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5.

TESTES DE AVALIAÇÃO

1. TESTE DE AVALIAÇÃO – POESIA TROVADORESCA


Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________

GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia com atenção o texto.

Ora nom moiro, nem vivo, nem sei


como me vai, nem rem1 de mi, se nom
atanto que2 ei3 no meu coraçom
coita d’amor qual vos ora direi:
5 tam grande que me faz perder o sém4,
e mia senhor sol nom sab’ende rem.5

Nom sei que faço, nem ei de fazer,


nem em que ando, nem sei rem de mi,
se nom atanto que sofr’e sofri
10 coita d’amor qual vos quero dizer:
tam grande que me faz perder o sém,
e mia senhor sol nom sab’ende rem.

Nom sei que é de mim, nem que sera,


meus amigos, nem sei de mi rem al
15 se nom atanto que eu sofr’atal
coita d’amor qual vos eu direi ja:
tam grande que me faz perder o sém,
e mia senhor sol nom sab’ende rem.
Bonifácio Calvo, A 266/B 450, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,
A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 232.

1
coisa, algo; 2 se nom / atanto que: a não ser que; 3 tenho; 4 juízo; 5 sol nom sab’ende rem: nem sequer sabe nada.

1. Identifique o género e o tema desta composição lírica, justificando com expressões do texto.

2. Demonstre que o sujeito poético tem dificuldades em clarificar o seu estado de espírito.

3. A causa da infelicidade do “eu” poético é referida no refrão. Explicite-a.

4. Identifique o recurso expressivo, e o seu valor semântico, em “Ora nom moiro, nem vivo” (v. 1).

5. Faça a análise formal da composição em termos estróficos e rimáticos.

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GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o texto.

Após ter conquistado milhares de espetadores em França, A gaiola dourada prepara-se agora
para ser um grande sucesso comercial em Portugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espe-
tadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz. Esta imediata atração do público
português por esta obra luso-francesa compreende-se perfeitamente, não só por causa da impres-
5 sionante onda de publicidade positiva que o filme tem recebido por parte da imprensa, mas também
por causa do contagiante estilo corriqueiro desta agradável comédia familiar de Ruben Alves, onde
somos apresentados à simpática família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de
um prédio de luxo que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital fran-
cesa. Os pilares desta afável família são Maria e José Ribeiro (Rita Blanco e Joaquim de Almeida),
10 um simpático casal de emigrantes portugueses que se tornou, com o passar dos anos, numa parte
indispensável do quotidiano da pequena comunidade que os acolheu e que agora os poderá perder,
já que Maria e José poderão em breve concretizar o seu grande sonho de regressarem permanente-
mente a Portugal, onde poderão levar uma vida mais simples, pacífica e próxima das suas tradições.
O problema é que nenhum dos seus amigos, vizinhos e patrões quer deixar partir esta simpática
15 família, que também está fortemente dividida, já que Maria e José parecem ser os únicos que estão
dispostos a regressar às suas origens e abandonar definitivamente a sua preciosa comunidade que,
durante três décadas, lhes deu tudo aquilo que eles precisavam para levar uma vida esforçada mas
feliz. Será que Maria e José estão mesmo dispostos a regressar ao nosso país e a virar para sempre
as costas à sua inestimável gaiola dourada?
20 Esta simples pergunta não tem de todo uma resposta óbvia, já que é a sua procura por parte dos
dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prático guião desta simples mas agradá-
vel comédia luso-francesa, que denota todos os seus traços e influências francesas graças à for-
ma requintada e pragmática como os seus criadores construíram e decidiram contar esta simples
história familiar, cujo principal apelo humano deriva da contagiante áurea popular bem portuguesa
25 que marca presença um pouco por todo o filme, e que acaba por acrescentar um reconfortante e
atrativo elemento de tradição, descontração, diferenciação e diversão a esta honrosa comédia que,
embora não seja abismalmente criativa ou irreverente, aposta numa história com pés e cabeça
que enfatiza os dilemas e os dramas da comunidade emigrante nacional sem nunca esquecer os
estereótipos culturais portugueses, que foram aqui aproveitados da melhor maneira possível para
30 desenvolver um estupendo ambiente tradicional e familiar, que tanto promove a diversão como a
emoção. Para este atrativo resultado final muito contribuiu a capacidade criativa de Ruben Alves
(realizador/guionista), que soube aproveitar o melhor de dois mundos para criar e evidenciar esta
ligeira mas francamente apelativa comédia familiar, que beneficia ainda de uma ótima prestação do
seu elenco nacional e internacional.
http://www.portal-cinema.com/2013/08/critica-gaiola-dourada-2013.html
(consultado em junho de 2017).

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1. A imediata adesão do público português ao filme A gaiola dourada justifica-se porque


(A) apresenta como protagonistas Rita Blanco e Joaquim de Almeida.
(B) se trata de uma comédia leve e com muitas críticas positivas.
(C) o filme foi produzido e realizado em Portugal e em França.

2. O filme A gaiola dourada retrata uma família portuguesa que


(A) hesita entre manter-se em França e regressar a Portugal.
(B) não equaciona a possibilidade de regressar a Portugal.
(C) deseja regressar a Portugal por se sentir dispensável em França.

3. Segundo o autor do artigo, o filme A gaiola dourada é uma comédia


(A) extremamente irreverente, agradável e simples.
(B) simples, contagiante e pouco tradicional.
(C) realista, que destaca os problemas vividos pelos emigrantes portugueses.

4. Ao longo do filme,
(A) o ambiente em que se movem as personagens é tipicamente francês.
(B) existe uma tensão entre o casal português e a comunidade que os acolheu.
(C) vários elementos culturais portugueses recriam um ambiente tradicional.

5. O segmento sublinhado em “já foi visto por mais de catorze mil espetadores” (ll. 2-3) desempe-
nha a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) complemento agente da passiva.
(C) complemento oblíquo.

6. O termo “corriqueiro” (l. 6) é antónimo de


(A) lento.
(B) invulgar.
(C) inquietante.

7. O processo fonológico ocorrido na passagem de STILU- para “estilo” (l. 6) designa-se


(A) prótese.
(B) epêntese.
(C) paragoge.

8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “vive, há cerca de


trinta anos, na portaria de um prédio de luxo” (ll. 7-8).

9. Explique o significado literal do vocábulo “capital” (l. 8), sabendo que a palavra latina CAPITIA
significa “cabeça”.

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10. Classifique a oração sublinhada em “há cerca de trinta anos, na portaria de um prédio de luxo
que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital francesa” (ll. 7-9).

11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “Esta simples pergunta não
tem de todo uma resposta óbvia” (l. 20).

12. Refira o tempo e o modo da forma verbal sublinhada em “que beneficia ainda de uma ótima
prestação do seu elenco nacional e internacional” (ll. 33-34).

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual apresente as principais diferenças entre
as cantigas de amigo e as cantigas de amor.
Obedeça às seguintes orientações:
• Introdução – apresentação da temática do texto.
• Desenvolvimento – caracterização de cada um dos géneros, referindo:
− origem;
− sujeito de enunciação e destinatário;
− características essenciais das figuras feminina e masculina;
− ambiente.
• Conclusão – síntese geral das ideias e fecho do texto.

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