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Obrigações
Material Teórico
• Introdução
• Direito Obrigacional
··Conceito de Obrigação
··Distinção obrigação Moral;
··Distinção obrigação Natural;
·Distinção obrigação Propter rem;
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Unidade: Direito Civil - Obrigação
Contextualização
O Direito das obrigações, também chamado de Direito Pessoal, é um conjunto de
normas que regem as relações jurídicas de ordem patrimonial, onde um sujeito tem o
dever de prestar e o outro tem o direito de exigir essa prestação, ou seja, um deve fazer
algo e o outro deve receber esse algo.
Diz –se do ramo do Direito Civil que trata dos vínculos entre credores e devedores,
somente trata das relações pessoais, uma vez que, seu conteúdo é a prestação
patrimonial que é a ação ou omissão da parte vinculada (devedor) tendo em vista o
interesse do credor, que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação.
Se houver por parte do devedor uma resistência em cumprir sua obrigação, o poder
judiciário poderá ser acionado para que se obtenha através da penhora do patrimônio do
devedor, o capital necessário para que se extinga o débito.
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Introdução
A parte especial do Código Civil de 2002 é inaugurada pelo livro de Direito das
Obrigações, sendo reservado do artigo 233 ao 420 para o exaurimento da matéria.
As obrigações podem ser conceituadas como relações jurídicas estabelecidas de
forma transitória pelo sujeito ativo (credor) e pelo sujeito passivo (devedor), tendo como
objeto uma prestação econômica que pode ser positiva (obrigações de dar e de fazer) ou
negativa (obrigação de não fazer) e que se inadimplida terá como garantia o patrimônio do
devedor.
A prestação econômica, denominada o elemento objetivo da obrigação, é o objeto da
obrigação e deve ser lícito, possível e economicamente apreciável e pode constituir-
se em: dar, fazer e não fazer.
A fonte da obrigação pode ser um contrato, um ato ilícito ou um ato unilateral de
vontade, que caracterizam o vínculo jurídico, ou seja, o liame legal que une os sujeitos da
obrigação.
O ponto crucial da matéria muito cobrado nos exames da Ordem e concursos
públicos são as modalidades de obrigações, levando em consideração a classificação e
distinção de cada uma delas. As obrigações dividem-se em: obrigação de dar coisa certa,
obrigação de dar coisa incerta, obrigações de fazer e não fazer, e seus desdobramentos:
obrigação divisível e indivisível e obrigações solidárias.
Na definição de Sílvio de Salvo Venosa, obrigação é uma relação jurídica transitória
de cunho pecuniário unido duas (ou mais) pessoas, devendo uma (o devedor) realizar uma
prestação à outra (o credor).
O direito das obrigações é tratado pelo Código Civil em seu Livro II, em conforme
Carlos Roberto, consiste num complexo de norma que regem relações jurídicas de ordem
patrimonial, que têm por objeto prestações de um sujeito em proveito de outro. Pablo
Stolze de forma objetiva define o direito das obrigações como conjunto de norma e
princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor e um devedor a
quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar,
fazer ou não fazer.
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Classificações das Obrigações
A obrigação é uma relação jurídica por meio da qual alguém (sujeito passivo - devedor) se
compromete a cumprir uma prestação de dar, fazer ou não fazer para outrem (sujeito ativo
– credor), sob pena de não o fazendo, seu patrimônio responde pela dívida.
e) Obrigações simples: são aquelas que independem de outros requisitos para sua
eficácia. Logo: é de cumprimento imediato.
f) Obrigações condicionais: hipótese em que o cumprimento da obrigação depende de
um evento futuro e incerto.
O devedor só se obrigará a cumprir a obrigação se houver o implemento da condição
estipulada.
g) Obrigações à termo: modalidade em que o cumprimento da obrigação depende de um
evento futuro e certo.
De sorte que se tem a certeza da exigibilidade pelo cumprimento da obrigação, mas deve
ser respeitado o momento certo convencionado.
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Unidade: Direito Civil - Obrigação
OBRIGAÇÃO NATURAL
A obrigação civil produz todos os efeitos jurídicos, mas a obrigação natural não, pois
corresponde a uma obrigação moral. Há autores que a chamam de obrigação degenerada.
