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LÍNGUA

Portuguesa
Professora: Clara Raquel Soares
Marcadores de opinião:
Os "marcadores de opinião" são expressões ou
palavras usadas para indicar uma opinião ou atitude
do falante em relação a um determinado assunto.
Eles podem ser utilizados tanto na linguagem
escrita quanto na linguagem falada para transmitir
uma posição, avaliação ou julgamento sobre algo.
Alguns exemplos de marcadores de opinião
incluem:
• Na minha opinião...
• Eu acredito que...
• Penso que...
• Para mim...
• A meu ver...
• Do meu ponto de
vista...
• Eu acho que...
• É evidente que...
• Estou convencido de
que...
• Não há dúvida de que...
Esses marcadores são úteis para contextualizar a visão
pessoal do falante e deixar claro que a declaração que segue
expressa uma opinião subjetiva, e não um fato objetivo. Eles
são especialmente relevantes em debates, discussões ou
textos argumentativos, onde é importante indicar a posição
pessoal do autor em relação ao tema discutido.
Concordância Verbal
e
Concordância Nominal
Concordância Verbal
A concordância verbal e nominal são dois aspectos importantes
da gramática que dizem respeito à concordância entre os
elementos de uma frase em relação ao número, pessoa e gênero.
Vamos abordar cada um deles:
1.Concordância Verbal:
Refere-se à correspondência entre o sujeito e o verbo em uma
frase.
O verbo deve concordar com o sujeito em número
(singular/plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira pessoa).
Exemplo:
·O menino corre rápido. (sujeito singular, verbo no presente do
indicativo na terceira pessoa do singular)
·Os meninos correm rápido. (sujeito plural, verbo no presente do
indicativo na terceira pessoa do plural)
2.Concordância Nominal:
Refere-se à concordância entre o substantivo (ou pronome) e os
adjetivos, artigos, numerais e pronomes que o acompanham.
Os adjetivos, artigos, numerais e pronomes devem concordar em
gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o
substantivo que modificam.
Exemplo:
·O carro vermelho está na garagem. (substantivo masculino
singular, adjetivo masculino singular)
·As casas vermelhas estão na rua. (substantivo feminino plural,
adjetivo feminino plural)
A concordância verbal e nominal é essencial para garantir a
correção gramatical das frases e evitar ambiguidades na
comunicação escrita ou falada.
Concordância do verbo com sujeito simples

Aplica-se a regra geral para sujeito simples, ou seja, o


verbo se ajusta ao sujeito simples em pessoae número.
Vejamos alguns exemplos:
“Se a frase fosse, por exemplo, [...]”
(3ª pessoa do singular)
“[...] sempre que eu recomendava modos de não perder
ponto na prova [...]”
(1ª pessoa do singular)
FIQUE ATENTO!
Quando o sujeito é representado por nome próprio no
plural, há duas concordâncias corretas:
1. O verbo fica no singular se o nome não vem
antecedido por artigo.
2. O verbo concorda com o artigo, quando há.

Campinas oferece espaços públicos para discussões


sobre sociolinguística.
Os Estados Unidos também são um país em que há
discussão linguística.
• Concordância do verbo + pronome se
O pronome se exerce duas funções diferentes
quando está ligado ao verbo. É preciso considerá -las
para se estabelecer concordância verbal adequada.

1. Se como pronome apassivador: o verbo concorda


com o sujeito presente na oração.

Compram-se pelo sebo on-line livros baratos.

(concordância)
Como parte da voz passiva pronominal, em muitos
casos, a estrutura verbo + pronome apassivador pode
ser substituída pela locução verbal correspondente,
característica da voz passiva analítica.

Compram-se no sebo on-line livros baratos.


Livros baratos são comprados no sebo on-line.
2. Se como índice de indeterminação do sujeito:
com sujeito indeterminado, o verbo sempre deve
ser empregado na 3ª pessoa do singular.

Publica-se pouco sobre discussões da língua.


(Quem publica? Não se sabe.)
Atenção!
Para diferenciar pronome apassivador de índice de
indeterminação do sujeito e saber qual concordância
usar, você pode buscar, primeiramente, o sujeito na
oração.

sujeito presente – se como pronome apassivador –


verbo concorda com o sujeito

Não se reformularam os currículos de leitura das escolas.

(verbo no plural) (sujeito no plural)


• Concordância do verbo com expressões partitivas

Nos casos em que o sujeito é representado


por expressões partitivas, como a maior parte de, a maioria de e uma
porção de, seguidas de nomes no plural, há duas possibilidades de
concordância: com o verbo no singular ou no plural.

A maioria dos estudantes lê dois livros por ano.


Verbo no singular concorda com a parte singular do sujeito: a maioria de.

A maioria dos estudantes leem dois livros por ano.


