oscilação da pronúncia.
Exemplos de consoantes pronunciadas:
Compacto, ficção, pacto, adepto, aptidão, núpcias, etc.
Exemplos de consoantes não pronunciadas:
Acção, afectivo, direcção, adopção, exacto, óptimo, etc.
Acentuação Gráfica
Os acentos gráficos deixam de existir em determinadas palavras oxítonas e paroxítonas.
Exemplos:
Para – na flexão de parar
Pelo – substantivo
Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas com ditongos "ei" e "oi" na sílaba tônica.
Exemplos:
Assembleia, boleia, ideia.
Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto ocorreu porque em
palavras paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em todos os países de língua portuguesa.
Exemplos:
Abençoo – flexão de abençoar
Enjoo – flexão de enjoar
Povoo – flexão de povoar
Voo – flexão de voar
Emprego do Hífen
É empregado o hífen nos casos de palavras onde a segunda formação se inicia com a letra "h". O
mesmo vale quando a primeira formação começa com letra igual àquela que finaliza o prefixo.
Exemplos:
Anti-higiênico, contra-almirante, micro-ondas, hiper-resistente.
Também é empregado o hífen quando o prefixo termina em "m" e o segundo elemento da palavra
começa com vogal.
Exemplo:
Pan-africano
Trema
O uso do trema (¨) foi abolido.
Exemplo:
Lingüiça - linguiça
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa passa a contar com 26 letras, nas suas formas maiúsculas e
minúsculas. Incorporam-se as letras K, Y e W. Fica, assim, então, o alfabeto:
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.
Pelas regras do Acordo Ortográfico, além das 26 letras do alfabeto, também são utilizadas na
constituição das palavras:
•o ç (cê cedilhado)
•os dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê -agá), lh (ele -agá), nh (ene -agá), gu (guê -u) e
qu (quê -u
•ferro e ferrugem
•floricultura e florista
•perfume e perfumado
A raiz da palavra é o elemento que indica a origem de uma palavra. Ela contém o significado das
palavras e pode sofrer alterações. As palavras que possuem a mesma família etimológica contém a
mesma raiz, por exemplo: carr- é a raiz nominal de carro e noc- é a raiz nominal de nocivo.
A raiz é estudada na etimologia e não na morfologia, que é a parte da gramática em que
estudamos a estrutura das palavras.
Tema
O tema da palavra é um elemento formado pelo radical e pela vogal temática.
Nos verbos, quando tiramos o "r" do infinitivo, obtemos o tema. Os verbos no infinitivo terminam
em -ar, -er, -ir, por exemplo:
•estudar - sem o r, fica estuda, que é o tema da palavra: estud (radical) + a (vogal temática)
•romper - sem o r, fica rompe, que é o tema da palavra: romp (radical) + e (vogal temática)
•partir - sem o r, fica parti, que é o tema da palavra: part (radical) + i (vogal temática)
Afixos
Os afixos são elementos complementares das palavras que se juntam a um radical ou tema e forma
novas palavras
São classificados em prefixos (quando aparecem antes do radical) e sufixos (quando aparecem
depois do radical), por exemplo:
•prefixo: infeliz
•sufixo: felizardo
Desinências
As desinências são morfemas acrescidos no final das palavras e que indicam as suas flexões.
São classificadas em desinências verbais (quando indicam as flexões de número, pessoa, modo e
tempo dos verbos) e desinências nominais (quando indicam as flexões de gênero (masculino e
feminino) e de número (singular e plural) dos nomes, por exemplo:
•desinência verbal: como (desinência número pessoal do verbo "comer" que indica a 1.ª pessoa
do singular do presente do indicativo - eu como)
Vogal temática
A vogal temática é a vogal que se junta ao radical da palavra. Nos verbos, temos três tipos de
vogais temáticas segundo as conjugações verbais:
•a é a vogal temática dos verbos da 1ª conjugação, por exemplo: amar, cantar, sonhar
•e é a vogal temática dos verbos da 2ª conjugação, por exemplo: vender, comer, correr
•i é a vogal temática dos verbos da 3ª conjugação, por exemplo: sorrir, partir, abrir
•maresia
•bananeira
•cafeteira
•chaleira
Análise morfológica
sintática e morfologicamente.
Substantivo
É a palavra que dá nome aos objetos, aos lugares, às ações, aos seres em geral, entre outros.
O substantivo varia em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(aumentativo e diminutivo).
Quanto à formação, o substantivo pode ser:
•Primitivo – é o nome que não deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casa,
pedra e jornal.
•Derivado – é o nome que deriva de outra palavra da língua portuguesa. Exemplos: casarão,
pedreira e jornaleiro (palavras derivadas dos exemplos acima, respetivamente).
•Simples – é o nome formado por apenas um radical. Radical é o elemento que é a base do
significado das palavras. Exemplos: casa, flor e gira, cujos radicais são respetivamente: cas, flor e
gir.
•Composto – é o nome formado por mais do que um radical. Exemplos: couve-flor, girassol e
passatempo, cujos radicais são respetivamente: couv e flor, gir e sol e pass e temp.
•Comum – é a palavra que dá nome aos elementos da mesma espécie, de forma genérica.
Exemplos: cidade, pessoa e rio.
•Próprio – é a palavra que dá nome aos elementos de forma específica, por isso, são sempre
grafados com letra maiúscula. Exemplos: Bahia, Ana e Tietê.
•Concreto – é a palavra que dá nome aos elementos concretos, de existência real ou imaginária.
Exemplos: casa, fada e pessoa.
•Coletivo – é a palavra que dá nome ao grupo de elementos da mesma espécie. Exemplos: acervo
(conjunto de obras de arte), cardume (conjunto de peixes) e resma (conjunto de papéis).
Artigo
É a palavra que antecede os substantivos.
O artigo varia em gênero e número, bem como o determina (artigo definido) ou o generaliza
(artigo indefinido).
•São artigos indefinidos: um, uma (no singular) e uns, umas (no plural)
Adjetivo
É a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos e varia em gênero, número e
grau.
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
•Primitivo – é o adjetivo que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: alegre, bom e fiel.
•Simples – é o adjetivo formado por apenas um radical. Exemplos: alta, estudioso e honesto, cujos
radicais são respetivamente: alt, estud e honest.
Há também os Adjetivos Pátrios, que caracterizam os substantivos de acordo com o seu local de
origem. Exemplos: brasileiro, carioca e sergipano.
Por sua vez, as Locuções Adjetivas são o conjunto de palavras que tem valor de adjetivo.
Exemplos: de anjo (=angelical), de mãe (=maternal) e de face (=facial).
Numeral
É a palavra que indica a posição ou o número de elementos.
Os numerais classificam-se em:
•Cardinais – é a forma básica dos números, utilizada na sua contagem. Exemplos: um, dois e
vinte.
•Ordinais – é a forma dos números que indica a posição de um elemento numa série. Exemplos:
segundo, quarto e trigésimo.
•Fracionários – é a forma dos números que indica a divisão das proporções. Exemplos: meio,
metade e um terço.
•Multiplicativos – é a forma dos números que indica multiplicação. Exemplos: dobro, duplo e
sêxtuplo.
Os numerais coletivos, por sua vez, são substantivos que indicam um conjunto de elementos.
Exemplos: uma dúzia (conjunto de doze), semestre (conjunto de seis) e centena (conjunto de cem).
Pronome
É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do
discurso e varia em gênero, número e pessoa.
Os pronomes classificam-se em:
•Pessoais – Caso reto (quando são o sujeito da oração): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e Caso
oblíquo (quando são complemento da oração): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si,
consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as lhes, se, si, consigo.
•Possessivos – meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e respetivas flexões.
•Relativos – o qual, a qual, cujo, cuja, quanto e respetivas flexões, quem, que, onde.