São exemplos: obrigação de dar gorjeta, obrigação de pagar dívida prescrita (art. 205 CC),
obrigação de pagar dívida de jogo (art. 814 CC), etc.
A obrigação natural não pode ser exigida pelo credor, e o devedor só vai pagar se quiser,
bem diferente da obrigação civil.
A dívida natural existe, mas não pode ser judicialmente cobrada, não podendo o credor
recorrer à Justiça.
Como diz a doutrina, “a obrigação natural não se afirma senão quando morre”, ou seja, é
com o pagamento e sua extinção que a obrigação natural vai existir para o direito,
ensejando ao credor a soluti retentio.
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Unidade: Direito Civil - Obrigação
Então quem efetua pagamento indevido pode exigir a devolução do dinheiro ( = repetitio
indebiti) para que outrem não enriqueça sem motivo.
O credor de obrigação natural tem direito à soluti retentio, mas quem recebe dívida
inexistente não (ex: pago a meu credor João da Silva, mas por engano faço o depósito na
conta de outro João da Silva, que terá que devolver o dinheiro, art. 876 CC).
Em suma, a obrigação natural não se cumpre por bondade ou liberalidade ou doação, mas
por um dever moral, e a moral influencia o Direito, tanto que a lei lhe atribui o efeito jurídico
da soluti retentio.
OBRIGAÇÃO MORAL
Olhando por outro lado, aquele que por livre e espontânea vontade cumprir uma prestação
moral, também não terá direito ao arrependimento.
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Maria Helena Diniz nos ensina que tal obrigação surge no momento em que “o titular do
direito real é obrigado, devido a sua condição, a satisfazer certa prestação”.
Noutros dizeres, a obrigação propter rem é uma relação entre o atual proprietário e/ou
possuidor do bem e o obrigação decorrente da existência da coisa. Destaque-se que a
obrigação é imposta ao titular adquirente da coisa, que se obriga a adimplir com as
despesas desta.
A obrigação propter rem é figura frequente no Direito Ambiental e vem citada em inúmeros
estudos acadêmicos e precedentes judiciais; mas interligada de modo algo confuso à ideia
de uma obrigação objetiva ou de solidariedade, que não lhe pertencem, e sem diferenciar a
diversa natureza das obrigações tratadas no Direito Ambiental: a obrigação de fazer ou
não fazer, a multa administrativa, a multa cominatória e a indenização do dano ambiental.
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Material Complementar
Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=n9KDFrxdYjY
https://www.youtube.com/watch?v=7IMWlbeJ4vk
Livros:
https://direitouninovest.files.wordpress.com/2016/03/direito-civil-brasileiro-2012-
vol-1-parte-geral-carlos-roberto-gonc3a7alves.pdf
https://estudeidireito.files.wordpress.com/2016/03/pedro-lenza-direito-civil-
esquematizado.pdf
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, v. 2: teoria geral das obrigações.
14. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2017
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil, v.2: teoria geral das
obrigações. 29. ed. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 2017
ADER, Paulo. Curso de direito civil, v.2 obrigações. 8. Rio de Janeiro Forense 2016
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil 1: parte geral, obrigações, contratos. 7. ed.
São Paulo, SP: Saraiva, 2017
LÔBO, Paulo. Direito civil: obrigações. 5. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2017
TARTUCE, Flávio. Direito civil, v.2: direito das obrigações e responsabilidade civil.
12.ed. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 2017
ATIVIDADES PROPOSTAS
As unidades são interativas, portanto, o estudante deve aprimorar seus estudos
aproveitando os desafios, assistindo aos vídeos, complementando leituras disponíveis nas
atividades complementares, e criando vínculos e discussões através dos fóruns de
discussão da disciplina.
Abra-se para questionar, fazer reflexões, trocar vivências, aproveitar mesmo os estudos.
Reservem tempo para assistir aos vídeos completos sugeridos que são esclarecedores e de
grande sensibilidade.
Estaremos juntos nesse trabalho e , para isso, teremos canais abertos às discussões,
duvidas e aprofundamentos, como o seu SGA ou no CANVAS.