Verbo no plural concorda com a parte plural do sujeito: os estudantes.
Para orações com as expressões qual de nós/vós/vocês, quais de
nós/vós/vocês e algum de nós/vós/vocês, há duas regras para a concordância
verbal:

1. Se os pronomes estão no singular, o verbo concorda na 3ª pessoa do


singular.
2. Se os pronomes estão no plural, o verbo pode concordar na 3ª pessoa do
plural ou com nós/vós/vocês.

Os pronomes mais comuns nesse tipo de concordância são: qual, quem,


algum, nenhum, ninguém, quais, quantos, alguns, poucos, muitos,
vários.
• Concordância do verbo com expressões indicativas de porcentagem

Quando o sujeito é representado por expressões indicativas de porcentagem, é


preciso observar que existem dois modos de concordância verbal:
1. Para porcentagem que não é seguida de palavra, o verbo concorda com o
numeral.

Do total de jovens no Ensino Médio, apenas 47% leram mais de um clássico


da literatura brasileira.

Dos jovens brasileiros, apenas 1% tem dificuldade com leitura.


2. Para porcentagem seguida de palavra, o verbo concorda com ela, seja no
plural, seja no singular.

Apenas 47% da turma leu mais de um clássico da literatura brasileira.

Apenas 1% dos jovens brasileiros têm dificuldade com leitura.


Semelhante à porcentagem, o sujeito também pode aparecer com
expressões aproximativas (mais de, menos de, cerca de, perto de)
seguidas de numeral. Nesse caso, o verbo sempre concorda com o
número.

Menos de três bibliotecas permaneceram fechadas.

Mais de uma biblioteca permaneceu fechada.


Concordância do verbo com sujeito composto

Na concordância verbal com sujeito composto, é preciso estar


atento a estes aspectos:
• presença de palavras que ligam os núcleos do
sujeito, como e, ou, nem e com;
• verbo posicionado antes ou depois do sujeito;
• tipos de palavras que formam o sujeito composto.

Esses aspectos têm modos diferentes de flexão


do verbo, que influenciam na concordância verbal.
• Concordância do sujeito composto ligado por e

Nesse caso, é preciso estar atento às seguintes


regras:
• Verbo depois do sujeito concorda no plural com os dois núcleos.
• Verbo antes do sujeito concorda no plural com os dois núcleos
ou apenas com o primeiro núcleo, mesmo que este esteja no
singular.

O pai e os dois filhos trabalhavam naquela empresa.


Trabalhavam/Trabalhava naquela empresa o pai e os
dois filhos.
• Concordância do sujeito composto ligado por ou e nem

Nesse caso, é preciso estar atento às seguintes regras:


• Se o sentido da oração é de exclusão de um dos núcleos, o verbo
concorda no singular.
• Se o sentido é de inclusão de todos os núcleos, o verbo concorda
no plural.

Criatividade ou rigor formal deve ser o ponto central de sua


análise. (exclusão)
Nem romance de terror nem romance policial têm finais felizes.
(inclusão)
• Concordância do sujeito composto ligado por com

Nesse caso, é preciso estar atento às seguintes


regras:
• Se o sentido da oração realça o primeiro núcleo do sujeito e este
é singular, o verbo concorda no singular.
• Se o sentido da oração atribui a mesma importância a todos os
núcleos, o verbo concorda no plural.

O pai com sua prole fez um passeio pela cidade. (realce no


primeiro núcleo)
O pai com sua prole fizeram um passeio pela cidade. (núcleos com
a mesma importância)
Concordância do verbo ser
Em geral, quando o verbo ser é de ligação, ele concorda com o
sujeito.
Naquela empresa, os funcionários são dedicados.

O verbo ser apresenta casos diferentes de concordância:


• quando o sujeito é representado pelos pronomes tudo, isto, isso
ou aquilo e o predicativo está no plural; o verbo concorda com o
predicativo;

Aquilo são lembranças felizes na mente do rapaz.


• quando o sujeito é representado por nomes de sentimentos,
coisas e objetos; o verbo concorda com o predicativo;
O amor são flores no jardim da vida.

• quando o sujeito é um numeral que expressa quantidade,


preço ou medida; o verbo concorda com o predicativo;
Duzentos gramas de queijo é suficiente para fazermos os
lanches.
Antes
• na indicação de horas, distâncias e datas;
o verbo concorda com o numeral. No caso de datas, a
concordância pode ser feita com a palavra “dia”, que
fica subentendida.
Hoje são 17 de novembro.
Hoje é [dia] 17 de novembro.
Concordância dos verbos impessoais
Em geral, a concordância verbal é comandada pelo sujeito. Porém, por não
admitirem sujeito, os verbos impessoais são sempre empregados na 3ª
pessoa do singular. São impessoais:
• os verbos fazer e haver na indicação de tempo
passado;
• o verbo haver no sentido de existir;
• os verbos de fenômeno da natureza (chover, nevar, ventar, amanhecer,
etc.).

Entre os moradores daquele condomínio havia muitos problemas de


convivência.
Faz três anos que não vou à França.
"Um livro, uma caneta, uma criança
e um professor podem mudar o
mundo."
Malala Yousafzai

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