•Indefinidos – algum, alguma, nenhum, nenhuma, muito, muita, pouco, pouca, todo, toda, outro,
outra, certo, certa, vário, vária, tanto, tanta, quanto, quanta, qualquer, qual, um, uma e respetivas
flexões e quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
Nos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Exemplos: Você, Senhor e Vossa
Excelência.
Verbo
É a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza.
O verbo varia em pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo
(presente, passado e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e
reflexiva).
Exemplos:
Advérbio
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de
tempo, modo, intensidade, entre outros.
Os advérbios classificam-se em:
•Modo – Exemplos: assim, devagar e grande parte das palavras terminadas em “-mente”.
Preposição
É a palavra que liga dois elementos da oração.
As preposições classificam-se em:
•Acidentais – não têm propriamente a função de preposição, mas podem funcionar como tal.
Exemplos: como, durante e exceto.
•Coordenativas: Aditivas (e, nem), Adversativas (contudo, mas), Alternativas (ou…ou, seja…seja),
Conclusivas (logo, portanto) e Explicativas (assim, porquanto).
•Subordinativas: Integrantes (que, se), Causais (porque, como), Comparativas (que, como),
Concessivas (embora, posto que), Condicionais (caso, salvo se), Conformativas (como, segundo),
Consecutivas (que, de maneira que), Temporais (antes que, logo que), Finais (a fim de que, para
que) e Proporcionais (ao passo que, quanto mais).
Análise Sintática
Object 3
3. Aposto
O aposto é o termo que tem a função de explicar, ampliar outro termo. Por exemplo: Sábado, dia
sete, não haverá aula de música. (Aposto: dia sete)
Exercícios de análise sintática
Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar sintaticamente os enunciados abaixo:
Exercício 1
Falam muito mal dela, agora precisa-se da verdade.
Aqui temos um período formado por duas orações:
1.ª oração: Falam muito mal dela,
2.ª oração: agora precisa-se da verdade.
Portanto, trata-se de um período composto.
O sujeito é indeterminado nas duas orações. Não se pode ou não se quer identificar o sujeito sobre
o qual estão sendo dadas as informações: Falam (quem?), precisa-se (quem?).
Vamos analisar a função de cada elemento do predicado da 1.ª oração:
•Falam (o que ou sobre o que falam?) – uma vez que precisa de complemento, estamos diante de
um verbo transitivo.
•dela – é objeto indireto, uma vez que complementa o sentido do verbo (falam de quem? dela - o
mesmo que "de + ela") e esse complemento precisa de preposição.
•precisa-se (do que precisa-se?) – uma vez que precisa de complemento com preposição,
estamos diante de um verbo transitivo indireto.
Exercício 2
As marchinhas, as cantadas por Carmem Miranda, eram maravilhosas.
Aqui temos um período simples. O enunciado é formado por apenas uma oração.
O sujeito é simples: As marchinhas. O núcleo do sujeito é marchinhas.
•as cantadas por Carmem Miranda – está identificando as marchinhas, assim, estamos diante de
um aposto.
•maravilhosas – uma vez que caracteriza o sujeito, estamos diante de um predicativo do sujeito
Pronomes
Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e posições. Eles acompanham
ou substituem os substantivos.
Por exemplo: Onde está o meu bolo? Não acredito que você o comeu.
"Meu" e "o" são pronomes. O primeiro está acompanhando o substantivo bolo (meu bolo) e o
segundo está substituindo o substantivo bolo para não deixar a frase repetitiva (Não acredito que
você comeu o bolo).
Tipos de pronomes
De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em:
2.Pronomes Possessivos
3.Pronomes Demonstrativos
4.Pronomes Indefinidos
5.Pronomes Relativos
6.Pronomes Interrogativos
Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:
1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma das melhores
cantoras de música Gospel.
No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio Mariana. Note que
com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do nome.
2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.
Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela” para indicar algo
(no caso o bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que transmite a ideia de posse.
1. Pronome pessoal
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou complemento da oração. Eles são
classificados em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo.
Pronomes pessoais do CASO RETO - exercem a função de sujeito. Exemplos:
•Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note que para além de
identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o verbo “estar”.)
•A carta? Fechei-a e coloquei no correio. (Fechei a carta, ou seja, o pronome "a" completa o
sentido do verbo.)
•Deu-lhe um abraço. (Deu um abraço em alguém, ou seja, o pronome "lhe" completa o sentido
do verbo.)
Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
Único pronome de tratamento utilizado em situações
Você V./VV
informais.
Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
Senhor (es) e Sr, Sr.ª (singular) e Tratamento formal e respeitoso usado para pessoas mais
Senhora (s) Srs., Srª.s. (plural) velhas.
Usados para pessoas com alta autoridade, como por
Vossa Excelência V. Ex.ª/V. Ex.ªs exemplo: Presidente da República, Senadores, Deputados,
Embaixadores.
Vossa
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Magnificência
Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade VM/VVMM Utilizado para Reis e Rainhas
V.A.(singular) e
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
V.V.A. A. (plural)
Vossa Santidade V.S. Utilizado para o Papa
Vossa Eminência V. Ex.ª/V. Em.ªs Usado para Cardeais.
Vossa V. Rev.m.ª/V.
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
Reverendíssima Rev.m.ªs
2. Pronome possessivo
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.
Exemplos de pronomes possessivos:
•Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª pessoa do singular)
•O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o computador, que
pertence à 1ª pessoa do singular)
•A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence à 3ª pessoa do singular)
•Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que pertence à 1ª pessoa do
plural)
Confira abaixo a tabela com os pessoas verbais do discurso e os respectivos pronomes possessivos:
Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que nunca sofrem
alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.
Observe o quadro abaixo para entender os pronomes demonstrativos variáveis em gênero e
número:
Atenção!
Segue algumas dicas de uso dos pronomes demonstrativos:
1. Quando o elemento está com a pessoa que fala ou próximo dela utilizamos: este, esta, estes,
estas e isto.
Exemplos:
Este computador é meu.
Estas anotações foram feitas pela Carolina.
2. Quando o elemento está com quem se fala ou próximo desta pessoa utilizamos: esse, essa,
esses, essas e isso.
Exemplos:
Esses lugares estão reservados.
De quem é essa bolsa que você está segurando?
3. Quando o elemento não está com a pessoa que fala e nem com a pessoa com quem se fala
utilizamos: aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo.
Exemplos:
De quem são aquelas coisas ali jogadas?
Aquele prédio é o mais alto da cidade.
Para resumir essa explicação, veja o quadro abaixo com os exemplos:
Pessoas
Pronomes Utilizados Localização do Elemento Exemplo
Verbais
Primeira este, esta, estes, estas, Isto não é
quando o elemento está com a pessoa que fala
Pessoa isto meu.
Segunda esse, essa, esses, essas,
quando o elemento está com quem se fala Isso não se faz.
Pessoa isso
4. Pronome indefinido
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes indefinidos
substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.
Exemplos de pronomes indefinidos:
•Outras viagens virão. (o termo “outras” acompanha o substantivo “viagens” sem especificar
quais viagens serão)
•Alguém deve me explicar a matéria. (o termo “alguém” significa “uma pessoa cuja identidade
não é especificada ou definida” e, portanto, substitui o substantivo da frase)
•Cada pessoa deve escolher seu caminho. (o termo “cada” acompanha o substantivo da frase
“pessoa” sem especificá-lo)
•Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais” faz referência ao
substantivo dito anteriormente “temas”)
•São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois substantivos “plantas” e “raiz”
e faz referência àquele dito anteriormente “plantas”)
•Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao substantivo “local”)
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Variáveis
•Ela queria saber o que teria acontecido com Lavínia. (oração interrogativa indireta)
›
1. MORFOLOGIA - LÍNGUA PORTUGUESA
Artigo definido e indefinido
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras
Artigos são palavras que vêm antes dos substantivos e servem para especificar ou generalizar o seu
sentido.
