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CURSO CERS

Português Jurídico – Aulas de 1 a 12

ACENTUAÇÃO
Oxítonas – é a palavra que tem a última silaba tônica (acentuam-se as sílabas
terminadas em (a/as) (e/es) (o/os) (em/ens), ditongos abertos, verbos no singular
terminados em “em”.
Paroxítonas – é a palavra que possuí a penúltima silaba tônica (acentuam-se as
sílabas terminadas em R, N, L, X, (i/is), (u/us), (um/uns), (on/nos), (ã/ãs), ps, ditongos.
Proparoxítona – é a palavra que possuí a antepenúltima sílaba tônica
Monossílabas – uma única sílaba

DITONGO – 2 VOGAIS
CRESCENTE – 2 VOGAIS NO FIM DA FRASE ( as paroxítonas
terminadas em ditongos, podem ser consideradas proparoxítonas)
DECRESCENTE – 2 VOGAIS NO MEIO DA FRASE
ABERTOS - São acentuados os ditongos abertos terminados em "éi"/
“éis”, "éu"/ “éus”, "ói"/”óis” em palavras monossílabas e oxítonas.
. Não se acentua ditongos abertos terminados em -ei e -oi nas palavras
paroxítonas.

SINAIS DIACRÍTICOS
Os sinais diacríticos é um sinal gráfico que se coloca sobre, sob ou através
de uma letra para alterar a sua realização fonética, isto é, o seu som, ou para marcar
qualquer outra característica linguística, são eles:

• O hífen: marca a união de vocábulos, a ênclise, a mesóclise e a separação das


sílabas; o til: marca a nasalização das vogais a e o; o acento agudo: marca a
posição da sílaba tônica e o timbre aberto; O acento circunflexo: marca a
posição da
sílaba tônica e o timbre fechado; O apóstrofo: indica a supressão de uma
vogal; O Acento grave: marca o fenômeno da crase; Trema: marcava a semi
vocalização do u nos grupos gue, gui, que, qui; na nova ortografia, só é usado
em palavras estrangeiras e a cedilha: indica que o C tem som de SS.

Alguns dos acentos diferenciais, foram retirados de algumas palavras, pelo


novo acordo ortográfico, são eles:
• Pára na nova ortografia: para (não importando se é o verbo ou a preposição)
• Péla na nova ortografia: pela (não importando se é o verbo ou a preposição)
• Pólo na nova ortografia: polo (não importando se é o substantivo ou a
contração)
• Pélo na nova ortografia pêlo (não importando se é o verbo ou o substantivo)
• Pêra na nova ortografia: pera (não importando se é o substantivo ou a
preposição)
• Vôo na nova ortografia: voo.

HÍFEN
Serve para unir elementos que, juntos, formam um novo termo. Ocorre
principalmente na formação de palavras compostas por justaposição ou que contam
com afixos. Também emprega-se em palavras compostas que designam espécies
botânicas ou zoológicas e nos compostos com advérbios bem e mal, quando estes
forem seguidos de palavras que começam por h ou vogal.
O hífen não pode ser usado em em locuções substantivas, adjetivas,
pronominais, adverbiais prepositivas ou conjuntivas.
O hífen se aplica em prefixos e sufixo quando em palavras terminadas com
sufixos de origem tupi-guarani quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada
graficamente; Os prefixos circum e pan separam-se por hífen se o segundo elemento
começar por vogal, m, n; Com o prefixo sub, além de b, usa-se o hífen também diante
de palavra iniciada por r: subregião, sub-raça, sub-reitor, sub-reptício, sub-bairro etc.;
palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen; Os prefixos sota,
soto, vice e vizo separaram-se por hífen qualquer que seja o segundo elemento; hífen
nas palavras derivadas dos prefixos: ante, anti, circum, co, contra, entre, extra, hiper,
intra, pan, semi, sobre, sub, super, supra, ultra; quando o prefixo terminar com a
mesma vogal com que começa o segundo elemento; os prefixos tônicos acentuados
graficamente pós, pré, prós e separam-se por hífen se o segundo elemento tiver
sentido à parte; se o segundo elemento começar por h; O prefixo ‘’co’’, quando se
junta com outro elemento iniciado por o, não se separa por hífen.
O hífen não se aplica em casos quando o prefixo terminar em vogal e o
segundo elemento começar por r ou s, duplicando-se essas letras; se o prefixo
terminar em vogal e o segundo elemento começar por uma vogal diferente; em
formações que contêm em geral os prefixos des e in e nas quais o segundo elemento
perdeu o h inicial.

CRASE
É a contração da preposição a com outro a, que pode ser artigo definido,
pronome demonstrativo ou o a inicial dos pronomes aquela, aquele, aquilo. É indicada
pelo acento grave. Como regra geral, só se usa crase antes de palavras femininas. A
exceção são os pronomes demonstrativos aquele e aquilo.
Os casos proibídos para a aplicação da crase são antes de substantivos
masculinos; antes de artigo indefinido ‘’uma’’; antes de nomes de santas, de Nossa
Senhora e de mulheres célebres; antes das formas de tratamento; antes dos
pronomes indefinidos; antes dos pronomes demonstrativos; antes do pronome relativo;
antes de numerais não determinados por artigo; antes de verbos no infinitivo; depois
de outra preposição qualquer; entre palavras repetidas que formam uma locução e
antes de qualquer expressão ou frase substantivada.