Os artigos podem ser definidos e indefinidos.
Artigo definido
Os artigos definidos (o, a, os, as) definem ou individualizam, de forma precisa, os substantivos, que
podem ser uma pessoa, objeto ou lugar.
Númer
Artigo Definido Gênero
o
masculin
o singular
o
a feminino singular
masculin
os plural
o
as feminino plural
Exemplos:
Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos pelo emprego
correto do artigo definido. Isso porque ele determina de maneira exata o substantivo em questão:
o garoto, a bicicleta, os amigos e as meninas.
Assim, fica claro que o artigo definido indica, de modo particular, o substantivo já conhecido. Note
que estes estão presentes no texto ou no pensamento do locutor (emissor, autor) ou do
interlocutor (receptor, ouvinte).
Artigo indefinido
Os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas) determinam de maneira vaga, indeterminada ou
imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez menção anterior no texto.
Númer
Artigo Indefinido Gênero
o
masculin
um singular
o
uma feminino singular
Númer
Artigo Indefinido Gênero
o
masculin
uns plural
o
umas feminino plural
Exemplos:
Note que em todos os exemplos acima, não está definindo qual objeto, pessoa ou lugar. Nos dois
primeiros exemplos, não está identificado “qual o dia” ou “qual a tarde” em que o evento ocorre.
Da mesma maneira, Joana não especifica “quais amigos” ela convidará para a festa. Por fim, “umas
camisas” corresponde a uma ideia vaga de “quais camisas” são essas.
Cuidado para não confundir o artigo indefinido “um” com o numeral “um”, pois o numeral é uma
palavra utilizada para indicar quantidade.
Emprego dos artigos
1. Os artigos sempre devem concordar com o substantivo em gênero (masculino e feminino) e
número (singular e plural). Exemplos:
• o garoto - os garotos.
• a menina - as meninas.
3. De acordo com sua posição na frase, os artigos podem transformar qualquer tipo de palavra em
substantivo, independentemente de sua classe gramatical. Exemplos:
• O andar de Elisa é muito sensual. (neste caso, o verbo “andar” foi transformado em substantivo).
• O vermelho de seus olhos indicou sua tristeza. (neste caso, o adjetivo “vermelho” foi
transformado em substantivo).
4. Os artigos definidos podem ser empregados com o intuito de indicar um conjunto de seres ou
uma espécie inteira. Dessa forma, o artigo é empregado no singular, entretanto, faz referência a
uma pluralidade de seres. Exemplos:
5. Na construção das frases a utilização dos artigos indefinidos deve ser moderada, de modo que o
excesso de seu uso no texto provoca um “inchaço” ou uma “redundância” desnecessária, tornando-
o, deselegante e “pesado”. Exemplos:
6. Para uma adequada coesão textual, antes de pronome de sentido indefinido, utiliza-se as
palavras como “tal, certo (a), outro (a)”. Exemplos:
7. O artigo indefinido é usado como recurso expressivo para reforçar enunciados exclamativos.
Exemplos:
Substantivos
Substantivo é a classe de palavras usada para dar nome aos seres, objetos, fenômenos, lugares,
qualidades, ações, dentre outros.
Exemplos: menino, João, Portugal, caneta, ventania, coragem, corrida.
Os substantivos podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e
plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Classificação dos substantivos
Os substantivos são classificados em: comum, próprio, simples, composto, concreto, abstrato,
primitivo, derivado e coletivo.
1. Substantivos comuns
Os substantivos são comuns se eles dão nome a seres de forma genérica.
Exemplos: pessoa, gente, país.
2. Substantivos próprios
Os substantivos são próprios quando eles dão nome a seres de forma particular. Eles são escritos
com letra maiúscula.
Exemplos: Maria, São Paulo, Brasil.
3. Substantivos simples
Os substantivos simples são formados por apenas um radical (radical é a parte da palavra que
contém o seu significado básico).
Exemplos: casa, carro, camiseta.
4. Substantivos compostos
Os substantivos compostos são formados por mais de um radical (radical é a parte da palavra que
contém o seu significado básico).
Exemplos: guarda-chuva, passatempo, beija-flor.
5. Substantivos concretos
Os substantivos concretos designam as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas, objetos,
animais ou lugares.
Exemplos: menina, homem, cachorro.
6. Substantivos abstratos
Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados, qualidades e ações.
Exemplos: beleza, alegria, bondade.
7. Substantivos primitivos
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras
palavras.
Exemplos: casa, folha, chuva.
8. Substantivos derivados
Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.
Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada (derivado de
chuva).
9. Substantivos coletivos
Os substantivos coletivos são aqueles que se referem a um conjunto de seres.
Exemplos: flora (conjunto de plantas), álbum (conjunto de fotos), colmeia (conjunto de abelhas).
Flexão de gênero dos substantivos
De acordo com o gênero (feminino e masculino) dos substantivos, eles são classificados em:
biforme e uniforme.
Substantivos biformes - apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e outra para o
feminino. Exemplos: professor e professora; amigo e amiga.
Substantivos uniformes - somente um termo especifica os dois gêneros (masculino e feminino),
sendo classificados em: epiceno, sobrecomum e comum de dois gêneros.
•Epicenos: apresenta somente um gênero e refere-se aos animais. Exemplo: foca (macho ou
fêmea).
•Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros (masculino e feminino),
identificado por meio do artigo que o acompanha. Exemplo: "o artista" e "a artista".
Os substantivos de origem grega terminados em "ema" e "oma" são masculinos, por exemplo:
teorema, poema.
Há os substantivos chamados de "gênero duvidoso ou incerto", ou seja, aqueles utilizados para os
dois gêneros sem alteração do significado, por exemplo: o personagem e a personagem.
Existem alguns substantivos que, variando de gênero, mudam seu significado, por exemplo: "o
cabeça" (líder), "a cabeça" (parte do corpo humano).
Flexão de número dos substantivos
De acordo com o número do substantivo, eles são classificados em: singular e plural.
Singular - designa uma única coisa, pessoa ou um grupo. Exemplo: bola, mulher.
Plural - designa várias coisas, pessoas ou grupos. Exemplo: bolas, mulheres.
Flexão de grau dos substantivos
De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em: aumentativo e diminutivo.
Aumentativo - indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa.
Diminutivo - indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa.
Os graus aumentativo e diminutivo podem ser analíticos e sintéticos.
O aumentativo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Exemplo: casa
grande.
O aumentativo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de aumento. Exemplo:
casarão.
O diminutivo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Exemplo: casa
pequena.
O diminutivo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de diminuição. Exemplo:
casinha.
Relação entre adjetivos e substantivos
Os adjetivos correspondem à classe de palavras que indicam qualidades e estados aos
substantivos, por exemplo: casa bonita. Aqui, o termo "bonita" atribui uma qualidade ao
substantivo "casa
Adjetivos
O que é adjetivo?
O adjetivo é uma classe de palavras que atribui características aos substantivos, ou seja, ele
indica suas qualidades e estados.
Essas palavras variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau
(comparativo e superlativo).
Exemplos de adjetivos:
•garota bonita
•garotas bonitas
•criança obediente
•crianças obedientes
Os tipos de adjetivos
Os adjetivos são classificados em:
1.Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste, lindo,
bonito.
3.Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, alegre, puro,
triste, notável.
4.Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: articulado
(verbo articular), visível (verbo ver), formoso (substantivo formosura), tristonho (substantivo
triste).
5.Adjetivo Pátrio (ou adjetivo gentílico) - indica o local de origem ou nacionalidade de uma
pessoa. Exemplos: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol.
O gênero dos adjetivos
Em relação aos gêneros (masculino e feminino), os adjetivos são divididos em dois tipos:
1.Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino).
Exemplo: menino feliz; menina feliz.
1. Grau comparativo
•Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom quanto o de geografia.
A locução adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo.
O pronome adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de adjetivo. Surgem
acompanhados do substantivo, modificando-os. Exemplos:
que é um Verbo?
O verbo é palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, desejo,
ocorrência. Ele apresenta as seguintes flexões de número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.
Exemplos:
•Sou feliz.
•Estou doente.
•Fiquei cansado.
•Amanheceu.
Estrutura do verbo
O verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e desinências
1. Radical
O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo.
Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir).
2. Vogal Temática
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O
resultado dessa união chama-se tema.
Assim, tema = radical + vogal temática.
Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).
A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence
1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.
3. Desinências
As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas podem
ser:
Desinências modo-temporais - quando indicam os modos e os tempos.
Desinências número-pessoais - quando indicam as pessoas.
Exemplos:
•Dissertávamos (va- desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos- desinência de 1.ª
pessoa do plural)
•Esclarecerei (re- desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i- desinência de 1.ª pessoa do
singular)
•Contribuamos (a- desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos- desinência de 1.ª
pessoa do plural)
Flexões do verbo
Para conjugarmos os verbos temos de ter em conta as flexões de: pessoa, número, tempo, modo e
voz.
1. Flexões de pessoa:
1.ª pessoa (eu, nós)
2.ª pessoa (tu, vós)
3.ª pessoa (ele, eles)
2. Flexões de número:
singular (eu, tu, ele)
plural (nós, vós, eles)
3. Flexões de tempo: presente, pretérito e futuro.
4. Flexões de modo: indicativo, subjuntivo e imperativo.
5. Flexões de voz: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.
Formas nominais
As formas nominais são três: infinitivo, particípio e gerúndio.
1. Infinitivo
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal
quando, por sua vez, não tem sujeito.
Exemplo de infinitivo pessoal: O gerente da loja disse para irem embora.
Exemplos de infinitivo impessoal: Cantar é uma delícia!
2. Particípio
O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos
ou como adjetivo.
Exemplos:
3. Gerúndio
O gerúndio é empregado para indicar uma ação em desenvolvimento.
Exemplos:
•Estou comendo.
3. Verbos defectivos: os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as
pessoas, tempos e modos. Eles podem ser: impessoais e unipessoais.
Impessoais, quando os verbos indicam, especialmente, fenômenos da natureza (não tem sujeito) e
são conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos: chover, trovejar, ventar.
Unipessoais, quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira pessoa do
singular ou do plural. Exemplos: ladrar, miar, surtir.
4. Verbos abundantes: os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais formas. É
comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto, segurado e seguro.
Frase, Oração e Período
Embora muitas pessoas usem os termos frase, oração e período como sinônimos, eles apresentam
conceitos distintos:
•Frase: enunciado linguístico que possui um sentido completo e que pode conter, ou não conter,
verbo ou locução verbal (dois ou mais verbo que equivalem a um só). Exemplo: Que festa
animada!
•Oração: enunciado que contém verbo ou locução verbal e que se estrutura através de sujeito e
predicado (ou apenas de predicado). Exemplo: A festa está animada!
•Período: enunciado formado por uma ou mais orações. Exemplo: A festa está animada, mas
poderia estar mais.
O que é frase?
Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa
pontuada.
Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem
sentido completo.
Exemplos de frases:
•Silêncio!
•E agora, José?
•Choveu.
•Não sei o que dizer...
As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de
pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos soltos.
Tipos de frases
1.Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de maneira afirmativa ou
negativa. Exemplos: O curso termina esse ano (afirmativa); O curso não termina esse ano
negativa).
4.Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem, conselho ou pedido, seja de
maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: Faça o almoço (afirmativa); Não faça o almoço
(negativa).
5.Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre algo. Exemplo: Que Deus te
acompanhe!; Muitas felicidades nessa nova fase!
O que é oração?
A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Elas
podem ou não ter sentido completo.
Exemplos de oração:
•Acabamos, finalmente!
•Levaram tudo.
•É provável.
Tipos de oração
Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de duas maneiras:
1.Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe relação sintática entre elas
e, por isso, possuem um sentido completo. Exemplo: Fomos para o Congresso e apresentamos o
artigo. (Oração 1: Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).
2.Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está subordinada à outra e, por
isso, sozinhas não possuem um sentido completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça a
prova. (Oração 1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.).
Os termos essenciais da oração
As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que, por isso, são
chamados de termos essenciais da oração.
O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto predicado é a declaração
feita sobre o sujeito.
Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.
Sujeito: Os alunos
Predicado: homenagearam o professor.
Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da oração) e termos
presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma sem que o seu sentido fosse afetado
(termos acessórios da oração).
O que é período?
Período é a frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.
Tipos de período
1. Período Simples
O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou
de uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta.
Exemplos de período simples:
•Talvez eu vá.
2. Período Composto
O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a quantidade de orações é
sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais
Verbos de Ligação
Os verbos de ligação, também chamados de copulativos, têm a função de ligar o sujeito e suas
características (predicativo do sujeito).
Distinguem-se, assim, dos verbos intransitivos e transitivos, na medida em que esses expressam
uma ação praticada ou sofrida.
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, andar, parecer, virar,
continuar, viver.
Exemplos:
Estado Permanente
•Ser. Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até amanhã?
Mudança de Estado
•Ficar. Exemplo: Fico feliz com a notícia!
Continuidade do Estado
•Permanecer. Exemplo: Ele permaneceu calado.
•Desde aquele episódio, andamos sempre contentes. (verbo de ligação, pois expressa um estado,
que é o fato de se sentir contente)
•Andamos o quarteirão todo atrás do nosso gato e não o encontramos. (verbo intransitivo, pois
expressa a ação de procurar o gato)
•Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de se sentir
constantemente cansada)
•Ela vive no Japão. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de residir no Japão)
Predicativo do Sujeito
O predicativo do sujeito é a característica que define ou modifica o sujeito.
Ele é chamado de predicativo porque faz parte do predicado, mas não acrescenta nada ao verbo e,
sim, ao sujeito
Exemplo:
Ambos continuam doentes.
Sujeito: Ambos
Predicado: continuam doentes
Verbo de Ligação: continuam
Predicativo do Sujeito: doentes
Geralmente, o predicativo do sujeito é constituído por um substantivo, um adjetivo ou um
pronome. Há casos, porém, em que o predicativo é formado por preposição.
Exemplos:
Dica
Para não errar na hora de classificar um verbo, lembre-se:
Uma vez que o predicativo do sujeito modifica o sujeito, ele vem sempre acompanhado (ainda que
esteja oculto) de um verbo de ligação.
Exemplo:
O amor é paciente, a paixão (é) a impaciência.
O que não pode acontecer é um verbo de ligação sem predicativo, pois sem ele o verbo deixa de
ter a função de ligar, de ligação, logo deixa de ser verbo de ligação.
Predicativo do Sujeito
Predicativo do sujeito é o termo que atribui uma característica ao sujeito através de um verbo de
ligação.
Exemplos:
•A vista é linda!
"Linda, felizes, faminto" são predicativos dos sujeitos, características dadas aos sujeitos (a vista,
eles, eu) através dos verbos de ligação (é, parecem, estou).
Os verbos de ligação expressam estados, em vez de ações. Alguns exemplos: ser (sou feliz), estar
(estou feliz), ficar (fiquei feliz), parecer (pareço feliz), continuar (continuo feliz), viver (vivo feliz).
Os predicativos do sujeito podem ser adjetivos, substantivos, pronomes, numerais. Exemplos:
•A engenheira corre feliz. - Neste caso o verbo de ligação está implícito. Esta oração poderia
estar assim: A engenheira corre (e está) feliz.
•Melina trabalha satisfeita. - Neste caso o verbo de ligação está implícito. Esta oração poderia
estar assim: Melina trabalha (parecendo/estando) satisfeita.