REGÊNCIA
Regência é a relação que se estabelece entre uma palavra e seus
complementos. Há dois tipos de regência na gramática da língua portuguesa: a verbal
e a nominal. A regência verbal trata da relação de um verbo com seus complementos.
A regência nominal trata da relação de um nome com seus complementos. Alguns
verbos, mudam de sentido devido à regência.
A transitividade verbal é a relação estabelecida entre o verbo e outros termos
da oração, caracterizando-o como transitivo direto, transitivo indireto ou bitransitivo.A
regência nominal ou verbal trata da relação de dependência entre termos dentro da
oração, e os verbos com regências iguais, por outro lado, podem ter o mesmo
complemento e a a preposição exigida por verbo ou nome pode vir implícita antes de
orações subordinadas substantivas objetivas indiretas e completivas nominais.

• Regência Nominal: Complementos preposicionados, exceto quando vêm em


forma de pronome oblíquo átono.

1. Advérbios terminados em -mente : seguem, normalmente, a regência


dos adjetivos.

2. Preposições e prefixos verbais : Alguns nomes regem preposições


semelhantes a seus “prefixos”: dependente, dependência de, inclusão,
inserção em, inerente em/a, descrente de/em, desiludido de/com,
desesperançado de, desapego de/a, convívio com, convivência com,
demissão, demitido de, encerrado em, enfiado em, imersão, imergido,
imerso em, instalação, instalado em, interessado, interesse em,
intercalação, intercalado entre, supremacia sobre etc.

EXPRESSÕES DA LÍNGUA
Determinadas expressões recorrentes no dia a dia podem gerar algumas
confusões em seu uso. O uso “recorrente” de algumas expressões, justamente
enfatizando sobre termos, na maioria das vezes, são alvo de dúvidas entre as
pessoas, mesmo porque quase todos são dotados de extrema semelhança sonora:
• Onde/ Aonde: onde tem como definição: em, no qual, na qual etc; e aonde tem
como definição: a que, ao qual, à qual etc.
• Posto que: É conjunção concessiva (sinônimo de embora, apesar de que,
ainda que, se bem que) porém não é registrado como padrão culto. É rejeitado
pelos gramáticos.
• Através de: A expressão “através de” vem de atravessar, portanto deve ser
usada quando esse for o sentido proposto.
• Haja visto/ haja vista: haja vista é invariável; Haja visto é igual a verbo haver +
particípio do verbo ver.
• Bastante/ bastantes: Quando usado como advérbio, é invariável; e quando
usado como
• pronome, é variável.

Existem algumas expressões que geram dúvidas quando usadas no dia a dia:

• A medida que/ Na medida que: a medida que é uma locução proporcional; e


na medida que é uma locução casual.
• Anexo/ em anexo: anexo é um adjetivo e concorda em gênero e em número
com o substantivo a que se refere; e em anexo é um locução adverbial “em
anexo”, como é próprio aos advérbios, é invariável.
• Ao nível de/ em nível de: ao nível de é locução tem o sentido de “à mesma
altura de”; e em nível de: significa nessa instância.
• Face a / em face de: possuem o mesmo siginifado, que é empregada para
significar “diante de”.
• Mesmo: Equivale a “próprio”, “idêntico” ou “igual” é variável.

CONCORDÂNCIA
A concordância é um conjunto de regras gramaticais que determinam a
harmonia entre as diferentes partes da frase. Determina, sobretudo, a uniformidade de
gênero, número e pessoa entre os termos da sentença. Quando ocorre entre o verbo e
seu sujeito, temos a concordância verbal:
• A concordância verbal com sujeito simples é quando o núcleo do sujeito é uma
palavra de sentido coletivo; o sujeito é um pronome interrogativo,
demonstrativo ou indefinido no plural + de nós/de vós; o sujeito é o pronome
indefinido quem; o sujeito é formado de palavras pluralizadas, normalmente
topônimos; o sujeito é o pronome relativo que; sujeito formado de número
percentual ou fracionário; sujeito em voz passiva sintética; o sujeito é um
pronome de tratamento; o sujeito é formado pelas expressões mais de um,
cerca de, perto de, menos de, coisa de, obra de etc.

• A concordância verbal com sujeito composto é sujeito constituído pelas


expressões
um e outro, nem um nem outro; Núcleos do sujeito ligados por nem... nem...;
núcleos do sujeito resumidos por um aposto resumitivo (nada, tudo,
ninguém...); os núcleos do sujeito são sinônimos e estão no singular; núcleos
do sujeito no infinitivo; núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada ou
nenhum; núcleos do sujeito constituídos de pessoas gramaticais diferentes;
gradação entre os núcleos do sujeito; e núcleos do sujeito ligados pela
preposição com.

A concordância nominal é a relação entre palavras que garante que os


substantivos concordem com artigos, adjetivos, pronomes e numerais:

• A concordância nominal com adjetivos é quando tem função de adjunto


adnominal; se o adjetivo vier antes dos substantivos, a concordância será feita
obrigatoriamente com o mais próximo; os adjetivos iniciados pela preposição
de, quando se referem a certos pronomes indefinidos; e quando o adjetivo com
Função de Predicativo do Sujeito ou do Objeto.

• Casos especiais da concordância nominal: concordância do pronome com o


substantivo; quando têm valor adjetivo; concordância com numeral ordinal +
substantivo; e Mil, Milhão e Milhares Mil.

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