•Andamos atarefados.
•Satisfeitas é o predicativo do sujeito, porque está atribuindo uma característica ao sujeito "as
professoras".
•Satisfeitas é o predicativo do objeto, porque está atribuindo uma característica ao objeto direto
"as crianças".
Orações reduzidas
Orações reduzidas são orações introduzidas por formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio)
e que não são acompanhadas por conjunção ou pronome relativo.
Orações reduzidas
de infinitivo de gerúndio de particípio
É provável ele atrasar o Mesmo atrasando o treino, ele disse Mesmo atrasado, ele disse que viria
treino. que viria. ao treino.
Pensando sempre em você, o Toda Matéria traz uma lista com todos os tipos possíveis de orações
reduzidas. Isso vai facilitar muito a sua vida de estudante. Vamos a elas!
Orações reduzidas de infinitivo (terminação em -r)
Oração subordinada substantiva subjetiva
• Desenvolvida: A quem vem nos visitar, conseguimos servir deliciosos bolos frescos
que compramos na padaria de costume.
• Desenvolvida: Quando vivi aqui por dois anos, fui muito feliz.
Orações reduzidas de particípio (terminação em -do)
Oração subordinada adjetiva restritiva
• Desenvolvida: Fui acordada pelo vizinho, que estava assustado na porta de casa.
• Desenvolvida: Assistiram a um filme em casa, uma vez que o dia estava chuvoso.
• Desenvolvida: Por mais que soubesse a resposta, perguntou mais uma vez se podia ir.
• Desenvolvida: Depois de que viveu dois anos nesta casa, sentia-se muito feliz.
As orações reduzidas são subordinadas e apesar de não serem acompanhadas por conjunção ou
pronome relativo, podem ser introduzidas por preposição.
Exemplos:
• Eu sou o único a fazer o que mandam. (oração reduzida introduzida por preposição)
Assim, existem vários tipos de orações reduzidas. Como vimos acima, há oração subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, oração subordinada adverbial causal reduzida de
gerúndio, enfim, uma série delas.
Mas é importante saber que nem todas as orações subordinadas que existem podem ser
reduzidas; algumas delas somente existem na forma desenvolvida
Concordância Verbal
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer
dizer que quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; quando o sujeito estiver
no plural, o verbo também estará.
Exemplos:
Parece simples, mas há várias situações que provocam dúvidas não só nos alunos, mas em
qualquer falante da língua portuguesa. Vamos a elas!
Regras de concordância verbal
1. Concordância com sujeito coletivo
Quando o sujeito é coletivo, o verbo fica sempre no singular. Exemplos:
•A multidão ultrapassou o limite.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular ou no
plural. Exemplos:
Nos casos em que “mais de” é repetido, indicando reciprocidade, o verbo vai para o plural.
Exemplos:
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo concorda com o último elemento.
Exemplos:
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo permanece no singular.
Exemplos:
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo concorda com o antecedente e o
segmento "com" é grafado entre vírgulas. Exemplos:
•Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser conjugado concordando
com o sujeito da oração. Exemplos:
17. Concordância com sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um"
Na concordância com sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um", o
verbo fica no singular. Exemplos:
18. Concordância com sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem como"
Na concordância com sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem como", o verbo é
conjugado no plural. Exemplos:
19. Concordância com locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"
Na concordância com locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de", que indicam
preço, peso e quantidade, o verbo fica sempre no singular. Exemplos:
•Amanhã é 1 de dezembro.
Concordância nominal é a relação entre palavras que garante que os substantivos concordem com
artigos, adjetivos, pronomes e numerais.
Exemplo: Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas na biblioteca.
Neste exemplo, o pronome "estas", o numeral "três" e o adjetivo "maravilhosas" concordam com o
substantivo "obras", que é um substantivo feminino e está no plural.
Regras de concordância nominal
1. Concordância entre substantivo e um adjetivo
O adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo. Exemplos:
Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve concordar com aquele que está mais
próximo. Exemplo:
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural. Exemplo:
•Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto Carlos e
Erasmo Carlos em homenagem a Caetano Veloso.
Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo vem depois dos substantivos, deve concordar
com aquele que está mais próximo ou com todos eles. Exemplos:
Nos casos em que há números ordinais DEPOIS do substantivo, o substantivo deve ser usado no
plural. Exemplo:
Bastante(s)
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve concordar em gênero e número com
o substantivo. Exemplos:
Meio
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve concordar em gênero e número com o
substantivo. Exemplos:
Menos
A palavra "menos" não varia. Exemplos:
•É proibido entrada.
•É proibida a entrada.
•Verdura é bom.
•A verdura é boa.
•Paciência é necessário.
•A paciência é necessária.
Resumo de concordância nominal
Regência Verbal
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos que se
seguem a eles e completam o seu sentido.
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais
são os termos regidos.
Para entender melhor sobre esse assunto e não errar mais, confira abaixo alguns exemplos e suas
respectivas explicações:
Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois exige a preposição em (morar em
algum lugar).
No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois não exige preposição (implicar
algo, e não implicar em algo).
No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um verbo transitivo indireto.
Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário” não está correta.
Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são regidos. Alguns, conforme o seu
significado, podem ter mais do que uma forma de regência.
1. Assistir
a) com o sentido de ver exige preposição:
Que tal assistirmos ao filme?
N
o último quadrinho Calvin fala corretamente "assistir ao vídeo"
2. Chegar
O verbo chegar é regido pela preposição “a”:
Chegamos ao local indicado no mapa.
Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso da preposição “em” nas
conversas informais, cujo estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.
3. Custar
a) com o sentido de ser custoso exige preposição:
Aquela decisão custou ao filho.
4. Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:
Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o pai!
5. Proceder
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
Essa sua desconfiança não procede.
6. Visar
a) com o sentido de objetivo exige preposição:
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem preposição, ou seja, como verbo
transitivo direto: Visamos o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição:
O policial visou o bandido à distância.
7. Esquecer
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:
Esqueci o meu material.
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu material.
8. Querer
a) com o sentido de desejar não exige preposição:
Quero ficar aqui.
9. Aspirar
a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:
Aspirou todo o escritório.
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um complemento sem e outro com
preposição:
Informei o acontecimento aos professores.
11. Ir
O verbo ir é regido pela preposição “a”:
Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo não exige preposição:
O seu pedido implicará um novo orçamento.
13. Morar
O verbo morar é regido pela preposição “em”:
Mora no fim da rua.
14. Namorar
O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem sempre seguido de preposição:
Namorou Maria durante anos.
16. Simpatizar
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":
Simpatiza com os mais velhinhos.
17. Chamar
a) com o sentido de convocar não exige complemento com preposição:
Chama o Pedro!
18. Pagar
a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:
Paga o sorvete?
Regência Nominal
Há também a regência nominal, que é a relação entre nomes e seus complementos. Essa relação é
estabelecida através de preposições.
Exemplos:
•O bacharel em Direito pode ser defensor público. (e não “O bacharel de Direito pode ser
defensor público.”)
•Essa máquina é compatível com a que temos. (e não “Essa máquina é compatível a que temos”.)
Regência Nominal
Ansioso
Agradável a
Exemplo: Sou agradável a ti.
Alheio a, de
Exemplos:
Apto a, para
Exemplos:
Aversão a, por
Exemplos:
Benefício a
Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde.
Capacidade de, para
Exemplos:
Compatível com
Exemplo: Seu computador é compatível com este.
Contrário a
Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde.
Curioso de, por
Exemplos:
Descontente com
Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político.
Essencial para
Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática.
Fanático por
Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos.
Imune a, de
Exemplos:
Inofensivo a, para
Exemplos:
Junto a, de
Exemplos:
Livre de
Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos.
Simpatia a, por
Exemplo:
Tendência a, para
Em suma, a vírgula tem a função de separar elementos dentro de uma mesma frase ou oração.
Quando Usar a Vírgula
1. Para separar elementos
A vírgula serve para separar, dentro da mesma oração, elementos que têm a mesma função
sintática e que, regra geral, não sejam ligados pelas conjunções e, nem, ou.
Exemplo:
Objetivos, conteúdo, método e recursos didáticos compõem um plano.
Truque: Se você estiver listando várias coisas, vai precisar usar vírgula!
2. Depois do vocativo
A vírgula é usada para separar a invocação de alguém.
Exemplo:
Ana, atenda a campainha!
Truque: Está chamando alguém? Use vírgula depois!
3. Entre o aposto
Frequentemente o aposto aparece entre vírgulas.
Exemplo:
João, professor do Ensino Médio, está de licença.
Truque: Introduziu uma explicação ou clarificação no meio da oração? Use vírgula.
4. Depois dos advérbios “sim” e “não”
A vírgula é usada após esses advérbios quando eles iniciam uma oração que atue como resposta.
Exemplo:
Sim, estamos satisfeitos com os resultados.
Truque: Depois de sim ou não iniciais em respostas, coloque sempre vírgula.
5. Na intercalação de texto
A vírgula é utilizada para inserir expressões intercaladas dentro de uma oração, bem como orações
intercaladas dentro de outras orações.
Exemplos:
Vi, porém, as opções que eu tinha.
Ele não vai, de forma alguma, obedecer.
A atriz, disse o público, atuou com brilhantismo.
Truque: Coloque entre vírgulas aquilo que estiver "quebrando" uma frase que por si só já tem
sentido.
6. Nas orações subordinadas adverbiais
A vírgula deve estar presente na separação de orações subordinadas adverbiais, especialmente
quando elas iniciam a oração.
Exemplo:
Embora estivesse mau tempo, foram à praia.
Truque: Quando uma oração com função de advérbio estiver antes da oração principal, use vírgula.
Se aparecer depois, a vírgula é dispensada.
7. Nas orações subordinadas adjetivas explicativas
A vírgula deve ser utilizada em informações acessórias, que ampliam ou esclarecem uma
informação, mas que podem ser retiradas da frase..
Exemplo:
Gregório de Matos, que é a principal expressão do barroco no Brasil, era conhecido como “boca de
inferno”.
Truque: Nem sempre que usamos "que", significa que usamos vírgula, mas quando a informação
introduzida é acessória, coloque vírgula.
Existem casos em que a informação depois do "que" é essencial para entendermos a mensagem.
Veja mais abaixo quando não usar a vírgula nesses casos.
8. Na omissão de verbos
A vírgula é usada para assinalar a omissão de palavras, sendo maioritariamente utilizada na
omissão do verbo.
Exemplo:
Vamos de carro; eles, de ônibus.
Truque: A vírgula é usada em alguns casos para substituir uma palavra que já tenha sido usada na
frase. Mas atenção, é uma forma pouco usual de escrever e pode levar ao erro. O melhor truque é
não tentar escrever dessa forma.
9. Acompanhando local e data
Emprega-se a vírgula para separar o topônimo da data.
Exemplo:
Brasil, 24 de julho de 2015.
Truque: Fácil: Local, Data. Sempre.
Quando não Usar a Vírgula
A vírgula não pode ser usada nas seguintes situações:
1) Para separar o sujeito do predicado
2) Para separar o verbo do complemento
Exemplos:
•Idade Antiga;
•Idade Média;
•Idade Contemporânea.
•Denotação - emprego do sentido real, literal das palavras e expressões, por exemplo: Depois
de jogar bola, nós comemos um churrasco.
•Conotação - emprego do sentido subjetivo, figurado das palavras e expressões, por exemplo:
Ele comeu bola na prova de matemática.
Na primeira frase, o termo “bola” está empregado em sentido denotativo, que se refere ao objeto
esférico utilizado para jogar futebol, basquete e vôlei.
Já na segunda frase, a expressão “comer bola” está em sentido conotativo, que significa: cometer
um erro. Note que não poderíamos utilizar essa expressão no sentido real, uma vez que “comer
bola” é algo impensável.
O que é denotação
A denotação é o uso das palavras no sentido próprio, ou seja, no sentido do dicionário, que
chamamos de literal.
Ela é objetiva e precisa. A sua intenção é transmitir uma mensagem que não deixe espaço para
outras interpretações.
A linguagem denotativa é a que se manifesta com palavras no sentido denotativo. Assim, é a
linguagem usada em notícias e reportagens, bulas de remédios, manuais de instrução e textos
científicos.
Exemplos de denotação
•O homem foi picado por uma cobra.
•Acende o fogo!
O que é conotação
A conotação é o uso das palavras no sentido figurado.
Ela é subjetiva. A sua intenção é transmitir uma mensagem que deixa espaço para interpretações
diferentes, que vão além do sentido que têm no dicionário.
A linguagem conotativa é a que se manifesta com palavras no sentido conotativo. Assim, é a
linguagem usada em textos literários (poemas, crônicas, novelas), mensagens publicitárias, charges
e tirinhas, história em quadrinhos.
Exemplos de conotação
•Dizem que aquela mulher é uma cobra.
•Ele não deixa ninguém ficar triste. É um verdadeiro palhaço.
Nas orações acima, a palavra “cachorro” é utilizada em dois sentidos diferentes: denotativo e
conotativo.
Na primeira frase, a palavra “cachorro” está empregado de forma denotativa, ou seja, no sentido
real e original do termo: animal.
Já na segunda frase, o termo está no sentido conotativo, uma vez que se refere ao caráter do
homem.
Figuras de linguagem: resumo e exemplos
Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados
para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:
•Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração,
paronomásia, assonância e onomatopeia.
Figuras de palavras
As figuras de palavras são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da
utilização das palavras e dos seus significados.
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo conectivo
de comparação (como, tal qual) fica subentendido na frase.
Exemplos:
A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Na tirinha acima, "uma caravana de rosas vagando num deserto inefável" é uma metáfora do amor.
Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos
de comparação (como, assim, tal qual).
Exemplos:
Seus olhos são como jabuticabas.
Na tirinha acima, o amor é comparado a uma flor e a um motor. Neste caso foi utilizado o
conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o motor do carro".
Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplos:
Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
Na tirinha acima, uma parte (cabeças de gado) tem o significado do todo (boi).
Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.
Exemplo:
Embarcou há pouco no avião. (Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um
termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.)
Na charge acima, ocorre a catacrese, porque foi usada a expressão "bala perdida" por não haver
outra mais específica.
Sinestesia
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Exemplos:
Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada. (A frieza está associada ao tato e
não à visão.)
Na charge acima, foi usada a perífrase, uma vez que "Terra da Garoa" é uma forma de identificar a
"cidade de São Paulo".
Figuras de pensamento
As figuras de pensamento são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da
utilização de ideias e pensamentos.
Hipérbole
A hipérbole corresponde ao exagero de uma ideia feito de maneira intencional.
Exemplos:
Quase morri de estudar.
Na charge acima, "produtora de biografias orais não autorizadas" foi uma forma delicada de dizer
que a mulher é, na verdade, uma fofoqueira.
Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo,
bem como é a oposição da hipérbole.
Exemplos:
— Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe. (Pelo discurso, percebemos que
apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.)
Na tirinha acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você deveria
aperfeiçoar essa técnica".
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplos:
É tão inteligente que não acerta nada.
Nota-se o uso da ironia na charge acima. O personagem está zangado com alguém, a quem ele
chama de "inteligente" de maneira irônica.
Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a objetos
ou aos seres irracionais.
Exemplos:
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
A personificação é expressa na última parte do quadrinho, onde o Zé Lelé afirma que o espelho
está lhe olhando. Assim, utilizou-se uma característica dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado
(o espelho).
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplos:
Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Na tirinha acima, há várias antíteses, ou seja, termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo;
mal, bem; paz e guerra.
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como
no caso da antítese).
Exemplos:
Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. (Como é possível alguém estar cego e ver?)
Na tirinha acima, as ideias com sentidos opostos (certeza e relativa) é um exemplo de paradoxo.
Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente
(anticlímax).
Exemplos:
Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo. (Neste exemplo,
acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.)
Na tirinha acima, o personagem foi explicando de forma crescente como foi trazida pela cegonha
(decolou; fizemos uma escala; trocaram uma pena; finalmente ela me deixou aqui).
Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplos:
Ó céus, é preciso chover mais?
Na tirinha acima, notamos a ênfase no segundo quadrinho: "Ai meu Deus!!! Ele vai me matar! O
que faço!? É o fim!"
Figuras de sintaxe
As figuras de sintaxe são usadas para tornar os textos mais bonitos ou expressivos através da
construção gramatical das frases e orações.
Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.
Exemplos:
Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer
sanduíches entre as refeições...".
Zeugma
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplos:
Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um descongestionante
nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!".
Hipérbato
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.
Exemplos:
São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)
A letra do Hino Nacional é um exemplo de hipérbato:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante"
Se tivesse sido escrito na ordem direta, o nosso hino começaria assim: "As margens plácidas do
Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico".
Polissíndeto
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos (e, ou, nem).
Exemplos:
As crianças falavam e cantavam e riam felizes.
A charge acima é um exemplo de polissíndeto, porque o conectivo "se for" esta sendo repetido
muitas vezes ("se for eleitor", "se for deputado", "se for assessor).
Assíndeto
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.
Exemplos:
Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.
Anacoluto
O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.
Exemplos:
Eu, parece que estou ficando zonzo. (A estrutura normal da frase é: Parece que eu estou ficando
zonzo.)
Magali, comer é o que ela mais gosta de fazer. (A estrutura normal da frase é: O que a Magali mais
gosta de fazer é comer.)
Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.
Exemplos:
A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já significa "para
fora".
Silepse
A silepse é a concordância com a ideia que se pretende transmitir, e não com o que está implícito.
Ela é classificada em: silepse de gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade
de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos
clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de
eles: Todos terminaram os exercícios.)
Na tirinha acima, há silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial somos crianças"
e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos".
Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.
Exemplos:
Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre
para você.
Na tirinha acima, ocorre aliteração, porque a letra "r" é repetida muitas vezes em "O rato roeu a
roupa do rei de Roma."
Paronomásia
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.
Exemplos:
O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo,
cavalheiro = homem gentil)
A charge acima contém paronomásia, porque foram usados termos que possuem sons parecidos:
"grama" e "grana".
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplos:
"O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a" em: "massa",
"salga", "amassa".
Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplos:
Não aguento o tic-tac desse relógio.
No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...;
Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do Cebolinha.
Resumo das figuras de linguagem
Confira na tabela abaixo o que diferencia cada uma das figuras de linguagem, bem como cada um
dos seus tipos.
Hiperônimos
Podemos chamar de termos hiperônimos aqueles que trazem em si significados mais abrangentes
em relação a outros.
Animal, portanto, é um hiperônimo, pois pode significar uma série de outras palavras,
relacionando-se a elas por terem uma essência semelhante – nesse caso, um conjunto de seres
vivos.
Hipônimos
Os hipônimos, por consequência, são termos que têm significados mais específicos em relação a
outros. Utilizando o exemplo acima, cachorro, cavalo, peixe, andorinha e rato são hipônimos em
relação à Animal.
Observe que essa é uma conceituação essencial para a construção textual. Sempre teremos uma
relação muito profunda entre a escolha de palavras e os campos semânticos envolvidos nesse caso.
Essa é uma relação muito constante. Isso porque em concursos, nem sempre o conteúdo será
cobrado “abertamente”. Então, esse é um dos exemplos que auxiliam muito na sua preparação
para as provas, colocando em jogo a compreensão dos textos.
Homônimos e Parônimos
Homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia (às vezes, a mesma escrita) e significados
distintos.
Parônimos são palavras muito parecidas na pronúncia e na escrita, entretanto, possuem
significados diferentes.
Os homônimos e os parônimos fazem parte do estudo da semântica (significado das palavras).
Homônimos
As palavras homônima têm a mesma pronúncia (às vezes, a mesma escrita) e significados distintos.
Elas são classificadas em: homógrafas, homófonas, perfeitas.
•Homógrafas: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia, por exemplo: colher
(verbo) e colher (substantivo); jogo (substantivo) e jogo (verbo); denúncia (substantivo) e
denuncia (verbo).
•Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia, por exemplo: concertar
(harmonizar) e consertar (reparar); censo (recenseamento) e senso (juízo); acender (atear) e
ascender (subir).
•Perfeitas: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia, por exemplo: caminho
(substantivo) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo (advérbio de tempo); livre (adjetivo) e livre
(verbo).
Parônimos
As palavras parônimas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, entretanto, possuem
significados diferentes.
Exemplos de palavras parônimas:
•Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
A crase (`) serve para evitar a repetição da letra "a" nas situações em que precisamos utilizar o
artigo definido a, ou os pronomes aquela, aquele e aquilo, junto com a preposição a.
Exemplos:
•Vamos à praia?
4.antes da expressão "à moda de", mesmo quando ela esteja subentendida.
•Refiro-me à morena.
2. Na indicação de horas
Exemplos:
•A consulta é às 14h.
•Falaremos à noite.
Usamos crase na expressão "à moda de", mesmo quando ela esteja subentendida na frase.
Leia também:
As variações linguísticas são as diferenças que uma língua apresenta mediante fatores como a
região e as condições culturais ou sociais onde ela é usada. Por exemplo, existem variações na
língua portuguesa falada no Brasil e em Portugal.
Os tipos de variações linguísticas são:
A linguagem técnica utilizada pelos médicos nem sempre é entendida pelos seus pacientes
4. Variação situacional ou diafásica
A variação situacional ou diafásica ocorre segundo o contexto, por exemplo, situações formais e
informais. As gírias são expressões populares utilizadas por determinado grupo social.
Exemplos de gíria:
•Romance
•Novela
•Crônica
•Conto
•Contos de Fada
•Fábula
•Lenda
•Biografia
•Autobiografia
•Anedota
•Diário
•Currículo
•Lista de compras
•Cardápio
•Anúncio de classificados
•Editorial Jornalístico
•Resenha
•Artigo de opinião
•Ensaio
•Seminários
•Palestras
•Conferências
•Entrevistas
•Trabalhos acadêmicos
•Enciclopédia
•Verbetes de dicionários
•Ata
•Propaganda
•Receita culinária
•Bula de remédio
•Manual de instruções
•Regulamento
Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são tipos de discursos utilizados no
gênero narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de
acordo com a intenção do narrador.
Discurso Direto
No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem.
O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o narrador
se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um
estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.
Características do Discurso Direto
•Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo
"dizer". São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar, indagar,
declarar, exclamar, dentre outros.
•Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.
Discurso Indireto
No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas
palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem.
Características do Discurso Indireto
•O discurso é narrado em terceira pessoa.
•Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar. Contudo, não há utilização do travessão, pois geralmente as orações
são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode ser marcado através da
conjunção “que” (verbo + que).
3.Querendo ouvir sua voz, resolveu telefonar. Cumprimentou e perguntou quem estava falando.
Do outro lado, alguém respondeu ao cumprimento e perguntou com tom de simpatia com quem
a pessoa queria falar.
2.O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido sinalizada a mudança da
fala do narrador para a do personagem.
Coesão e Coerência
A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual.
Para um texto ser eficaz na transmissão da sua mensagem, é essencial fazer sentido para o leitor.
Além disso, deve ser harmonioso, para a mensagem fluir de forma segura, natural e agradável aos
ouvidos.
Coesão textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação
entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e pode ocorrer
por meio de palavras chamadas de conectivos.
A coesão pode ser obtida através de elementos anafóricos e catafóricos.
A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são
qualificadas como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa,
contribuindo com a ligação e a harmonia textual.
Mecanismos de coesão
Os mecanismos de coesão são:
•referência
•substituição
•elipse
•conjunção
•coesão lexical
Referência
Utilizar outros elementos (pronomes pessoais, pronomes demonstrativos e comparações) para
evitar repetições.
Referência pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos, por exemplo: João e Maria
casaram. ELES são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica)
Referência demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios, por exemplo: Fiz
todas as tarefas, com exceção DESTA: arquivar a correspondência. (Referência demonstrativa
catafórica)
Referência comparativa: utilização de comparações através de semelhanças, por exemplo: Mais
um dia IGUAL AOS outros. (Referência comparativa endofórica)
Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições.
EXEMPLO: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.
Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa especialmente no fato de
que a substituição acrescenta uma informação nova ao texto.
No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal referencia as
pessoas João e Maria, não acrescentando informação adicional ao texto.
Elipse
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido através da
elipse.
EXEMPLO: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo
oferecido são ingressos para o concerto.)
Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.
EXEMPLO: Nós não sabemos quem é o culpado, MAS ele sabe. (adversativa)
Coesão lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que
pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre
outros.
EXEMPLO: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A INSTITUIÇÃO está
literalmente caindo aos pedaços.
Coerência textual
A coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação - resultado
especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem.
Um texto contraditório e redundante, ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto
incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura.
Assim, a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso de tempos
verbais e da emissão de ideias contrárias.
Exemplos:
•O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado e
inacabado)
•Ele é vegetariano e gosta de um bife muito malpassado. (os vegetarianos são assim classificados
pelo fato de se alimentar apenas de vegetais)
•Ana foi ao evento, todavia, porque não tinha sido convidada. (foram usados dois conectivos -
todavia e porque que não expressam sentido)
Fatores de coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a sua
abrangência, tais como:
•conhecimento de mundo
•inferências
•fatores de contextualização
•informatividade
Conhecimento de mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados na nossa
memória.
São os chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina alimentar:
café da amanhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um
jogo), scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta).
EXEMPLO: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!
Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque “peru,
panetone, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à celebração do Natal e não à
festa de carnaval.
Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do pressuposto que
os interlocutores partilham do mesmo conhecimento.
EXEMPLO: Quando os chamar para jantar, não esqueça que eles são indianos. (ou seja, em
princípio, esses convidados não comem carne de vaca)
Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza, como os títulos
de uma notícia ou a data de uma mensagem.
EXEMPLO:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.
Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele será. Assim,
dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza o
texto.
EXEMPLO: O Brasil foi colonizado por Portugal.
Princípios básicos de coerência
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios para se
obter um texto coerente:
Funções da Linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função
fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação:
emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos
atos comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num
mesmo texto.
Função Referencial ou Denotativa
Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal
informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular
ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos
e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem
envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Exemplo de função referencial
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua
história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o
Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.
Função Emotiva ou Expressiva
Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo
principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um
caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são
marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.
Exemplo de função emotiva
Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe
chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em
uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero
encontrar essa casa em ordem, combinado?!?
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio
da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal
elemento comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a
função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de
metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Exemplo de função poética
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo
e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o
mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no
canal de comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone, etc.
Exemplo de função fática
— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua
preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma linguagem persuasiva
que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da mensagem.
Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a
influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de
verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Exemplos de função conativa
•Vote em mim!
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se
refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala
sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as gramáticas e os
dicionários.
Exemplo de função metalinguística
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a
função metalinguística.
Funções da Linguagem e Comunicação
Abaixo, você encontra um diagrama com as funções da linguagem e sua relação com os elementos
da comunicação:
Vozes verbais ou Vozes do verbo
As vozes verbais, ou vozes do verbo, são a forma como os verbos se apresentam na oração a fim
de determinar se o sujeito pratica ou recebe a ação. Elas podem ser de três
tipos: ativa, passiva ou reflexiva.
Sujeito é o Exemplo: Vi a
Voz ativa
agente da ação. professora.
Voz Sujeito sofre a Exemplo: A
passiva ação. professora foi vista.
Voz Sujeito pratica e Exemplo: Vi-me ao
reflexiva sofre a ação. espelho.
Voz ativa
Na voz ativa o sujeito é agente, ou seja, pratica a
ação.
Exemplos:
Voz passiva
Object 4
Voz reflexiva
Na voz reflexiva o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, uma vez que ele pratica e recebe
a ação.
Exemplos:
•Olhei-me ao espelho.
Colocação Pronominal
A colocação pronominal indica a posição dos pronomes átonos - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s),
lhe(s) - em relação ao verbo, do que resulta a próclise, a mesóclise e a ênclise.
Antes de entender como cada um dos casos deve ser usado, a primeira regra é: a colocação
pronominal é feita com base em prioridades. O caso que tem mais prioridade é a próclise, e se
nenhuma das situações satisfizer o seu uso, é utilizada a ênclise. Lembrando que a mesóclise
somente é utilizada com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém
palavras que atraem o pronome:
1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:
•Nunca o vi assim.
•Quem te presenteou?
Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do
presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:
Ênclise
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém
palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:
1. Verbos no imperativo afirmativo:
2. Caso não haja palavra que atraia a próclise, usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar em que o
verbo principal esteja no particípio:
•Foi-lhe explicado como deveria agir. (ênclise depois do verbo auxiliar, “foi”, uma vez que o
verbo principal “explicar” está no particípio, “explicado”)
•Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido malcriado. (ênclise depois do verbo auxiliar,
“tinha”, uma vez que o verbo principal “fazer” está no particípio, “feito”)
Funções do "que"
A palavra “que” pode desempenhar a
função de advérbio, conjunção ou pronome:
“Que” com a função de advérbio
Em algumas frases, o “que” pode exercer o papel
de advérbio de intensidade ou de modo.
1. Advérbio de intensidade: Que peixe grande o
pescador apanhou! (O pescador apanhou um
peixe muito grande.
2. Advérbio de modo: Que gente esquisita!
(Como essa gente é esquisita!)
“Que” com a função de conjunção
Object 5
•Compra-se ouro.
•Entregam-se encomendas.
Para confirmar se a função do “se” é de partícula apassivadora, basta converter a frase na voz
passiva sintética para a voz passiva analítica:
4. Pronome reflexivo
Quando desempenha essa função, o “se” faz parte de verbos pronominais reflexivos, ou seja, de
verbos que indicam que o sujeito da frase praticou e recebeu a ação.
Exemplos:
•Giulia se cortou com a tesoura.
•Se ela diz que é neutra, não deveria tomar partido de ninguém.
•Se eles não entraram em contato, você poderia telefonar para o escritório.
Observe que, mesmo quando fazemos a substituição do “se” por “já que” ou “uma vez que”, as
frases continuam fazendo sentido:
•Uma vez que ela diz que é neutra, não deveria tomar partido de ninguém.
•Uma vez que eles não entraram em contato, você poderia telefonar para o escritório.
•Se eles conseguirem passar no teste, começarão a trabalhar semana que vem.
•Ela disse que não virá se chover.
Observe que nas frases acima, a oração com “se” indica a condição necessária para que a ação da
outra oração se concretize.
3. Conjunção subordinativa integrante
Sob essa classificação, o “se” introduz uma oração que desempenha papel de substantivo. Esse
papel é uma função do "que" e do "se".
As frases introduzidas por conjunções subordinativas integrantes funcionam como sujeito, objeto
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração.
Exemplos: